Eu continuo sem perceber o porquê do Tomás Esteves não ter sido aposta. Se me perguntassem, depois da pré-época do FC Porto, quem era o miúdo que estava mais preparado para jogar jogar na equipa principal, eu dizia que era o Tomás e continuo a dizê-lo. Naquela amostra de pré-época, deu para perceber que o Tomás era de longe o melhor lateral direito do FC Porto, quer a nível defensivo, quer ofensivo. A equipa B não é um bom contexto para nenhum miúdo, o Tomás ali destoava, a equipa não tinha de todo futebol ao nível da qualidade do Tomás, o miúdo subia, procurava criar desequílibrios, não havia compensação e muita gente dizia que o Tomás é que tinha errado, quando na realidade aquilo acontecia porque a equipa estava mal treinada e ninguém percebia as suas funções em campo.
Por motivos que eu tenho (talvez) alguma dificuldade em entender, o FC Porto nunca mostrou grande interesse em renovar com o Tomás, da mesma forma que, por exemplo, quando o Brahimi deixou a Doyen, o FC Porto nunca mais o abordou para a renovação. Há coisas que vão para lá do meu entendimento do jogo e que extravasam para o lado obscuro do negócio. Rapidamente, também o Tomás acabou por perceber que teria mais futuro noutro clube, com uma mentalidade diferente e sem preconceitos relativamente à idade.