só se começou agora a falar mais disso porque foi referido pelo director do SNS.
vamos lá ver se mudam alguma coisa, algo que já devia ter sido feito há vários anos.
se o director do SNS, nomeado pelo governo, se queixa disso, e depois não mudam as regras...mais vale fecharem o governo.
Outra coisa engraçada que disse o director geral do SNS
Acha que um dos problemas do SNS é a falta de dinheiro ou o orçamento de saúde é mais do que suficiente? Um estudo recente mostra que os incrementos orçamentais da saúde, basicamente, foram absorvidos pela inflação.
O problema é dinheiro também. Também é dinheiro, com certeza. Historicamente há um subfinanciamento do SNS. Não estou a falar de agora, é um problema de sempre. Sempre houve subfinanciamento, pelo menos desde que estou no setor há 20 anos, que essa é uma constante. E sempre houve um problema que eu gostaria de ver resolvido, mas não tenho visto, que é o financiamento inicial é sempre inferior ao final, porque o financiamento inicial é claramente insuficiente e depois, a meio do ano, descobre-se que é preciso compensar essa insuficiência, mesmo assim, não completamente. E, portanto, isso resulta historicamente de uma relação tensa e muito difícil entre o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças. Na minha opinião, porque os sucessivos ministérios das Finanças não compreendem que a saúde é uma realidade diferente das outras a dois níveis. O primeiro nível é que grande parte da despesa não é determinada previamente. A despesa está, como se costumava dizer antigamente, agora já não é assim, mas é na ponta da caneta do médico. Quando o médico escreve é que está a determinar qual é que vai ser o nível de despesa. E, portanto, não é possível controlar da mesma forma como na educação, por exemplo. Na educação a despesa é aquela porque as escolas funcionam com aqueles recursos. Na saúde, não. Porque se aparecer um doente, o doente é tratado, tem sido sempre assim, e, portanto, se ele é tratado, gera despesa. O segundo problema é que a saúde é uma área onde as necessidades são crescentes a ritmos muito superiores ao resto da economia. Por várias razões, está estudado pelos economistas da saúde, isso está tudo demonstrado, que tradicionalmente, por várias razões diferentes, o envelhecimento da população, a inovação tecnológica, as próprias preferências das pessoas e o aparecimento de novos medicamentos. A despesa da saúde cresce muito mais depressa do que o resto da economia. Ora, as finanças não aceitam isso. Geralmente, o que fazem é que o orçamento da saúde cresça em linha com o resto dos orçamentos. Mas isso é insuficiente, porque as necessidades crescem mais. E por isso é que nós temos hoje um SNS que tem níveis de atividade que são os maiores de sempre. Mas o que as pessoas sentem é que há problemas. E há, que os níveis de atividade são os maiores de sempre, mas também o nível da procura é o maior de sempre. E, portanto, essa incapacidade do financiamento acompanhar a procura e as necessidades faz com que, historicamente, haja um subfinanciamento do SNS. E, portanto,o problema também é dinheiro.
Mas os liberaluchos enchem a boca que os problemas no SNS coincidem com os maiores orçamentos de sempre, quase como se não houvesse outra solução que não fosse o investimento em seguros privados e hospitais privados. Ya, a maior parte da classe média troca facilmente uma poupança de 20 euros em IRS por mês, por um seguro de saúde de 500 euros por ano com consultas a 20 euros e qualquer internamento pago à parte porque o seguro não cobre.