Actualidade Nacional

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Ainda gostava de compreender o que leva a este fenómeno. Se é mesmo alguma esperança de ganhar dinheiro, ou se é só adrenalina ou adicionar algum interesse extra aos jogos que veem.

Se for só a parte financeira, não faz qualquer sentido e devia ser encarado como transtorno do jogo.
 
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25 Julho 2007
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Esmoriz
Depois vem se queixar que os candidatos a PSP e GNR são menos 70% que a 10 anos atrás.
E ainda mandam a musiquinha que é por causa do dinheiro...
O dinheiro conta mas estar constantemente escrutinado por más práticas contra criminosos ninguém está para isso.
Que vão os woke ser policias.
"há 10 anos atrás".

Há muitas razões que têm a ver com o salário baixo que não compensa o risco físico, a percepção pública da polícia, os critérios de selecção mais rigorosos e o impacto psicológico da profissão, mas tinha que vir a puta da boca aos wokes, porque hoje em dia tudo é guerra cultural, né filhote? Tu não queres polícia, queres é repressão justicialista.
 

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Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
Ponto prévio. A profissão de professor é uma profissão complicada e que merece ser respeitada. Como qualquer outra. É o futuro do nosso país que está em causa.
Todavia, esta ideia que antigamente é que se respeitavam os professores e agora não é uma ideia romântica mas que não passa disso. Hoje em dia existe uma pressão imensa dos pais porque toda a gente quer o filho médico para assegurar o futuro e depois assistem-se a e.p de loucura total nas escolas. Mas no passado, e pese embora o alheamento dos pais talvez fosse um pouco maior, eu na primário tive 2 professoras que foram parar ao hospital, uma por agressão de um aluno que já não tinha idade para lá andar e outra por uma mãe que não entendeu a coça que o filho levou um certo dia e depois a ausência de castigo quando a filha da professora fez a mesma coisa. No secundário, o que não faltou foram professores com e.p de ansiedade e stress que levavam a constantes baixas. No meu 7.º ano tive uma professora de moral que deu um berro numa aula e saiu porta fora marcando falta disciplinar a todos. Resultado, fomos todos lavar louça 2 semanas.
A situação aqui no entanto é um pouco específica e demasiado concreta para ser entendida com ligeireza. Como é óbvio, qualquer pessoa sensata nunca generalizaria os atos de uma idiota destas a uma classe profissional. O problema é que não vivemos em tempos normais e como tal é sempre curioso ver a diferença no critério que se aplica nas generalizações. Facilmente se desculpam um certo tipo de atitudes para depois ser muito mais assertivo nas conclusões em outro tipo de situações.

Ps: Com sorte teremos pessoas a dizer (não seria surpresa se fosse uma das estratégias de defesa) que esta sr.ª quando os mandou para a terra deles estava de facto era a mandá-los para esmoriz ou para o furadouro ._."
Uma coisa que me intriga em relação aos professores é como, muitas vezes, um bom professor, apreciado por alunos e pais, que ainda está motivado no seu trabalho, acaba por ficar apenas um ano numa escola. No ano seguinte, devido à falta de vagas, tem de mudar para outra escola, perdendo os laços criados com a comunidade anterior.

Enquanto isso, há professores efetivos que, já desmotivados, permanecem nas escolas durante décadas, sem conseguir conquistar o respeito dos alunos ou da comunidade, muitas vezes com baixas infinitas sem qualquer motivo que não seja a falta de vontade. Pela idade dessa senhora, parece ser esse o caso. Provavelmente pagará uma multa e voltará a dar aulas na mesma escola detestada por todos, até ao próximo episódio.

Não faço ideia de que como isso se poderia resolver, talvez com uma maior autonomia das escolas na contratação de pessoal docente.
 
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2 Setembro 2013
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  • Alfredo Quintana
Ainda gostava de compreender o que leva a este fenómeno. Se é mesmo alguma esperança de ganhar dinheiro, ou se é só adrenalina ou adicionar algum interesse extra aos jogos que veem.

Se for só a parte financeira, não faz qualquer sentido e devia ser encarado como transtorno do jogo.
Existem certos movimentos da sociedade que vão sendo sinalizados mas por um interesse ou outro ninguém quer saber e continuam a assobiar para o lado.
Este caso é gritante à demasiado tempo e ninguém mete mão nisto, pelo contrário, como toda a gente ganha com este agravar da miséria das pessoas ainda temos cada vez mais incentivos às apostas com publicidade e mais publicidade..

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Depois admiram-se.
 
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7 Abril 2012
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  • Alfredo Quintana
Ainda gostava de compreender o que leva a este fenómeno. Se é mesmo alguma esperança de ganhar dinheiro, ou se é só adrenalina ou adicionar algum interesse extra aos jogos que veem.

Se for só a parte financeira, não faz qualquer sentido e devia ser encarado como transtorno do jogo.
Desconfio que, daqui a uns anos, olharemos para trás e interrogar-nos-emos como permitimos publicidade a rodos aos jogos de azar. Algumas ligas de futebol, por exemplo, começam a arrepiar caminho. Sobre-exposição, facilidade de acesso, uma variedade de estímulos à adicção (como a elevada probabilidade de acerto ou prémio; mas não de ganhos continuados), popularidade do desporto e do raspa-raspa, falsa percepção sobre a natureza do jogo, pobreza, doença... não que não seja possível retirar alguma emoção e entretenimento da coisa, ou apostar sem consequências nefastas, mas... toda a envolvência, a meu ver, deveria ser fortemente limitada. E desencorajada.
 
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Cheue

12 Maio 2016
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e a questão do jogo vai mesmo dos 8 aos 80

as pessoas mais velhas com as raspadinhas, Euromilhões, etc..

e os putos até começam logo nos videojogos que têm caixas, pacotes ou algo do género para abrir e que já envolve dinheiro real
e depois ainda levam com vários youtubers a promover-lhes constantemente aqueles casinos online mafiosos...

pelo meio há as apostas online desportivas para praticamente todas as idades...
 

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25 Julho 2007
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Esmoriz
e a questão do jogo vai mesmo dos 8 aos 80

as pessoas mais velhas com as raspadinhas, Euromilhões, etc..

e os putos até começam logo nos videojogos que têm caixas, pacotes ou algo do género para abrir e que já envolve dinheiro real
e depois ainda levam com vários youtubers a promover-lhes constantemente aqueles casinos online mafiosos...

pelo meio há as apostas online desportivas para praticamente todas as idades...
As raspadinhas e as milésimas variantes são impressionantes. Não há uma vez em que eu vá a uma papelaria (e vou, duas ou três vezes por semana) e não está uma fila de boomers a pagar cenas no payshop e a gastar o remanescente em raspadinhas.
 
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Cheue

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As raspadinhas e as milésimas variantes são impressionantes. Não há uma vez em que eu vá a uma papelaria (e vou, duas ou três vezes por semana) e não está uma fila de boomers a pagar cenas no payshop e a gastar o remanescente em raspadinhas.
só serve para tirar rendimento às pessoas...

a parte positiva disso é que ao menos o dinheiro vai para a santa casa, mas até isso conseguiram estragar com uma gestão de merda e agora só dão prejuizo... não devem ter grande coisa para distribuir...
 

liebe_fcp

Arquibancada
16 Junho 2017
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Sabes que a geração que levava castigos dos professores e dos pais quando se portava mal na escola é a mesma que cresceu e agora vai reclamar com os professores à porta da escola se os filhos são repreendidos, certo?
Sei perfeitamente, e as gerações anteriores ainda mais. E?
Eu faço parte dessa geração e não me revejo minimamente na falta de respeito a que se assiste hoje com tanta frequência...
 

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25 Julho 2007
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Sei perfeitamente, e as gerações anteriores ainda mais. E?
Eu faço parte dessa geração e não me revejo minimamente na falta de respeito a que se assiste hoje com tanta frequência...
É um sinal que o respeito, anteriormente imposto pela repressão e pelo medo, como método de educação cívica não funcionou como exemplo para os futuros adultos.
 

liebe_fcp

Arquibancada
16 Junho 2017
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É um sinal que o respeito, anteriormente imposto pela repressão e pelo medo, como método de educação cívica não funcionou como exemplo para os futuros adultos.
Não entendo como podes tirar da cartola estes coelhos.
A sério que gostava de saber como educar um filho sem que ele perceba que quem manda é o pai / mãe e que lhe deve respeito. Para isso, é preciso dizer não muitas vezes e ser duro outras tantas. Dureza essa que dói mais a quem tem a obrigação de educar. E, pasme-se, não é preciso violência para o efeito.

Há um pormenor que muita gente ainda não compreendeu: a educação dá-se em casa. Na escola ensina-se. Os professores não têm que levar com a falta de educação de meninos mimados que acham que podem tudo.
Óbvio que na outra face da moeda estão os professores que têm o dever de respeitar, tratar todos por igual sem excluir ninguém. Mas estes estão em clara desvantagem.
 
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Devenish

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11 Outubro 2006
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  • Reinaldo Teles
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Não entendo como podes tirar da cartola estes coelhos.
A sério que gostava de saber como educar um filho sem que ele perceba que quem manda é o pai / mãe e que lhe deve respeito. Para isso, é preciso dizer não muitas vezes e ser duro outras tantas. Dureza essa que dói mais a quem tem a obrigação de educar. E, pasme-se, não é preciso violência para o efeito.

Há um pormenor que muita gente ainda não compreendeu: a educação dá-se em casa. Na escola ensina-se. Os professores não têm que levar com a falta de educação de meninos mimados que acham que podem tudo.
Óbvio que na outra face da moeda estão os professores que têm o dever de respeitar, tratar todos por igual sem excluir ninguém. Mas estes estão em clara desvantagem.
Em casa está-se ao tlm, pai, mãe e filhos. Sei do que estou a falar porque já ví disso na minha família,na de outros próximos, nos cafés, na rua e seja lá aonde for.
Os meus filhos não foram educados assim porque são de outra geração anteriores ao tlm.
Eu por opção não tenho net no tlm embora esteja mais de 3/4 do dia no pc mas moro só e em 3 dias que não estou sou criticado, e bem, pela minha namorada por estar sempre ali embora haja razões para o fazer mas não justificam esse meu comportamento.
Mas voltando ao maldito tlm - começa por aí, as pessoas ou porque chegam cansadas do emprego ou porque não têm visão deixam andar.
A geração que está entre os 3 anos e os 10 vá lá 12,15 é destes tempos, isto vai ter custos a médio e longo prazo.
 

Manageiro de futból

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Não entendo como podes tirar da cartola estes coelhos.
A sério que gostava de saber como educar um filho sem que ele perceba que quem manda é o pai / mãe e que lhe deve respeito. Para isso, é preciso dizer não muitas vezes e ser duro outras tantas. Dureza essa que dói mais a quem tem a obrigação de educar. E, pasme-se, não é preciso violência para o efeito.

Há um pormenor que muita gente ainda não compreendeu: a educação dá-se em casa. Na escola ensina-se. Os professores não têm que levar com a falta de educação de meninos mimados que acham que podem tudo.
Óbvio que na outra face da moeda estão os professores que têm o dever de respeitar, tratar todos por igual sem excluir ninguém. Mas estes estão em clara desvantagem.
Opá eu disse o que disse por causa desta tua frase "No meu tempo, se chegasse a casa e dissesse que o professor me havia ralhado ou até mesmo dado uma reguada (anos 80), antes da pergunta "porquê" já estava a levar outra vez, desta vez da minha mãe. E, pasme-se, ajudou-me a ser um ser humano educado e a respeitar o próximo."

Era uma característica muito comum na geração dos anos 80, a geração dos meus irmãos.

Como se vê actualmente, levar reguadas do professor e a seguir levar em casa, não ajudou a que a geração que foi educada assim, passasse aos seus filhos os valores do respeito. Quando eram miúdos "comiam" do professor e dos pais, agora deixam os seus ricos filhinhos fazerem o que bem lhes apetece. Os mimados actuais são os filhos da geração que foi educada com base no tabefe.
 

Manageiro de futból

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25 Julho 2007
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Esmoriz
Em casa está-se ao tlm, pai, mãe e filhos. Sei do que estou a falar porque já ví disso na minha família,na de outros próximos, nos cafés, na rua e seja lá aonde for.
Os meus filhos não foram educados assim porque são de outra geração anteriores ao tlm.
Eu por opção não tenho net no tlm embora esteja mais de 3/4 do dia no pc mas moro só e em 3 dias que não estou sou criticado, e bem, pela minha namorada por estar sempre ali embora haja razões para o fazer mas não justificam esse meu comportamento.
Mas voltando ao maldito tlm - começa por aí, as pessoas ou porque chegam cansadas do emprego ou porque não têm visão deixam andar.
A geração que está entre os 3 anos e os 10 vá lá 12,15 é destes tempos, isto vai ter custos a médio e longo prazo.
Já está a ter efeitos actualmente, mas curiosamente quando se fala em limitar o uso de telemóvel nas escolas ou em impedir os menores de 16 anos de aceder a redes sociais, essas medidas são muito mal vistas por toda uma geração adulta que confunde irresponsabilidade com liberdade.
 

Devenish

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Já está a ter efeitos actualmente, mas curiosamente quando se fala em limitar o uso de telemóvel nas escolas ou em impedir os menores de 16 anos de aceder a redes sociais, essas medidas são muito mal vistas por toda uma geração adulta que confunde irresponsabilidade com liberdade.
e em casa. eu vejo com os meus netos quando lá vou - um de 13 anos e outra de 7 anos. antigamente até para comer tinham o tlm ao lado a verem, eu chamei a atenção e agora já não vejo isso.
Foi preciso um pobre desgraçado com 71 anos chamar à atenção para os pais abrirem os olhos?
E em casa da minha namorada quando um filho vai lá almoçar de 15 em 15 dias estavam os pais a comerem e a ver o tlm, foi preciso ela chamar à atenção para deixarem de fazer? e têm ambos 38 e 36 anos...
 
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DeZ

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O problema da falta de educação vem de casa, sem dúvida. E logicamente que quem tem a responsabilidade e dever de educar são os pais. Mas muitos deles não o fazem, seja porque não sabem ou porque não querem saber. Essa é a realidade.

E por muito que os professores até possam ter razão ao dizer que a sua função é ensinar e não educar...a verdade é que são eles quem passa a maior parte do tempo com as crianças/jovens. Portanto a solução passa muito por eles. É que são esses miúdos que daqui a uns anos serão pais. Se nada for feito, vão ser eles os próximos a continuar o ciclo vicioso. Há que quebrar essa tendência e a única forma de o fazer é mesmo passando valores de educação e respeito nas escolas, porque se estiverem à espera que isso seja feito em casa, vai tudo continuar como está.

P.S. Quanto a este tema estou à vontade para falar porque tenho muitos professores na família e todos eles têm histórias de "terror" para contar sobre o actual estado de coisas no ensino.
 

Devenish

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Opá eu disse o que disse por causa desta tua frase "No meu tempo, se chegasse a casa e dissesse que o professor me havia ralhado ou até mesmo dado uma reguada (anos 80), antes da pergunta "porquê" já estava a levar outra vez, desta vez da minha mãe. E, pasme-se, ajudou-me a ser um ser humano educado e a respeitar o próximo."

Era uma característica muito comum na geração dos anos 80, a geração dos meus irmãos.

Como se vê actualmente, levar reguadas do professor e a seguir levar em casa, não ajudou a que a geração que foi educada assim, passasse aos seus filhos os valores do respeito. Quando eram miúdos "comiam" do professor e dos pais, agora deixam os seus ricos filhinhos fazerem o que bem lhes apetece. Os mimados actuais são os filhos da geração que foi educada com base no tabefe.
Eu que me lembre batí nos meus filhos uma vez em cada um e arrependo-me amargamente e não esqueço porque fui injusto.
Não precisei de tabefes para os educar, bastava dizer não e eles obedeciam - posso ter sido um sortudo mas foi assim, a minha falecida mãe andava sempre a ralhar-me deles mas eu não ligava porque as notas escolares eram boas e eu sabia como agir se não fossem, nunca fui chamado à escola para me fazerem queixas deles. Só uma vez fui chamado já o meu filho andava no 9º ano de escolaridade e a diretora perguntou-me porque não vem saber nada dele, eu perguntei; ele é mau aluno, tem más notas que eu saiba são boas, foi deselegante com algum professor? Resposta dela meia encabutada; nada disso, é bom aluno e educado mas anda no recreio isolado dos outros, respondi-lhe; sai ao pai é chato mas não perturba ninguém pois não? E vim embora.
Mas se tivesse necessidade de agir eu saberia fazer só que não encontrava motivos, um exemplo ridículo; a minha filha já com 16 anos queria sair e a mãe dela dizia; vai pedir autorização ao teu pai - eu ficava fodido com aquilo. Ainda por cima a minha mãe a remoer por trás e eu sabia porquê; foi educada num colégio de freiras e tinha uma educação severa que me tentou transmitir mas com 14 anos eu já não lhe obedecia e porque ia impor a outros o que aprendi e não serviu para mim?
PS;
fui expulso uma vez de uma aula por estar a conversar, o professor era o mítico Óscar Lopes e apenas me disse em voz muito serena; pode sair.
Nunca mais o ví, anos mais tarde soube que foi preso pela DGS/Pide e não foi por esta cena seguramente.
Mas nos tempos do Liceu tive um professor de português que se entusiasmava com o que ensinava, era brilhante mas era louco, constava que tinha sido expulso de outra escola por ter deitado pela janela fora, R-C, um aluno. Eu conhecia o seu estilo e estava sempre calado a olhar para ele mas havia um que chegava atrasado; se se sentasse ele nem o via mas o calhau interpelou-o uma vez com um papel na mão; está aqui a justificação da minha mãe, o tipo ficou furibundo rasgou o papel e creio que o expulsou. Dias depois a mesma cena; dessa vez rasgou o papel e deu-lhe um pontapé no cu e disse fora desta merda aqui. Memórias que me vieram agora à lembrança.
 
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Arquibancada
16 Junho 2017
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Em casa está-se ao tlm, pai, mãe e filhos. Sei do que estou a falar porque já ví disso na minha família,na de outros próximos, nos cafés, na rua e seja lá aonde for.
Os meus filhos não foram educados assim porque são de outra geração anteriores ao tlm.
Eu por opção não tenho net no tlm embora esteja mais de 3/4 do dia no pc mas moro só e em 3 dias que não estou sou criticado, e bem, pela minha namorada por estar sempre ali embora haja razões para o fazer mas não justificam esse meu comportamento.
Mas voltando ao maldito tlm - começa por aí, as pessoas ou porque chegam cansadas do emprego ou porque não têm visão deixam andar.
A geração que está entre os 3 anos e os 10 vá lá 12,15 é destes tempos, isto vai ter custos a médio e longo prazo.
Eu estou cheio de dizer isso (a negrito) em conversas de café, e subscrevo toda a mensagem.
Nestas gerações, principalmente desde o virar do milénio, vão existir imensos problemas do foro psicológico. Para começar são muitos fracos a nível social, por culpa das tecnologias e laços familiares deficientes, e estão habituados a ter tudo de mão beijada (a grande maioria). Nem todos vão conseguir manter o nível. A frustração será a palavra de ordem no futuro.
Mas espero mesmo estar enganado e daqui a largos anos, se viver até lá, admitir que sou um burro e exagero nas observações!
 

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Arquibancada
16 Junho 2017
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O problema da falta de educação vem de casa, sem dúvida. E logicamente que quem tem a responsabilidade e dever de educar são os pais. Mas muitos deles não o fazem, seja porque não sabem ou porque não querem saber. Essa é a realidade.

E por muito que os professores até possam ter razão ao dizer que a sua função é ensinar e não educar...a verdade é que são eles quem passa a maior parte do tempo com as crianças/jovens. Portanto a solução passa muito por eles. É que são esses miúdos que daqui a uns anos serão pais. Se nada for feito, vão ser eles os próximos a continuar o ciclo vicioso. Há que quebrar essa tendência e a única forma de o fazer é mesmo passando valores de educação e respeito nas escolas, porque se estiverem à espera que isso seja feito em casa, vai tudo continuar como está.

P.S. Quanto a este tema estou à vontade para falar porque tenho muitos professores na família e todos eles têm histórias de "terror" para contar sobre o actual estado de coisas no ensino.
De certa forma concordo com o que dizes, mas para existir maior influência na educação dos miúdos na escola, terá de existir também maior poder do professor. Se vai educar, à semelhança dos pais, deve poder dar um valente raspanete e não se sujeitar a ser maltratado no dia a seguir por um progenitor que acha que tem um anjo em casa. O que a maioria dos pais não quer admitir é que não conhece os filhos, que são quase sempre bem diferentes do que se vê no seio familiar!
 
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