Política Nacional

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O AVenturas decidiu definir o seu partido como um partido de protesto e é nesse sentido que o Chega tem caminhado. Por exemplo, eu lembro-me que muitas pessoas votavam no PCP, não por convicção ou por se reverem na ideologia do partido, mas sim na esperança de haver ali algum contra-poder, é mais ou menos nisto que o Chega quer fazer, carregando com um populismo orientado à direita, e hoje vivemos numa era digital com as redes sociais em alta.
O problema é que o Chega não é o PCP, é mesmo o Chega, um partido sem contraponto no sistema. Jerónimo de Sousa não merece sequer ser equacionado na mesma frase que Ventura e o seu partido. O PCP faz política de forma séria, quer-se concorde ou não com ela. Fá-lo há muitos anos e com influência objectiva e poder concreto em várias áreas da sociedade portuguesa. Em nada contribui para fracturar o tecido social e o próprio sistema político. O Chega é uma ameaça real e canaliza tensões negativas características do nosso tempo. A agressividade atrevida é engraçada até certo ponto... mas não quando começa a atentar à democracia, como já vimos acontecer. Se as pessoas estão descontentes, têm outras opções políticas que não este partido em particular. Se canalizam o descontentamento para aqui... arriscam-se a ficar com um enorme peso na consciência.

Certamente haverá descontentamento, mas parece-me também que há algo pior e mais generalizado nas sociedades contemporâneas, vendo-se isso nas ondas populistas e nas dinâmicas dos partidos de extrema direita. São tempos perigosos.
 
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Manageiro de futból

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Esmoriz
O Livre no fundo apresenta um programa ultra progressista (e polémico).

Livre circulação a nível mundial não é mais do que expandir a ideia da Europa.

Subsídio para quem quer mudar de carreira teria de ser bem legislado e fiscalizado por causa dos abusos.

Rendimento único universal é algo que até poderá vir a ser uma necessidade quando a automatização acabar com a esmagadora maioria dos empregos.
É um programa político mais liberal do que muitos liberais.

Fiquei curioso com as propostas do Livre. O Ventura claro, passou a ideia de um subsídio à preguiça porque trata os eleitores como atrasados mentais, mas pareceu-me muito mais um subsídio à valorização pessoal e à responsabilidade individual.
 
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tripeiro_de_gema

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O problema é que o Chega não é o PCP, é mesmo o Chega, um partido sem contraponto no sistema. Jerónimo de Sousa não merece sequer ser equacionado na mesma frase que Ventura e o seu partido. O PCP faz política de forma séria, quer-se concorde ou não com ela. Fá-lo há muitos anos e com influência objectiva e poder concreto em várias áreas da sociedade portuguesa. Em nada contribui para fracturar o tecido social e o próprio sistema político. O Chega é uma ameaça real e canaliza tensões negativas características do nosso tempo. A agressividade atrevida é engraçada até certo ponto... mas não quando começa a atentar à democracia, como já vimos acontecer. Se as pessoas estão descontentes, têm outras opções políticas que não este partido em particular. Se canalizam o descontentamento para aqui... arriscam-se a ficar com um enorme peso na consciência.
Pois, mas tu estás a falar conforme a tua visão pessoal e eu estou tentar fazer uma análise do "fenómeno". O PCP por seu lado também tem uma ideologia muita dúbia, estamos a falar de um partido que em pleno parlamento defendeu o regime de Nicolás Maduro, o que é muito mau, mas o principal problema do PCP é o facto do partido ter parado no tempo e sempre com o mesmo tipo de discurso previsível, em tempos próximos do pós-25 de Abril as pessoas até podiam engraçar com a cassete, mas hoje em dia é mais do mesmo e com direitos laborais a evoluirem cada vez mais.
O Chega é um partido que quer seguir os passos do FN, do VOX, da Lega Nord(Salvini) e do partido de Wilders, no entanto a grande diferença que eu vejo entre eles e AVenturas, é que Jean Marie Le Pen(pai), Abascal, Salvini e Wilders têm convicções fortes então que o AVenturas optou pela estratégia do caça ao voto fácil, um pouco como a Marine Le Pen tem feito. Obviamente que a estratégia vai funcionando, porque também a circunstância política actual é simpática para o Chega como para o FN(em França. Agora com Eric Zemmour não sei como vai ser).
 
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Rm95

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Esta catarina martins e parva, o rio diz que nao e favor da prisao perpetua mesmo mitigada como no resto da europa, e ela diz logo de seguida que e a favor.
 

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Esta catarina martins e parva, o rio diz que nao e favor da prisao perpetua mesmo mitigada como no resto da europa, e ela diz logo de seguida que e a favor.
A Catarina Martins nas legislativas de 2019 já vinha a regredir nos debates, aliás se não estou em erro nessa altura acho que ela só tinha ganho apenas um debate e curiosamente contra Rui Rio. A Catarina Martins passa o tempo nos debates a discutir do passado.
 

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Pois, mas tu estás a falar conforme a tua visão pessoal e eu estou tentar ter a perspectiva mais geral da coisa. O PCP por seu lado também tem uma ideologia muita dúbia, estamos a falar de um partido que em pleno parlamento defendeu o regime de Nicolás Maduro, o que é muito mau, mas o principal problema do PCP é o facto do partido ter parado no tempo, as suas ideias eram viáveis em tempos próximos do pós-25 de Abril.
O Chega é um partido que quer seguir os passos do FN, do VOX, da Lega Nord(em Itália) e do partido de Wilders, no entanto a grande diferença que eu vejo entre eles e AVenturas, é que Jean Marie Le Pen(pai), Abascal, Salvini e Wilders têm convicções fortes então que o AVenturas optou pela estratégia do caça ao voto fácil, um pouco a Marine Le Pen tem feito.
Que relevância tem esse acto do PCP? Em nada impacta a vida da nação. O PCP rege-se por códigos fortemente ancorados no seu passado histórico, tem a sua liturgia e cultura próprias, como nenhum outro partido em Portugal. Devemos ser capazes de analisar as coisas por aquilo que elas são. O PCP é um partido que vive um declínio que se pensa irreversível, e provavelmente é, não representando a mais pequena ameaça às instituições do país. Comanda vários municípios relevantes no país e fá-lo sem quaisquer marcas nefastas do comunismo. Fosse populista, e decerto teria outro tipo de preocupações em matéria de alinhamento externo e marketing político.

O Chega é um animal diferente, encontra-se na crista da onda, tem uma dinâmica de crescimento e almeja posicionar-se como terceira força política. Tem um líder condenado em tribunal por segregação racial, que não se coíbe de estimular os piores instintos dos cidadãos. Pelo contrário, polemizar, polarizar... é justamente a sua estratégia. Não tem o menor pejo em mentir, difamar, e armou-se de uma agressividade subversiva, como se nota nestes debates. Ventura mudará a face da política portuguesa se lhe derem poder para tal. Duvido que para melhor. Mais agressividade, mais expressões de intolerância, menos civilidade... é o que vem dali, em parte porque é o que vem do resto da sociedade. Será mesmo isso o queremos?

Cada um que se posicione como melhor lhe parecer. Mas é importante que as pessoas estejam atentas e conscientes.
 
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Rm95

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A Catarina Martins nas legislativas de 2019 já vinha a regredir nos debates, aliás se não estou em erro nessa altura acho que ela só tinha ganho apenas um debate e curiosamente contra Rui Rio. A estratégia de Catarina Martins está a esgotar-se.
A catarina martins e uma cassete riscada, ja ninguem acredita naquela conversa.
O rui rio fez servico publico, deu uma aula de economia a ela e a todos portugueses, a ver se entendem como se aumentam salarios.
E ela nao fazia minima ideia de responder, que falta de cultura.
 

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A catarina martins e uma cassete riscada, ja ninguem acredita naquela conversa.
O rui rio fez servico publico, deu uma aula de economia a ela e a todos portugueses, a ver se entendem como se aumentam salarios.
E ela nao fazia minima ideia de responder, que falta de cultura.
Sim lembro-me dessa parte, em que Rui Rio disse que os salário minímos devem ser aumentados consoante os salários médios, a Catarina veio dizer que a teoria estava errada e depois de um momento para o outro foi falar em despedimentos sem justificar o porquê de ela afirmar que a teoria de Rio estava errada.
A Catarina Martins só sabe falar do passado.
 
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Rm95

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Sim lembro-me dessa parte, em que Rui Rio disse que os salário minímos devem ser aumentados consoante os salários médios, a Catarina veio dizer que a teoria estava errada e depois de um momento para o outro foi falar em despedimentos sem justificar o porquê de ela afirmar que a teoria de Rio estava errada.
A Catarina Martins só sabe falar do passado.
A actriz contraria o economista que percebe da poda 🤣
 

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Que relevância tem esse acto do PCP? Em nada impacta a vida da nação. O PCP rege-se por códigos fortemente ancorados no seu passado histórico, tem a sua liturgia e cultura próprias, como nenhum outro partido em Portugal. Devemos ser capazes de analisar as coisas por aquilo que elas são. O PCP é um partido que vive um declínio que se pensa irreversível, e provavelmente é, não representando a mais pequena ameaça às instituições do país. Comanda vários municípios relevantes no país e fá-lo sem quaisquer marcas nefastas do comunismo. Fosse populista, e decerto teria outro tipo de preocupações em matéria de alinhamento externo e marketing político.

O Chega é um animal diferente, encontra-se na crista da onda, tem uma dinâmica de crescimento e almeja posicionar-se como terceira força política. Tem um líder condenado em tribunal por segregação racial, que não se coíbe de estimular os piores instintos dos cidadãos. Pelo contrário, polemizar, polarizar... é justamente a sua estratégia. Não tem o menor pejo em mentir, difamar, e armou-se de uma agressividade subversiva, como se nota nestes debates. Ventura mudará a face da política portuguesa se lhe derem poder para tal.

Cada um que se posicione como melhor lhe parecer.
O PCP tem o seu próprio populismo, enquanto que o Chega culpa exacerbadamente as minorias, o PCP por seu lado ataca exacerbadamente os ricos, proprietários e empreendedores, é uma questão depois de alinhamento político.

O Chega é como te disse é este tipo de partido, um partido que joga com o descontentamente, porque o estado da nação ao longo dos anos tem se degradado e as pessoas perderam referências, daí porque também os números da abstenção e o Chega está tentar atrair essas pessoas para o seu lado, porque a verdade é esta se abstenção reduzir pode se avizinhar um grande resultado para o Chega. Depois há o Interior esquecido e abandonado, e pelos vistos algumas dessas regiões têm problemas com a comunidade cigana, isso deve-se porque em Portugal existe muita a mania de empurrar os problemas com a barriga e o Chega vai aproveitar isso para espalhar o seu populismo. Eu não tenho de todo a certeza se AVenturas foi mesmo condenado por segregação racial, mas não vai ser isso que o travar, pelo contrário ele até vai usar isso para se vitimizar.

A circunstância política actual também favorece claramente o Chega, pelas razões que sabemos, esquerda desgastada e acomodada pelo poder, principalmente o PCP em queda livre e um BE que apesar de ter alcançado os seus melhores resultados em 2015 e 2019 está claramente em perda, depois com uma direita amorfa, logo o Chega está tentar ocupar um espaço estratégico muito importante e neste sentido o AVenturas está conseguir ocupá-lo, recorrendo ao seu populismo e às redes sociais.

Agora o que eu espero é que se Rui Rio tiver condições para governar, que nunca dê a mão ao Chega "sem qualquer contrapartida", ou seja comos se fosse um presente envenenado. Porque não deixa de ser curioso que este tipo de partidos quando alcançam o poder ou quando convivem proximamente com ele, tendem a cair.
 
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O PCP tem o seu próprio populismo, enquanto que o Chega culpa exacerbadamente as minorias, o PCP por seu lado ataca exacerbadamente os ricos, é uma questão depois de alinhamento político.

O Chega é como te disse é este tipo de partido, um partido que joga com o descontentamente, porque o estado da nação ao longo dos anos tem se degradado e as pessoas perderam referências, daí porque também os números da abstenção e o Chega está tentar atrair essas pessoas para o seu lado, porque a verdade é esta se abstenção reduzir pode se avizinhar um grande resultado para o Chega. Depois há o Interior esquecido e abandonado, e pelos vistos algumas dessas regiões têm problemas com a comunidade cigana, isso deve-se porque em Portugal existe muita a mania de empurrar os problemas com a barriga e o Chega vai aproveitar isso para espalhar o seu populismo. Eu não tenho de todo a certeza se AVenturas foi mesmo condenado por segregação racial, mas não vai ser isso que o travar, pelo contrário ele até vai usar isso para se vitimizar.

A circunstância política actual também favorece claramente o Chega, pelas razões que sabemos, esquerda desgastada e acomodada pelo poder, principalmente o PCP em queda livre e um BE que apesar de ter alcançado os seus melhores resultados em 2015 e 2019 está claramente em perda, depois com uma direita amorfa, logo o Chega está tentar ocupar um espaço estratégico muito importante e neste sentido o AVenturas está conseguir ocupá-lo.

Agora o que eu espero é que se Rui Rio tiver condições para governar, que nunca dê a mão ao Chega sem qualquer contrapartida, o AVenturas tem que ser "envenendado" pela sua ganância e fome de poder.
Não é populismo, o PCP tem uma identidade e uma ideologia. O PCP é genuinamente impopular e não tem receio de o ser. Cai de pé, com a sua cassete. É bastante diferente. O Chega não tem princípios, agrega umas linhas de discurso típicas dos partidos de extrema direita contemporâneos, pouco mais. Reescreve o seu "programa" político de um dia para o outro, guina para onde sopra o vento. É uma farsa, com a agravante de ter capacidade suficiente para iludir uma parte significativa do eleitorado.

Deixemo-nos de paninhos quentes. O Chega é chefiado por uma pessoa que foi à televisão com uma fotografia de cidadãos anónimos berrar bandidos, bandidos. É isto o que nós queremos para Portugal? É este o líder político que queremos para comandar o país? Condenado em tribunal. O Ministério Público pediu recentemente ao Parlamento que lhe retirasse a imunidade parlamentar por suspeita de difamação agravada. É esta a práxis política que queremos? Temos de começar a compreender que o Chega constitui um risco objectivo às instituições e à própria sociedade, que não se trata apenas de intriga política e disputa partidária... Quem votar no Chega será corresponsável pela degradação do ambiente social e político, sobretudo se o partido agregar muitos votos. As pessoas devem ser responsabilizadas pelas suas opções.

O que aconteceu nos Estados Unidos é paradigmático. A coisa começa por ser engraçada, a fanfarronice, o desrespeito, a virulência, a agressividade... até que a violência escala ao ponto da sublevação e a sociedade se divide de forma insanável ou perto disso.

Os partidos têm de fazer melhor política, que remédio, e expor os perigos do adversário. Sem nunca adoptar as suas propostas.
 

PDuarte

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Não é populismo, o PCP tem uma identidade e uma ideologia. O PCP é genuinamente impopular e não tem receio de o ser. Cai de pé, com a sua cassete. É bastante diferente. O Chega não tem princípios, agrega umas linhas de discurso típicas dos partidos de extrema direita contemporâneos, pouco mais. Reescreve o seu "programa" político de um dia para o outro, guina para onde sopra o vento. É uma farsa, com a agravante de ter capacidade suficiente para iludir uma parte significativa do eleitorado.

Deixemo-nos de paninhos quentes. O Chega é chefiado por uma pessoa que foi à televisão com uma fotografia de cidadãos anónimos berrar bandidos, bandidos. É isto o que nós queremos para Portugal? É este o líder político que queremos para comandar o país? Condenado em tribunal. O Ministério Público pediu recentemente ao Parlamento que lhe retirasse a imunidade parlamentar por suspeita de difamação agravada. É esta a práxis política que queremos? Temos de começar a compreender que o Chega constitui um risco objectivo às instituições e à própria sociedade, que não se trata apenas de intriga política e disputa partidária... Quem votar no Chega será corresponsável pela degradação do ambiente social e político, sobretudo se o partido agregar muitos votos. As pessoas devem ser responsabilizadas pelas suas opções.

O que aconteceu nos Estados Unidos é paradigmático. A coisa começa por ser engraçada, a fanfarronice, o desrespeito, a virulência, a agressividade... até que a violência escala ao ponto da sublevação e a sociedade se divide de forma insanável ou perto disso.

Os partidos têm de fazer melhor política, que remédio, e expor os perigos do adversário. Sem nunca adoptar as suas propostas.
Mas isto não se aplica só com o Chega. Aplica-se a todos os partidos, a todos os votantes e a todos os temas.
 

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Não é populismo, o PCP tem uma identidade e uma ideologia. O PCP é genuinamente impopular e não tem receio de o ser. Cai de pé, com a sua cassete. É bastante diferente. O Chega não tem princípios, agrega umas linhas de discurso típicas dos partidos de extrema direita contemporâneos, pouco mais. Reescreve o seu "programa" político de um dia para o outro, guina para onde sopra o vento. É uma farsa, com a agravante de ter capacidade suficiente para iludir uma parte significativa do eleitorado.

Deixemo-nos de paninhos quentes. O Chega é chefiado por uma pessoa que foi à televisão com uma fotografia de cidadãos anónimos berrar bandidos, bandidos. É isto o que nós queremos para Portugal? É este o líder político que queremos para comandar o país? Condenado em tribunal. O Ministério Público pediu recentemente ao Parlamento que lhe retirasse a imunidade parlamentar por suspeita de difamação agravada. É esta a práxis política que queremos? Temos de começar a compreender que o Chega constitui um risco objectivo às instituições e à própria sociedade, que não se trata apenas de intriga política e disputa partidária... Quem votar no Chega será corresponsável pela degradação do ambiente social e político. As pessoas devem ser responsabilizadas pelas suas opções.

O que aconteceu nos Estados Unidos é paradigmático. A coisa começa por ser engraçada, a fanfarronice, o desrespeito, a virulência, a agressividade... até que a violência escala ao ponto da sublevação e a sociedade se divide de forma insanável ou perto disso.

Os partidos têm de fazer melhor política e expor os perigos do adversário. Sem nunca adoptar as suas propostas.
Eu não quero estar a extender-me mais sobre esse assunto, porque seria repetir-me e estás apenas a dar o teu ponto de vista e já percebi aquilo que tu pensas, eu estou tentar dar-te uma visão ou uma análise daquilo que o Chega representa em si. E sinceramente eu acho exagerado alimentar o bicho-papão e o fantasma do "fascismo", mesmo que o AVenturas quisesse impôr isso não teria hipóteses. O AVenturas é apenas um charlatão com fome de poder(como disseste não tem convicções), nada mais.

Eu acho que estás um pouco equivocado sobre o significado de populismo, o populismo não tem a ver com o facto teres ou não ideologia ou teres identidade, o populismo é um tipo de falácia que recorre ao apelo popular, por exemplo o PCP usava a retórica "derrubar pela força do povo", é claramente um apelo popular. Existe várias maneiras de aplicar o populismo, daí existir um populismo de direita e um populismo de esquerda.
 
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O bloco de esquerda tem militantes e candidatos que eram das fp25, um deles um carpinteiro que diz que nao se arrepende das mortes que fizeram, inclusive de um bebe, e nada se fala. Se fosse da direita....
Não sei até que ponto essa primeira afirmação é verdade, serão mesmo militantes ? Candidatos ? Confesso que nunca ouvi falar.

Maçãs podres com cadastros "de respeito" há em todos os partidos. Digamos que não é o partido que os escolhe mas sim o inverso. Embora a ideologia tenha o seu papel na atração de indivíduos mais problemáticos.
 

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Não sei até que ponto essa primeira afirmação é verdade, serão mesmo militantes ? Candidatos ? Confesso que nunca ouvi falar.

Maçãs podres com cadastros "de respeito" há em todos os partidos. Digamos que não é o partido que os escolhe mas sim o inverso. Embora a ideologia tenha o seu papel na atração de indivíduos mais problemáticos.
O candidato à Junta de Freguesia do Barreiro pelo BE era antigo dirigente do FP-25, Gobern Lopes. O BE não é o único partido que alberga antigos membros do FP-25. O Chega também tem como vice-presidente um antigo membro do MDLP(apesar de não terem ido tão longe como os FP-25), Diogo Pacheco de Amorim. Lá está cada partido tem as suas maçãs podres.
 
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Rm95

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Não sei até que ponto essa primeira afirmação é verdade, serão mesmo militantes ? Candidatos ? Confesso que nunca ouvi falar.

Maçãs podres com cadastros "de respeito" há em todos os partidos. Digamos que não é o partido que os escolhe mas sim o inverso. Embora a ideologia tenha o seu papel na atração de indivíduos mais problemáticos.
Jose ramos. Foi candidato ha camara municipal de grandola.
 

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O candidato à Junta de Freguesia do Barreiro pelo BE era antigo dirigente do FP-25, Gobern Lopes. O BE não é o único partido que alberga antigos membros do FP-25. O Chega também tem como vice-presidente um antigo membro do MDLP(apesar de não terem ido tão longe como os FP-25), Diogo Pacheco de Amorim. Lá está cada partido tem as suas maçãs podres.
Não sabia disso. Por mim, desde que seja informação pública, fica ao critério de cada um dar o voto a quem entenderem. Mas é isso, ideologias de extremos tendem a atrair mais facilmente os seus doidos.