É muito fácil de explicar. Coincidiu com o pico de carreira do Marega, pico de carreira do Aboubakar (até à lesão), pico de carreira do Herrera, pico de carreira do Danilo, pico de carreira do Brahimi, e a cereja no topo do bolo: tínhamos dois laterais de altíssimo nível, de longe os melhores em Portugal naqueles anos, que fariam corar de vergonha os laterais que temos agora.
Todos os jogadores que mencionei transcenderam-se nessa época. Tirando o Ricardo e o Telles, NENHUM deles voltou a ter uma época tão boa como essa (ou no caso do Aboubakar, 5/6 meses). Além disso tínhamos um treinador novo e um plantel nada acomodado que vinha de não ganhar nada. Já dizia um conhecido meu, entretanto falecido: juntou-se a fome à vontade de comer.
É importante referir também que o nosso modelo de jogo era radicalmente diferente do Porto do NES, os adversários não estavam preparados nessa época para o jogo físico e altamente vertical que começamos a praticar e demoraram muito a adaptar-se. Modelo esse que neste momento está esgotadíssimo no tugão, sem que o SC tenha capacidade para se reinventar.
Os tempos evoluíram e nós agora só temos que escolher, ou evoluímos também ou então ficamos presos ao passado por gratidão ao Sérgio, à espera que ele faça no próximo ano aquilo que não consegue fazer desde a primeira época - meter esta equipa a jogar futebol.