Para quando um centro de Formação no FC Porto?

Drago

Tribuna Presidencial
21 Julho 2006
12,141
3,310
Lisboa, 1979
Em relação às tuas questões, e passando à frente o ser ou não especialista, começo pelo porquê de achar que o Presidente está errado nesta opção. Para o demonstrar, antes de tudo é preciso perceber o que se pretende da obra. Sendo nós um clube desportivo, eu diria que o principal objectivo de uma obra desta magnitude será melhorar o desempenho das nossas equipas (nas mais diversas modalidades e escalões), proporcionando-lhes sobretudo melhorias em dois âmbitos: desportivo e logístico.

O Desportivo faz-se aumentando a qualidade do treino e de todos os serviços associados diretamente à performance do atleta (departamento médico, nutrição, psicologia, etc.). O Logístico faz-se aumentando o conforto dos atletas naquilo que são as suas rotinas diárias.

Olhando à realidade actual do clube, temos as equipas A e B a treinar no Olival e a Equipa A feminina a treinar entre Olival e Pedroso. O CAR iria permitir ter as 3 no mesmo espaço com melhores condições, juntando-se a estas equipas os Sub-19 masculinos.

Na Formação, onde temos 18 equipas de competição masculinas e 2 femininas, temos as nossas equipas a treinar em 4 espaços distintos: Olival (Sub-19 e Sub-13 a Sub-7), Constituição (Sub-14 a Sub-16), Pedroso (Sub-17) e Estádio Universitário (Sub-17 e Sub-19 femininos), dispersos por 5 horários distintos (09h00, 11h00, 16h00, 18h00 e 19h30). Para além destes espaços, é determinante para compreender toda a logística saber que a partir dos Sub-14 todos os atletas estão inseridos no nosso contexto de ensino, ficando divididos entre a Escola Maria Lamas e o Colégio Júlio Dinis. A esta realidade é ainda preciso acrescentar a Casa do Dragão, afastada de qualquer um destes pontos acima referidos.

Retirando os Sub-19 a esta contabilidade, que iriam para o CAR, todas as restantes equipas iriam para o Olival, num total de 19 equipas. Isto sem contar com o crescimento do futebol feminino, cujos escalões dos Sub-16 para baixo estão, à data, sob responsabilidade da Dragon Force, mas cujo objectivo é que a pouco e pouco passem para a esfera do Departamento de Formação.

Antes de olharmos para o Olival, referir que tanto o Olival como o CAR (no terreno em que está projectado), não têm possibilidade de expansão. Ou seja, o que se decidir fazer agora, será o que teremos para toda a nossa realidade nos próximos 25/30 anos.

Em relação ao Olival, o que teremos aí no futuro será o que temos agora: 4 campos para treino e um Mini-Estádio. Desses 4 campos de treino, apenas um pode receber jogos oficiais. Basicamente ficaríamos com 4 campos para treino e 2 campos para jogo para 19 equipas, sendo um desses campos de jogo de relva natural, ou seja, limitado na sua utilização. Ou seja, os problemas de espaço que temos hoje tanto para treino como para jogo iríamos continuar a ter. Não na mesma escala, mas iriam continuar a acontecer ao ponto de continuarmos a precisar de treinar e jogar em outros espaços. Para além disso, faltam valências várias ao Olival que tornam impossível dar resposta a tão grande número de equipas/atletas. A principal é o alojamento, que impacta sobretudo na gestão logística dos atletas e a nossa abrangência em termos de recrutamento. Mas há mais, como o facto da maioria dos espaços (ginásio, gabinetes, posto médico, etc.) estarem subdimensionados, já que foram construídos para servir uma realidade muito mais pequena de atletas, e não os mais de 400 que iriam passar a utilizar o Olival diariamente.

Falando agora na questão logística. Na opção CAR+Olival, para que o Olival possa ser utilizado por um maior número de equipas, os treinos têm de estar espaçados durante o dia. Isso cria um problema logístico terrível, sobretudo quando temos o contexto de alojamento e de escola muito afastado do local de treino. Dando um exemplo concreto, se formos buscar dois atletas de Barcelos, um com treino às 09h00 e outro com treino às 16h00, o primeiro terá de estar no Olival às 08h30 no máximo, enquanto o segundo terá de estar no Colégio às 08h20, uma vez que apenas terá treino à tarde. Quem conhece o trânsito no Porto sabe perfeitamente que, para que o primeiro possa estar às 08h30 no Olival, o segundo tem de ficar no Colégio uma hora antes. Ou seja, acordou às 5 e pouco da manhã, apanhou o transporte às 6h para estar no Colégio às 7h30, para ter aulas às 08h20. Depois, o regresso respeita a mesma dinâmica. Vai terminar o treino às 17h30, apanhar o transporte às 18h00, ir ter ao Colégio para ir buscar o que teve treino de manhã, e vai chegar a casa a passar das 20h00. Isto todos os dias. Depois os nossos adeptos admiram-se que tenhamos nas Fases Finais atletas cheios de cãibras e a claudicar em momentos decisivos. Isto é o que acontece atualmente com os nossos atletas e não seria muito diferente mesmo tendo o Olival apenas para a Formação. Toda esta logística é extremamente prejudicial para o rendimento desportivo, desempenho académico e até mesmo desenvolvimento físico de qualquer atleta, para não mencionar o seu bem-estar físico e mental. Mas a dispersão de horários não impacta apenas no transporte, impacta também na questão escolar. Basta pensar no transtorno que é o simples facto de se subir um atleta de escalão. Se o seu horário escolar estiver ajustado para treinar às 16h00 e se de repente tiver de treinar às 11h00, toda a sua rotina diária fica alterada de um dia para o outro.

Este levantamento serve para percebermos algo que é determinante para termos um espaço que seja o mais funcional possível: o número de campos. É o número de campos que vai determinar toda a qualidade do processo, porque permite uma menor dispersão dos horários de treino e, por isso, uma melhoria muito significativa tanto a nível desportivo como logístico. Por isso é que defendo que o cenário ideal para o clube é que o CAR seja construído num local que permita a expansão progressiva do número de campos e de valências, incluindo alojamento. A médio prazo, teremos a cidade desportiva de que precisamos, indispensável a um clube da dimensão do nosso e que pretende ser uma referência na Formação. Esta opção traz inúmeras vantagens:

- Melhor articulação de transporte, seja do serviço contratado pelo clube, seja entre as próprias famílias, permitindo mais tempo de descanso, estudo e lazer aos atletas.

- Articulação com a parte académica facilitada, independentemente do ano frequentado ou do escalão em que esteja.

- Facilidade na mudança de escalão de um atleta a meio da época, permanente ou temporária, sem que isso crie um enorme problema logístico e escolar.

- Mais tempo para os atletas fazerem o pré e pós treino, pois o campo estará sempre livre.

- Possibilidade de montar o treino com antecedência, não perdendo tempo efetivo de treino.

- Mais espaço fora do horário normal de treino para trabalho individualizado ou específico (p.e., para algo como o PJE, que tínhamos no passado).

- Garantia de que os escalões mais velhos não têm de partilhar o campo entre si.

- Espaço para jogos-treino a qualquer altura (semana ou fim-de-semana), sem prejudicar o horário ou espaço de treino ou jogo de outras equipas.

- Garantia que todas as equipas teriam espaço para o seu jogo ao fim-de-semana.

- Proximidade entre equipa profissional e Formação, fomentando a criação de sinergias.

- Possibilidade de todas as equipas de U14/U15 para cima treinarem em relvado natural, sem prejuízo de prepararem alguns jogos em relvado sintético quando necessário.

- Atractividade para o recrutamento de atletas, sobretudo os mais jovens. A falta de infraestruturas é a principal razão da perda de talento para os nossos rivais (e muito mais haveria a falar sobre isto...).

- Fonte de receita extraordinária através do aluguer do espaço a equipas/escolas de futebol estrangeiras em qualquer altura, mesmo que tenhamos as nossas equipas a treinar em simultâneo.

Como tem sido referido por aqui, e não só por mim, a discussão actual já não tem de ser sobre CAR ou Maia. Esse assunto está enterrado. A discussão actual tem de ser: fazer algo para tapar um buraco, aquém do necessário, sem capacidade de crescimento (CAR+Olival) e que hipoteca uma Cidade Desportiva para os próximos 30 anos, ou fazer algo mais demorado, que possa até começar por priorizar a equipa A mas que seja feito num local que depois permita ir acrescentando mais valências para que daqui a 10/15/20 anos tenhamos, de facto, uma Cidade Desportiva digna da grandeza do nosso clube. A resposta, no meu entender, é óbvia.

Quanto às outras questões, e porque já me estiquei um pouco na resposta à primeira, vou tentar ser conciso. A informação existe junto de quem vive a nossa realidade de forma mais próxima, seja de forma directa ou indirecta. AVB não vinha assim tão preparado para o que ia encontrar na Formação. Basta pensar que chegou a falar em famílias de acolhimento como alternativa à Casa do Dragão. Isso por si só é um indicador. Pessoas com impacto são Portistas com algum mediatismo, seja na televisão, seja nas redes sociais. O Tiago Silva, por exemplo, seria uma pessoa que se pegasse no assunto este teria um pouco mais de visibilidade.

Posso estar a ser ingénuo, mas acho que a solução "fast food" que o AVB arranjou para contrapor ao pântano arranjado pela cleptocacria na Maia (ao bom estilo da cleptocracia), até pelo tempo que já decorreu desde a sua eleição, parece-me que estará, no mímino, em águas de bacalhau. O que é bom sinal.


Creio que qualquer pessoa que olhe para isto com racionalidade só pode ser sensível aos argumentos que expões. São verdadeiros. São lógicos. E são definitivos. Repito, definitivos.


Não se pode desperdiçar o futuro do clube por limitações no presente. Há que ser realista, é verdade. Não vamos recuperar mais de 20 anos desperdiçados pela cleptocracia nos próximos anos, mas temos que deixar espaço para que se possa construir esse futuro, assim que seja possível. Urgência máxima.


Por fim, o FC Porto não tem assim tanta massa crítica e intelectual que possa desdenhar contribuições como esta do @Paul Ashworth. Quero acreditar que isto chega a quem de direito e que essa gente discorre a lógica destes argumentos. Mais, espero que o FC Porto (instituição) olhe para o @Paul Ashworth.
 
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arichard

Tribuna Presidencial
1 Setembro 2016
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Em relação às tuas questões, e passando à frente o ser ou não especialista, começo pelo porquê de achar que o Presidente está errado nesta opção. Para o demonstrar, antes de tudo é preciso perceber o que se pretende da obra. Sendo nós um clube desportivo, eu diria que o principal objectivo de uma obra desta magnitude será melhorar o desempenho das nossas equipas (nas mais diversas modalidades e escalões), proporcionando-lhes sobretudo melhorias em dois âmbitos: desportivo e logístico.

O Desportivo faz-se aumentando a qualidade do treino e de todos os serviços associados diretamente à performance do atleta (departamento médico, nutrição, psicologia, etc.). O Logístico faz-se aumentando o conforto dos atletas naquilo que são as suas rotinas diárias.

Olhando à realidade actual do clube, temos as equipas A e B a treinar no Olival e a Equipa A feminina a treinar entre Olival e Pedroso. O CAR iria permitir ter as 3 no mesmo espaço com melhores condições, juntando-se a estas equipas os Sub-19 masculinos.

Na Formação, onde temos 18 equipas de competição masculinas e 2 femininas, temos as nossas equipas a treinar em 4 espaços distintos: Olival (Sub-19 e Sub-13 a Sub-7), Constituição (Sub-14 a Sub-16), Pedroso (Sub-17) e Estádio Universitário (Sub-17 e Sub-19 femininos), dispersos por 5 horários distintos (09h00, 11h00, 16h00, 18h00 e 19h30). Para além destes espaços, é determinante para compreender toda a logística saber que a partir dos Sub-14 todos os atletas estão inseridos no nosso contexto de ensino, ficando divididos entre a Escola Maria Lamas e o Colégio Júlio Dinis. A esta realidade é ainda preciso acrescentar a Casa do Dragão, afastada de qualquer um destes pontos acima referidos.

Retirando os Sub-19 a esta contabilidade, que iriam para o CAR, todas as restantes equipas iriam para o Olival, num total de 19 equipas. Isto sem contar com o crescimento do futebol feminino, cujos escalões dos Sub-16 para baixo estão, à data, sob responsabilidade da Dragon Force, mas cujo objectivo é que a pouco e pouco passem para a esfera do Departamento de Formação.

Antes de olharmos para o Olival, referir que tanto o Olival como o CAR (no terreno em que está projectado), não têm possibilidade de expansão. Ou seja, o que se decidir fazer agora, será o que teremos para toda a nossa realidade nos próximos 25/30 anos.

Em relação ao Olival, o que teremos aí no futuro será o que temos agora: 4 campos para treino e um Mini-Estádio. Desses 4 campos de treino, apenas um pode receber jogos oficiais. Basicamente ficaríamos com 4 campos para treino e 2 campos para jogo para 19 equipas, sendo um desses campos de jogo de relva natural, ou seja, limitado na sua utilização. Ou seja, os problemas de espaço que temos hoje tanto para treino como para jogo iríamos continuar a ter. Não na mesma escala, mas iriam continuar a acontecer ao ponto de continuarmos a precisar de treinar e jogar em outros espaços. Para além disso, faltam valências várias ao Olival que tornam impossível dar resposta a tão grande número de equipas/atletas. A principal é o alojamento, que impacta sobretudo na gestão logística dos atletas e a nossa abrangência em termos de recrutamento. Mas há mais, como o facto da maioria dos espaços (ginásio, gabinetes, posto médico, etc.) estarem subdimensionados, já que foram construídos para servir uma realidade muito mais pequena de atletas, e não os mais de 400 que iriam passar a utilizar o Olival diariamente.

Falando agora na questão logística. Na opção CAR+Olival, para que o Olival possa ser utilizado por um maior número de equipas, os treinos têm de estar espaçados durante o dia. Isso cria um problema logístico terrível, sobretudo quando temos o contexto de alojamento e de escola muito afastado do local de treino. Dando um exemplo concreto, se formos buscar dois atletas de Barcelos, um com treino às 09h00 e outro com treino às 16h00, o primeiro terá de estar no Olival às 08h30 no máximo, enquanto o segundo terá de estar no Colégio às 08h20, uma vez que apenas terá treino à tarde. Quem conhece o trânsito no Porto sabe perfeitamente que, para que o primeiro possa estar às 08h30 no Olival, o segundo tem de ficar no Colégio uma hora antes. Ou seja, acordou às 5 e pouco da manhã, apanhou o transporte às 6h para estar no Colégio às 7h30, para ter aulas às 08h20. Depois, o regresso respeita a mesma dinâmica. Vai terminar o treino às 17h30, apanhar o transporte às 18h00, ir ter ao Colégio para ir buscar o que teve treino de manhã, e vai chegar a casa a passar das 20h00. Isto todos os dias. Depois os nossos adeptos admiram-se que tenhamos nas Fases Finais atletas cheios de cãibras e a claudicar em momentos decisivos. Isto é o que acontece atualmente com os nossos atletas e não seria muito diferente mesmo tendo o Olival apenas para a Formação. Toda esta logística é extremamente prejudicial para o rendimento desportivo, desempenho académico e até mesmo desenvolvimento físico de qualquer atleta, para não mencionar o seu bem-estar físico e mental. Mas a dispersão de horários não impacta apenas no transporte, impacta também na questão escolar. Basta pensar no transtorno que é o simples facto de se subir um atleta de escalão. Se o seu horário escolar estiver ajustado para treinar às 16h00 e se de repente tiver de treinar às 11h00, toda a sua rotina diária fica alterada de um dia para o outro.

Este levantamento serve para percebermos algo que é determinante para termos um espaço que seja o mais funcional possível: o número de campos. É o número de campos que vai determinar toda a qualidade do processo, porque permite uma menor dispersão dos horários de treino e, por isso, uma melhoria muito significativa tanto a nível desportivo como logístico. Por isso é que defendo que o cenário ideal para o clube é que o CAR seja construído num local que permita a expansão progressiva do número de campos e de valências, incluindo alojamento. A médio prazo, teremos a cidade desportiva de que precisamos, indispensável a um clube da dimensão do nosso e que pretende ser uma referência na Formação. Esta opção traz inúmeras vantagens:

- Melhor articulação de transporte, seja do serviço contratado pelo clube, seja entre as próprias famílias, permitindo mais tempo de descanso, estudo e lazer aos atletas.

- Articulação com a parte académica facilitada, independentemente do ano frequentado ou do escalão em que esteja.

- Facilidade na mudança de escalão de um atleta a meio da época, permanente ou temporária, sem que isso crie um enorme problema logístico e escolar.

- Mais tempo para os atletas fazerem o pré e pós treino, pois o campo estará sempre livre.

- Possibilidade de montar o treino com antecedência, não perdendo tempo efetivo de treino.

- Mais espaço fora do horário normal de treino para trabalho individualizado ou específico (p.e., para algo como o PJE, que tínhamos no passado).

- Garantia de que os escalões mais velhos não têm de partilhar o campo entre si.

- Espaço para jogos-treino a qualquer altura (semana ou fim-de-semana), sem prejudicar o horário ou espaço de treino ou jogo de outras equipas.

- Garantia que todas as equipas teriam espaço para o seu jogo ao fim-de-semana.

- Proximidade entre equipa profissional e Formação, fomentando a criação de sinergias.

- Possibilidade de todas as equipas de U14/U15 para cima treinarem em relvado natural, sem prejuízo de prepararem alguns jogos em relvado sintético quando necessário.

- Atractividade para o recrutamento de atletas, sobretudo os mais jovens. A falta de infraestruturas é a principal razão da perda de talento para os nossos rivais (e muito mais haveria a falar sobre isto...).

- Fonte de receita extraordinária através do aluguer do espaço a equipas/escolas de futebol estrangeiras em qualquer altura, mesmo que tenhamos as nossas equipas a treinar em simultâneo.

Como tem sido referido por aqui, e não só por mim, a discussão actual já não tem de ser sobre CAR ou Maia. Esse assunto está enterrado. A discussão actual tem de ser: fazer algo para tapar um buraco, aquém do necessário, sem capacidade de crescimento (CAR+Olival) e que hipoteca uma Cidade Desportiva para os próximos 30 anos, ou fazer algo mais demorado, que possa até começar por priorizar a equipa A mas que seja feito num local que depois permita ir acrescentando mais valências para que daqui a 10/15/20 anos tenhamos, de facto, uma Cidade Desportiva digna da grandeza do nosso clube. A resposta, no meu entender, é óbvia.

Quanto às outras questões, e porque já me estiquei um pouco na resposta à primeira, vou tentar ser conciso. A informação existe junto de quem vive a nossa realidade de forma mais próxima, seja de forma directa ou indirecta. AVB não vinha assim tão preparado para o que ia encontrar na Formação. Basta pensar que chegou a falar em famílias de acolhimento como alternativa à Casa do Dragão. Isso por si só é um indicador. Pessoas com impacto são Portistas com algum mediatismo, seja na televisão, seja nas redes sociais. O Tiago Silva, por exemplo, seria uma pessoa que se pegasse no assunto este teria um pouco mais de visibilidade.
Obrigado, são estas questões e outras que gostava de ver discutidas.
Já me deste uma introdução sobre as necessidades da formação.
Um muito obrigado pela tua contribuição.
 

grandeporto

Tribuna Presidencial
25 Agosto 2006
32,346
25,278
Gaia
Parabéns ao @Paul Ashworth pela lucidez, poder de argumentação, disponibilidade e coragem em expor os problemas do CAR proposto pelo AVB. Sem politiquice sem ressabiamento e com imenso amor ao FC do Porto e ao Futuro da Formação conseguiu lançar e centrar a discussão em muitos pontos a merecer reflexão.

Cabe a cada um de nós fazer tentar chegar estas ideias à Direção ou melhor ao AVB.
 

hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
24,493
20,233
Vila Nova de Gaia, 1975
Em relação às tuas questões, e passando à frente o ser ou não especialista, começo pelo porquê de achar que o Presidente está errado nesta opção. Para o demonstrar, antes de tudo é preciso perceber o que se pretende da obra. Sendo nós um clube desportivo, eu diria que o principal objectivo de uma obra desta magnitude será melhorar o desempenho das nossas equipas (nas mais diversas modalidades e escalões), proporcionando-lhes sobretudo melhorias em dois âmbitos: desportivo e logístico.

O Desportivo faz-se aumentando a qualidade do treino e de todos os serviços associados diretamente à performance do atleta (departamento médico, nutrição, psicologia, etc.). O Logístico faz-se aumentando o conforto dos atletas naquilo que são as suas rotinas diárias.

Olhando à realidade actual do clube, temos as equipas A e B a treinar no Olival e a Equipa A feminina a treinar entre Olival e Pedroso. O CAR iria permitir ter as 3 no mesmo espaço com melhores condições, juntando-se a estas equipas os Sub-19 masculinos.

Na Formação, onde temos 18 equipas de competição masculinas e 2 femininas, temos as nossas equipas a treinar em 4 espaços distintos: Olival (Sub-19 e Sub-13 a Sub-7), Constituição (Sub-14 a Sub-16), Pedroso (Sub-17) e Estádio Universitário (Sub-17 e Sub-19 femininos), dispersos por 5 horários distintos (09h00, 11h00, 16h00, 18h00 e 19h30). Para além destes espaços, é determinante para compreender toda a logística saber que a partir dos Sub-14 todos os atletas estão inseridos no nosso contexto de ensino, ficando divididos entre a Escola Maria Lamas e o Colégio Júlio Dinis. A esta realidade é ainda preciso acrescentar a Casa do Dragão, afastada de qualquer um destes pontos acima referidos.

Retirando os Sub-19 a esta contabilidade, que iriam para o CAR, todas as restantes equipas iriam para o Olival, num total de 19 equipas. Isto sem contar com o crescimento do futebol feminino, cujos escalões dos Sub-16 para baixo estão, à data, sob responsabilidade da Dragon Force, mas cujo objectivo é que a pouco e pouco passem para a esfera do Departamento de Formação.

Antes de olharmos para o Olival, referir que tanto o Olival como o CAR (no terreno em que está projectado), não têm possibilidade de expansão. Ou seja, o que se decidir fazer agora, será o que teremos para toda a nossa realidade nos próximos 25/30 anos.

Em relação ao Olival, o que teremos aí no futuro será o que temos agora: 4 campos para treino e um Mini-Estádio. Desses 4 campos de treino, apenas um pode receber jogos oficiais. Basicamente ficaríamos com 4 campos para treino e 2 campos para jogo para 19 equipas, sendo um desses campos de jogo de relva natural, ou seja, limitado na sua utilização. Ou seja, os problemas de espaço que temos hoje tanto para treino como para jogo iríamos continuar a ter. Não na mesma escala, mas iriam continuar a acontecer ao ponto de continuarmos a precisar de treinar e jogar em outros espaços. Para além disso, faltam valências várias ao Olival que tornam impossível dar resposta a tão grande número de equipas/atletas. A principal é o alojamento, que impacta sobretudo na gestão logística dos atletas e a nossa abrangência em termos de recrutamento. Mas há mais, como o facto da maioria dos espaços (ginásio, gabinetes, posto médico, etc.) estarem subdimensionados, já que foram construídos para servir uma realidade muito mais pequena de atletas, e não os mais de 400 que iriam passar a utilizar o Olival diariamente.

Falando agora na questão logística. Na opção CAR+Olival, para que o Olival possa ser utilizado por um maior número de equipas, os treinos têm de estar espaçados durante o dia. Isso cria um problema logístico terrível, sobretudo quando temos o contexto de alojamento e de escola muito afastado do local de treino. Dando um exemplo concreto, se formos buscar dois atletas de Barcelos, um com treino às 09h00 e outro com treino às 16h00, o primeiro terá de estar no Olival às 08h30 no máximo, enquanto o segundo terá de estar no Colégio às 08h20, uma vez que apenas terá treino à tarde. Quem conhece o trânsito no Porto sabe perfeitamente que, para que o primeiro possa estar às 08h30 no Olival, o segundo tem de ficar no Colégio uma hora antes. Ou seja, acordou às 5 e pouco da manhã, apanhou o transporte às 6h para estar no Colégio às 7h30, para ter aulas às 08h20. Depois, o regresso respeita a mesma dinâmica. Vai terminar o treino às 17h30, apanhar o transporte às 18h00, ir ter ao Colégio para ir buscar o que teve treino de manhã, e vai chegar a casa a passar das 20h00. Isto todos os dias. Depois os nossos adeptos admiram-se que tenhamos nas Fases Finais atletas cheios de cãibras e a claudicar em momentos decisivos. Isto é o que acontece atualmente com os nossos atletas e não seria muito diferente mesmo tendo o Olival apenas para a Formação. Toda esta logística é extremamente prejudicial para o rendimento desportivo, desempenho académico e até mesmo desenvolvimento físico de qualquer atleta, para não mencionar o seu bem-estar físico e mental. Mas a dispersão de horários não impacta apenas no transporte, impacta também na questão escolar. Basta pensar no transtorno que é o simples facto de se subir um atleta de escalão. Se o seu horário escolar estiver ajustado para treinar às 16h00 e se de repente tiver de treinar às 11h00, toda a sua rotina diária fica alterada de um dia para o outro.

Este levantamento serve para percebermos algo que é determinante para termos um espaço que seja o mais funcional possível: o número de campos. É o número de campos que vai determinar toda a qualidade do processo, porque permite uma menor dispersão dos horários de treino e, por isso, uma melhoria muito significativa tanto a nível desportivo como logístico. Por isso é que defendo que o cenário ideal para o clube é que o CAR seja construído num local que permita a expansão progressiva do número de campos e de valências, incluindo alojamento. A médio prazo, teremos a cidade desportiva de que precisamos, indispensável a um clube da dimensão do nosso e que pretende ser uma referência na Formação. Esta opção traz inúmeras vantagens:

- Melhor articulação de transporte, seja do serviço contratado pelo clube, seja entre as próprias famílias, permitindo mais tempo de descanso, estudo e lazer aos atletas.

- Articulação com a parte académica facilitada, independentemente do ano frequentado ou do escalão em que esteja.

- Facilidade na mudança de escalão de um atleta a meio da época, permanente ou temporária, sem que isso crie um enorme problema logístico e escolar.

- Mais tempo para os atletas fazerem o pré e pós treino, pois o campo estará sempre livre.

- Possibilidade de montar o treino com antecedência, não perdendo tempo efetivo de treino.

- Mais espaço fora do horário normal de treino para trabalho individualizado ou específico (p.e., para algo como o PJE, que tínhamos no passado).

- Garantia de que os escalões mais velhos não têm de partilhar o campo entre si.

- Espaço para jogos-treino a qualquer altura (semana ou fim-de-semana), sem prejudicar o horário ou espaço de treino ou jogo de outras equipas.

- Garantia que todas as equipas teriam espaço para o seu jogo ao fim-de-semana.

- Proximidade entre equipa profissional e Formação, fomentando a criação de sinergias.

- Possibilidade de todas as equipas de U14/U15 para cima treinarem em relvado natural, sem prejuízo de prepararem alguns jogos em relvado sintético quando necessário.

- Atractividade para o recrutamento de atletas, sobretudo os mais jovens. A falta de infraestruturas é a principal razão da perda de talento para os nossos rivais (e muito mais haveria a falar sobre isto...).

- Fonte de receita extraordinária através do aluguer do espaço a equipas/escolas de futebol estrangeiras em qualquer altura, mesmo que tenhamos as nossas equipas a treinar em simultâneo.

Como tem sido referido por aqui, e não só por mim, a discussão actual já não tem de ser sobre CAR ou Maia. Esse assunto está enterrado. A discussão actual tem de ser: fazer algo para tapar um buraco, aquém do necessário, sem capacidade de crescimento (CAR+Olival) e que hipoteca uma Cidade Desportiva para os próximos 30 anos, ou fazer algo mais demorado, que possa até começar por priorizar a equipa A mas que seja feito num local que depois permita ir acrescentando mais valências para que daqui a 10/15/20 anos tenhamos, de facto, uma Cidade Desportiva digna da grandeza do nosso clube. A resposta, no meu entender, é óbvia.

Quanto às outras questões, e porque já me estiquei um pouco na resposta à primeira, vou tentar ser conciso. A informação existe junto de quem vive a nossa realidade de forma mais próxima, seja de forma directa ou indirecta. AVB não vinha assim tão preparado para o que ia encontrar na Formação. Basta pensar que chegou a falar em famílias de acolhimento como alternativa à Casa do Dragão. Isso por si só é um indicador. Pessoas com impacto são Portistas com algum mediatismo, seja na televisão, seja nas redes sociais. O Tiago Silva, por exemplo, seria uma pessoa que se pegasse no assunto este teria um pouco mais de visibilidade.
A essa excelente análise (como sempre aliás), vinda de quem se vê logo que está perfeitamente dentro do assunto e não manda umas postas de pescada para o ar, falta, contudo, um ponto essencial. A concretização do custo dessa opção.

Se não considerarmos o custo, uma excelente opção será sempre melhor do que uma boa opção. Só ponderando o custo de cada opção é que se encontra a solução ótima. Esse é o princípio base na avaliação e escolha de diferentes projetos.

Um economista faria-te desde logo as seguintes questões (que espero que possas responder, pelo menos de forma aproximada).

1 - Qual a dimensão da tal "Cidade Desportiva digna da grandeza do nosso clube" que permitiria obter as vantagens que enumeraste? Quantos campos (relvados + sintéticos), que infraestruturas de apoio?

2 - Qual o custo do investimento e o custo anual de manutenção/utilização dessa Cidade Desportiva?

3 - Se tivesses essa Cidade Desportiva hoje ou daqui a 10 anos, o que farias às outras infraestruturas, designadamente ao Olival e à Constituição?
 
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Reações: slowhand e arichard

Raba

Tribuna Presidencial
13 Junho 2013
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28,079
Conquistas
4
  • André Villas-Boas
  • Fernando "Bibota" Gomes
  • Alfredo Quintana
  • Campeão Nacional 19/20
Este assunto foi a guerra da eleição, mas foi é grande baleizão para adepto comer.
É um assunto importante, é urgente, mas não acho que se devam precipitar. Estamos a falar de gastar muito dinheiro, estamos a falar de uma obra que vai ter de servir o clube para as próximas décadas.
Por mim, se entenderem que devem estudar um pouco melhor o assunto e avançar apenas daqui a 6 meses / 1 ano, não acho mal.

O pior que podem fazer é avançar com uma cagada de projeto só para dizerem aos sócios que cumpriram a promessa eleitoral de avançar logo no 1º ano de mandato.
 

arichard

Tribuna Presidencial
1 Setembro 2016
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9,282
Parabéns ao @Paul Ashworth pela lucidez, poder de argumentação, disponibilidade e coragem em expor os problemas do CAR proposto pelo AVB. Sem politiquice sem ressabiamento e com imenso amor ao FC do Porto e ao Futuro da Formação conseguiu lançar e centrar a discussão em muitos pontos a merecer reflexão.

Cabe a cada um de nós fazer tentar chegar estas ideias à Direção ou melhor ao AVB.
Isto tem que ser feito formalmente e pelos tais "notaveis" e temos que marcar uma AG para se discutir o tema do CAR/Academia/Cidade do FCPorto ... o que queiram chamar ...Não era agora em Março que será adquirido o terreno? temos que actuar e rapidamente para discutir este tema ...

Não podemos lançar este tema para discussão e deixar que o CAR veja a luz do dia ... Aí já é tarde demais ...

É recolher assinaturas, e podem contar com a minha para que os sócios decidam o futuro do futebol do FCPorto ...

O Rio era uma das pessoas que poderia propor e levar esse tema a debate e a discussão ...
 

arichard

Tribuna Presidencial
1 Setembro 2016
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A essa excelente análise (como sempre aliás), vinda de quem se vê logo que está perfeitamente dentro do assunto e não manda umas postas de pescada para o ar, falta, contudo, um ponto essencial. A concretização do custo dessa opção.

Se não considerarmos o custo, uma excelente opção será sempre melhor do que uma boa opção. Só ponderando o custo de cada opção é que se encontra a solução ótima. Esse é o princípio base na avaliação e escolha de diferentes projetos.

Um economista faria-te desde logo as seguintes questões (que espero que possas responder, pelo menos de forma aproximada).

1 - Qual a dimensão da tal "Cidade Desportiva digna da grandeza do nosso clube" que permitiria obter as vantagens que enumeraste? Quantos campos (relvados + sintéticos), que infraestruturas de apoio?

2 - Qual o custo do investimento e o custo anual de manutenção/utilização dessa Cidade Desportiva?

3 - Se tivesses essa Cidade Desportiva hoje ou daqui a 10 anos, o que farias às outras infraestruturas, designadamente ao Olival e à Constituição?
A constituição poderia ser para pavilhões para o clube.

O Olival a meu ver, deveríamos juntamente com a Câmara de Gaia e fundos 2030 tentar fazer um Centro de Alto rendimento multidisplinar, pista de tartan, etc , Piscina, Pavilhao multidisplinar e a ser gerido pela Fundação Porto para os nossos atletas de modalidades, atletismo, etc ...

O custo do investimento/manutenção é um não assunto tal como AVB e PdCosta enumeraram ... Os proveitos(venda de activos) que advêm de termos infraestruturas adequadas pagam a Cidade Desportiva ...

Mas isto tudo feito com tempo e com as capacidades que o clube possuir para i fazend aos poucos ...
 

hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
24,493
20,233
Vila Nova de Gaia, 1975
A constituição poderia ser para pavilhões para o clube.

O Olival a meu ver, deveríamos juntamente com a Câmara de Gaia e fundos 2030 tentar fazer um Centro de Alto rendimento multidisplinar, pista de tartan, etc , Piscina, Pavilhao multidisplinar e a ser gerido pela Fundação Porto para os nossos atletas de modalidades, atletismo, etc ...

O custo do investimento/manutenção é um não assunto tal como AVB e PdCosta enumeraram ... Os proveitos(venda de activos) que advêm de termos infraestruturas adequadas pagam a Cidade Desportiva ...

Mas isto tudo feito com tempo e com as capacidades que o clube possuir para i fazend aos poucos ...
O custo nunca é um não assunto. Senão podíamos estar aqui a discutir a construção de uma Cidade Desportiva por 200 ME e até de um estádio novo com mais capacidade e mais avançado tecnologicamente.

Além disso, o que se discutia era o custo das diversas alternativas. É diferente comparar uma alternativa que custa, por exemplo, 30 ME com outra de 50 ME ou compará-la com uma que custa 100 ME ou mais (valores hipotéticos)...
 
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miguel

Tribuna Presidencial
1 Agosto 2006
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Um cidade FCPORTO era o melhor que podia acontecer ao clube e até para a própria cidade. Onde fosse possível ter o melhor detalhe desde a pessoa que limpa até ao conforto para os atletas em todas as modalidades. Como um todo e sem andar a mendigar em nada....existir uma dinâmica em prol do clube e cidade.

Agora claro, tem de existir investimento e visão futura de como sustentar.
 

arichard

Tribuna Presidencial
1 Setembro 2016
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O custo nunca é um não assunto. Senão podíamos estar aqui a discutir a construção de uma Cidade Desportiva por 200 ME e até de um estádio novo com mais capacidade e mais avançado tecnologicamente.

Além disso, o que se discutia era o custo das diversas alternativas. É diferente comparar uma alternativa que custa, por exemplo, 30 ME com outra de 50 ME ou compará-la com uma que custa 100 ME ou mais (valores hipotéticos)...
Mesmo considerando um valor hipotético de 100M não implica necessariamente que tenha que ser feito nos próximos 3 anos ...
O CAR em si vai ser efectuado faseadamente ...

Aqui o que se discute é que vamos fazer um investimento de 35M€ (a ver vamos) que pode amenizar os problemas do clube actualmente mas não os resolve por completo nem agora nem no futuro ...

Daqui a 20 anos estámos a dizer que o CAR é curto, que o Olival e curto e daqui a uns dias a parceria acaba, etc, etc, etc ...

Eu fico conformado se num outro espaço se faça só o que estava previsto no CAR, e depois o resto virá com o tempo ...
 
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arichard

Tribuna Presidencial
1 Setembro 2016
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Continua a ignorar-se o (ou um dos...) elefante(s) na sala.

Nós temos a concessão do Olival por mais perto de 30 anos, salvo erro, a um custo irrisório...
Mas 4 campos de treino e um estádio chega para a formação?

De qualquer forma, ninguém disse que por mudarmos o CAR de Gaia para outro local que tenhamos que sair do Olival ... O mais provável é ser lá a formação enquanto a Cidade Desportiva não está pronta ...
 
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hawkeyes

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19 Julho 2006
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Mas 4 campos de treino e um estádio chega para a formação?

De qualquer forma, ninguém disse que por mudarmos o CAR de Gaia para outro local que tenhamos que sair do Olival ... O mais provável é ser lá a formação enquanto a Cidade Desportiva não está pronta ...
E quando estiver pronta?

Ou só vai estar pronta daqui a + 20 anos?...
 

pvieira91

Tribuna Presidencial
2 Setembro 2012
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Uma parte significativa dos terrenos do CAR estão catalogados como reserva ambiental não é? Não se pode fazer lá nada. Mas acham que se avançarmos com a construção do CAR e no futuro precisarmos de expandir não se consegue uma licença "especial" para se construírem mais campos? Eu acho que se consegue...
 

hawkeyes

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19 Julho 2006
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Uma parte significativa dos terrenos do CAR estão catalogados como reserva ambiental não é? Não se pode fazer lá nada. Mas acham que se avançarmos com a construção do CAR e no futuro precisarmos de expandir não se consegue uma licença "especial" para se construírem mais campos? Eu acho que se consegue...
Não me parece que devamos contar com isso.

O CAR parece ser assumidamente uma solução para o médio prazo, enquanto tivermos o Olival.
 
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arichard

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1 Setembro 2016
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E quando estiver pronta?

Ou só vai estar pronta daqui a + 20 anos?...
Quando estiver pronta já te disse que uma das utilizações é ser utilizada pela Fundação FCPorto ... Não dizes que o custo é irrisório?
Qual é o grande stress com o Olival? Não dizem que aquilo custa uma bagatela? Então porque não dar essas condições aos atletas que vão competir sob a nossa camosila por intermédio da Fundação Porto?

E pelo caminho vamos trabalhando um pouco na descentralização das infraestruturas desportivas ...
 

hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
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Vila Nova de Gaia, 1975
Quando estiver pronta já te disse que uma das utilizações é ser utilizada pela Fundação FCPorto ... Não dizes que o custo é irrisório?
Qual é o grande stress com o Olival? Não dizem que aquilo custa uma bagatela? Então porque não dar essas condições aos atletas que vão competir sob a nossa camosila por intermédio da Fundação Porto?

E pelo caminho vamos trabalhando um pouco na descentralização das infraestruturas desportivas ...
Isto é, não tens nenhuma utilização relevante para o Olival.

Já agora, o Vitalis Park podia ficar para festas de aniversário dos sócios...
 

arichard

Tribuna Presidencial
1 Setembro 2016
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Isto é, não tens nenhuma utilização relevante para o Olival.

Já agora, o Vitalis Park podia ficar para festas de aniversário dos sócios...
Já te respondi relativamente ao Vitalis Park, pavilhões que o clube perdeu ...

Mas tu defendes o CAR? Investir 35M€ numa infraestrutura que daqui a 20 anos estará obsoleta?

Se a Camara de Gaia não quiser renovar a parceria com o Olival ficámos com o CAR a fazer do que?