Eu não acredito no VB. Tentei sempre defendê-lo até agora, mas ontem para mim foi a gota de água. Passo a explicar a minha opinião...
Estamos com uma equipa e um processo em construção, é verdade. No entanto, os erros que vejo serem cometidos não são de falta de rotinas/dinâmicas e muito menos de falta de qualidade dos jogadores. Os primeiros dois pontos que vou referir são coisas absolutamente BÁSICAS do jogo:
- incapacidade de pressionar eficazmente sem deixar metros de espaço entre setores e deixar constantemente os adversários cara a cara com os nossos defesas;
- alas dos adversários a conseguirem constantemente fazer 2x1 com os nossos laterais, sempre sozinhos a defender, sem ninguém compensar;
- recuar tanto a equipa, a ponto de com 10 sermos manietados para defender a vantagem mínima (problema que já vem do antecessor, mas que é algo que me irrita descomunalmente);
- substituições incompreensíveis, a mostrar medo e a chamar ainda mais o adversário (também já acontecia com o ex-treinador).
A única melhoria que vejo é a nível de ideias em ataque organizado, o que seria difícil não melhorar face ao que tínhamos. Transição e organização defensiva, estão MUITO PIORES, inclusivamente do que na época passada.
Como para mim não existe a questão do "melhorar" ou "dar tempo" face aos erros - um treinador, num dado momento, ou tem, ou não tem capacidade para determinado desafio - a minha opinião é a de que atualmente será difícil esta não ser uma época perdida no que toca a resultados.
Tinha dito no início que não compreendi esta escolha do AVB, e agora reforço. É de uma frustração enorme termos feito um mercado quase perfeito no que toca a reforços, e a qualidade do plantel ter subido bastante, mas no banco termos regredido. No início também pensei que fosse a escolha low-cost para um ano de transição, mas face ao mercado que fizemos, já não consigo comprar esse argumento, até porque não bate com a ambição demonstrada nas declarações do presidente para a época. A maior razão pela qual não queria o VB seria a de ser necessário um corte total com o passado recente, e está-se a confirmar essa necessidade.