Actualidade Internacional

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
76,929
134,317
Conquistas
8
Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
O problema é que há muita gente que transacionou de gênero … e viram que não era aquilo. Continuam infelizes. Continuam a suicidar-se. Porque o que sempre tiveram foi uma doença do foro psicoógico.
O que não quer dizer, toda a gente que transacionou. Mas há muitos casos desses.
Isso já faz parte de uma condição complexa como essa, ou seja nem a transição ajudou a integrar.
Outras vezes sucede ocorrer a integraçãoà identidade biológica...após transição (se por mau acompanhamento ou simplesmente porque a nossa mente é complicada, é case by case).
Daí ser necessário o tal excelente acompanhamento.
 
  • Like
Reações: wolfheart

wolfheart

Tribuna Presidencial
30 Novembro 2015
5,352
7,142
Bragança
Isso já faz parte de uma condição complexa como essa, ou seja nem a transição ajudou a integrar.
Outras vezes sucede ocorrer a integraçãoà identidade biológica...após transição (se por mau acompanhamento ou simplesmente porque a nossa mente é complicada, é case by case).
Daí ser necessário o tal excelente acompanhamento.
Por isso mesmo, tudo que acabas de dizer, é que não se deve dar poder de escolha a mentes não totalmente desenvolvidas como a dos teenagers. Voltando á ideologia, não havia para aí quem quisesse que a partir dos 16 anos ou ate antes, se pudessem fazer transições de gênero ?
 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
76,929
134,317
Conquistas
8
Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
o ideal é ter especialistas na área a acompanhar, claro.
de qualquer forma, quando é temporário, 'desaparece' automaticamente ainda quando são putos, basicamente.

e daí não se dever logo dar bloqueadores de puberdade etc a putos.
mesmo que na maioria dos casos não seja apenas questão temporária.
É um assunto complexo demais para colocarmos ferro apenas no "é woke/não é woke".

Eu ainda acho que algumas pessoas têm a ideia disto muito vinda das redes sociais onde vês aquela malta que não é efetivamente transgénero ou disfórica mas apenas "gosta de se vestir com vestidos" que é outra coisa diferente a gritar e fazer cenas.
então reduzem tudo a isso, a matulões hipermasculinos que gostam de vestidos a dizer que são mulheres trans.
As redes sociais vieram distorcer fortemente a avaliação das pessoas dos assuntos.
 

Cheue

12 Maio 2016
24,390
38,823
Conquistas
7
109
O problema é que há muita gente que transacionou de gênero … e viram que não era aquilo. Continuam infelizes. Continuam a suicidar-se. Porque o que sempre tiveram foi uma doença do foro psicoógico.
O que não quer dizer, toda a gente que transacionou. Mas há muitos casos desses.
se calhar se não fossem tratadas abaixo de cão e discriminadas brutalmente não se suicidasem tanto...

só uma sugestão...

não, o que podiam ter tido era disforia de género temporária que vai desaparecendo ainda em crianças/adolescentes.

se não desapareceu são trans...

se achas que isso é uma 'doença ' qual é a lógica de discriminar então?...
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
9,247
12,157
Esmoriz
o ideal é ter especialistas na área a acompanhar, claro.
de qualquer forma, quando é temporário, 'desaparece' automaticamente ainda quando são putos, basicamente.

e daí não se dever logo dar bloqueadores de puberdade etc a putos.
mesmo que na maioria dos casos não seja apenas questão temporária.
hei.
não se pode dizer isso que entras logo no index.
tipo a Roisin Murphy.

Felizmente os inceis andam mais ocupados com as polémicas estéreis sobre casas de banho.
 
  • Like
Reações: Edgar Siska

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
76,929
134,317
Conquistas
8
Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
Por isso mesmo, tudo que acabas de dizer, é que não se deve dar poder de escolha a mentes não totalmente desenvolvidas como a dos teenagers. Voltando á ideologia, não havia para aí quem quisesse que a partir dos 16 anos ou ate antes, se pudessem fazer transições de gênero ?
Os teenagers não têm poder de escolha já.
Estão dependentes dos pais e do acompanhamento especializado.

O que não podes por exemplo é dar poder ao estado para resolver pelas pessoas.
Isso já são outros 500.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
9,247
12,157
Esmoriz
O problema é que há muita gente que transacionou de gênero … e viram que não era aquilo. Continuam infelizes. Continuam a suicidar-se. Porque o que sempre tiveram foi uma doença do foro psicoógico.
O que não quer dizer, toda a gente que transacionou. Mas há muitos casos desses.
E se calhar comentários como os teus, a reduzir o problema ao grotesco da história dos barbudos com 100 quilos em casas de banho de garotas, também não ajudam.
Não sei. Digo eu.
 
  • Like
Reações: Edgar Siska

Cheue

12 Maio 2016
24,390
38,823
Conquistas
7
109
É um assunto complexo demais para colocarmos ferro apenas no "é woke/não é woke".

Eu ainda acho que algumas pessoas têm a ideia disto muito vinda das redes sociais onde vês aquela malta que não é efetivamente transgénero ou disfórica mas apenas "gosta de se vestir com vestidos" que é outra coisa diferente a gritar e fazer cenas.
então reduzem tudo a isso, a matulões hipermasculinos que gostam de vestidos a dizer que são mulheres trans.
As redes sociais vieram distorcer fortemente a avaliação das pessoas dos assuntos.
também há pessoal queer e tal...

mas essa questão dos matulões também é complicada.
porque há pessoas que simplesmente têm uma cara/corpo que não dá para ter uma transição 'suave'...o que leva a que sejam ainda mais discriminadas.

talvez por isso também as mulheres que fazem a transição para homem sejam menos discriminadas, ainda que também sejam.
as discussões andam sempre à volta dos homens que passaram a mulher, só.
 
  • Like
Reações: Edgar Siska

J | [Ka!s3r^].

Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
8,162
9,785
Conquistas
1
  • Alfredo Quintana
@Manageiro de futból

Acerca da IL, do BE e das doutrinas e políticas económicas,

não deixa de ser surpreendente essa oscilação do voto, uma vez que os partidos se encontram nos antípodas do entendimento sobre a realidade. Por maior polémica que se gere em torno de questões culturais, matéria de costumes onde ambos os partidos podem ter alguma sobreposição, os factores materiais marcam uma clivagem entre ambos e são, a meu ver, responsáveis pelas grandes transformações que temos vindo a assistir no plano económico, social e político. As políticas neoliberais, que entretanto se tornaram hegemónicas no mundo e pelas quais nos regulamos (inscritas no funcionamento de instituições como o FMI, Banco Mundial, OMC, nos planos de resgate às economias da zona euro, feitos a troco da implementação de reformas liberais...) , usualmente defendidas por agentes políticos do tipo IL, são conhecidas, estudadas e os resultados estão aí. Provocaram desigualdade obscena, acumulação de riqueza num conjunto ínfimo de pessoas, estagnação dos salários reais, fraco crescimento económico, assimetrias globais, crises de um sistema bancário/financeiro pouco regulado e cego aos riscos da maximização do lucro, grandes monopólios, erosão dos estados sociais, animosidade social, extremismo político...

Menos estado, menos impostos, menos regulação, mais liberdade económica e coisas que tais, características das IL desse mundo, são justamente o problema. Se a IL defende o aprofundamento do actual sistema económico, então nada tem para oferecer. Não o afirmo sequer tendo no pensamento um outro sistema radicalmente distinto, mas considerando somente a fase das actuais economias de mercado e os seus efeitos nos sistemas políticos nacionais. A linha do crescimento vai subindo sob a actual ideologia económica, mas isso não chega. Importa compreender para onde vai a riqueza produzida, em que proporção se distribui pelas camadas sociais, de que forma é recompensado o trabalho e a produtividade... É também relevante não o ódio aos ricos, mas a compreensão dos actuais níveis de desigualdade e acumulação, que escapam à imaginação humana tal é a magnitude. Tal como estar consciente de que, em vários países desenvolvidos, os salários reais dos trabalhadores são hoje semelhantes ou até inferiores aos que auferiam há várias décadas atrás.

Houve quem se aproveitasse desproporcionalmente da guinada económica dos 70/80, sobretudo a pequena percentagem dos mais ricos e as populações pobres de países em desenvolvimento, para onde se exportou a produção. Aliás, esse passo de transformação global não mais é que uma consequência racional dos princípios económicos dominantes. A produção, em busca de maior lucro, foi para países de baixos salários, com fracas regulações estatais em matéria de segurança, ambiente, ... Tem até uma certa piada observar que o principal vencedor da corrida para o fundo, a China, beneficiária dessa liberalização dos mercados, tornou-se a segunda maior economia mundial seguindo princípios próprios, de livre mercado e forte intervenção estatal, e não aderindo a um mero receituário de privatizar, desregular, liberalizar...

Contemplemos a hipótese de uma desigualdade crescente, ainda mais. Será que os que têm menos, a vasta maioria, se contentará com escassos progressos nos seus níveis de vida? Se é que poderemos falar de progressos. Ou será que as pessoas olharão para o topo da pirâmide social e notarão que se encontram relativamente mais pobres?... Quando assim é, torna-se previsível que se comece a olhar para os imigrantes de uma certa maneira, para as elites, para o sistema partidário... e se procure uma outra coisa qualquer. Redistribuir é necessário para assegurar um certo compromisso social. Para isso é necessário que o estado tenha um papel relevante, programas sociais, instrumentos fiscais... A IL percebe isso? Que a riqueza é criada colectivamente, não apenas a partir das ideias do Musk ou da iniciativa económica do Soares dos Santos mas assente nos milhares de trabalhadores das suas empresas... O estado tem de ser forte até para assegurar condições favoráveis à economia de mercado, mantendo a democracia.

Uma consequência óbvia do actual estado de coisas é que a acumulação de poder económico equivale a uma acumulação de poder político. Menos democracia.

Se a solução não é essa, convenhamos que a esquerda revelou-se uma inutilidade sendo incapaz de propor uma real alternativa, quando não, pura e simplesmente, adoptou as mesmíssimas políticas económicas. O atenção excessiva a questões culturais, não obstante a necessidade de reconhecer a diferença e de ter políticas para ela, poderá ser vista como um sinal de derrota da esquerda e uma forma de distrair e radicalizar quem vai ficando para trás. Mais vale ter stonks e dogecoins. Ou um pai rico a quem pedir um pequeno empréstimo de um milhão de dólares. Mas também aí reina a desigualdade.
 
Última edição:

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
9,247
12,157
Esmoriz
se calhar se não fossem tratadas abaixo de cão e discriminadas brutalmente não se suicidasem tanto...

só uma sugestão...

não, o que podiam ter tido era disforia de género temporária que vai desaparecendo ainda em crianças/adolescentes.

se não desapareceu são trans...

se achas que isso é uma 'doença ' qual é a lógica de discriminar então?...
a lógica é a seguinte:

- é uma doença do foro psicológico?
- é.
- o que é que se pode fazer para ajudar as pessoas com essa doença?
- nada.
- nem sequer dar casas de banho próprias nas escolas para evitar estar na presença de pessoas de um género com o qual não se identificam, protegendo-as numa situação de alguma vulnerabilidade?
- NÃO!
- Mas porquê?
- É agenda woke, extrema-esquerda-não-sei-quê.
 
  • Like
Reações: Cheue

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
76,929
134,317
Conquistas
8
Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
também há pessoal queer e tal...

mas essa questão dos matulões também é complicada.
porque há pessoas que simplesmente têm uma cara/corpo que não dá para ter uma transição 'suave'...o que leva a que sejam ainda mais discriminadas.

talvez por isso também as mulheres que fazem a transição para homem sejam menos discriminadas, ainda que também sejam.
as discussões andam sempre à volta dos homens que passaram a mulher, só.
O que eu quero dizer é que no meio das pessoas que sofrem, há sempre apenas algumas pessoas que gostam de aparecer um pouquinho.

A discussão de transições MtF só se colocaria no caso do desporto, mas como não podem participar oficialmente e bem, é um assunto manufacturado.
 
  • Like
Reações: Cheue

Cheue

12 Maio 2016
24,390
38,823
Conquistas
7
109
a lógica é a seguinte:

- é uma doença do foro psicológico?
- é.
- o que é que se pode fazer para ajudar as pessoas com essa doença?
- nada.
- nem sequer dar casas de banho próprias nas escolas para evitar estar na presença de pessoas de um género com o qual não se identificam, protegendo-as numa situação de alguma vulnerabilidade?
- NÃO!
- Mas porquê?
- É agenda woke, extrema-esquerda-não-sei-quê.
no fundo o que se quer é o mesmo que queriam (querem) com os gays.

que deixem de existir, escondendo.
como faziam antigamente.

"menos as as gàijas pork neçe caso eu goste de vêlas na marmalada heheheh"
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
9,247
12,157
Esmoriz
no fundo o que se quer é o mesmo que queriam (querem) com os gays.

que deixem de existir, escondendo.
como faziam antigamente.

"menos as as gàijas pork neçe caso eu goste de vêlas na marmalada heheheh"
É basicamente isso. "o que é que estes gajos vêm para a rua fazer a exibir o arco-iris? Voltem para o armário, caralho!"

Eu nestas merdas sou mesmo simplista: desde que não prejudiquem ninguém, dar mais direitos a outras pessoas ou a minorias é isso mesmo, melhorar a vida a mais pessoas. Não diminui os direitos que são teus e que já foram conquistados.
 
  • Like
Reações: Czarli9 e Cheue

Cheue

12 Maio 2016
24,390
38,823
Conquistas
7
109
É basicamente isso. "o que é que estes gajos vêm para a rua fazer a exibir o arco-iris? Voltem para o armário, caralho!"

Eu nestas merdas sou mesmo simplista: desde que não prejudiquem ninguém, dar mais direitos a outras pessoas ou a minorias é isso mesmo, melhorar a vida a mais pessoas. Não diminui os direitos que são teus e que já foram conquistados.
como não prejudicam ninguém tem que se inventar maneiras para justificar o ódio e o passar a vida a mandar abaixo essas pessoas.

daí a questão super importante dos wc's...
e agora a nova moda é associar os trans à pedófilia, os "groomers"...
está feito, assim já têm uma razão válida, inventada, para os odiar.

o que nem é propriamente novo, fez-se algo semelhante com os gays.
nem queriam gays ao pé das crianças não fosse a gayzisse contagiosa e coiso...
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
9,247
12,157
Esmoriz
@Manageiro de futból

Acerca da IL, do BE e das doutrinas e políticas económicas,

não deixa de ser surpreendente essa oscilação do voto, uma vez que os partidos se encontram nos antípodas do entendimento sobre a realidade. Por maior polémica que se gere em torno de questões culturais, matéria de costumes onde ambos os partidos podem ter alguma sobreposição, os factores materiais marcam uma clivagem entre ambos e são, a meu ver, responsáveis pelas grandes transformações que temos vindo a assistir no plano económico, social e político. As políticas neoliberais, que entretanto se tornaram hegemónicas no mundo e pelas quais nos regulamos (inscritas no funcionamento de instituições como o FMI, Banco Mundial, OMC...) , usualmente defendidas por agentes políticos do tipo IL, são conhecidas, estudadas e os resultados estão aí. Provocaram desigualdade obscena, acumulação de riqueza num conjunto ínfimo de pessoas, estagnação dos salários reais, fraco crescimento económico, assimetrias globais, crises de um sistema bancário/financeiro pouco regulado e cego aos riscos da maximização do lucro, grandes monopólios, erosão dos estados sociais, animosidade social, extremismo político...

Menos estado, menos impostos, menos regulação, mais liberdade económica e coisas que tais, características das IL desse mundo, são justamente o problema. Se a IL defende o aprofundamento do actual sistema económico, então nada tem para oferecer. Não o afirmo sequer tendo no pensamento um outro sistema radicalmente distinto, mas considerando somente a fase das actuais economias de mercado e os seus efeitos nos sistemas políticos nacionais. A linha do crescimento vai subindo sob a actual ideologia económica, mas isso não chega. Importa compreender para onde vai a riqueza produzida, em que proporção se distribui pelas camadas sociais, de que forma é recompensado o trabalho e a produtividade... É também relevante não o ódio aos ricos, mas a compreensão dos actuais níveis de desigualdade e acumulação, que escapam à imaginação humana tal é a magnitude. Tal como estar consciente de que, em vários países desenvolvidos, os salários reais dos trabalhadores são hoje semelhantes ou até inferiores aos que auferiam há várias décadas atrás.

Houve quem se aproveitasse desproporcionalmente da guinada económica dos 70/80, sobretudo a pequena percentagem dos mais ricos e as populações pobres de países em desenvolvimento, para onde se exportou a produção. Aliás, esse passo de transformação global não mais é que uma consequência racional dos princípios económicos dominantes. A produção, em busca de maior lucro, foi para países de baixos salários, com fracas regulações estatais em matéria de segurança, ambiente, ... Tem até uma certa piada observar que o principal vencedor da corrida para o fundo, a China, beneficiária dessa liberalização dos mercados, tornou-se a segunda maior economia mundial seguindo princípios próprios, de livre mercado e forte intervenção estatal, e não aderindo a um mero receituário de privatizar, desregular, liberalizar...

Contemplemos a hipótese de uma desigualdade crescente, ainda mais. Será que os que têm menos, a vasta maioria, se contentará com escassos progressos nos seus níveis de vida? Se é que poderemos falar de progressos. Ou será que as pessoas olharão para o topo da pirâmide social e notarão que se encontram relativamente mais pobres?... Quando assim é, torna-se previsível que se comece a olhar para os imigrantes de uma certa maneira, para as elites, para o sistema partidário... e se procure uma outra coisa qualquer. Redistribuir é necessário para assegurar um certo compromisso social. Para isso é necessário que o estado tenha um papel relevante, programas sociais, instrumentos fiscais... A IL percebe isso? Que a riqueza é criada colectivamente, não apenas a partir das ideias do Musk ou da iniciativa económica do Soares dos Santos mas assente nos milhares de trabalhadores das suas empresas... O estado tem de ser forte até para assegurar condições favoráveis à economia de mercado, mantendo a democracia.

Uma consequência óbvia do actual estado de coisas é que a acumulação de poder económico equivale a uma acumulação de poder político. Menos democracia.

Se a solução não é essa, convenhamos que a esquerda revelou-se uma inutilidade sendo incapaz de propor uma real alternativa, quando não, pura e simplesmente, adoptou as mesmíssimas políticas económicas. Mais vale ter stonks e dogecoins. Ou um pai rico a quem pedir um pequeno empréstimo de um milhão de dólares. Mas também aí reina a desigualdade.
Tanto conteúdo. Não estou habituado. :D

O meu voto na IL foi circunstancial, dificilmente volta a acontecer. No rumo actual em que o partido está não vai acontecer mesmo.

Sublinho a parte a negrito, com a qual concordo a 100%, mas também o meu voto e o meu desencanto vieram da percepção que tenho de que a acumulação de riqueza se transformou numa actividade do estado, cuja real distribuição de riqueza devia servir para o desenvolvimento do tecido produtivo do país, e em vez disso foi canalizado para uma política centralista e de distribuição de rendimentos pela clientela e de compra de votos (reformados, funcionários públicos, etc) .
Resumindo, o fraco crescimento económico do país era mitigado distribuindo apoios pelas classes mais baixa, subindo reformas e aumentando salários a funcionários públicos , sem qualquer plano a médio prazo e sem resolver o problema de fundo da economia portuguesa - a incapacidade de produzir riqueza que se reflita na melhoria de vida da classe média que trabalha no sector privado e na promoção do elevador social da classe mais baixa que entretanto deixou de funcionar.

O facto de em 2019 estar a trabalhar na Irlanda e ter estado entre 2012 e 2016 na Holanda, também é capaz de ter ajudado um pouco, no sentido em que sentia (passe o pleonasmo) que os problemas de fundo, pelo menos na Irlanda eram muito semelhantes a Portugal, mas que o país se tinha desenvolvido e crescido economicamente em poucos anos, com reflexo no rendimento per capita e consequentemente na vida colectiva das pessoas.

Admito que tenha sido iludido. Como disse atrás, sou mais dogmático em relação às questões culturais e civilizacionais. Em questões económicas tenho dúvidas, e se não confio nas grandes corporações e no arbítrio de uma boa parte dos patrões, também não confio no estado como redistribuidor de riqueza.
 
Última edição:
  • Like
Reações: J | [Ka!s3r^].

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
9,247
12,157
Esmoriz
Por isso mesmo, tudo que acabas de dizer, é que não se deve dar poder de escolha a mentes não totalmente desenvolvidas como a dos teenagers. Voltando á ideologia, não havia para aí quem quisesse que a partir dos 16 anos ou ate antes, se pudessem fazer transições de gênero ?
Se não estou em erro a idade limite em Portugal para transições são os 16 anos, com autorização dos pais e dos tutores. Antes dessa idade, só com relatório médico.
Tenho quase a certeza que, com a maioria de direita, essa questão vai voltar à discussão e a idade minima vai subir muito provavelmente. Depende, se o assunto voltar a ser mediático, uma vez que o Chega faz agenda política com base nas notícias de jornais e o PSD vai atrás.

Porque já se sabe, tornar a vida mais fácil a quem quer mudar de género, é ideologia e deve ser combatido.
Mas obrigar alguém a esperar pelos 18 anos, mesmo com um relatório médico que o justifique, e mesmo quando há a certeza absoluta há anos que a pessoa deve fazer a transição, obrigando-a a esperar pela maioridade e condenando-a a dois anos extra de infelicidade e discriminação, isso já não tem nada de ideológico. É preocupação com as crianças.
 

wolfheart

Tribuna Presidencial
30 Novembro 2015
5,352
7,142
Bragança
Se não estou em erro a idade limite em Portugal para transições são os 16 anos, com autorização dos pais e dos tutores. Antes dessa idade, só com relatório médico.
Tenho quase a certeza que, com a maioria de direita, essa questão vai voltar à discussão e a idade minima vai subir muito provavelmente. Depende, se o assunto voltar a ser mediático, uma vez que o Chega faz agenda política com base nas notícias de jornais e o PSD vai atrás.

Porque já se sabe, tornar a vida mais fácil a quem quer mudar de género, é ideologia e deve ser combatido.
Mas obrigar alguém a esperar pelos 18 anos, mesmo com um relatório médico que o justifique, e mesmo quando há a certeza absoluta há anos que a pessoa deve fazer a transição, obrigando-a a esperar pela maioridade e condenando-a a dois anos extra de infelicidade e discriminação, isso já não tem nada de ideológico. É preocupação com as crianças.
Mas se é uma ciência onde não existe sequer concordância geral, entre os cientistas, vão autorizar, alguns médicos, algo tão irreversível ? Baseados em que ? Em convicção própria ? Só se for, porque meia comunidade científica diz o contrário.
Uma pessoa quando tem 16 anos, pensa que sabe tudo e sabe nada.
A formação do cérebro e da personalidade é mais tardia e aí há consenso científico.
 

wolfheart

Tribuna Presidencial
30 Novembro 2015
5,352
7,142
Bragança
E se calhar comentários como os teus, a reduzir o problema ao grotesco da história dos barbudos com 100 quilos em casas de banho de garotas, também não ajudam.
Não sei. Digo eu.
Numa universidade podes ter barbudos de 35 anos e100 kilos e miúdas de 17 anos, 50 kilos e que é a primeira vez que saem do dominio dos Pais. Aos 17 muitas não são meninas, mas muitas são. Não conhecem o mundo.
O exemplo que dei é extremo, mas pode acontecer e não há lei que o proíba