E que caso foi aquele que provocou o fim do programa?
Algo haver com um deputado?
O david borges a pedir desculpa e quase a chorar
Esse david borges é outro porco, há dias quando o PdC mandou uma boca sobre o centralismo, ele no programa que ronca agora disse algo do genero, "nós gostamos muito do norte, nós gostamos muito das paisgens do norte" e repetiu novamente "as paisagens do norte". Ainda goza com a nossa cara o fdp.
" Tudo se terá precipitado quando na última edição de Os Donos da Bola se apresentou uma reportagem sobre duas viagens do ex-director de informação e programas da RTP José Eduardo Moniz ao estrangeiro, alegadamente pagas pela Olivedesportos - a empresa que detém o exclusivo das transmissões televisivas do futebol em Portugal (Ver PÚBLICO de 7-3-99).
A reportagem mereceu várias críticas por parte dos três comentadores-residentes - Leonor Pinhão (Benfica), Eduardo Barroso (Sporting) e António Tavares Teles (FC Porto) - o que desagradou aos responsáveis pelo programa, que decidiram reformular o painel.
Com este mesmo objectivo Emídio Rangel convidou, esta semana, três novos comentadores para o programa: Leonardo Azevedo (FC Porto), Cinha Jardim (Benfica) e Sérgio Abrantes Mendes (Sporting).
Estes iriam participar já na edição do programa que deveria ter ido ontem para o ar. O problema é que o jornal "A Bola", na sua edição de quinta-feira, noticiou na primeira página as alterações no painel, antes de a SIC avisar Eduardo Barroso e António Tavares Teles das suas saídas. Apenas Leonor Pinhão tinha sido informada da sua substituição.
Esta situação levou a uma reacção intempestiva de Eduardo Barroso, que se mostrou "chocado" por ninguém da SIC lhe ter comunicado a decisão de mudar o painel (ver PÚBLICO de 12-3-99). Eduardo Barroso solicitou, ainda na quinta-feira, uma reunião com Emídio Rangel, o que veio a acontecer. Foi precisamente após este encontro que o director da SIC terá tomado a decisão de "suspender definitivamente" Os Donos da Bola.Estreado em Outubro de 1992, o espaço desportivo das noites de sextas-feira da estação de Carnaxide celebrizou-se pela "animação" dos seus debates em estúdio, mas houve também investigações jornalísticas que marcaram a agenda desportiva durante muito tempo.
As alegadas agressões a uma prostituta brasileira durante um estágio da selecção de futebol - o chamado "caso Paula" - andaram nas bocas do mundo, bem como a notícia de que uma viagem do árbitro Carlos Calheiros para o Brasil fora paga pelo FC Porto.
Em ambos os casos, tratou-se de revelações históricas e que entraram para o anedotário do futebol português. Outras houve, mais ou menos empoladas, mais ou menos importantes, mas sempre reveladores da intenção de optar pela frontalidade e pelo choque com o "sistema" do futebol português.
E isso - aliado aos interesses comerciais da estação - acabou por criar uma colagem, no mínimo evidente, ao discurso e à política do actual presidente do Benfica, João Vale e Azevedo.Por causa desse seu tom "encarnado" e de alguns temas polémicos abordados, o programa tornou-se, também ele, uma referência incontornável do desporto português. Histórias de "doping", de equipamentos da selecção "made in Indonesia", de arbitragem, de contas e finanças, de viagens.
Do presente e do passado, sempre em registo dramático e muitas vezes sobre o risco da deontologia. Os Donos da Bola foi um espaço televisivo que marcou a sua época.O programa conheceu nestes seis anos de existência sete diferentes painéis de comentadores. Por lá passaram dirigentes e ex-dirigentes desportivos, como foram os casos de Pinto da Costa, presidente do FC Porto, Sousa Cintra, ex-presidente do Sporting, Gaspar Ramos, ex-vice-presidente do Benfica - estes três logo no primeiro painel de comentadores em 1992 -, Cunha Leal, ex-vice-presidente do Benfica, Santana Lopes, ex-presidente do Sporting e Pôncio Monteiro, ex-vice-presidente do FC Porto; jornalistas consagrados da nossa praça, como Aurélio Márcio, Alfredo Farinha ou, mais recentemente, Leonor Pinhão e António Tavares Teles; treinadores de futebol, como Pedro Gomes, Eurico Gomes, Humberto Coelho (actual seleccionador português) e Octávio Machado. Não faltaram mesmo os representantes do adepto "comum", como foram os casos de António Pedro Vasconcelos (Benfica), António Taveira (FC Porto), Eduardo Barroso (Sporting) ou Manuel Serrão (FC Porto).