Esperar que a consciência colectiva do invasor ou do ocupado seja a mesma, é pura ingenuidade.
Nem me apetece muito discorrer sobre o tema dos arabes israelitas, vai mesmo um copy/paste:
A discriminação e desigualdade enfrentadas pelos árabes israelitas em áreas como serviços públicos, educação, habitação e emprego têm raízes históricas, sociais e políticas. Aqui está um panorama mais detalhado sobre essas questões:
1. Serviços públicos
Os árabes israelitas muitas vezes vivem em cidades ou vilas onde os serviços públicos (como saneamento, transporte e infraestrutura) são menos desenvolvidos em comparação às áreas majoritariamente judaicas. Isso ocorre por vários motivos:
- Orçamento desigual: Municípios árabes recebem menos financiamento governamental proporcionalmente do que os municípios judeus. Isso resulta em infraestrutura deficiente, menos parques, estradas em más condições e menor acesso a serviços básicos.
- Saúde: Embora tenham acesso ao sistema de saúde universal, há menos hospitais e clínicas nas áreas árabes, o que força muitas pessoas a viajar para cidades maiores para atendimento.
2. Educação
Embora os árabes israelitas tenham acesso ao sistema educacional público, existem disparidades significativas:
- Menor financiamento por aluno: Escolas em comunidades árabes recebem menos recursos do governo do que as escolas em comunidades judaicas.
- Falta de infraestrutura: Muitas escolas em áreas árabes têm salas de aula superlotadas, menos laboratórios e equipamentos inadequados.
- Diferenças curriculares: O currículo é controlado pelo governo e pode não incluir ou respeitar adequadamente a história e a cultura palestina, o que gera tensões culturais.
- Acesso ao ensino superior: Embora o número de árabes israelenses nas universidades esteja crescendo, ainda é significativamente menor do que o de judeus israelenses. Além disso, barreiras linguísticas e económicas tornam difícil para muitos jovens árabes competir em pé de igualdade.
3. Habitação
A discriminação na habitação é uma das questões mais graves enfrentadas pelos árabes israelenses:
- Restrição de terras: Apenas uma pequena parte do território israelense está disponível para comunidades árabes, e o governo controla a maior parte das terras. Desde 1948, poucas áreas árabes foram expandidas, mesmo com o crescimento populacional.
- Negação de permissões de construção: Muitas famílias árabes enfrentam dificuldades para obter permissões de construção, o que leva à construção de casas consideradas "ilegais", que estão frequentemente sob risco de demolição.
- Exclusão em algumas áreas: Existem comunidades exclusivamente judaicas onde os árabes são frequentemente barrados por critérios discriminatórios informais ou pelo uso de comitês de admissão.
4. Emprego
Embora a legislação israelense proíba discriminação no emprego, os árabes israelenses enfrentam barreiras significativas no mercado de trabalho:
- Setores públicos e de alta tecnologia: Os árabes israelitas estão sub-representados em setores como tecnologia, finanças e funções públicas, que geralmente oferecem os melhores salários e condições de trabalho.
- Discriminação implícita e explícita: Muitos empregadores, especialmente em áreas mais conservadoras, mostram preferência por candidatos judeus. Isso é agravado por preconceitos sociais e políticos.
- Falta de infraestrutura econômica nas áreas árabes: A ausência de zonas industriais ou investimentos governamentais em cidades árabes limita as oportunidades de emprego locais, forçando muitos a buscar trabalho em comunidades judaicas.
5. Exclusão Política e Social
Além dessas áreas específicas, há um sentimento generalizado de exclusão entre os árabes israelenses:
- Leis discriminatórias: Algumas leis israelitas, como a Lei do Estado-Nação de 2018, são vistas como excluindo os árabes ao definir Israel como o estado do povo judeu, sem mencionar explicitamente a igualdade de direitos para todas as minorias.
- Segurança e vigilância: Comunidades árabes frequentemente relatam que são tratadas com suspeita desproporcional por parte das forças de segurança, especialmente durante períodos de tensão política.
Continuas preso à resolução 181, quando parte de um pressuposto injusto (metade do território para 30% da população) houve 3 mil factos depois desse, incluindo colonatos e expansões territoriais e um primeiro ministro israelita assassinado por um extremista de direita durante uma manifestação pela paz em Tel Aviv, e que tinha um papel fundamental para finalmente estabelecer a paz entre a Palestina e Israel. Isto porque uma grande parte da sociedade israelita via qualquer concessão de terras como traição, ultrapassando a própria resolução 181 que estabeleceu o estado de Israel.
Como disse, nem me apetece discorrer muito sobre este tema, mas falar da benevolência da consciência colectiva dos israelitas, quando eleições livres dão a maioria ao likud (liderados por um político corrupto) e a partidos ultranacionalistas e ultraortodoxos parece-me bem wishful thinking.