Só gostaria de esclarecer que, aquando dos tumultos entre os indivíduos no Martim Moniz, uma equipa da CNN foi agredida.
De resto, é cagativo o facto de serem imigrantes ou não. Os gunões / mitras sempre criaram insegurança, portanto este paleio do "país muito seguro" tem muito que se lhe diga...no auge da droga em Portugal, também éramos considerados um país seguro, embora em rigor não o fôssemos, pelo menos no Porto e em Lisboa (o resto do país sempre foi mais tranquilo).
Apetece-me de uma vez por todas desmascarar o Global Piece Index. Esse ranking tem como base vários indicadores, alguns dos quais referentes a guerras nos planos nacional e internacional, terrorismo, número de pessoas presas, gastos militares e...percepção da criminalidade pela sociedade. Ou seja, esse ranking não afere, em abono da verdade, a verdadeira segurança no sentido que lhe é correntemente atribuído (somente alguns indicadores), e é ele próprio baseado em indicadores qualitativos assentes em percepções.
Não obstante, é perfeitamente irrelevante o fator imigração no que toca ao incremento em alguns crimes violentos. Pegue-se no crime de roubo, a título de exemplo: só podem estar a gozar com a minha cara se disserem que os imigrantes vieram trazer isso. Apenas quem nunca andou, por hipótese, na zona do ISEP, é que pode alegar algo do género.
Tenho tão só três problemas com a imigração *excessiva*:
1. A entrada em Portugal de elementos de organizações criminosas muito violentas e com uma estrutura sofisticada. Falo nomeadamente do Comando Vermelho e do Primeiro Comando da Capital.
2. Muitos imigrantes vivem em condições horríveis, inconciliáveis com a dignidade da pessoa humana, além do nosso Estado social não ter a exigida pujança para lhes garantir condições mínimas e dignas de vida.
3. Crimes contra mulheres, em particular provocados por imigrantes do subcontinente indiano. Não, não quero com isto dizer que "lhes está no sangue", como tantas vezes certos indivíduos querem fazer passar. Com efeito, são imigrantes de diferentes culturas, mas essas diferentes culturas têm os mesmos imbróglios no que concerne aos direitos das mulheres - imbróglios esses que já foram dezenas de vezes apontados por grupos feministas dessas regiões. A saber:
- uma cultura de violação muito acentuada (v.g. violação grupal)
- visão da mulher como propriedade do homem, à qual este tem pleno direito e de que pode dispor como bem entender
- leis aberrantes, incompatíveis com as de qualquer país desenvolvido. Nomeadamente, a violação da mulher por parte do seu cônjuge, que não configura qualquer crime
Ora, não nos enganemos: Portugal também tem problemas neste âmbito, principalmente no que toca ao crime de violência doméstica. O que se trata aqui, porém, é de não promover ainda mais esse atropelo aos direitos das mulheres num plano fáctico - de nada vale uma lei se ela não possui aderência nas situações da vida, e se não tiver o aparelho coativo do Estado a funcionar de modo adequado.