"VÍTOR BRUNO ERA UM INSUCESSO MAIS QUE PROVÁVEL
1º O adjunto pode saber de futebol, mas não ser líder, e nenhum treinador vence sem ser um líder.
2º O adjunto pode ter boas ideias para aportar ao principal, mas quando se torna principal, vítima da pressão, ficar tolhido na sua capacidade analítica.
3º O adjunto pode ter uma boa relação com os jogadores, mas só quando for ele o responsável por titularidades e não titularidades, é que se poderá aferir se o homem é ou não capaz de ter uma boa relação com jogadores que pretere.
4º O adjunto pode liderar a equipa com sucesso se o principal não estiver, mas isso não significa que seja líder para ser um treinador principal, porque tudo o que ele faz é orientar, não criar ou responder pela criação.
5º Em suma, o adjunto pode ser fantástico, mas só quando se vir como principal é que se saberá se é ou não líder.
Dito isto, acrescento, e em repetição o digo, Villas-Boas era uma necessidade para o Porto se reerguer, Conceição tornou-se impossível no Porto, e todos cometem erros.
Mas muito me ri eu quando o pessoal dizia que o sucesso de Conceição era todo responsabilidade de Vítor Bruno, e mais, que Vítor Bruno era a escolha mais acertada.
Na altura, fiz um post a contestar essas duas verdades, porque me pareciam completamente disparatadas, como sempre, dizendo-o à sexta e não à segunda-feira metafórica, ou seja, antes de Vítor Bruno sequer fazer um treino.
Porque treinador-adjunto e principal são duas profissões distintas, como se viu nos cinco pontos anteriores.
E uma coisa é ser adjunto, como Vítor Pereira foi, durante uma época, mas ter no currículo anos de experiência a liderar equipas e a responder pelos resultados das mesmas, outra é seres adjunto por mais de uma década e nunca teres respondido por nada na tua vida.
Ora, eu fiz esse post a criticar a decisão de Villas-Boas em colocar Vítor Bruno como treinador principal, porque o Porto não podia ser um tubo de ensaio para testar a liderança de quem nunca liderara uma alma na vida."