O Rios é um jogador de futsal que foi convertido em jogador de futebol.
Irá ter limitações claras na leitura de jogo e, posicionalmente, limitações essas que serão sempre mais notórias quanto maior for o nível tático do campeonato onde for competir. Poderá evoluir, mas carregará sempre o atraso do percurso formativo que perdeu no futebol de onze.
A parte física acaba por ser a sua grande arma, é um jogador com muita disponibilidade, que gosta muito de ir aos duelos. No entanto, aquela “fome” de disputar cada bola também já criou descompensações na equipa várias vezes no Brasileirão. Na Europa, essas descompensações pagam-se muito caro, especialmente frente a equipas com maior capacidade de explorar espaços e que exigem disciplina posicional constante.
Para além disso, a adaptação ao ritmo europeu vai exigir-lhe um entendimento mais rápido das transições e uma maior capacidade de temporizar a pressão, sabendo escolher o momento certo de intervir. Se não conseguir aliar a intensidade que já possui a uma leitura de jogo mais apurada, corre o risco de se tornar previsível e ser exposto pelas fragilidades táticas.