Outros Escalões (Sub-7 a Sub-13) - 2024/2025

hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
22,269
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Vila Nova de Gaia, 1975
Não sei de onde tiraste que a minha única solução é a construção de uma mega academia. O que eu defendo é a não construção do CAR, porque isso sim impedirá de teres uma Academia (que não precisa ser mega, precisa apenas ser suficiente para as tuas necessidades - coisa que o Olival não é) num curto/médio prazo. Se o Olival é melhor do que o que temos atualmente? Claro que sim, até porque pior seria difícil. Até a Academia da AF Porto será melhor do o que o temos, mas isso não deve fazer com que tentemos ir para lá numa lógica de desenrasque.

O CAR é uma não necessidade. Será caro em qualquer circunstância, ainda mais num clube em "ruína financeira". É, como eu disse, um luxo numa altura de vacas magras. E não resolve os teus problemas na Formação, apenas os atenua. Não te permite ter um espaço teu para o Futebol Feminino. Não permite expansão porque o espaço é limitado. Não permite que todas as equipas fiquem juntas (porque "perto" é bem diferente de "junto") - embora isso até nem seja para mim uma necessidade absoluta.

Para ter o CAR apenas, prefiro que se espere. Prefiro que se passe a mensagem que hoje não é o momento certo para grandes obras, e que depois se vá dando indicações que não é um assunto esquecido e que se está à procura de algo que vá de facto resolver os problemas do clube, demore 2, 5, ou 10 anos. E interessa-me pouco se é algo só para a Formação, se é para todos, Formação, Equipas profissionais, Equipas femininas, modalidades, etc., Isso é uma decisão do clube. O que me interessa é que se faça algo que nos coloque num patamar que nos permita ser, pelo menos, tão atrativo como os outros e que permita dar melhores condições aos nossos recursos humanos para trabalharem, Formação e não Formação. A construção do CAR iria tão simplesmente passar a mensagem de que o melhor que a Formação pode aspirar a ter nos próximos 20 ou 30 anos é ficar no Olival.

Para que fique claro, o que eu quero é que não se condicione a construção de uma futura Academia (ou Cidade Desportiva, o que quiseres chamar) nos próximos 20/30 anos para se construir algo que é supérfluo. Se temos 40 milhões para gastar no CAR, que em vez disso se encontre um terreno onde seja possível construir por fases, com margem para expandir, e podem até começar por construir o espaço para as equipas profissionais e depois sim avançar para algo para a Formção. Porque pelo menos assim vai se poder vislumbrar ao longe uma solução que perdure no tempo, e não um remendo sem data para se resolver.
O CAR serviria para a formação? Teria dimensão suficiente?

Se não, qual a dimensão suficiente (não necessariamente ótima)?

Ou o problema são outro tipo de infraestruturas (e não estou a falar do problema alojamento que pode ser atacado de diversas formas)?

Depois há uma coisa que não entendo. Como é que esperar 10 anos para avançar para uma Academia dessas vai ajudar hoje a captar miúdos na formação?
 

AdrianSmith

Tribuna
9 Junho 2019
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Podes demonstra-lo?

O que vejo é que seria cerca do dobro do investimento e "apenas" serviria à formação.

De resto esse "paga-se a si próprio" é um chavão dito assim da boca para fora, mas que carece de demonstração.
Demonstrar o quê?
O dobro? Onde?

A academia apenas serviria a formação, que basicamente não tem nada. O projeto do CAR apenas serviria o profissional, que já tem algo.
Aqui sim, seria o dobro do custo.

Em relação ao “chavão”, nem sei do que precisas mais para te demonstrar que se paga a si próprio.
Basta pensar que poderíamos dobrar as vendas de atletas de formação para isto se pagar muito facilmente num bom ano. Mas nem é preciso ser tão ambicioso quanto isso…

Eu também acho que não é uma necessidade enorme a formação estar proxima dos seniores. E se isso acontecer tem de ser num espaço bem amplo, por todos os problemas que o Drago enumerou.
Se não quem sofre é sempre a formação.


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Daikan

Tribuna Presidencial
21 Agosto 2012
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Podes demonstra-lo?

O que vejo é que seria cerca do dobro do investimento e "apenas" serviria à formação.

De resto esse "paga-se a si próprio" é um chavão dito assim da boca para fora, mas que carece de demonstração.
Ninguem vê esse dobro dos custos.

Imagina-se apenas para ter razão.

Mas mesmo que o fosse, esta direção não consegue corrigir minimamente o projecto? Otimiza-lo? Fazer por fases?

A Gaia não derrapa mas a Maia derraparia?

Exibir falsos argumentos financeiros numa solução que ja foi apelidada de provisoria?

O que se construir e fizer agora é o futuro do clube. ESTRUTURANTE é a unica palavra. Como é o estádio… portanto o CAR é o que vai ficar para as próximas décadas. Ponto.

Ainda bem que não sou o unico aqui com alguma sanidade.

Não ha dinheiro? Então adia-se! Ponto.

O certo é que continua aqui muita coisa por explicar e com muito pouco sentido.
 

Tmgd99

Bancada central
27 Maio 2019
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24
Barcelos
Em relação ao “chavão”, nem sei do que precisas mais para te demonstrar que se paga a si próprio.
Basta pensar que poderíamos dobrar as vendas de atletas de formação para isto se pagar muito facilmente num bom ano. Mas nem é preciso ser tão ambicioso quanto isso…

Enviado do meu iPhone usando o Tapatalk
Basta ver os valores de venda dos jogadores da nossa formação. Vitinha por 40M mais Fábio Vieira por 35M já pagavam a Academia na Maia.
E falo de dois jogadores que poderiam ter rendido muito mais dinheiro se houvesse competência
 
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hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
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Vila Nova de Gaia, 1975
Ninguem vê esse dobro dos custos.

Imagina-se apenas para ter razão.

Mas mesmo que o fosse, esta direção não consegue corrigir minimamente o projecto? Otimiza-lo? Fazer por fases?

A Gaia não derrapa mas a Maia derraparia?

Exibir falsos argumentos financeiros numa solução que ja foi apelidada de provisoria?

O que se construir e fizer agora é o futuro do clube. ESTRUTURANTE é a unica palavra. Como é o estádio… portanto o CAR é o que vai ficar para as próximas décadas. Ponto.

Ainda bem que não sou o unico aqui com alguma sanidade.

Não ha dinheiro? Então adia-se! Ponto.

O certo é que continua aqui muita coisa por explicar e com muito pouco sentido.
É engraçado que vemos o dobro da area, o dobro dos campos, mais infraestruturas, alojamento, mas...

...o dobro dos custos??? Nunca!!! O preço vai ser quase o mesmo...

Isto com contratos já efetuados pela impoluta e confiável gestão anterior para a aquisição de terrenos, terraplanagem...

Já confiar nas decisões da nova administração que tem os documentos todos na mão, já é mais difícil.

E a seguir fala-se em sanidade...
 

canadian dragao

Tribuna Presidencial
12 Fevereiro 2007
13,992
6,375
Toronto
E quem te disse a ti que não está?

Basta ver o histórico de transferências nos escalões mais jovens no sentido Vitória SC>FCP para perceber que o que tu disseste é palha para burros comerem.
E não estou com isto a dizer que o miúdo vem para o FCP. Agora dizer que o FCP não está atento é só mais um daqueles chavões estúpidos dito por pessoas de má fé
Nao leves a mal isto que vou escrever e que gosto de ler informacoes tuas e de outros que que saibam da materia no que toca as camadas jovens.nai ha necessidade de responderes com palavroes para com essas pessoas porque nao concordas com essas pessoas.um abraco
 

Daikan

Tribuna Presidencial
21 Agosto 2012
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É engraçado que vemos o dobro da area, o dobro dos campos, mais infraestruturas, alojamento, mas...

...o dobro dos custos??? Nunca!!! O preço vai ser quase o mesmo...

Isto com contratos já efetuados pela impoluta e confiável gestão anterior para a aquisição de terrenos, terraplanagem...

Já confiar nas decisões da nova administração que tem os documentos todos na mão, já é mais difícil.

E a seguir fala-se em sanidade...
Falo em sanidade por isso mesmo. Por se misturar alhos e bugalhos e fazer inferências com pouco nexo.

Se calhar o CAR é que está caro, já pensaste nisso?

Dobro da area?

Alojamento?

E o pavilhão?
 

canadian dragao

Tribuna Presidencial
12 Fevereiro 2007
13,992
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Toronto
Parabens aos intervenientes nesta discussao.

Very informative e com educacao.li estas ultimas paginas e fiquei melhor informado sobre esta materia.
 
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hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
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Vila Nova de Gaia, 1975
Falo em sanidade por isso mesmo. Por se misturar alhos e bugalhos e fazer inferências com pouco nexo.

Se calhar o CAR é que está caro, já pensaste nisso?

Dobro da area?

Alojamento?

E o pavilhão?
"Se calhar o CAR é que está caro".

Qual é a base de sustentação disto além de wishful thinking?

E sobre o custo da Academia da Maia?

Não há orçamento. Não há plano financeiro.

Só se conhece o custo dos terrenos da câmara. E um número mandado para o ar pelo arquiteto de uns 40 ME de custo de construção. Que nem se sabe se incluem os trabalhos preparatórios.

Não se sabe, sequer, quanto custam os terrenos a adquirir à ABB. Mas a direção sabe.

E a direção, que sabe quanto lhe custaria o projeto de Gaia, que sabe quanto custaria o que já está pré-contratado e que, provavelmente, já tem uma estimativa de quanto custaria na globalidade a Academia, decide desistir do projeto, mas tu é que sabes que "se calhar o CAR é que está caro" e a Academia custaria pouco mais...
 

Daikan

Tribuna Presidencial
21 Agosto 2012
20,660
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"Se calhar o CAR é que está caro".

Qual é a base de sustentação disto além de wishful thinking?

E sobre o custo da Academia da Maia?

Não há orçamento. Não há plano financeiro.

Só se conhece o custo dos terrenos da câmara. E um número mandado para o ar pelo arquiteto de uns 40 ME de custo de construção. Que nem se sabe se incluem os trabalhos preparatórios.

Não se sabe, sequer, quanto custam os terrenos a adquirir à ABB. Mas a direção sabe.

E a direção, que sabe quanto lhe custaria o projeto de Gaia, que sabe quanto custaria o que já está pré-contratado e que, provavelmente, já tem uma estimativa de quanto custaria na globalidade a Academia, decide desistir do projeto, mas tu é que sabes que "se calhar o CAR é que está caro" e a Academia custaria pouco mais...
A moral é mesmo essa. O wishful thinking… chegaste lá… a moral é ser utilizável nos 2 sentidos.

Quanto ao resto, baseio-me na info disponível.
Quando ou se aparecer nova info, cá estaremos para concluir melhor.

Repara que vamos perder o sinal da compra dos terrenos mas o clube acha que conseguia readquirir o valor investido por venda. Mais uma curiosidade.

Porque raio nem com os terrenos ficamos?

Eu neste processo cada vez tenho mais a certeza que quando o André propos o CAR já só o tinha como unica opção e nunca realmente considerou a Maia.

Mas vou voltar a insistir no unico que aqui importa: projecto ESTRUTURANTE para o futuro do clube. É ou deveria ser só isto.

Quando se avançou para estádio do dragão, que novelas aconteceram? Como estava o clube? Se calhar deveríamos ter construído um mais pequeno para 20 ou 30 mil lugares, com projecto pre-desenvolvido tipo HOK… bonzinho é inimigo do otimo… 20 e tal anos depois da novela, ate ja se pede ao Andre para fechar topos…
 

hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
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Vila Nova de Gaia, 1975
Acho muito bem que se aprenda com os exemplos dentro e fora de portas. Que se conheçam tendências, o estado da arte, o que se faz de bem e mal feito. No entanto, tenho que perceber o meu clube, as suas especificidades, as características do nosso futebol (de formação) e os enquadramentos sociais/demográficos/geopolíticos.

Um exemplo simples: perceber qual a atractividade do clube nas diferentes regiões do país. Tomemos o Real Madrid. Tem um poder de atração enorme em praticamente toda a espanha. É replicável no FC Porto? Não. Esse poder deriva, em parte, do seu sucesso desportivo. Aqui, à escala, não estamos mal. Mas também, de um factor geográfico. Madrid está (quase) o centro geográfico da espanha e faz uso dessa rápida acessibilidade a todo o território. O FC Porto não goza dessa centralidade. Pode criar uma, mas isso já é outra discussão.

Serve esta introdução para reflectir que é bom conhecer outras realidades, mas é essencial perceber o contexto e reflectir se esse contexto permite alguma adesão à nossa realidade.


Eu, ao contrário da maioria, não considero tão benéfico ter tudo concentrado numa estrutura única. Acho que o retiras de bom não supera o que tens de mau no contexto FC Porto.
As equipas profissionais e a formação têm interesses divergentes, até antagónicos, no que se refere à estrutura de treino. E onde há divergência, normalmente, quem ganha são os profissionais. É normal.

A formação procura centralidade. A estrutura profissional procura isolamento. Antagónico.
A formação procura centralidade para estar próxima dos maiores eixos urbanos, fácil acessibilidade, múltiplas acessibilidades. De preferência, na confluência de áreas metropolitanas. Mesmo que seja no meio de algum tráfego. Acessibilidade para os pais dos meninos, ponto de encontro de várias rotas, proximidade a vários agrupamentos escolares.
Os profissionais procuram isolamento. Mesmo mais longe, sem tráfego é uma vantagem. Dependem deles mesmos para a deslocação. São todos maiores de 18, encartados e com veículo próprio. Não têm obrigações escolares. E como se vê um pouco por todo lado, há uma tendência para adquirir habitação em zonas que lhes permitam fácil acesso, pois têm poder económico para isso e nada mais os prende (nem outras obrigações profissionais, etc…).

A formação procura partilha de espaços (não de campos!). É útil ter dois escalões a treinar em campos contíguos. Pode haver meninos a transitar entre treinos. A começar num e a acabar noutro. Equipa sub17 e equipa sub16, por exemplo. Mesmo entre sub17 e sub19. Para já não falar nos escalões mais baixos da iniciação onde a permute pode e deve ser constante.
Os profissionais, uma vez mais, procuram isolamento. Tranquilidade. Fechamento. Segredo. No olival, quando a equipa A treina, mais ninguém treina nos outros 2 relvados de treino. Não há a mesma dinâmica de partilha. São grupos muito mais estanques.
É altamente divergente, para não dizer antagónico.


Sou transparente neste assunto. A localização do moinho de vento da Maia é dentro daquilo que o FC Porto deve procurar para si. Primeiro, coloca o FC Porto na margem certa. Nada contra a margem sul do Douro, mas a margem Norte tem uma malha urbana mais interessante. Segundo, estaríamos na confluência de duas áreas urbanas: Porto e Braga (e Braga é a cidade mais jovem do país). Rápido acesso de todo o grande Porto (mesmo de Gaia), rápido acesso a todo o Baixo Minho e até à zona litoral do Alto Minho. E muito próximo do aeroporto. Com uma concorrência crescente nesta área (Braga, Vitória, Famalicão), o FC Porto deve assegurar que não a vantagem da centralidade.


O Olival tem custos de manutenção, mas o arrendamento está garantido por muito anos e é um custo irrisório. Enquanto estrutura para o futebol profissional, na minha opinião, até tem características muito boas. Com algumas adaptações e pequenas obras, creio que chegava e sobrava para todas as equipas profissionais.
Mais à frente, até acho que FC Porto deveria constituir aqui um polo da formação no Olival para facilitar o acesso às famílias da margem sul do Douro. Um pouco como o polo Estado Universitário de Lisboa para os calimeros, para não forçarem famílias a levarem meninos de 10 anos para Alcochete todos os dias. Mas isso, já são conjecturas.


Bem sei que o CAR é menos oneroso que uma Academia de formação. Mas já será um investimento muito considerável e que limitará de forma definitiva o FC Porto algum dia construa uma academia para a formação numa centralidade muito mais interessante.

Não estou a ver um dia haver Olival, CAR e Academia para a Formação. É utópico.

Tirando o pavilhão para as modalidades, não vejo onde o CAR traga uma vantagem substancial em relação a um Olival renovado/reprogramado para o futebol profissional. E iremos ficar com um Olival curto, tacanho e deslocalizado para a formação.

Prefiro esperar mais alguns anos e ganhar para a formação um espaço concentrado de treino, onde tenha espaço suficiente para todos os treinos dos seus escalões, sem encavalitamentos. Um espaço central, urbano, com excelentes acessos. E uma capacidade de alojamento que não limitasse jamais o recrutamento (o maior calcanhar de Aquiles).
Resposta muito interessante que me suscita várias perguntas:

1- Quanto à centralidade:
- Porquê tanto enfoque no distrito de Braga e tanta desvalorização do de Aveiro, por exemplo?
O Olival não seria até uma solução central se pensarmos na zona norte e centro?
Há uma malha de autoestradas muito grande naquela zona permitindo um bom acesso de toda a zona centro, das zonas de Paços, Paredes, Marco, e mesmo de Braga/Guimarães. E aquela zona do Minho até é uma zona de forte concorrência com, pelo menos, Braga, Guimarães e Famalicão com apostas muito fortes na formação.

- Quanto à centralidade face a escolas e outros, não fará sentido procurar soluções de alojamento mais centrais, dado que nenhuma das infraestruturas parece central nesse aspeto? Quais as vantagens do alojamento estar integrado na Academia?

Edit. @Drago

2- Infraestrutura.

- Quantos campos seriam suficientes para a formação?

- Os sub-19 ficariam integrados junto da restante formação ou das equipas profissionais?

- Qual a capacidade de alojamento ideal?

- Que outro tipo de infraestruturas seriam úteis para a formação?

- Porque é que uma infraestrutura que "com algumas adaptações e pequenas obras, creio que chegava e sobrava para todas as equipas profissionais", não serviria para a formação? É "só" pelo tamanho? Pela localização não ótima que é, basicamente, a que já existe hoje? Pelo problema do alojamento que poderá ser atacado por outras vias? Por outras razões?
 
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jorgcastro

Tribuna
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"Se calhar o CAR é que está caro".

Qual é a base de sustentação disto além de wishful thinking?

E sobre o custo da Academia da Maia?

Não há orçamento. Não há plano financeiro.

Só se conhece o custo dos terrenos da câmara. E um número mandado para o ar pelo arquiteto de uns 40 ME de custo de construção. Que nem se sabe se incluem os trabalhos preparatórios.

Não se sabe, sequer, quanto custam os terrenos a adquirir à ABB. Mas a direção sabe.

E a direção, que sabe quanto lhe custaria o projeto de Gaia, que sabe quanto custaria o que já está pré-contratado e que, provavelmente, já tem uma estimativa de quanto custaria na globalidade a Academia, decide desistir do projeto, mas tu é que sabes que "se calhar o CAR é que está caro" e a Academia custaria pouco mais...
O que é o “plano financeiro“ de um projeto que não tem receitas? Qualquer uma das duas opções só tem custos! Basta fazer um mapa de trabalhos e quantidades e pedir 4/5 orçamentos! Sabe-se os custos de aquisição e calculam-se custos financeiros! Não há que enganar! É óbvio que a resposta das construtoras, para ser bem feito, vai demorar!
E, atenção, a opção é de uma administração democraticamente eleita! Legítima! Mas podemos discordar!
É evidente que a opção da Maia foi muito mal ponderada e, sem grandes dúvidas, terá alguns (muitos?) esqueletos ainda por divulgar!
Mas, nesta altura, não os conhecemos (e sabemos muitos outros, como as procurações, o dinheiro em caixa, a multa da UEFA, etc.) e, para fazermos a análise que replicas acima, por exemplo, poderíamos saber os contornos do processo com a ABB…
Creio que é consensual que, sem restrições ou amarras, a solução Maia seria melhor do que a solução CAR!
Eu gostaria de ter mais informação para perceber o racional de uma opção, que vá além do “não temos dinheiro”! Nem que seja, no limite, estes tipos da ABB são uns vigaristas e eu não quero lidar com eles… porque, em primeiro lugar, o “não temos dinheiro” funciona numa decisão conjuntural (eg, jogador a vs jogador ) e, em segundo lugar, acaba por ser atenuada quando decidimos investir, ainda que metade, numa infraestrutura que, em conjunto com a Maia, é mutuamente exclusiva, o que nos leva a comparar a metade com o dobro do custo, do espaço, da qualidade, do benefício e, finalmente, os motivos que justificam a impossibilidade de fasear o projecto da Maia.
 

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Resposta muito interessante que me suscita várias perguntas:

1- Quanto à centralidade:
- Porquê tanto enfoque no distrito de Braga e tanta desvalorização do de Aveiro, por exemplo?
O Olival não seria até uma solução central se pensarmos na zona norte e centro?
Há uma malha de autoestradas muito grande naquela zona permitindo um bom acesso de toda a zona centro, das zonas de Paços, Paredes, Marco, e mesmo de Braga/Guimarães. E aquela zona do Minho até é uma zona de forte concorrência com, pelo menos, Braga, Guimarães e Famalicão com apostas muito fortes na formação.

- Quanto à centralidade face a escolas e outros, não fará sentido procurar soluções de alojamento mais centrais, dado que nenhuma das infraestruturas parece central nesse aspeto? Quais as vantagens do alojamento estar integrado na Academia?

2-

(a continuar)
1. A Sul não tens concorrência e a norte não te falta concorrência…
 

Um Portista

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Vamos lá falar de coisas sérias.

Não está na hora de preencher umas assinaturas e convocar uma Assembleia Geral Extraordinária para "debater" Maia/Gaia/Ithaka?
 

Drago

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Resposta muito interessante que me suscita várias perguntas:

1- Quanto à centralidade:
- Porquê tanto enfoque no distrito de Braga e tanta desvalorização do de Aveiro, por exemplo?
O Olival não seria até uma solução central se pensarmos na zona norte e centro?
Há uma malha de autoestradas muito grande naquela zona permitindo um bom acesso de toda a zona centro, das zonas de Paços, Paredes, Marco, e mesmo de Braga/Guimarães. E aquela zona do Minho até é uma zona de forte concorrência com, pelo menos, Braga, Guimarães e Famalicão com apostas muito fortes na formação.

- Quanto à centralidade face a escolas e outros, não fará sentido procurar soluções de alojamento mais centrais, dado que nenhuma das infraestruturas parece central nesse aspeto? Quais as vantagens do alojamento estar integrado na Academia?

2-

(a continuar)
1) Sabes a resposta a isso. O FC Porto não deve abdicar da sua presença na zona mais populosa deste país (distrito Porto+Braga). Libertar esse espaço é fomentar, ainda mais, o crescer desses clubes na formação. Ainda pior se a rotunda avançar com a sua academia nessa zona.

A zona de Aveiro é essencial para o FC Porto. O projecto AMAR é fulcral e até defendo criar um polo de formação no Olival. Mas em termos de centralidade, não tenho dúvidas que esse eixo Braga-Porto é mais determinante.

2) Maior proximidade a todas as valências (nutricional, médico, etc..) e evitar mais deslocações. Escola de manhã. Treinos à tarde. Estudo/descanso/recuperação no imediato sem outra deslocação para quem fica alojado na Academia. Quem não ficar na Academia é porque habita a uma distância aceitável e/ou tem familiares disponíveis para fazer essa deslocação. Não é o que verificamos hoje.
 
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hawkeyes

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19 Julho 2006
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Vila Nova de Gaia, 1975
O que é o “plano financeiro“ de um projeto que não tem receitas? Qualquer uma das duas opções só tem custos! Basta fazer um mapa de trabalhos e quantidades e pedir 4/5 orçamentos! Sabe-se os custos de aquisição e calculam-se custos financeiros! Não há que enganar! É óbvio que a resposta das construtoras, para ser bem feito, vai demorar!
E, atenção, a opção é de uma administração democraticamente eleita! Legítima! Mas podemos discordar!
É evidente que a opção da Maia foi muito mal ponderada e, sem grandes dúvidas, terá alguns (muitos?) esqueletos ainda por divulgar!
Mas, nesta altura, não os conhecemos (e sabemos muitos outros, como as procurações, o dinheiro em caixa, a multa da UEFA, etc.) e, para fazermos a análise que replicas acima, por exemplo, poderíamos saber os contornos do processo com a ABB…
Creio que é consensual que, sem restrições ou amarras, a solução Maia seria melhor do que a solução CAR!
Eu gostaria de ter mais informação para perceber o racional de uma opção, que vá além do “não temos dinheiro”! Nem que seja, no limite, estes tipos da ABB são uns vigaristas e eu não quero lidar com eles… porque, em primeiro lugar, o “não temos dinheiro” funciona numa decisão conjuntural (eg, jogador a vs jogador ) e, em segundo lugar, acaba por ser atenuada quando decidimos investir, ainda que metade, numa infraestrutura que, em conjunto com a Maia, é mutuamente exclusiva, o que nos leva a comparar a metade com o dobro do custo, do espaço, da qualidade, do benefício e, finalmente, os motivos que justificam a impossibilidade de fasear o projecto da Maia.
Se eu te apresentasse uma terceira opção:

Cidade desportiva, com tudo integrado, 15 campos de futebol, pavilhão, alojamento de atletas, capacidade de expansão futura.

Com certeza chegarias à conclusão "consensual que, sem restrições ou amarras, a solução [] seria melhor do que a solução CAR [ou Maia]".

O problema são mesmo as restrições e amarras...
 

hawkeyes

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A moral é mesmo essa. O wishful thinking… chegaste lá… a moral é ser utilizável nos 2 sentidos.

Quanto ao resto, baseio-me na info disponível.
Quando ou se aparecer nova info, cá estaremos para concluir melhor.

Repara que vamos perder o sinal da compra dos terrenos mas o clube acha que conseguia readquirir o valor investido por venda. Mais uma curiosidade.

Porque raio nem com os terrenos ficamos?

Eu neste processo cada vez tenho mais a certeza que quando o André propos o CAR já só o tinha como unica opção e nunca realmente considerou a Maia.

Mas vou voltar a insistir no unico que aqui importa: projecto ESTRUTURANTE para o futuro do clube. É ou deveria ser só isto.

Quando se avançou para estádio do dragão, que novelas aconteceram? Como estava o clube? Se calhar deveríamos ter construído um mais pequeno para 20 ou 30 mil lugares, com projecto pre-desenvolvido tipo HOK… bonzinho é inimigo do otimo… 20 e tal anos depois da novela, ate ja se pede ao Andre para fechar topos…
Quando avançamos para o Estádio do Dragão, também não avançamos para um maior que o do regime, pois não? Nem para um do tamanho do Barnabéu ou do Camp Nou.

De resto,não deves ter estado atento, mas o que se noticiou é que a administração considera que não avançando a aquisição na hasta publica, não fica obrigada à compra dos terrenos da ABB. Que nem sabemos quanto custariam. E, se calhar, também não avança a terraplanagem no valor de perto de 7 ME. Vai somando e comparando com os seiscentos e tal mil euros...
 

hawkeyes

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1) Sabes a resposta a isso. O FC Porto não deve abdicar da sua presença na zona mais populosa deste país (distrito Porto+Braga). Libertar esse espaço é fomentar, ainda mais, o crescer desses clubes na formação. Ainda pior se a rotunda avançar com a sua academia nessa zona.

A zona de Aveiro é essencial para o FC Porto. O projecto AMAR é fulcral e até defendo criar um polo de formação no Olival. Mas em termos de centralidade, não tenho dúvidas que esse eixo Braga-Porto é mais determinante.

2) Maior proximidade a todas as valências (nutricional, médico, etc..) e evitar mais deslocações. Escola de manhã. Treinos à tarde. Estudo/descanso/recuperação no imediato sem outra deslocação para quem fica alojado na Academia. Quem não ficar na Academia é porque habita a uma distância aceitável e/ou tem familiares disponíveis para fazer essa deslocação. Não é o que verificamos hoje.
1- Abdicar? Porquê abdicar? Hoje abdicamos dessa zona?

Hoje em dia conheço vários atletas da zona sul de Gaia que vão diariamente para Vila do Conde ou Famalicão e o contrário não se verifica(ria)?
 

Daikan

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Quando avançamos para o Estádio do Dragão, também não avançamos para um maior que o do regime, pois não? Nem para um do tamanho do Barnabéu ou do Camp Nou.

De resto,não deves ter estado atento, mas o que se noticiou é que a administração considera que não avançando a aquisição na hasta publica, não fica obrigada à compra dos terrenos da ABB. Que nem sabemos quanto custariam. E, se calhar, também não avança a terraplanagem no valor de perto de 7 ME. Vai somando e comparando com os seiscentos e tal mil euros...
1. Desatento. O regime só tem o maior estadio porque o governo cedeu à chantagem e comparticipou o deles em % maior que os restantes.

2. O estadio do Dragão é um equipamento extraordinário, bem melhor que o do regime! Acho incrivel a comparação que fazes… À data da construção era considerado o melhor da europa em diversos parâmetros.

3. O que se falava era a aquisição dos terrenos da CM Maia. O clube nem os terrenos quer nem que para isso perca sinal ao memso tempo que assume que tem valor de mercado para reaver o investimento. Repito, os terrenos da CM Maia. Esta é a curiosidade.
 
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