Política Nacional

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  • Alfredo Quintana
Mas isto não se aplica só com o Chega. Aplica-se a todos os partidos, a todos os votantes e a todos os temas.

E no entanto nenhum outro partido é o Chega. Essa é a diferença fundamental.


Eu não quero estar a extender-me mais sobre esse assunto, porque seria repetir-me e estás apenas a dar o teu ponto de vista e já percebemos aquilo que tu pensas, eu estou tentar dar-te uma visão ou uma análise daquilo que o Chega representa em si. E sinceramente eu acho exagerado alimentar o bicho-papão e o fantasma do "fascismo", mesmo que o AVenturas quisesse impôr isso não teria hipóteses. O AVenturas é apenas um escroque, nada mais.

Eu acho que estás um pouco equivocado sobre o significado de populismo, o populismo não tem a ver com o facto teres ou não ideologia, o populismo é um discurso falacioso que faz apelo ao povo, por exemplo o PCP usava a retórica "a força do povo", é claramente um apelo popular. Existe várias de aplicar o populismo, daí existir um populismo de direita e um populismo de esquerda.

Não caricaturemos a questão invocando conceitos como fascismo ou os espectros da ditadura. O problema real, não fantasmagórico, prende-se com aumento da agressividade social, a corrosão dos laços de solidariedade, uma maior conflitualidade, menor contenção dos piores instintos... É disso que se trata, num primeiro momento. Ventura é um escroque que convida os restantes a serem como ele, encerrando potencial suficiente para subverter práticas instituídas e criar um novo estado de coisas.

Não é por acaso que os debates em que participa são diferentes dos demais. O seu modo de estar é diferente, a sua forma de fazer política é distinta. Os outros líderes partidários jogam de acordo com certas regras, submetem-se às convenções do bom-trato, às normas do debate, estabelecem uma relação diferente com a verdade e a mentira, mesmo que escorregadia... Ventura exime-se de tudo isto, move-se de acordo com outras regras, formula uma hipótese de um outro normal. Poucos políticos teriam a audácia de ir à televisão injuriar cidadãos anónimos, pois o padrão ético e moral impede-o. Ventura teve, e com isso mostrou aos seus simpatizantes que é possível um outro modo de expressão, mais violento, mais radical, com menos respeito e empatia pelos outros. O risco é o da subversão das normas, do aumento da violência e do ódio. Exagero?... olhe-se para o Brasil, para os Estados Unidos, para outros países que sucumbiram aos seus venturas. Não creio que essas sociedades se tenham tornado mais coesas.

O comunismo dirigia-se ao operariado e construía o seu léxico muito antes das ciências sociais se debruçarem sobre o populismo, antecede o próprio conceito. Herança discursiva que de alguma forma mantém, apesar das profundas mudanças sociais, económicas, laborais... do último século e meio. Compreendo que me digam que o PCP se enquadra de alguma forma nas actuais concepções de populismo, mas... estamos a esticar-nos um pouco. Falamos de uma organização política que não muda a sua actuação independentemente dos resultados que obtém e das tendências que se manifestam.

Em todo o caso, creio que somos pessoas inteligentes o suficiente para não misturar o Chega com o PCP. Apenas uma pessoa não muito iluminada, ou marcadamente idiota, consideraria o PCP um risco igual ou superior ao Chega. De um lado um partido que caminha para o ocaso, com provas dadas na nossa democracia; do outro um partido em ascensão e um líder cujos comportamentos são amiúde abjectos, inclusive condenados em tribunal, e não deixam antever nada de bom. Não há grande volta a dar.
 
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PDuarte

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E no entanto nenhum outro partido é o Chega. Essa é a diferença fundamental.
Tenho uma visão sui generis do Chega. Se o crescimento desse partido tem acontecido, não é mais que as consequências de escolhas políticas anteriores, que levaram a um descontentamento na população que se refugia no voto nesse partido e numa abstenção louca. Acharia muito mais proveitoso uma reflexão de fundo do porquê da popularidade do Chega e o que podia e devia ter sido feito para a evitar para lição para o futuro. Aliás, considero que seria bem mais proveitoso que toda a conversa que andou a rolar de ilegalizar o partido (até porque essa conversa só serviu para o alimentar ainda mais).

Não há aqui diferença fundamental. O que há são escolhas por parte da população, como é seu direito democrático, e as consequências que elas geram (uma delas o próprio Chega na minha opinião). Isto é válido para todos.
 

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Dirias o mesmo se fosse um partido de direita a fazer um voto de saudação a um país estrangeiro sob uma ditadura fascista ?
Dependeria da prática concreta do partido. Se possuísse um capital objectivo de práticas normais, sendo ele peça do sistema político... não vejo por que não relativizar. Certamente não avaliaria um partido pelos seus votos de saudação e lamento, há coisas mais importantes para o dia-a-dia da nação. Os eurodeputados do PSD sentaram-se ao lado de Orbán durante anos e com ele fizeram política europeia, algo, a meu ver, muito mais gravoso que a formulação de votos de saudação. Não argumentarei que o partido é um risco à democracia liberal.

... em todo o caso, digo que relativizo essas expressões do PCP, não que concordo com elas.

Tenho uma visão sui generis do Chega. Se o crescimento desse partido tem acontecido, não é mais que as consequências de escolhas políticas anteriores, que levaram a um descontentamento na população que se refugia no voto nesse partido e numa abstenção louca. Acharia muito mais proveitoso uma reflexão de fundo do porquê da popularidade do Chega e o que podia e devia ter sido feito para a evitar para lição para o futuro. Aliás, considero que seria bem mais proveitoso que toda a conversa que andou a rolar de ilegalizar o partido (até porque essa conversa só serviu para o alimentar ainda mais).

Não há aqui diferença fundamental. O que há são escolhas por parte da população, como é seu direito democrático, e as consequências que elas geram (uma delas o próprio Chega na minha opinião). Isto é válido para todos.
Afasto-me de uma ideia desculpabilizante dos eleitores quanto às motivações de voto. Compreendo a decepção, a desilusão, a amargura, o alheamento, a descrença... sim, mas ressalvo que há muitos partidos no nosso sistema político. E certamente há também muitas pessoas que votam no Chega não por descontentamento mas sim por impulsos mais sinistros, fomentados pelo próprio partido e pelo seu líder. Convém não escamotear isto nem passar a ideia de que os eleitores do Chega somente votam no partido como forma de protesto. O protesto pode assumir outras formas, ser canalizado para outras organizações, ... . Estaríamos a ignorar problemas graves das nossas sociedades. Pessoalmente não equiparo este partido aos restantes, julgo-o pior, mais perigoso... mas claro que somos sempre responsáveis pelas escolhas que fazemos nas urnas.

Certamente há muita injustiça, pobreza, desespero, infelicidade... nos nossos dias. Há debates importantes por realizar, mudanças por concretizar... mas... e se todos mostrássemos descontentamento votando nos chegas?... imagino que não seja esse o caminho. Julgarão as pessoas que não é possível um estado de coisas pior que o actual?
 
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PDuarte

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Afasto-me de uma ideia desculpabilizante dos eleitores quanto às motivações de voto. Compreendo a decepção, a desilusão, a amargura, o alheamento, a descrença... sim, mas ressalvo que há muitos partidos no nosso sistema político. E certamente há também muitas pessoas que votam no Chega não por descontentamento mas sim por impulsos mais sinistros, fomentados pelo próprio partido e pelo seu líder. Convém não escamotear isto nem passar a ideia de que os eleitores do Chega somente votam no partido como forma de protesto. O protesto pode assumir outras formas, ser canalizado para outras organizações, ... . Estaríamos a ignorar problemas graves das nossas sociedades. Pessoalmente não equiparo este partido aos restantes, julgo-o pior, mais perigoso... mas claro que somos sempre responsáveis pelas escolhas que fazemos nas urnas.

Certamente há muita injustiça, pobreza, desespero, infelicidade... nos nossos dias. Há debates importantes por realizar, mudanças por concretizar... mas... e se todos mostrássemos descontentamento votando nos chegas?... imagino que não seja esse o caminho. Julgarão as pessoas que não é possível um estado de coisas pior que o actual?
Mas porque votariam em outros partidos, quando o Chega diz aquilo que é mais fácil lembrar? Porque votariam em outros partidos da esfera política que ou não comunicam eficientemente, ou não lhes falam dos problemas "próximos" deles, por mais "pequenos" que sejam?

As motivações são de cada um. Tal como há santos há demónios, é algo com que a sociedade tem que viver. E ambos representam a excepção, não a regra.

O grande alimentador do Chega é a abstenção. É lá onde creio que irão buscar votos. E mais uma vez, analisamos a consequência e não a sua origem. Este debate acontecer agora, com um bombardeio constante do Chega Chega Chega é conveniente a quem partilhou o poder durante tanto tempo e manteve este país na cauda da Europa.

Abomino o Chega. Mensagem simples, irresponsável, fomentadora de ódios. Sem plano para o país, sem estratégia, sem nada. Pífio.

Abomino as beatas, beatos e as paragonas dos bons costumes que agora surgem a vilificar o Chega, mas que durante anos contribuíram para o seu aparecimento. São hipócritas e não gostam de ver (se tiverem um pingo de honestidade e introspecção) o resultado das suas acções.

Podia continuar, tenho muito para extravasar (pensamentos / revolta) sobre este tema, mas mando um sector aqui para as "chamas" da discussão com um aparte. Considero que há pelo menos duas profissões cujos profissionais deviam ter critérios bem apertados para desempenharem as suas funções. Professor e jornalista. E os media em Portugal, que deviam ter um papel fiscalizador e de informação sobre os nossos governantes, tem estado francamente abaixo daquilo que seria minimamente esperado. São eles também responsáveis pelo aparecimento dos Chegas, pois não fizeram o seu trabalho. Temos órgãos de decisão repleto de boys e gente com currículos invejáveis de práticas menos decentes sob o qual não há escrutínio, e o povo satura e perde a esperança nos que lá estão... E vão para o tal voto de protesto.

Enfim, já vai longo. Tudo isto para dizer que o Chega apareceu como qualquer outro partido, a partir desse momento os votos representam o povo e o povo é soberano. Investiguem como apareceu, o que o fez aparecer, e aprendam com a história.
 

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Mas porque votariam em outros partidos, quando o Chega diz aquilo que é mais fácil lembrar? Porque votariam em outros partidos da esfera política que ou não comunicam eficientemente, ou não lhes falam dos problemas "próximos" deles, por mais "pequenos" que sejam?

As motivações são de cada um. Tal como há santos há demónios, é algo com que a sociedade tem que viver. E ambos representam a excepção, não a regra.

O grande alimentador do Chega é a abstenção. É lá onde creio que irão buscar votos. E mais uma vez, analisamos a consequência e não a sua origem. Este debate acontecer agora, com um bombardeio constante do Chega Chega Chega é conveniente a quem partilhou o poder durante tanto tempo e manteve este país na cauda da Europa.

Abomino o Chega. Mensagem simples, irresponsável, fomentadora de ódios. Sem plano para o país, sem estratégia, sem nada. Pífio.

Abomino as beatas, beatos e as paragonas dos bons costumes que agora surgem a vilificar o Chega, mas que durante anos contribuíram para o seu aparecimento. São hipócritas e não gostam de ver (se tiverem um pingo de honestidade e introspecção) o resultado das suas acções.

Podia continuar, tenho muito para extravasar (pensamentos / revolta) sobre este tema, mas mando um sector aqui para as "chamas" da discussão com um aparte. Considero que há pelo menos duas profissões cujos profissionais deviam ter critérios bem apertados para desempenharem as suas funções. Professor e jornalista. E os media em Portugal, que deviam ter um papel fiscalizador e de informação sobre os nossos governantes, tem estado francamente abaixo daquilo que seria minimamente esperado. São eles também responsáveis pelo aparecimento dos Chegas, pois não fizeram o seu trabalho. Temos órgãos de decisão repleto de boys e gente com currículos invejáveis de práticas menos decentes sob o qual não há escrutínio, e o povo satura e perde a esperança nos que lá estão... E vão para o tal voto de protesto.

Enfim, já vai longo. Tudo isto para dizer que o Chega apareceu como qualquer outro partido, a partir desse momento os votos representam o povo e o povo é soberano. Investiguem como apareceu, o que o fez aparecer, e aprendam com a história.
Autonomia, liberdade, racionalidade... motivos não faltam para não votar em quem promete oferecer precisamente aquilo de que precisamos e que os outros não conseguem. Porque já ouvimos essas histórias noutros sítios, noutros tempos... sabemos que há uma abismo enorme entre o que se promete e o que se cumpre, entre a facilidade sedutora e simples das regalias vindouras e a desolação e o perigo que por trás delas se escondem... Ninguém é forçado a seguir o canto da sereia. Não conheceremos nós concidadãos com motivos de sobra para pulsões destrutivas que, ainda assim, conseguem refrear as suas pulsões mais desesperadas e tomar caminhos construtivos? E não teremos atravessado tempos em que as condições de vida eram piores?, as políticas menos capazes face às necessidades e desejos da população?...

Sejamos pragmáticos. Os actores políticos não aumentarão as suas qualidades de um dia para o outro. Os partidos não se livrarão dos seus vícios a breve trecho, não se antevê a emergência de figuras distintas que substituam os actuais governantes. E os cidadãos são também eles responsáveis por este estado. Mas que solução? Ditar a nossa acção política unicamente pelo descontentamento? Muitos já não saem de casa e os que se preparam para votar no partido declaradamente anti-sistema parecem formar um número crescente. Sim, isto apresenta-se como a expressão de um perigoso mal-estar com a política. A expressão de um problema, dificilmente uma solução. Seria importante que o descontentamento fosse exercitado ao longo do ano e não condensado num único momento de participação política. Coisas a mudar no lado dos governantes e no dos governados.

O povo soberano é algo circunstancial. Neste momento é, não sendo uma condição necessária à sociedade. Espero que as pessoas não abdiquem da soberania de livre vontade, através do voto, ou que condescendam com figuras e formas de governação que possam, insidiosamente, alterar a sociedade para uma pior versão de si própria. Não há qualquer determinismo quanto ao progresso.

Enfim, talvez pareça que estou a discordar, ... em parte sim, mas mais sob a forma de alerta e cepticismo. Qualquer pessoa conseguirá compreender que há insatisfação e razões para tal.
 

Almadedragao

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16 Julho 2018
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  • Reinaldo Teles
  • Bobby Robson
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Dependeria da prática concreta do partido. Se possuísse um capital objectivo de práticas normais, sendo ele peça do sistema político... não vejo por que não relativizar. Certamente não avaliaria um partido pelos seus votos de saudação e lamento, há coisas mais importantes para o dia-a-dia da nação. Os eurodeputados do PSD sentaram-se ao lado de Orbán durante anos e com ele fizeram política europeia, algo, a meu ver, muito mais gravoso que a formulação de votos de saudação. Não argumentarei que o partido é um risco à democracia liberal.

... em todo o caso, digo que relativizo essas expressões do PCP, não que concordo com elas.
Portanto defendes que a postura do PCP deve ser avaliada através do que decidem no dia a dia, mas o PSD "sentar-se ao lado do Orban" já não merece uma avaliação mais objectiva do que decidiram ou não em conjunto em cada proposta?

Não vês a ambiguidade da tua maneira de de desculpar uns e cobrar exageradamente a outros ?
 

XaviJr

Lugar Anual
15 Janeiro 2018
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Infelizmente ninguém tem a coragem de levar essas fotos num papel para o debate com o aventuras.
Era giro ver essa tática suja ser usada contra ele.
 
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D10s

Tribuna
21 Novembro 2013
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O facho amigo do Vieira? Eles nem se conhecem!!






Coitado do 4º pastorinho, ele bem tenta lutar contra a corrupção, mas não o deixam.
O que mais me irrita no pessoal do Chega é a diferença de exigência que eles tem em relação a classe politica.

Se um gajo do "regime" (e longe de mim estar a defender a classe política em Portugal) tem um sobrinho pela parte da mulher a trabalhar num empresa com contractos estatais, "VERGONHAAAA, ESTE PAIS TA A ASSIM POR ESTES CURRUPTOS", O Ventura pode lamber as bolas do Vieiria e do pessoal da banca e ele é que é!!

So nao vê o jogo do Ventura quem nao quer mesmo ver....
 

Hulk27

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11 Abril 2012
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Pois, mas tu estás a falar conforme a tua visão pessoal e eu estou tentar fazer uma análise do "fenómeno". O PCP por seu lado também tem uma ideologia muita dúbia, estamos a falar de um partido que em pleno parlamento defendeu o regime de Nicolás Maduro, o que é muito mau, mas o principal problema do PCP é o facto do partido ter parado no tempo e sempre com o mesmo tipo de discurso previsível, em tempos próximos do pós-25 de Abril as pessoas até podiam engraçar com a cassete, mas hoje em dia é mais do mesmo e com direitos laborais a evoluirem cada vez mais.
O Chega é um partido que quer seguir os passos do FN, do VOX, da Lega Nord(Salvini) e do partido de Wilders, no entanto a grande diferença que eu vejo entre eles e AVenturas, é que Jean Marie Le Pen(pai), Abascal, Salvini e Wilders têm convicções fortes então que o AVenturas optou pela estratégia do caça ao voto fácil, um pouco como a Marine Le Pen tem feito. Obviamente que a estratégia vai funcionando, porque também a circunstância política actual é simpática para o Chega como para o FN(em França. Agora com Eric Zemmour não sei como vai ser).
A Marine Le Pen desde a saida do Florian Philippot tem sido uma verdadeira desgraça. Alguns diziam, o proprio Zemmour, que era o unico que trabalhava e que ela preferia ver séries americanas. E naquela altura tinham tambêm economistas como o Philippe Murer ou como o Jacques Sapir( não fazia parte do partido mas era muitas vezes citado e era proximo do Philippe Murer) que nem sequer são de direita, que educavam a Marine Le Pen sobre a economia e o euro. Abandonou a soberania foram embora os cerebros do partido e as pessoas que sabem muito bem que sem soberania tanto a nivel economico que de identidade é muito complicado ter uma politica independente. Com o Zemmour pior ainda porque ele vai muito provavelmente caçar esse eleitorado identitario que ela ainda tinha. Ter convicções é como, peço desculpa pela vulgaridade, ter uma piroca grande. Se não a podes nem a sabes usar vale zero.
 
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  • Alfredo Quintana
Portanto defendes que a postura do PCP deve ser avaliada através do que decidem no dia a dia, mas o PSD "sentar-se ao lado do Orban" já não merece uma avaliação mais objectiva do que decidiram ou não em conjunto em cada proposta?

Não vês a ambiguidade da tua maneira de de desculpar uns e cobrar exageradamente a outros ?
De todo, a gravidade reside no simples facto de tolerar a própria presença do presidente húngaro no mesmo grupo parlamentar, dando guarida ao pai da "democracia iliberal", foco de desestabilização interna da própria comunidade europeia. Tão pouco cobro excessivamente o partido, tomo o posicionamento como uma idiossincrasia típica da vida das organizações políticas, embora não me agrade e considere criticável. Mas não é esse o aspecto central da prática política do PSD. Ou será que o colega assina de cruz a totalidade das práticas e pensamentos de determinada força partidária? Acha mesmo que puxar dos votos de saudação no parlamento é argumento suficiente para que não se vote em partido x? Devemos ter noção de quando somos demagógicos ou dizemos patetices.
 
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Ginjeet

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O AVenturas não é nenhum génio, mas o AVenturas esperto como ele é sacou no programa do Livre o Rendimento Básico Universal e acho que deixou ali uma grande ferida.
Concordando ou discordando com a medida, teve um impacto social brutal nos países nórdicos.
Aqui o grande problema seria a questão cultural. Não vês noruegueses, dinamarqueses ou finlandeses de papo para o ar o dia todo à espera que lhe caia o rendimento básico. Gostam de trabalhar e fazer pela vida. Da mesma forma que não vês empresas a oferecer condições pouco dignas de trabalho.
O constante confronto esquerda/direita nos ataques a patrões/trabalhadores, respetivamente, criou uma polarização social que não faz sentido, porque existem responsabilidades de ambos os lados nesta questão.

De resto, a questão cultural fica plasmada na própria associação de uma medida destas à esquerda e contra a direita. Até a Holanda, com um governo tradicionalmente mais à direita, garante um rendimento mínimo a estudantes e recém-licenciados durante um certo período.
 

tripeiro_de_gema

Pinto da Costa vai-te embora
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Concordando ou discordando com a medida, teve um impacto social brutal nos países nórdicos.
Aqui o grande problema seria a questão cultural. Não vês noruegueses, dinamarqueses ou finlandeses de papo para o ar o dia todo à espera que lhe caia o rendimento básico. Gostam de trabalhar e fazer pela vida. Da mesma forma que não vês empresas a oferecer condições pouco dignas de trabalho.
O constante confronto esquerda/direita nos ataques a patrões/trabalhadores, respetivamente, criou uma polarização social que não faz sentido, porque existem responsabilidades de ambos os lados nesta questão.

De resto, a questão cultural fica plasmada na própria associação de uma medida destas à esquerda e contra a direita. Até a Holanda, com um governo tradicionalmente mais à direita, garante um rendimento mínimo a estudantes e recém-licenciados durante um certo período.
Pelo que eu sei na Dinamarca essa medida até foi abandonada, porque não a considerarem viável.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Pelo que eu sei na Dinamarca essa medida até foi abandonada, porque não a considerarem viável.
Existem apoios aos estudantes bastante generosos que incluem alojamento e subsídios de alimentação, com extensão de apoio para a entrada no mercado de trabalho, quer fiquem no desemprego ou em estágios, até uma certa idade que não sei precisar.

A meu ver, este apoio específico faz sentido é nessa fase da vida, para evitar decisões precipitadas que lancem as pessoas para as carreiras erradas por carência financeira. A partir daí, qualquer pessoa em Portugal que tenha trabalhado tem também direito a subsídio de desemprego com um valor mínimo estabelecido, portanto o princípio é semelhante.

O desemprego de longa duração é que seria abrangido por essa medida, mas a mim parece-me que esse tem de ser analisado caso a caso.
 

Raba

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A Catarina Martins nas legislativas de 2019 já vinha a regredir nos debates, aliás se não estou em erro nessa altura acho que ela só tinha ganho apenas um debate e curiosamente contra Rui Rio. A Catarina Martins passa o tempo nos debates a discutir do passado.
Creio que será uma questão de (pouco) tempo até a Catarina dar o lugar... A Mariana Mortágua será uma forte candidata, se assim o desejar.