Conheci o Durão Barroso, Ana Gomes, Jorge Coelho, a "Mimi Tsé Tung" que era um escroque e como Procuradora não foi melhor, o marido Saldanha Sanches um oportunista e tantos outros inclusive o Pacheco Pereira que liderava um Partido Maoísta diferente do meu (PCP-ML o dele) e como morávamos perto um do outro, embora tivesse estado com ele em Paris antes do 25 de Abril, tínhamos inúmeras discussões sobre o que nos dividia - outros tempos, uma ilusão sobre o mundo que não existe hoje em dia.É normal que o Américo de Sá estivesse lá, uma vez que a ANP - que era na verdade um "não-partido" - tinha uma facção democrática minoritária.
A tua história é fascinante. Importas-te que faça algumas perguntas?
Conheceste o Cherne e a Ana Gomes?
O que te levou a votar no PS depois de teres votado na AD do Sá Carneiro?
Sobre o votar PS depois de ter votado Sá Carneiro é fácil de explicar; Sá Carneiro morreu naquela trágica viagem e eu soube disso quando me dirigia para o Coliseu para o ouvir - já não fui e voltei para casa. Sem Sá Carneiro o PSD não era o mesmo e não tenho a certeza se nas seguintes votei PS, creio que estava em Israel nessa altura e desligado da política de cá em absoluto, depois houve aquela dura batalha presidencial entre Mário Soares e Freitas do Amaral um confronto duro mas leal entre esquerda e direita e optei claramente pelo Soares. Um Freitas do Amaral que eu já conhecia aquando do cerco ao Palácio de Cristal, fui dos negociadores que entrou lá dentro para resolver aquilo e estava à vista uma dura batalha sangrenta entre extrema esquerda e direita cá fora, e tinha uma ideia totalmente oposta dele quando falei com ele e me disse e os olhos não mentiam; eu não sou fascista, sou democrata e quero contribuir para o meu País. A seguir às eleições presidenciais perdidas teve que arcar com quase todas as despesas porque Cavaco não cumpriu o prometido. O resto sabes o percurso dele até morrer.