O golo do Moreirense é um cruzamento sem pressão em que um PL aparece a saltar sozinho no meio dos centrais. Não pode acontecer em nenhuma equipa profissional. Nem há discussãoEu nao sou treinador, nem tenho conhecimentos taticos para estar a argumentar sobre esses principios defensivos.
Mas de ha uns anos para ca, o Porto nao pode sofrer golos. Qualquer golo que sofra é sempre analisado como uma falha horrivel, quando no futebol se ninguem errar, nao ha golos, ou quase nao ha golos.
Neste jogo em particular sofremos um golo que é evidente foi culpa do Pepê. Mas o 2o golo deles foi uma sorte deles, se o Otavio nao tenta desviar nao era golo. Assim como o nosso penalti foi uma sorte para nos.
Claro que de tempos em tempos aparacem umas equipas que realmente sao especiais, diferentes. mas isso nos tivemos 3/4 epocas dessas. Só. Claramente sao a excepcao e nao a regra.
Sempre me lembro de ver o Porto sofrer golos.
Por ex. o golo do Moreirense, o primeiro. E um cruzamente excelente, a bola cai ali precisamente na cabeça do avançado, que cabeceia bem, colocado. Eu vejo um belo golo deles. Se fossemos nos a marcar um golo assim, era so elogios ao cruzamento de quem cruzasse, ao cabeceamento de quem cabeceasse. Nada se leria sobre a defesa contraria.
Como fomos nos que sofremos, foram posts e posts a cascar no Nehuen Perez, no Djalo, no VB. Ninguem do Porto fez ali nada de errado, é o futebol. Marcam se golos, sofrem se golos. O jogo é mesmo assim. Para que escalpelizar a nossa equipa, procurar sempre culpados em cada lance, nao percebo. Nem parece que é um jogo, procura se algo absolutamente mecanico, sem falhas.
O meu problema é com a forma como pressionamos. O Arouca veio ao Dragão e trocava a bola como queria mesmo com 10 devido à nossa incapacidade de pressionar
Os lampiões chegaram à nossa baliza na Luz com 4 passes pelo corredor central. Esse lance devia ter dado despedimento do treinador ao intervalo
Nós nos primeiros 6 anos do SC éramos sempre das equipas com mais ações defensivas no meio campo adversário porque sufocávamos a construção do adversário. No ano passado mudamos também a forma de defender e perdemos essa capacidade
O meu ponto é simples. Uma equipa grande tem de recuperar bola na frente ou obrigar a bater longo. Nós não fazemos uma nem outra. Não estamos a falar do Otávio não ganhar um duelo aéreo para salvar a vida dele. Estamos a falar de todo um processo defensivo ridículo. E nem vou falar da bola parada defensiva que a obsessão pelo homem a homem já nos causou perda de pontos