Calabote
Mestre e doutor em eng. de tecidos e neurociencias
- 30 Junho 2016
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Os adeptos do regime ficaram felizes, as suas esposas nem tanto.quem me faz um resumo desta materia?
assim em 3 linhas
Basicamente é isto.
Os adeptos do regime ficaram felizes, as suas esposas nem tanto.quem me faz um resumo desta materia?
assim em 3 linhas
Verdade, colega.Isso vale por ambos os lados claro, mas agora ter os números certos é dificil. sabemos muito bem que muitos homens com vergonha não assumem ser violentados.
Uma correção: aquilo não é uma senhora...Essa senhora só prejudica as verdadeiras vítimas de violência doméstica.
Sabia, perfeitamente. Dedico muitas horas da minha vida no auxílio a vítimas e em conversas/ações de sensibilização em escolas.Sabia que nos adolescentes, as raparigas têm uma maior tendência para a violência sobre os seus colegas rapazes?
É verdade, há estatísticas feitas, creio que até serão na faculdade de direito do porto. Mas não teimo. Mas sei que existem. Já um amigo criminologista mo referenciou...
Agora aos adultos...
Dentro de uma relação:
E serão só as mulheres a sofrerem violência doméstica?
Quantas mulheres não espiam os telefones dos namorados/ maridos?
Quantas mulheres não fazem cenas de ciúmes?
Quantas mulheres não humilham e coagem psicologicamente os seus parceiros?
Quantas mulheres não berram ou berraram aos seus parceiros?
Quantas mulheres não usaram o sexo como "arma de arremesso" e de punição contra o seu parceiro?
No divórcio:
- Quantas mulheres não fazem lavagem cerebral aos filhos "envenenando-os contra o pai?
- Quantas mulheres não usam os filhos também como "arma de arremesso" contra o pai, dificultando as visitas, fins de semana, feriados, férias, deste com os filhos etc..?
-Quantas mulheres não proíbem mesmo os filhos de falarem com o pai?
- Quantas mulheres não cometeram perjúrio em sede de tribunal, mentindo e acusando o pai dos seus filhos de crimes hediondos, na disputa da guarda parental destes?
- Quantas mulheres não fazem a vida num inferno ao seu ex parceiro, interpondo sucessivos processos em tribunal a exigir tudo e mais um par de botas?
...E a lista continua...
Quanto ao resto, dou -lhe razão. Não faz sentido nenhum, a violência entre um casal!
Adultos, como tal, têm a obrigação de se saberem respeitar! Ponto.
De acordo. E folgo saber o que afirma.Sabia, perfeitamente. Dedico muitas horas da minha vida no auxílio a vítimas e em conversas/ações de sensibilização em escolas.
Simplesmente quando fiz o post, há mais de 2 anos, parti de um caso específico e desenvolvi um raciocínio, não disse em lado nenhum que só as mulheres são vítimas de violência doméstica e conjugal, nem preciso de ser convencida disso, não sou estúpida nem alheada da realidade e nem precisava de estar dentro do meio para saber isso.
Tudo o que escrevi aplica-se aos dois géneros, mesmo que morram muito mais mulheres do que homens (16 mulheres, 5 homens e 2 crianças em 2021, por exemplo). Nos números globais de vítimas de violência doméstica faltam muitos homens, porque além de todos os problemas que elenquei, para os homens fica 2x mais difícil apenas por serem homens e ainda terem de lidar com o estigma. Se uma mulher tem vergonha um homem muito mais, infelizmente.
Não mais é do que um reflexo da grande desproporcionalidade nas vítimas. Em números redondos, entre 2013 e 2017, a APAV abriu 37 mil processos de apoio. 32 mil foram para mulheres. Não defendo que deva ser assim - já lá vou - mas é uma consequência natural e não uma agenda escondida por trás.De acordo. E folgo saber o que afirma.
Quando escrevi este post, não reparei, por distração, que era já antigo.
Só à posteriori...
Mas é bom na mesma, é pretexto para uma boa troca de ideias...
E voltando à discussão.....
Verifico, que da maneira como na sociedade hoje se fala e se coloca este flagelo, a mensagem que passa são (quase) as mulheres no papel de vítimas.
O que, como você disse e bem, não é de todo verdade!
E o que escrevi, procurou denunciar, a praticamente inexistente discussão ou até menção!!! na praça pública, desta violência, na sua maioria, psicológica, perpretada por mulheres!
Não só em relação aos homens, como até aos próprios filhos na relação destes com o pai!
Sem esquecer ainda, fruto de uma maior divulgação do crime como público, da (desconhecida) dimensão de aproveitamento, por razões muitas vezes, inconfessáveis, de falsas denúncias deste crime sobre os seus ex-parceiros!!!! Isto é muito grave!
Reconhecerá à partida os problemas a jusante, a formarem-se...
Não só pelas consequências do anátema levantado ao bom nome de um qualquer homem - perfeitamente odioso, pela repulsa que a violência causa na sociedade de hoje -, como terá também consequências sobre as verdadeiras vítimas, e na vulgarização do problema, criando o caos na destrinça do verdadeiro sobre o falsidade.
Aliás, já realidade, como sabemos.
A lei não será perfeita , mas creio que terá de passar por, tal como existe hoje um automatismo na denúncia, surgir em contraponto, num processo de potencial injúria se se aferir uma falsa denúncia.
Caso contrário, teremos a atrocidade de um género, com um poder arbitrário e de discricionariedade ao nível criminal sobre o outro!!
- vide exemplo acontecido com Ruben Semedo na Grécia...
Intolerável!
Certamente que não quereremos que o feminismo tome o lugar do machismo, transformando a sociedade (dita) patriarcal numa matriarcal, pois não?
P.S. - tenho um familiar que, infelizmente, passou pela situação que acima descrevo, onde teve de prestar depoimento numa esquadra de polícia, por (falsa ) denúncia de violência doméstica. Caso - obviamente - arquivado pelo MP!!
Nenhum homem, nos dias de hoje, está livre!
E se anónimo, danos poderão haver ou não, limitados!
E se figura pública? Como ficamos?
Com o alcance hoje ilimitado da informação e rapidez de alcance, quais as dimensões dos prejuízos?
Danos reputacionais pessoais, profissionais, políticos, até!
Muito complexo...
Obrigado pela discussão e testemunho.
Saudações portistas![]()
História sem santos.Foi um julgamento de credibilidade. E a Amber a partir do momento que é apanhada a manipular fotos tramou se.
Ate pode ter sido vitima, mas sem credibilidade, nao se ganha.
Conheço alguém que diz, que quanto á violência do possessivo de amor e a violência e mortes que daí resultam, que por mais campanhas e educação que haja, não vão acabar pelo menos num futuro próximo. Tem a ver com o cérebro reptiliano, vindo do inicio da humanidade....é algo irracional e tem a ver com dar continuação aos genes, tipo como o macho Leão com o seu Harém. Aquelas leoas são dele. Não sei se me fiz explicar. É muito mais complexo que o que parece, em comparação por exemplo o medo sem explicação e natural que o ser humano tem da noite escura, da escuridão, ou de animais predadores...é algo muito distante inserido no nosso cerebro e adn.Infelizmente o tema presta-se a demasiadas instrumentalizações políticas e ideológicas. É legítimo e, mais do que isso, necessário traz para debate os estigmas associados à violência doméstica dirigida contra os homens. É erróneo contrapor o feminismo ao machismo, e muitas vezes sinal de motivação ideológica. O feminismo constitui um movimento social com diferentes expressões e fases, que leva décadas de existência. E com um papel relevante no valorização da mulher em sociedades historicamente dominadas por homens. Trata-se de um movimento legítimo de luta por maior poder, que naturalmente causa incómodo, pois qualquer grupo que reclame recursos, poder, etc., visa alterar o statu quo, o que implica um novo arranjo de poder. Outra coisa são as expressões radicais do fenómeno, diria que geralmente desaconselháveis em qualquer tipo de luta social/política. Devemos ser precisos na visão, para evitar o apelo das ditas guerras culturais.
Embora a violência doméstica seja um fenómeno maioritária e desproporcionadamente dirigido contra as mulheres, é isso o que nos relevam os estudos e as estatísticas, os homens estarão subrepresentados na contabilidade do flagelo. Pelo que foi já escrito neste tópico. Os problemas de género afectam homens e mulheres. O estereótipo do homem valentão, macho-alfa, que tem de ser homem de uma determinada forma e não de outra, contribui negativamente nestes casos. Como é óbvio, homem que é homem não é agredido nem dá parte fraca, muito menos por uma mulher. Era só o que faltava. Sabemos que a realidade não se conforma com preconceitos. Exemplo mais do que pertinente da importância de olhar para os temas do género. Um olhar académico, objectivo, não necessariamente o que nos propõem os partidos políticos, as redes sociais, ... através dos quais, infelizmente, assistimos ao recrudescimento dos teóricos, ou meros apologistas e interessados, da querela homem versus mulher. Problema não incomum dos nossos tempos, o de se substituir um problema e debate sérios por imitações desfiguradas dos mesmos.
O problema é grave. As novas gerações relevam os mesmos problemas e visões distorcidas das relações amorosas. Considera-se normal o comportamento agressivo e violento, aceita-se uma certa ideia possessiva de amor. Não é surpreendente, considerando de onde viemos. Mas há aqui qualquer coisa que está a falhar, em que estamos a falhar enquanto sociedade, pais, mães, amigos, escola, estado..
Eu nao vou presumir que os conheço.História sem santos.
Ambos são pessoas com problemas.
Mas de índoles diferentes.
Ele uma pessoa com vícios, que muitas vezes fica preso a bebedeiras ou a mocas de fumar do belo como se fosse uma chaminé e perde o contacto com a realidade.
Ela uma pessoa de perfil abusador por natureza, com traços de psicopatia.
Um pode ter cura se quiser, mas já é modo de vida.
Outra é só mesmo uma pessoa de merda e nem no manicómio sei se curaria.
Mas esse comportamento possessivo também não é monopólio estrito de leões ou leoas. E é em grande medida cultural, pois há outras comunidades humanas que vivenciam o amor de formas radicalmente distintas. É uma das vantagens da antropologia, a de mostrar muitas organizações possíveis e poucas fatalidades. Seja como for, independentemente do tipo de mecanismo envolvido, cultural, biológico... há que fazer alguma coisa. Falar sobre relações passionais poderá ser difícil, ter fortes dimensões pessoais, íntimas, emocionais ou até irracionais, mas não deixa de se tratar de relações entre pessoas, com muitas das mesmas normas e valores que se aplicam a outros tipos de ligação.Conheço alguém que diz, que quanto á violência do possessivo de amor e a violência e mortes que daí resultam, que por mais campanhas e educação que haja, não vão acabar pelo menos num futuro próximo. Tem a ver com o cérebro reptiliano, vindo do inicio da humanidade....é algo irracional e tem a ver com dar continuação aos genes, tipo como o macho Leão com o seu Harém. Aquelas leoas são dele. Não sei se me fiz explicar. É muito mais complexo que o que parece, em comparação por exemplo o medo sem explicação e natural que o ser humano tem da noite escura, da escuridão, ou de animais predadores...é algo muito distante inserido no nosso cerebro e adn.
Também não os conheço, não me parece que viva no glorioso mundo de HollywoodEu nao vou presumir que os conheço.
So sei o que vi/ ouvi deste julgamento.
Quando a biologia e a cultura entram no campo de batalha, a cultura entre de luvas de boxe e a biologia com luvas feitas de granito no impacto mas leves como se fossem de espuma.Mas esse comportamento possessivo também não é monopólio estrito de leões ou leoas. E é em grande medida cultural, pois há outras comunidades humanas que vivenciam o amor de formas radicalmente distintas. É uma das vantagens da antropologia, a de mostrar muitas organizações possíveis e poucas fatalidades. Seja como for, independentemente do tipo de mecanismo envolvido, cultural, biológico... há que fazer alguma coisa. Falar sobre relações passionais poderá ser difícil, ter fortes dimensões pessoais, íntimas, emocionais ou até irracionais, mas não deixa de se tratar de relações entre pessoas, com muitas das mesmas normas e valores que se aplicam a outros tipos de ligação.
Hmmm... eu diria que a biologia tem as costas largas. A cultura também terá as suas culpas exageradas. Mas pouco é impossível quanto ao ser humano, parece-me, mais cultura menos cultura, mais biologia menos biologia.Quando a biologia e a cultura entram no campo de batalha, a cultura entre de luvas de boxe e a biologia com luvas feitas de granito no impacto mas leves como se fossem de espuma.
A resposta de formatação cultural é lenta, tu não consegues mudar comportamentos biológicos com facilidade, leva tempo, muito tempo na consideração humana.Hmmm... eu diria que a biologia tem as costas largas. A cultura também terá as suas culpas exageradas. Mas pouco é impossível quanto ao ser humano, parece-me, mais cultura menos cultura, mais biologia menos biologia.
Seria interessante então discutir a natureza dos comportamentos, o que é biológico e o que é cultural, se é que é possível apontar comportamentos exclusivamente biológicos ou culturais. Até mesmo os comportamentos relacionados com a satisfação de necessidades fisiológicas são desempenhados com diferentes roupagens culturais. Seja como for, das cavernas até aos arranha-céus, temos tempo, a espécie tem muito tempo para ser moldada pela cultura.A resposta de formatação cultural é lenta, tu não consegues mudar comportamentos biológicos com facilidade, leva tempo, muito tempo na consideração humana.
Já formatar culturalmente outros traços culturais é um processo rápido.
A espécie tem muito tempo, mas o indivíduo tem pouco.Seria interessante então discutir a natureza dos comportamentos, o que é biológico e o que é cultural, se é que é possível apontar comportamentos exclusivamente biológicos ou culturais. Até mesmo os comportamentos relacionados com a satisfação de necessidades fisiológicas são desempenhados com diferentes roupagens culturais. Seja como for, das cavernas até aos arranha-céus, temos tempo, a espécie tem muito tempo para ser moldada pela cultura.
Diria que a sociedade precisa mais da espécie do que do indivíduo particular. Para nós, indivíduos concretos, poderá ser uma chatice. Felizmente, tanto somos um como outro, ou tomamos parte na sociedade, ainda que fugazmente. Sempre temos oportunidade de contribuir para a definição de um determinado rumo. Espero que se consiga encontrar padrões relacionais mais saudáveis, independentemente de se mexer pelo lado da cultura, da biologia ou de ambos.A espécie tem muito tempo, mas o indivíduo tem pouco.
Há coisas em que o pensamento mais básico, como espécie nos é vantajoso e tem outros em que é a matriz cultural.
Claro que existem comportamentos mistos.
"....É erróneo contrapor o feminismo ao machismo, e muitas vezes sinal de motivação ideológica. O feminismo constitui um movimento social com diferentes expressões e fases, que leva décadas de existência...."Infelizmente o tema presta-se a demasiadas instrumentalizações políticas e ideológicas. É legítimo e, mais do que isso, necessário traz para debate os estigmas associados à violência doméstica dirigida contra os homens. É erróneo contrapor o feminismo ao machismo, e muitas vezes sinal de motivação ideológica. O feminismo constitui um movimento social com diferentes expressões e fases, que leva décadas de existência. E com um papel relevante no valorização da mulher em sociedades historicamente dominadas por homens. Trata-se de um movimento legítimo de luta por maior poder, que naturalmente causa incómodo, pois qualquer grupo que reclame recursos, poder, etc., visa alterar o statu quo, o que implica um novo arranjo de poder. Outra coisa são as expressões radicais do fenómeno, diria que geralmente desaconselháveis em qualquer tipo de luta social/política. Devemos ser precisos na visão, para evitar o apelo das ditas guerras culturais.
Embora a violência doméstica seja um fenómeno maioritária e desproporcionadamente dirigido contra as mulheres, é isso o que nos relevam os estudos e as estatísticas, os homens estarão subrepresentados na contabilidade do flagelo. Pelo que foi já escrito neste tópico. Os problemas de género afectam homens e mulheres. O estereótipo do homem valentão, macho-alfa, que tem de ser homem de uma determinada forma e não de outra, contribui negativamente nestes casos. Como é óbvio, homem que é homem não é agredido nem dá parte fraca, muito menos por uma mulher. Era só o que faltava. Sabemos que a realidade não se conforma com preconceitos. Exemplo mais do que pertinente da importância de olhar para os temas do género. Um olhar académico, objectivo, não necessariamente o que nos propõem os partidos políticos, as redes sociais, ... através dos quais, infelizmente, assistimos ao recrudescimento dos teóricos, ou meros apologistas e interessados, da querela homem versus mulher. Problema não incomum dos nossos tempos, o de se substituir um problema e debate sérios por imitações desfiguradas dos mesmos.
O problema é grave. As novas gerações relevam os mesmos problemas e visões distorcidas das relações amorosas. Considera-se normal o comportamento agressivo e violento, aceita-se uma certa ideia possessiva de amor. Não é surpreendente, considerando de onde viemos. Mas há aqui qualquer coisa que está a falhar, em que estamos a falhar enquanto sociedade, pais, mães, amigos, escola, estado..
De vez quando aparecem umas notícias deste género, de deixar os cabelos em pé. Maioria dos jovens acha legítima a violência no namoro, diz estudo | Violência no namoro | PÚBLICO (publico.pt)
