Edgar que referes-te ao colectivo aqui do nosso espaço do portal. Falas por eles. Portanto respondo á tua pergunta.
Logicamente que basta analisares o histórico de comentários e a narrativa dominante para verificar que sim isso é óbvio.
Relativo a Rússia fiz um paralelismo inverso e hipotético em tese por algum motivo lunático os EUA invadiam o México até proporcionalmente é uma comparação coerente. E o México teria o apoio declarado do sul global, e o fornecimento de material logístico e equipamento da China e Rússia. Logicamente que os EUA estariam talvez com 20 por cento do território conquistado e num impasse, possivelmente com contestação interna, fosse das alas radicalizadas da extrema direita ou esquerda. E claramente a América estaria desgastada e enfraquecida .
Agora em última instância no limite, não estaria porque é uma superpotência militar e nuclear.
A Rússia é um país intrigante e ao mesmo tempo fascinante. Até pela sua história, o seu nacionalismo, a sua integridade. É como fosse sempre uma causa perdida. É um país transcontinental. Como uma economia primária pouco evoluída. É um paradoxo. Porque depois é enorme e uma potência nuclear e militar. O que faz com que um país com estas características nunca possa ser derrotada na totalidade. Consegues perceber o que transmiti ou não fui suficientemente articulado?
Para todos os efeitos é uma opinião partilhada por fontes que até aqui já citei nos antípodas do PCP. Como próprio Pentágono ou o newyork Times.
Tudo começa mal quando comparas os EUA à Rússia porque não os podes comparar.
Logo o teu exercício começa e acaba logo!
Que a Rússia e eu já o disse na sua história é um país intrigante estou de acordo. Mas sim são outras coisas.
Agora não sei até que ponto esse teu fascínio não é uma paixão assolapada que transportas para aqueles que o representam actualmente.
Ningúem quer "derrotar o país Rússia a ideia de nação da Rússia como país transcontinental e bla bla bla".
Querem é sim "derrotar" a invasão Russa de um país vizinho soberano, acabar com a tragédia do povo ucraniano que não a trouxe sobre si mesmo, o regresso da integridade territorial de um país soberano e democrático e se der para o bónus de uma mudança de regime na Rússia melhor.
Deseja-se a capitulação "desta investida russa/putinista e seu fracasso" e não essa destruição da "ideia da Mãe Rússia" que eu não sei em que livro foste buscar.
Embora eu já tenha aqui explicado que por razões de desenvolvimento social e civilizacional que já não são recuperáveis não acho que a Rússia seja governável democraticamente ou pelo menos dentro da ortodoxia do que consideramos uma democracia liberal à europeia.
O New York times em assuntos "russos e ucranianos" tem um histórico interessante.
Devias consultar o viés anti-ucraniano típico do jornal já desde o sec. XX, o nagacionismo do Holodomor que fizeram na altura e a polémica com o Pulitzer de Walter Duranty.