Retirado do Facebook da página Espaço Futebol. Gosto de os ler e vai de encontro ao que disse antes do início do jogo.
Causou alguma estranheza o facto de Francesco Farioli ter apostado praticamente no onze considerado titular frente ao Celoricense. À excepção de Diogo Costa e Samu que deram lugar a Cláudio Ramos e Gul, todos os outros habituais titulares jogaram de início.
Eu estava à espera de uma aposta, por exemplo, em unidades como Prpic, Rodrigo Mora ou William Gomes, por uma questão de gestão de grupo, de promover a satisfação interna. Mas compreendo a decisão de Farioli. Ele quis usar este jogo como uma preparação séria para o próximo desafio frente ao Nottingham Forest, que será muito exigente, não tenhamos dúvidas. Mais que gerir egos, ele considerou mais importante preparar o jogo da Liga Europa da melhor forma possível.
É preciso levar em conta a longa paragem no trabalho dos clubes por conta das datas FIFA. O último jogo do FC Porto acontecera a 5 de Outubro. Depois disso, houve uma folga de cinco dias, após o qual o grupo trabalhou sem muitos elementos. Mais do que uma preocupação excessiva com o Celoricense, o que terá norteado as decisões de Farioli foi o embate em Nottingham. A temporada ainda vai no seu primeiro terço. Mais do que falar em gestão física, o importante é manter o ritmo competitivo e solidificar processos.
Além disso, quem diz que ficou preocupado com a ausência de gestão física neste jogo, claramente não sabe do que está a falar. A gestão física não deve olhar apenas para a sobrecarga de jogos, mas também inversamente para a ausência de competição. Senão os jogadores chegavam das férias todos cheios de força. Por outro lado, um ciclo completo de recuperação conclui-se ao fim de 72 horas, segundo os especialistas.
Vamos olhar para o caso portista. Do onze azul e branco, Bednarek, Kiwior, Froholdt e Gul estiveram ao serviço das selecções. Todos os outros tiveram uma paragem competitiva muito demorada.
Bednarek jogou o último jogo antes deste em Barcelos no dia 12/10. Teve 6 dias de "descanso" até este jogo. Além disso, não saira do banco no jogo anterior da Polónia a 09/10.
Kiwior também jogou pela Polónia a 12/10, sendo que no dia 09/10 jogara 45 minutos. Talvez por isso tenha sido ele a sair ao intervalo e não Bednarek.
O caso de Froholdt foi parecido ao de Kiwior. Jogou 90 minutos pela Dinamarca no dia 12/10 e 45 minutos no dia 09/10. Teve tempo mais que suficiente para fazer uma recuperação física completa.
Já Gul, jogou apenas 7 minutos pela Turquia no dia 11/10. Porque jogou ele e não Samu? Samu jogou 45 minutos pela Espanha. Mas em que dia? A 14/10. Mesmo com as 72 horas passadas, o seu ciclo de recuperação foi inferior ao de Bednarek, Kiwior, Froholdt e claro Gul.
Referi atrás que Prpic poderia ter actuado a titular. Mas se verificarmos com atenção a sua utilização ao serviço dos sub-21 da Croácia vemos que jogou 90 minutos no dia 14/10, dois dias depois da dupla polaca.
O caso de Rodrigo Mora também é similar. Jogou 80 minutos a 10/10 e 62 minutos a 14/10. Gabri Veiga já não jogava desde o jogo com o Benfica no dia 05/10 e Froholdt, como referi atrás, jogara a 12/10, dois dias antes de Mora.
No resto, Cláudio Ramos será certamente o guarda-redes titular em todos os jogos da Taça, ao passo que Alberto Costa, Francisco Moura, Varela, Gabri Veiga, Pepê e Borja Sainz, não foram às selecções e chegaram a este jogo após um período de mini-férias, por assim dizer.
Feita esta análise, chegamos à conclusão que tudo obedece a uma lógica inatingível para quem não sabe o que diz. Aquilo que muitos sem noção da realidade definiram como ausência de gestão física da equipa, foi afinal uma gestão física e futebolística consciente, tendo em conta a preparação para o importante jogo em Inglaterra que se aproxima, bem como os seguintes. É preciso é pensar um bocadinho antes de debitar baboseiras.
Causou alguma estranheza o facto de Francesco Farioli ter apostado praticamente no onze considerado titular frente ao Celoricense. À excepção de Diogo Costa e Samu que deram lugar a Cláudio Ramos e Gul, todos os outros habituais titulares jogaram de início.
Eu estava à espera de uma aposta, por exemplo, em unidades como Prpic, Rodrigo Mora ou William Gomes, por uma questão de gestão de grupo, de promover a satisfação interna. Mas compreendo a decisão de Farioli. Ele quis usar este jogo como uma preparação séria para o próximo desafio frente ao Nottingham Forest, que será muito exigente, não tenhamos dúvidas. Mais que gerir egos, ele considerou mais importante preparar o jogo da Liga Europa da melhor forma possível.
É preciso levar em conta a longa paragem no trabalho dos clubes por conta das datas FIFA. O último jogo do FC Porto acontecera a 5 de Outubro. Depois disso, houve uma folga de cinco dias, após o qual o grupo trabalhou sem muitos elementos. Mais do que uma preocupação excessiva com o Celoricense, o que terá norteado as decisões de Farioli foi o embate em Nottingham. A temporada ainda vai no seu primeiro terço. Mais do que falar em gestão física, o importante é manter o ritmo competitivo e solidificar processos.
Além disso, quem diz que ficou preocupado com a ausência de gestão física neste jogo, claramente não sabe do que está a falar. A gestão física não deve olhar apenas para a sobrecarga de jogos, mas também inversamente para a ausência de competição. Senão os jogadores chegavam das férias todos cheios de força. Por outro lado, um ciclo completo de recuperação conclui-se ao fim de 72 horas, segundo os especialistas.
Vamos olhar para o caso portista. Do onze azul e branco, Bednarek, Kiwior, Froholdt e Gul estiveram ao serviço das selecções. Todos os outros tiveram uma paragem competitiva muito demorada.
Bednarek jogou o último jogo antes deste em Barcelos no dia 12/10. Teve 6 dias de "descanso" até este jogo. Além disso, não saira do banco no jogo anterior da Polónia a 09/10.
Kiwior também jogou pela Polónia a 12/10, sendo que no dia 09/10 jogara 45 minutos. Talvez por isso tenha sido ele a sair ao intervalo e não Bednarek.
O caso de Froholdt foi parecido ao de Kiwior. Jogou 90 minutos pela Dinamarca no dia 12/10 e 45 minutos no dia 09/10. Teve tempo mais que suficiente para fazer uma recuperação física completa.
Já Gul, jogou apenas 7 minutos pela Turquia no dia 11/10. Porque jogou ele e não Samu? Samu jogou 45 minutos pela Espanha. Mas em que dia? A 14/10. Mesmo com as 72 horas passadas, o seu ciclo de recuperação foi inferior ao de Bednarek, Kiwior, Froholdt e claro Gul.
Referi atrás que Prpic poderia ter actuado a titular. Mas se verificarmos com atenção a sua utilização ao serviço dos sub-21 da Croácia vemos que jogou 90 minutos no dia 14/10, dois dias depois da dupla polaca.
O caso de Rodrigo Mora também é similar. Jogou 80 minutos a 10/10 e 62 minutos a 14/10. Gabri Veiga já não jogava desde o jogo com o Benfica no dia 05/10 e Froholdt, como referi atrás, jogara a 12/10, dois dias antes de Mora.
No resto, Cláudio Ramos será certamente o guarda-redes titular em todos os jogos da Taça, ao passo que Alberto Costa, Francisco Moura, Varela, Gabri Veiga, Pepê e Borja Sainz, não foram às selecções e chegaram a este jogo após um período de mini-férias, por assim dizer.
Feita esta análise, chegamos à conclusão que tudo obedece a uma lógica inatingível para quem não sabe o que diz. Aquilo que muitos sem noção da realidade definiram como ausência de gestão física da equipa, foi afinal uma gestão física e futebolística consciente, tendo em conta a preparação para o importante jogo em Inglaterra que se aproxima, bem como os seguintes. É preciso é pensar um bocadinho antes de debitar baboseiras.