“Even if Russia and Ukraine had overcome their disagreements, the framework they negotiated in Istanbul would have required buy-in from the United States and its allies. And those Western powers would have needed to take a political risk by engaging in negotiations with Russia and Ukraine and to put their credibility on the line by guaranteeing Ukraine’s security. At the time, and in the intervening two years, the willingness either to undertake high-stakes diplomacy or to truly commit to come to Ukraine’s defence in the future has been notably absent in Washington and European capitals,” the authors said.
In the 2023 interview, Arakhamia ruffled some feathers by seeming to hold Johnson responsible for the outcome. “When we returned from Istanbul,” he said, “Boris Johnson came to Kyiv and said that we won’t sign anything at all with [the Russians]—and let’s just keep fighting.”
Não vou bater no ceguinho, a notícia é bastante explicita. E o resumo essencial é que os acordos foram minados por aquelas negociações não incluir os países aliados da Ucrânia. Agora cabe a cada um interpretar porque é que depois o David Arakhamia, líder do partido do Zelensky, veio desmentir a sua própria entrevista.
Citei-te estes 2 pontos: que os EUA poderiam ter prevenido a guerra, sabe-se lá como e que poderiam existir negociações de paz em que a Rússia recuaria.
O primeiro é um disparate. Os EUA não determinam a política externa da Rússia. A Moldávia sabe disso, a Geórgia sabe disso, a Crimeia também, a Ucrânia já o aprendeu e outros, como o Cazaquistão ou a Bielorrússia, se alguma vez os sistemas pró-russos caírem, também o descobrirão. A Rússia tem uma política expansionista agressiva e todas os vizinhos não protegidos por influência interna (fantoches russos) ou externa (leia-se EUA ou China) habilitam-se a serem os próximos.
No segundo mostrei, usando partes do próprio artigo que colocaste, que a Rússia não estava disponível para isso, nem nunca esteve. Fazes escolha seletiva das partes que te interessam para dizer que todos os outros não são de confiança, como se o Putin fosse o pináculo da fiabilidade. Repara que, no vídeo que colocas, a razão número um para não terem assinado o acordo é "não confiamos no Putin".
A partir disso, é ver o tal mundo a preto e branco de que acusas os outros. A partir do momento em que há negociações, o resto do mundo deixa de importar. Se um representante da NATO diz à Ucrânia que a apoiará para reverter a situação, isso obviamente tem influência. Nem percebo qual é o problema. Volto a dizer: a culpa de um conflito é do agressor. Tu defendes que o agredido é que tinha de recuar, perder território, ceder a sua independência diplomática, mudar a Constituição, deixar outro país determinar a dimensão das suas forças armadas. Epá, sinto que estou a debater com um bot russo, sinceramente.
Queres acusar a Europa de prolongar a guerra? Primeiro culpa a Rússia por a ter iniciado. As mortes sujam as mãos de Putin antes de qualquer outro.