Nem tanto ao mar nem tanto à terra
Aposta em juventude, mas também aposta em jogadores feitos. E daí?
Os jogadores da formação percebo que tenham um je ne sais quo para muita gente. Alguém que faz a formação no nosso clube desde miudo, e habitua se a ganhar, a ser acompanhado pelos pais e adeptos ao longo dos anos, é normal que se acarinhe. Sendo que o investmento que o clube faz tem algum risco, mas nunca se gasta tanto como num Saravia, ou num Nanu, por exemplo, e por isso faz-se uma comparação com algo que vém de fora, muitas vezes depreciativa para a contratação em comparação com a formação.
Por vezes confunde-se o background de um jogador, que é humilde, que faz 200 ou 300 kms para treinar, sendo um sacrifico considerável, não é mais do que há 20 anos atrás ou mais ainda em que as condições eram duras, os meios de transporte eram outros e a exposição mediática dos jovens era ínfima, como alguém que é portista.
A maioria dos jovens quer ganhar dinheiro, quer ser famoso, quer ser mediático, quer ser o próximo Ronaldo, Messi, etc. E sabem que ser jogador profissional em Portugal, o melhor caminho será num dos 3 grandes.
Por vezes alguns são portistas, ou já o eram, ou ficam a ser quando ingressam no clube.
Bottom Line, hoje em dia até os miudos são profissionais antes do serem, com os mesmos vícios de um jogador profisional, com uma entourage que começa nos pais, nos amigos nas wags, e já com empresários.
É um mundo cão, e sinceramente, têm todo o direito de mudar de clube e fazer o melhor para a carreira. Convém o clube ser dotado de pessoas competentes na área de formação, scouting, com avaliação de competências técnicas, psíquicas e sociais para que o acerto nos jogadores que possam ser úteis ao clube possa ser mais efetivo.
Este Diogo Abreu alguma vez faltou ao respeito ao clube? Se não... Boa sorte para a vida pessoal. Next...
