(...) em Lisboa, em cerca de 5 mil ruas existentes, apenas 5% têm nomes de mulheres, enquanto 44% possuem nomes de homens.
Quando se consideram apenas as ruas com nomes de pessoas, a disparidade torna-se ainda mais acentuada: 91% homenageiam homens e apenas 9% mulheres."
Tanta converseta sobre os fundamentalismos islâmicos, a posição inferior das mulheres nas sociedades muçulmanas, o perigo dos indostânicos e a violência contra as mulheres... e acaba-se a defender a inexistência de topónimos femininos. Extraordinário.
E ai de quem sugira alterar uma designação que seja! O melhor é nem sequer tocar nesses assuntos, nada fazer para diminuir diferenças na ordem dos 90-10. O "homem branco", branco como um snowflake, não suportará uma proporção de 85-15. Um aeroporto com um nome de mulher?... not on my watch! Mulheres sim, mas no recato do lar e sem qualquer representação no espaço público.