Actualidade Internacional

Vlk

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3 Junho 2014
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Para quem não está muito por dentro do que se está a passar na sociedade americana e acha que estes movimentos woke são apenas brincadeiras infantis e não constituem nenhuma ameaça para o país ou para o mundo, está aqui um relato em primeira mão de alguém que conhece bem e sofreu na pele com o autoritarismo e fascismo destes novos movimentos pós-modernistas que são tudo menos irrelevantes.

Só uma pequena introdução para situar todo o contexto. O Bret Weinstein é um biólogo evolutivo que dava aulas na Universidade de Evergreen College, onde a sua esposa também leccionava. O Bret Weinstein em termos políticos é um liberal progressista, participou em movimentos como o "Occupy", por exemplo. Em 2016, enquanto leccionava uma das suas aulas, foi interrompido por uma multidão de alunos que exigiam a sua demissão e de outros professores por serem "supremacistas brancos" e porque achavam que aquilo que ele leccionava era racista, ou seja, a biologia e em particular a biologia evolutiva. Basicamente o que aconteceu foi que os alunos barricaram-se lá dentro e sequestraram os professores exigindo a sua demissão, o director da faculdade acatou todos os pedidos da multidão de alunos, impediu a entrada da polícia no recinto e os alunos tomaram conta da faculdade. Os alunos que se opuseram àquilo e que filmaram os acontecimentos foram agredidos com tacos de basebol. Tudo isto foi incentivado por uma professora fanática que dava aulas na faculdade e que estava ligada a movimentos woke. Isto é apenas um breve resumo do que se passou e que teve bastante repercussão no país em 2016 e situação com a qual muitos gozaram porque eram só miúdos e não representavam ameaça nenhuma. Na realidade eram miúdos, mas as motivações e quem estava por detrás de tudo aquilo não era apenas um grupo de miúdos.


Não conhecia. Mas ATENÇÃO que a história não é bem assim. Não foi por aquilo que ensinava que o chatearam. E isso é um pormaior que altera a narrativa.
 

Branco

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2 Julho 2007
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1
  • Junho/18
Não conhecia. Mas ATENÇÃO que a história não é bem assim. Não foi por aquilo que ensinava que o chatearam. E isso é um pormaior que altera a narrativa.
A biologia é um dos campos mais atacados por esta ideologia, mesmo que nesse caso não tenha sido por isso que o atacaram, no caso de por exemplo a discussão sobre género e auto identificação (transexualidade), ou na prática as diferenças entre um homem e uma mulher ao nível biológico, são vários os especialistas e demais pessoas que tenham uma opinião contrário em relação ao que essa ideologia defende, que automaticamente são atacados por isso, vemos isso tanto dentro como fora das universidades.

Ou mesmo na questão da raça quando não lhe agrada a discussão, como no caso do Charles Murray que tem um estudo famoso sobre diferenças de QI's em função do grupo étnico, que tem que ser contextualizado dentro de um conjunto de variáveis e que na prática a única coisa que prova é a necessidade de politicas de apoio a crianças em comunidades carenciadas para que não surjam disparidades, mas que pelo simples facto de ousar discutir o tema não consegue o discutir publicamente sem que hajam tentativas de ataque ao recintos onde faz as suas apresentações.
 

Vlk

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A biologia é um dos campos mais atacados por esta ideologia, mesmo que nesse caso não tenha sido por isso que o atacaram, no caso de por exemplo a discussão sobre género e auto identificação (transexualidade), ou na prática as diferenças entre um homem e uma mulher ao nível biológico, são vários os especialistas e demais pessoas que tenham uma opinião contrário em relação ao que essa ideologia defende, que automaticamente são atacados por isso, vemos isso tanto dentro como fora das universidades.

Ou mesmo na questão da raça quando não lhe agrada a discussão, como no caso do Charles Murray que tem um estudo famoso sobre diferenças de QI's em função do grupo étnico, que tem que ser contextualizado dentro de um conjunto de variáveis e que na prática a única coisa que prova é a necessidade de politicas de apoio a crianças em comunidades carenciadas para que não surjam disparidades, mas que pelo simples facto de ousar discutir o tema não consegue o discutir publicamente sem que hajam tentativas de ataque ao recintos onde faz as suas apresentações.
Mas a verdade é que essa história não tem nada a ver com a biologia nem com a matéria que ele leccionava. Era isso que eu estava a dizer.
 

John Wick

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31 Outubro 2019
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  • Novembro/19
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Não conhecia. Mas ATENÇÃO que a história não é bem assim. Não foi por aquilo que ensinava que o chatearam. E isso é um pormaior que altera a narrativa.
Foi. Não altera a narrativa, foi com isso que o ameaçaram, existem vídeos e tudo onde se pode ver os miúdos a dizerem explicitamente que o que ele lecionava era racismo.
O outro acontecimento tem a ver com uma tradição que o colégio tinha em que num dia do ano os alunos negros não iam às aulas como forma de protesto, só que nesse ano começaram a haver intimidações e ameaças aos alunos de outras etnias para também não irem às aulas caso contrário também eles eram racistas. O Eric e a mulher perceberam isto, mostraram-se contra, questionaram as autoridades da faculdade e começaram a receber acusações de racismo por parte da tal professora que incentivou o rebelião no colégio.
 

John Wick

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Mas a verdade é que essa história não tem nada a ver com a biologia nem com a matéria que ele leccionava. Era isso que eu estava a dizer.
Não, isso não é verdade, há até um vídeo onde está uma multidão de alunos a rodear o Eric Weinstein à porta da sala, alunos que não eram alunos dele, a acusa-lo de espalhar ideias racistas através do que ele leccionava e dele próprio ser racista.
 

Vlk

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Não deixa de ser curioso que num país onde andam milícias armadas nas ruas, onde o KKK continua a passear e a ameaçar quem quer livremente, onde a alt-right cresce a olhos vistos. O problema são os liberais de extrema esquerda nas universidades, meio onde as ideologias políticas mais diversas sempre floresceram, das mais radicais às mais estapafúrdias. E sempre não é só do século passado, é mesmo sempre. E felizmente que foi assim, porque foram o principal motor da evolução política e ideológica, com muito experimentalismo à mistura, mas foram.

Outro pormenor interessante é usar-se isso como distração para o problema que está em causa, porque a maioria daqueles que estavam nas ruas são completamente alheios a essas ideologias, e não eram mais nem menos violentos do que eles.
 
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Vlk

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Não, isso não é verdade, há até um vídeo onde está uma multidão de alunos a rodear o Eric Weinstein à porta da sala, alunos que não eram alunos dele, a acusa-lo de espalhar ideias racistas através do que ele leccionava e dele próprio ser racista.
Antes dele ter entrado na polémica do tal dia de ausência?!? É que se for depois não tem relevância nenhuma, não é nenhum ataque àquilo que ele ensinava mas sim uma mera reação primária. E isso é MUITO diferente.
 

John Wick

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Como não tem relevância? Mas estamos a brincar? Polémica? Mas ele entrou em alguma polémica? Ele fez aquilo que qualquer pessoa com o mínimo de bom senso faria que foi alertar para o que se estava a passar. Havia uma tradição na faculdade de num determinado dia do ano, os alunos negros não irem às aulas, naquele ano, os outros alunos começaram a receber e-mails com intimidações, a dizerem-lhes expressamente que se fossem às aulas estavam a ser racistas e não estavam solidários com os seus companheiros de faculdade negros. Tudo isto incentivado pela tal professora. O Eric e a mulher começaram a questionar se os outros professores e o director da faculdade sabia do que se estava a passar.

Como é que não interessa se no dia em que os alunos tomaram o colégio foram à sala de aulas dele chamar-lhe racista e dizer-lhe que o que ele ensinava fomentava o racismo e não passava de um supremacista branco?

E não foi de todo uma reacção primária, tudo o que se passou foi planeado.
 

Vlk

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Como não tem relevância? Mas estamos a brincar? Polémica? Mas ele entrou em alguma polémica? Ele fez aquilo que qualquer pessoa com o mínimo de bom senso faria que foi alertar para o que se estava a passar. Havia uma tradição na faculdade de num determinado dia do ano, os alunos negros não irem às aulas, naquele ano, os outros alunos começaram a receber e-mails com intimidações, a dizerem-lhes expressamente que se fossem às aulas estavam a ser racistas e não estavam solidários com os seus companheiros de faculdade negros. Tudo isto incentivado pela tal professora. O Eric e a mulher começaram a questionar se os outros professores e o director da faculdade sabia do que se estava a passar.

Como é que não interessa se no dia em que os alunos tomaram o colégio foram à sala de aulas dele chamar-lhe racista e dizer-lhe que o que ele ensinava fomentava o racismo e não passava de um supremacista branco?

Não conhecias nada do assunto, mas em 5 minutos ficaste a perceber tudo. Maravilhoso.
Vamos lá ver. É uma questão de lógica pura.
Se tu defendes um teoria eu a ataco tendo como móbil as minhas concepções ideológicas é uma coisa. Se tu defendes a mesma teoria e eu me irrito contigo por outra razão qualquer (sei lá, és lampião) e por isso desato a atacar a tua teoria. É absolutamente diferente. A primeira é um enviesamento ideológico, a segunda é um ataque ad-hominem que só qualifica quem o pratica é não propriamente a ideologia que defende. O primeiro é objectivamente muito mais perigoso que o segundo.


Não fiquei a saber tudo, mas fui ler. Até digo onde, na Wikipedia e no new York times e no Washington post. Mas como não sabia tudo por isso é que te perguntei honestamente se foi antes ou depois. Não faço ideia quando foi e para mim o problema é muito diferente numa é noutra situação.
Há algum problema nisto?
Mas acalma-te porque eu só fui seguir o rasto da notícia porque fiquei interessado no que escreveste no primeiro post.
 
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John Wick

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Não deixa de ser curioso que num país onde andam milícias armadas nas ruas, onde o KKK continua a passear e a ameaçar quem quer livremente, onde a alt-right cresce a olhos vistos. O problema são os liberais de extrema esquerda nas universidades, meio onde as ideologias políticas mais diversas sempre floresceram, das mais radicais às mais estapafúrdias. E sempre não é só do século passado, é mesmo sempre. E felizmente que foi assim, porque foram o principal motor da evolução política e ideológica, com muito experimentalismo à mistura, mas foram.

Outro pormenor interessante é usar-se isso como distração para o problema que está em causa, porque a maioria daqueles que estavam nas ruas são completamente alheios a essas ideologias, e não eram mais nem menos violentos do que eles.
Se pensas isso, então estás completamente alheado da realidade do que se está a passar na américa. Como é que as pessoas estão alheias a essas ideologias se essas ideologias lhes tomaram conta das ruas? Se o "defund the police" e "abolish the police" é gritado nas ruas e está em artigos de opinião nos mais variados jornais do país? Como é que as pessoas estão alheias a isto se a anarquia tomou conta das ruas de muitas cidades dos EUA?

Estás apenas a negar-te a ver os dois extremos ideológicos. A extrema-direita é efectivamente um problema e nunca viste aqui a negá-lo ou a desculpá-lo, mas é engraçado que vês milícias de extrema direita armadas nas ruas, mas não vês o que se passa em Seattle onde onde há literalmente uma parte da cidade que é uma anarquia, tomada pelos movimentos de extrema esquerda, dominada por um "warlord", onde a polícia se recusa a ir apesar de ser constantemente chamada ao local pelos habitantes. Negócios locais destruídos, assaltos, antifa a passear-se nas ruas com metralhadores nas mãos, jornalistas a serem agredidos, ameaçados e interrogados dentro das tendas.

Estás mesmo a falar a sério? Como é que só podes ver um lado? Extrema esquerda nas unversidades? Estão em todo o lado. Estão a ocorrer purgas em todo o lado. Já centenas de pessoas perderam o emprego, instituições académicas e científicas de renome a ceder às pressões.

Isto não são liberais de extrema-esquerda, não existe tal coisa como liberais de extrema-esquerda, quem utiliza o autoritarismo e usa a censura e o cancelmente cultural, não é liberal em lado nenhum do mundo.
 

John Wick

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Vamos lá ver. É uma questão de lógica pura.
Se tu defendes um teoria eu a ataco tendo como móbil as minhas concepções ideológicas é uma coisa. Se tu defendes a mesma teoria e eu me irrito contigo por outra razão qualquer (sei lá, és lampião) e por isso desato a atacar a tua teoria. É absolutamente diferente. A primeira é um enviesamento ideológico, a segunda é um ataque ad-hominem que só qualifica quem o pratica é não propriamente a ideologia que defende. O primeiro é objectivamente muito mais perigoso que o segundo.


Não fiquei a saber tudo, mas fui ler. Até digo onde, na Wikipedia e no new York times e no Washington post. Mas como não sabia tudo por isso é que te perguntei honestamente se foi antes ou depois. Não faço ideia quando foi e para mim o problema é muito diferente numa é noutra situação.
Há algum problema nisto?
Mas acalma-te porque eu só fui seguir o rasto da notícia porque fiquei interessado no que escreveste no primeiro post.
Não há nada que faça sentido aí, mas ok. Estás no teu pleno direito. Não consigo ver o mundo dessa forma, até porque não estou preso a nenhuma ideologia, nem pretendo estar.

E se quiseres saber mais sobre o assunto, não vás aos jornais cujo único motivo é o lucro e dão-te informação enviesada tanto à esquerda como à direita. Aqui tens oportunidade de poder ouvir directamente os intervenientes, está tudo perfeitamente bem documentado, audições no congresso, etc.

E isto não surgiu nas universidades, está presente nas universidades, mas não foi nas universidades que surgiu, basta estarmos um bocado atentos ao mundo e não apenas àquilo que queremos ver ou ouvir.
 
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Branco

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  • Junho/18
Não deixa de ser curioso que num país onde andam milícias armadas nas ruas, onde o KKK continua a passear e a ameaçar quem quer livremente, onde a alt-right cresce a olhos vistos.
O KKK não pode ameaçar impunemente, isso é ilegal nos EUA, e já agora existe dentro mesmo enquadramento legal que a Antifa, portanto é uma situação que a ser resolvida teria que ser para ambos os lados, e isto acontece porque organizações deste género nos EUA sem estruturas hierárquicas bem definidas não são todas assumidas como o mesmo só porque entendem se chamar pelo mesmo nome, são vistas como células independentes da mesma ideologia, e mesmo que uma faça algo que se assemelhe a criminalidade apenas a célula que o faz é responsabilizada.

Quanto às milicias armadas, essa é uma questão que pode ou não ter a ver com racismo, por exemplo nos EUA a maioria da comunidade negra é a favor do porte de armas, e mesmo a maioria dos brancos que possui armas é apenas ou por uma questão de segurança pessoal ou porque acha piada e vê as mesmas como um brinquedo, e mesmo que isso seja disparatado é algo que foi democraticamente aceite no seu país, depois existe uma minoria que são os milicianos, mas essas personagens vivem quase todos em ambientes rurais onde se isolam e só vão a manifestações com a arma porque sabem que isso incomoda os media liberais.

Mas os próprios milicianos são criaturas estranhas, existe sem dúvida racismo pelo meio em muitos casos, mas se eu tivesse que apontar aquilo que mais os define é uma espécie de receio que o estado se transforme num regime totalitário, e uma ideia de que se tiverem todos bem armados isso nunca acontecerá porque implicará forte resistência por parte deles, podem existir algumas milicias focadas na questão racial mas a maioria é mais dentro do que referi.

Quanto à alt-right, eu nunca percebi muito bem como se define essa alt-right, parece-me um termo amplo que mete muita coisa no mesmo saco, mas não sei se verdadeiramente estão a crescer, eu acho que é mais por serem muito activos na internet que dão essa impressão, mas a maioria são trolls de direita reaccionária e só em alguns casos grupos verdadeiramente supremacistas, eu creio que é um fenomeno algo empolado pelos media quando o Trump foi eleito, e convém lembrar que isso é gente de todo o mundo e não só dos EUA.

Quanto aos supremacistas brancos mais especificamente, existem algumas organizações sem dúvida, embora e isso seja público a adesão aos mesmos tem vindo a diminuir nas últimas décadas, e a maior parte dos que são verdadeiramente perigosos radicalizam-se mais em fóruns obscuros da internet do que fazendo parte desses grupos, e de vez em quando um deles perde o pouco juizo que tem e decide se lançar num ataque terrorista doméstico, exactamente porque não estando em organizações formais que são acompanhadas pelas autoridades, fica muito complicado acompanhar o seu processo de radicalização.

Resumindo, eu não concordo que isso não se discuta na sociedade americana, aliás durante muito tempo e nos media americanas foi muito mais isso que se discutiu do que a extrema esquerda que eram vistos (e ainda são) como apenas uns putos bem intencionados, o que de certa forma se acentuou com o Trump, eu penso que tu estás a confundir a discussão das redes sociais com o que os media realmente discutem, e se isso se discute mais nas redes sociais é exactamente porque os media evitam essa discussão.
 

Vlk

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Não há nada que faça sentido aí, mas ok. Estás no teu pleno direito. Não consigo ver o mundo dessa forma, até porque não estou preso a nenhuma ideologia, nem pretendo estar.

E se quiseres saber mais sobre o assunto, não vás aos jornais cujo único motivo é o lucro e dão-te informação enviesada tanto à esquerda como à direita. Aqui tens oportunidade de poder ouvir directamente os intervenientes, está tudo perfeitamente bem documentado, audições no congresso, etc.

E isto não surgiu nas universidades, está presente nas universidades, mas não foi nas universidades que surgiu, basta estarmos um bocado atentos ao mundo e não apenas àquilo que queremos ver ou ouvir.
Mas eu estou aberto a ouvir coisas vindas de vários lados. Agora isso não quer dizer que o meu filtro do que acho mais credível seja igual ao teu. Conheço bem os jornais americanos, tenho a minha ideia bem estabelecida daqueles que são mais credíveis, e o mesmo sobre todas as outras fontes de informação não escrutinadas. Não tomes por garantido que os outros têm menos sentido crítico ou menos capacidade de selecção da informação do que tu.

Tb não me fez sentido seguir cegamente um juiz em causa própria sem no mínimo ler a notícia vinda de outro lado.
 
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Philipp

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  • José Mourinho
Os judeus nunca foram reparados do sofrimento que lhes causaram.
Arranjaram lhes um país que depois ainda lhes trouxe mais sofrimento porque os arabes não os querem lá, devolveram lhes parte do ouro e da riqueza que lhes tiraram(porque parte dela foi desviada) e miluvit.
Pela tua ordem de ideias os alemães (mesmo os não nazis) deveriam se ter apresentado voluntariamente ás camaras de gás e aos fornos para sofrerem exactamente o que os judeus sofreram.

Obviamente que salvaguardadas as devidas distancias das situações é isso que os afro americanos querem.

Aliás mais do que verdadeira igualdade, oportunidades, educação saude e tratamento.
Querem punição


PS: Queres saber o que os judeus fizeram?Meteram mãos a obra e são hoje topo 5 do mundo em desenvolvimento humano, saude, educação, tecnologia e armamento.
Ehehehe. Os Judeus meteram mãos à obra? Aconselho-te a ler algumas coisas sobre politica internacional da segunda metade do século XXI. Os EUA deram aos Judeus uma nação no meio dos árabes como forma aumentar a influencia na região e policiar aqueles territórios. Para isso meteu a CIA a treinar a Mossad e tornou-a uma das maiores instituições no que concerne a assassinatos políticos.

Aliás, o que hoje Israel faz aos palestinianos foi o que os Nazis lhes fizeram a eles.
 

Philipp

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  • José Mourinho
O KKK não pode ameaçar impunemente, isso é ilegal nos EUA, e já agora existe dentro mesmo enquadramento legal que a Antifa, portanto é uma situação que a ser resolvida teria que ser para ambos os lados, e isto acontece porque organizações deste género nos EUA sem estruturas hierárquicas bem definidas não são todas assumidas como o mesmo só porque entendem se chamar pelo mesmo nome, são vistas como células independentes da mesma ideologia, e mesmo que uma faça algo que se assemelhe a criminalidade apenas a célula que o faz é responsabilizada.
Comparar-se uma organização racista com uma organização que luta contra o fascismo. De rir. Faz-me lembrar o ano passado quando numa manifestação o pessoal do KKK assassinou manifestantes negros e o Trump disse que a culpa era dos dois lados.
 

Branco

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Aliás, o que hoje Israel faz aos palestinianos foi o que os Nazis lhes fizeram a eles.
Vejamos, os judeus primeiro foram identificados com uma braçadeira, depois todos os seus bens foram confiscados, depois foram todos metidos em campos de concentração para trabalho forçado, e depois morreram (quase todos) em câmaras de gás.

Sim, sem dúvida o percurso é idêntico.
 

Philipp

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  • José Mourinho
Vejamos, os judeus primeiro foram identificados com uma braçadeira, depois todos os seus bens foram confiscados, depois foram todos metidos em campos de concentração para trabalho forçado, e depois morreram (quase todos) em câmaras de gás.

Sim, sem dúvida o percurso é idêntico.
Foram assassinados pelos nazis. É o que hoje Israel faz aos palestinianos. Assassina-os e rouba-lhes território para viverem. Além disso Israel tem no poder uma partido politico de teor neo-nazi.
 

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O KKK não pode ameaçar impunemente, isso é ilegal nos EUA, e já agora existe dentro mesmo enquadramento legal que a Antifa, portanto é uma situação que a ser resolvida teria que ser para ambos os lados, e isto acontece porque organizações deste género nos EUA sem estruturas hierárquicas bem definidas não são todas assumidas como o mesmo só porque entendem se chamar pelo mesmo nome, são vistas como células independentes da mesma ideologia, e mesmo que uma faça algo que se assemelhe a criminalidade apenas a célula que o faz é responsabilizada.

Quanto às milicias armadas, essa é uma questão que pode ou não ter a ver com racismo, por exemplo nos EUA a maioria da comunidade negra é a favor do porte de armas, e mesmo a maioria dos brancos que possui armas é apenas ou por uma questão de segurança pessoal ou porque acha piada e vê as mesmas como um brinquedo, e mesmo que isso seja disparatado é algo que foi democraticamente aceite no seu país, depois existe uma minoria que são os milicianos, mas essas personagens vivem quase todos em ambientes rurais onde se isolam e só vão a manifestações com a arma porque sabem que isso incomoda os media liberais.

Mas os próprios milicianos são criaturas estranhas, existe sem dúvida racismo pelo meio em muitos casos, mas se eu tivesse que apontar aquilo que mais os define é uma espécie de receio que o estado se transforme num regime totalitário, e uma ideia de que se tiverem todos bem armados isso nunca acontecerá porque implicará forte resistência por parte deles, podem existir algumas milicias focadas na questão racial mas a maioria é mais dentro do que referi.

Quanto à alt-right, eu nunca percebi muito bem como se define essa alt-right, parece-me um termo amplo que mete muita coisa no mesmo saco, mas não sei se verdadeiramente estão a crescer, eu acho que é mais por serem muito activos na internet que dão essa impressão, mas a maioria são trolls de direita reaccionária e só em alguns casos grupos verdadeiramente supremacistas, eu creio que é um fenomeno algo empolado pelos media quando o Trump foi eleito, e convém lembrar que isso é gente de todo o mundo e não só dos EUA.

Quanto aos supremacistas brancos mais especificamente, existem algumas organizações sem dúvida, embora e isso seja público a adesão aos mesmos tem vindo a diminuir nas últimas décadas, e a maior parte dos que são verdadeiramente perigosos radicalizam-se mais em fóruns obscuros da internet do que fazendo parte desses grupos, e de vez em quando um deles perde o pouco juizo que tem e decide se lançar num ataque terrorista doméstico, exactamente porque não estando em organizações formais que são acompanhadas pelas autoridades, fica muito complicado acompanhar o seu processo de radicalização.

Resumindo, eu não concordo que isso não se discuta na sociedade americana, aliás durante muito tempo e nos media americanas foi muito mais isso que se discutiu do que a extrema esquerda que eram vistos (e ainda são) como apenas uns putos bem intencionados, o que de certa forma se acentuou com o Trump, eu penso que tu estás a confundir a discussão das redes sociais com o que os media realmente discutem, e se isso se discute mais nas redes sociais é exactamente porque os media evitam essa discussão.
A sério que metes o KKK no mesmo saco que os antifa?

Já agora, não é estranho que de todos estes grupos tão violentos, todos os que são de extrema esquerda sejam precisamente os que são contra o porte de armas? Isto não os devia colocar só por si num patamar de perigo diferente?
 

Branco

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Comparar-se uma organização racista com uma organização que luta contra o fascismo. De rir. Faz-me lembrar o ano passado quando numa manifestação o pessoal do KKK assassinou manifestantes negros e o Trump disse que a culpa era dos dois lados.
Ok, então eu vou sugerir que o KKK mude o seu nome para Anti-descriminação, mas que mantenha a mesma ideologia, assim sempre que for acusado de ser uma organização supremacista branca podem dizer que são Anti-descriminação, porque está no nome.

Isto na prática é o que a Antifa faz, são extrema esquerda que gostaria de derrubar um governo democraticamente eleito e implementar um estado totalitário de extrema esquerda, mas como o nome diz Antifa, e isso refere-se a serem anti fascistas, então são gajos porreiros porque estão a lutar contra o fascismo.

Em todo o caso eu nem sequer referi que os dois são similares, apenas expliquei porque tanto num como no outro caso eles não são ilegais, apesar de estarem associados a actividades ilegais, logicamente que o KKK está associado a algo com mais peso nas história dos EUA porque quem usou esse rótulo tem muito maior peso na história desse país do que uma organização relativamente recente na história americana e que de certa forma está a começar o seu percurso.