ANSELMI ESTÁ A TORNAR O PORTO NUMA EQUIPA... À PORTO!
1º Há coração, e o coração também joga à bola. Quando não há tempo para ser o melhor, é preciso fazer melhor, e este Porto, em termos de garra, já é a cara do seu treinador.
2º Tiago Djaló e Perez foram mais agressivos que algum dia os vi, sempre muito mais intensos nos duelos.
3º Moura, depois de uma péssima primeira parte, mais uma, veio com ganas para a segunda, e isso tem que ser treinador.
4º As rotinas começam a ver-se, e com inteligência estratégica:
- Otávio, que está sem confiança, recebeu ordens lógicas de passar sempre longo e ficar na posição.
- Perez e Djaló receberam ordens de subir, seja Perez para uma posição mais central, seja Djaló a fazer de lateral em certos momentos em que a equipa se posicionou com 4 atrás.
5º Novamente, como contra o Sporting, Anselmi reagiu rápido aos acontecimentos, como a equipa estava em inferioridade numérica no meio, com Pellegrini e Dybala nas costas de Varela e Eustáquio, que tinham à sua frente uma dupla, recuou Mora e colocou Borges mais central.
6º A substituição de Mora foi outro aspeto positivo, porque tirar o puto que a bancada adora, para deixar o puto que a bancada não gosta, Borges, foi de homem, e tinha todo o sentido.
O Porto não tem muitos jogadores para ser aquilo que Anselmi gosta na frente, ou seja, alguém que vá na profundidade, que receba no espaço e não no homem, para ganhar, segurar e distribuir, e Borges é o mais parecido com isso, pela velocidade.
Aspetos negativos, também os há, mas, até agora, Anselmi parece estar a tornar o Porto numa equipa "à Porto", e mais rápido que aquilo que eu pensara possível.
Por último, Pepê, como sempre disse, tem a cara de Anselmi, tem mesmo que ser titular, porque, apesar das suas óbvias limitações na definição, alia duas características que mais ninguém casa neste Porto: polivalência e intensidade.
FUTEBOL SEM TRETAS