Baía, o meu voto é no AVB (ou em outro putativo candidato)
Estive a ver uma entrevista do Jorge Costa e ele diz peremptoriamente que iria voltar ao Porto num cargo onde se sentisse utilQuando estiver com ele logo lhe pergunto se esta interessado, depois digo te.
Mas deve so la para o verão.
Estás a falar da empresa onde é presidente executivo?
veiga, d’onofrio, o filho… tudo antes da sad….__________________________________________________
Ó Calabote, ele sempre foi assim, mas a partir da constituição da Sad, piorou e muito e todos sabemos muito bem porquê.
Entretanto, desde 2011, tudo isso aliado à sucessiva má gestão, a outros interesses e muita incompetência, redundou na situação atual.
_____veiga, d’onofrio, o filho… tudo antes da sad….
mendes, ah, simonian… tudo antes de 2011…
Porque é que piorou?_____
Por isso mesmo digo que ele sempre foi assim.
Mas 1. a partir da constituição da Sad tudo piorou, por motivos óbvios: a entrada de vários milhões de contos, que até então não existiam.
A partir de 2011, a tudo isso, acresce o 2. crescente sentimento de liberdade - para não dizer impunidade - perante os sócios, a perda de capacidades com o avançar da idade, 3. a perda de poder e força extra clube, que tiveram e têm como consequência uma 4. gestão cada vez mais desequilibrada, aflita, de curto prazo, com a falta de competência a vir cada vez mais ao de cima, e ao 5. afundar e definhar cada vez maior do clube.
Não deixa de ser curioso acharem que é mais fácil "martelar" contas da SAD do que contas do clube...Porque é que piorou?
Porque é que 2011 é um marco de mudança?
1. É pior ter uma dívida de 300 milhões ou não ter tesouraria para pagar salários?
2. Mas, alguma vez os sócios condicionaram a actuação do Presidente, quando o FCP ganha? Despediu o CAS, como despediu o VP! Antes e depois de 2011!
3. A perda de poder vem antes de 2011... vem com o apito dourado... há algum candidato putativo que olhe para esse poder extra futebol como um factor? Qual?
4. Houve algum momento (mais ou menos alargado...) em que a gestão não tenha sido desequilibrada ou de curto prazo? Tirando os momentos em que existiram influxos de dinheiro, mais ou menos, inesperados (eg, Futre e Rui Barros, FCouto, SAD, Mourinho, AVB), foi sempre assim!
5. Afundar e definhar em quê? Desportivamente, o FCP concentra todos os títulos nacionais, nas modalidades tem equipas competitivas (e muitos títulos recentes) em todas as que tem; tem boas infraestruturas (estádio que organizou a final da Champions há poucos anos, pavilhão, negócio com a sede da Praça, Constituição), sem ter um centro para a formação; tem problemas financeiros (muito) graves, que são comuns a quase todos os clubes de futebol de classe média Europeia, sem proprietários multimilionários!
Podia estar melhor financeiramente? Claro que sim!
Devia estar melhor financeiramente? Claro que sim!
Com o Pinto da Costa da década de 80, 90, 2000 ou 2010, seria expectável que estivesse melhor? Claro que não! A gestão do FCP sempre foi assim, sempre foi de excelência na componente desportiva e de acasos (tantas vezes relacionada com a parte desportiva) na componente financeira!
O melhor a que o FCP pode aspirar, no presente, é continuar este caminho de sucesso desportivo, assegurar que continuamos entre os 16 melhores da Europa, sem falhar um único ano (nesta altura, é crítico!)! Tentar conter os gastos (com ou sem FFP, é irrelevante...), mas sem perder competitividade desportiva! Assegurar que em 2024 (ou quando a SuperLiga avançar) estamos dentro e, nessa altura, com a expectável injecção de dinheiro, tentar corrigir o que for possível!
Pois, por isso disse que talvez a central fosse util.Estive a ver uma entrevista do Jorge Costa e ele diz peremptoriamente que iria voltar ao Porto num cargo onde se sentisse util
_____________________Porque é que piorou?
Porque é que 2011 é um marco de mudança?
1. É pior ter uma dívida de 300 milhões ou não ter tesouraria para pagar salários?
2. Mas, alguma vez os sócios condicionaram a actuação do Presidente, quando o FCP ganha? Despediu o CAS, como despediu o VP! Antes e depois de 2011!
3. A perda de poder vem antes de 2011... vem com o apito dourado... há algum candidato putativo que olhe para esse poder extra futebol como um factor? Qual?
4. Houve algum momento (mais ou menos alargado...) em que a gestão não tenha sido desequilibrada ou de curto prazo? Tirando os momentos em que existiram influxos de dinheiro, mais ou menos, inesperados (eg, Futre e Rui Barros, FCouto, SAD, Mourinho, AVB), foi sempre assim!
5. Afundar e definhar em quê? Desportivamente, o FCP concentra todos os títulos nacionais, nas modalidades tem equipas competitivas (e muitos títulos recentes) em todas as que tem; tem boas infraestruturas (estádio que organizou a final da Champions há poucos anos, pavilhão, negócio com a sede da Praça, Constituição), sem ter um centro para a formação; tem problemas financeiros (muito) graves, que são comuns a quase todos os clubes de futebol de classe média Europeia, sem proprietários multimilionários!
Podia estar melhor financeiramente? Claro que sim!
Devia estar melhor financeiramente? Claro que sim!
Com o Pinto da Costa da década de 80, 90, 2000 ou 2010, seria expectável que estivesse melhor? Claro que não! A gestão do FCP sempre foi assim, sempre foi de excelência na componente desportiva e de acasos (tantas vezes relacionada com a parte desportiva) na componente financeira!
O melhor a que o FCP pode aspirar, no presente, é continuar este caminho de sucesso desportivo, assegurar que continuamos entre os 16 melhores da Europa, sem falhar um único ano (nesta altura, é crítico!)! Tentar conter os gastos (com ou sem FFP, é irrelevante...), mas sem perder competitividade desportiva! Assegurar que em 2024 (ou quando a SuperLiga avançar) estamos dentro e, nessa altura, com a expectável injecção de dinheiro, tentar corrigir o que for possível!
Não sei... esta entrevista foi à pouco tempo.Pois, por isso disse que talvez a central fosse util.
Duvido que se ache util como roupeiro, como adjunto, diretor desportivo ou num cargo semelhante ao do Baia, p.e.
Nota prévia: resumi o teu comentário, sem qualquer intenção de cortar a ideia!A partir de 2011 dá-se o início do processo de definhamento económico.
De então para cá destruímos cerca de 225M. Mais de metade do valor atual do Ativo.
E é incompreensível que não o consigas vislumbrar, de tão extenso que é.
Após largos e largos anos de um certo equilíbrio entre Ativo e Passivo, e regulares RL positivos, começa o descalabro.
Passamos de uma situação que, longe de ser perfeita, era bem aceitável, para uma situação em que chegamos ao ponto de estarmos com um CP de 112M Negativos para um Ativo de 418M, o que é grave.
Pelos vistos, acharás isto normal e que sempre foi assim no passado.
Quando eu refiro que Pinto da Costa não mudou de forma acentuada, estou longe de dizer que ele não comete erros ou que a política económica-financeira do FCP é boa e/ou saudável! Não é! Foram cometidos demasiados erros, que nos colocaram no ponto pouco saudável em que estamos hoje!Estamos muito piores do que antes dessa transferência.
Aliás, se fizermos uso dos restantes 50% do Dragão, continuaremos em situação negativa.
É normal?
Mais, estamos hoje bem piores do que no momento em que ficamos sob o jugo da UEFA.
Não contra-argumento contra a perda de poder! Parece-me efectiva e, provavelmente, inevitável! Porém, para mim, a única causa reside no ad e todas as consequências inerentes, que fizeram ruir a estrutura de poder que Pinto da Costa tinha! Não acredito que fosse uma estrutura dominante, mas era, suficientemente, forte, para não ser dominada! Com o vazio que o ad obrigou, naturalmente, o slb tomou conta de tudo!A perda de poder vem de desde que Vieira apareceu e se tornou presidente.
Não falei que começou a partir de 2011.
No entanto, agravou-se de sobremaneira na última década. Isso é claro.
E essa perda de poder resulta de vários fatores.
Perda de credibilidade com o AD, perda de qualidade económica/desportiva da Sad, menor capacidade de revolta para lá das habituais declarações incócuas contra o centralismo, maior desgaste, menor ambição, menor força, avançar inexorável da idade, etc.
1. FSantos, Otávio, Adriaanse, JF, Del Neri, Victor Fernandez... tudo antes de 2011...Sim, definhamento desportivo.
Estivemos 4 épocas com 1 Supertaça ganha.
1. Com entradas e saídas de treinadores, sem qualquer lógica de gestão.
2. Até à chegada do treinador atual que, neste momento, o admitas ou não, é o principal ativo e suporte do clube.
3. O acumular da contratação de jogadores sem o perfil necessário para o clube - idade, revenda.
4. Contratações falhadas por interesses extra clube.
5. Vendas desperdiçadas por interesses extra clube.
Eu prefiro um clube bem gerido, tanto desportiva e financeiramente, em que o interesse de todos os seus movimentos seja única e exclusivamente o próprio clube, que ganhe de forma regular fruto dessa gestão e menos de um alinhamento estelar positivo neste ou naquele momento.
Um clube que não viva apenas com as calças nas mãos, movidos por interesses de curto-prazo.
Um clube como o nosso não possuir instalações próprias - extra estádio - é impensável, para não dizer uma total vergonha. Nesse aspeto, pelo menos uma década de atraso.
Para quem viu o PC dos anos 1980 e 90, que então vislumbrava já o ano 2000, é verdadeiramente surpreendente.
Não, não estamos hoje iguais ao que sempre estivemos.
Isso é falso.
E não, o presidente e direção atual - apesar da personalidade de base ser a mesma - não são os mesmos de há 40/30 anos.
O presidente de então não dormia sequer à noite a cada derrota ou insucesso que tínhamos.
O PC de então trataria de arrumar com a direção atual.
O de hoje, não perde grandes noites por causa de uma derrota ou da perca de um campeonato.
O FC porto atual está, se tanto, a 50 ou 60% do seu potencial.
Deixei para o final a minha opinião, porque me parece o menos importante deste comparativo histórico!_____________________
Não te sabia tão defensor da direção atual e com tantas justificativas à sua gestão.
Pelos vistos, também para ti, as coisas estão mais ou menos bem e sempre foram assim.
Sinceramente, estou espantado com este teu post. Não parece teu.
Aliás, já comentaste coisas minhas em outro fórum, no passado, em que os teus pensamentos e apreciação iam num sentido bastante diferente deste teu último post.
___________________________Nota prévia: resumi o teu comentário, sem qualquer intenção de cortar a ideia!
Provavelmente, não terei sido suficientemente claro! O que eu questiono é esse marco de 2011, a partir do qual se dá o definhamento económico! O FCP, gerido por Pinto da Costa, sempre teve uma gestão económica, no mínimo, questionável! E, até acrescento, que tendia a viver mal com os períodos de maior desafogo, sempre, por factores exógenos à política económica!
Quando referes que a situação se deteriorou a partir de 2011, pessoalmente, acho que o primeiro ano do JL foi muitíssimo pior ou, por exemplo, o ano da saída do AH, em que se resolveu não vender ninguém! Para mim, esses anos, foram muitíssimo mais lesivos da solvabilidade económico-financeira da SAD!
Porém, ainda assim, embora originados por alterações estratégicas (erradas...) da política que vinha a ser seguida (eg, empréstimos sem opção, aumento exponencial da massa salarial, decisão de não vender activos), eu consigo encontrar no histórico de Pinto da Costa, diversas situações em que foram tomadas decisões erradas, muito lesivas da estabilidade económico-financeira do clube (na época)! Desde logo, a decisão de contratar o Rui Águas e o Dito, que exponenciou a nossa massa salarial (e, depois, a do slb...) para níveis incomportáveis, que muito limitou a nossa competitividade (financeira) na primeira metade da década de 90!
Daqui, poderemos dizer que, agora, é infinitamente pior, que o que está em causa é a própria sobrevivência do clube! Sem querer menosprezar esses receios (porque, no limite, poderá, efectivamente, ser isso que está em causa), a possibilidade de não pagar salários foi real (e concreta, acrescentaria) em alguns momentos dos últimos 40 anos!
Sem querer ser demasiado longo, finalizaria dizendo que, esta frase é verdadeira "Após largos e largos anos de um certo equilíbrio entre Ativo e Passivo, e regulares RL positivos, começa o descalabro", porém, importa perceber que se viveu, em boa parte, dos juros (sentido figurado...) da vitória de 2004 e da ausência de competição interna (anos do paulo bento), que garantiam vitórias internas e presença internacional constante! Esse domínio interno garantia a estabilidade para tomar as decisões acertadas, algo que foi sempre mais difícil, quando não havia esse domínio interno (eg, ano antes do Mourinho, com a chegada dos brasileiros em janeiro).
Quando eu refiro que Pinto da Costa não mudou de forma acentuada, estou longe de dizer que ele não comete erros ou que a política económica-financeira do FCP é boa e/ou saudável! Não é! Foram cometidos demasiados erros, que nos colocaram no ponto pouco saudável em que estamos hoje!
Embora, não concorde que estamos pior do que estávamos antes do FFP e até ache que ficar sob a alçada do FFP foi bom, porque impediu mais desvarios, sem daí advir grandes consequências, para além das reputacionais.
Não contra-argumento contra a perda de poder! Parece-me efectiva e, provavelmente, inevitável! Porém, para mim, a única causa reside no ad e todas as consequências inerentes, que fizeram ruir a estrutura de poder que Pinto da Costa tinha! Não acredito que fosse uma estrutura dominante, mas era, suficientemente, forte, para não ser dominada! Com o vazio que o ad obrigou, naturalmente, o slb tomou conta de tudo!
No mais, discordo da perda de qualidade desportiva/económica (existem ciclos, é lógico que Taremi/Evanilson/Galeno < Hulk/Falcao/James, mas >Tarik/Lisandro/Adriano, etc, etc) e o resto parece-me mais importante para consumo interno e para agregar portistas!
1. FSantos, Otávio, Adriaanse, JF, Del Neri, Victor Fernandez... tudo antes de 2011...
2. substitui SC por JM... antes de 2011... substitui SC por Bobby Robson, idem...
3. Bomfim, Pitbull... N'Tsunda, Zwane, Mogrovejo, ADíaz, Walter Paz... tudo antes de 2011...
4. Pastore...
5. Alvaro Pereira...
O que é que eu pretendo dizer com isto: os erros são similares e poderíamos encontrar mais uma mão cheia deles!
No final do dia, na parte desportiva, o que ficam são os títulos e Pinto da Costa, para mim, é de excelência nesse aspecto!
Poderemos dizer que SC é o principal suporte e que, sem ele, estaríamos a caminho de mais 19 anos sem títulos! Não me parece, mas, felizmente, não há contraditório... e foi Pinto da Costa que escolheu SC! E escolheu bem...
Como dissemos durante muitos anos que Mourinho era o melhor do mundo e que ele é que salvou o clube depois de 3 anos sem ganhar...mas, uma vez mais, foi Pinto da Costa que escolheu Mourinho! E escolheu bem...
Como escolheu AVB, Bobby Robson, AO, FS, etc... como escolheu o Quinito, o Otávio, o JL ou o NES...
O que me parece é que se os bem-sucedidos são-no apesar de quem os escolhe, então os mal-sucedidos fracassaram, também, apesar de quem os escolhe...
Não me parece que assim seja! O mérito de quem sabe escolher (e falhou algumas vezes...) não ofusca o mérito de quem vence! E quem vence, não pode vencer, apesar de... tem de vencer com...
Deixei para o final a minha opinião, porque me parece o menos importante deste comparativo histórico!
Desportivamente, as coisas estão bem! Não ficava triste se o FCP, todos os anos, vencesse 4 títulos nacionais!
Naturalmente, o futuro do FCP preocupa-me, até pelos anos de associado que ainda pretendo atingir e, independentemente, do meu feliz estado de contribuinte líquido para o FCP!
E não concordo com muitas das opções tomadas relativamente à política económico-financeira! Aliás, muitas delas apontadas por ti, no teu texto! Contudo, o FCP é um barco demasiado grande para mudar a trajetória de forma brusca! Não creio que fosse bom! O risco desportivo é demasiado grande, num momento em que, recordo, se aproxima a nova Champions e, quiçá a SuperLiga! A presença na nova Champions e/ou na SuperLiga terão, certamente, um impacto ainda maior para o FCP do que a presença na primeira Champions ou a vitória de 2004! E será a base para uma década de domínio do futebol português! Por isso, reforço, este não é o momento para grandes mudanças! Este é o momento para manter uma trajetória desportiva de sucesso, que nos assegure uma presença no top-16 da champions, idealmente, sem outras equipas portuguesas!
Gostava de esclarecer ainda que, quando refuto a opinião sobre a mudança de Pinto da Costa, acredito que os portistas mudaram, infinitamente mais, do que o próprio Pinto da Costa! Os mesmos portistas que assistiram ao D'Onofrio como director do futebol do clube, ao filho, com 20 e tal anos, como director do clube, ao nascimento do veiga (para se opor ao manuel barbosa), etc., até defenderem Pinto da Costa em pleno ad (que, é bom recordar, lhe chegou, também, pelas suas próprias indiscrições amorosas)! O mundo mudou muito e os portistas com ele... bem mais do que o próprio Pinto da Costa, na minha opinião!
Em resumo, eu não disponibilizo o meu voto para trocar o JL pelo Peseiro! Mas, trocava o JL pelo SC! Mas, também quero garantir que, na equipa técnica do SC, não vem o petit (ou, talvez, melhor comparado, o paulo assunção...)!
Excelente comentário, só realço o ponto que durante muito tempo conseguimos minimizar/conter os problemas financeiros na qualidade da equipa.___________________________
2011 é o momento em que passamos, de forma regular e cada vez mais profunda, de um Ativo superior ao Passivo para um Passivo superior ao Ativo.
Não estou a dizer que algo específico aconteceu em 2011 para que tal acontecesse, mas sim que é o momento em que as contas acumuladas da Sad desde a sua constituição basculam de forma decisiva para o lado negativo.
E desde então, o que tem acontecido é um agravar substancial, apesar de uma ou outra época positiva.
Claro que em termos de custos, é a partir de 2014/15 que se dá um descontrolo absoluto.
Sim, quando pouco temos, a nossa gestão é melhor, mais eficiente, existem bem menos oportunidades para acontecerem erros.
Em temos de "vacas gordas", acontece precisamente o contrário.
Em 2011, aliado aos primeiros sintomas financeiros, dá-se também um conjunto cada vez maior de situações estranhas ou erráticas ao nível da gestão desportiva.
Tanto a nível de compras, como de vendas, como em relação à entrega dos sucessivos comandos técnicos.
"Como se existisse" uma força paralela que condiciona permanentemente todas as decisões fundamentais para os interesses do clube.
Para mim é claro, independentemente dos inúmeros erros nas décadas anteriores a esta que refiro, é a partir deste período (2011 em diante... e de forma profunda a partir de 2014...) que a gestão, a todos os níveis, dá os primeiros sinais regulares de desnorte e com profundas consequências a serem cada vez mais visíveis.
Claro que estamos piores hoje do que quando entramos no FPF.
Quando entramos, estávamos com cerca de 9M negativos de CP, ainda aceitável numa perspetiva de retoma.
Estamos hoje com 112M negativos.
Destruímos mais de 100M desde então. Destruímos os 50% do Dragão que colocamos na Sad, precisamente para equilibrar Ativo/Passivo.
Até 2011 tínhamos alguma margem para erros, desvarios, "azares", etc... Deixamos de ter, embora ainda fosse reversível...
De 2014 em diante, não só deixou de ser reversível a curto e médio prazo, como o buraco agravou-se de tal forma, tornou-se tão profundo, que tem consequências permanentes na nossa gestão financeira e desportiva atual e continuará a ter nos próximos anos, independentemente de quem seja o presidente.
Serão necessários cerca de uma década de RL constantes positivos de 10/15M para voltarmos a 2011.
Quem não vê isso e continua na sua ilusão de que sempre foi assim, está completamente fora da curva e apenas se está a enganar não o admitindo e continuando a fingir não perceber o responsável, os responsáveis.
Continuo a dizer que houve declínio desportivo a partir de 2011 e que a fase atual de vitórias tem bem mais o dedo do treinador do que da direção, ou seja, a parte estrutural não é a principal, obviamente claro, atribuindo evidentemente o mérito da sua contratação ao presidente que o escolheu.
PC sabe muito bem que, atualmente, SC é o seu "pote de ouro", a sua salvação.
Não foi à toa que estivemos 4 épocas sem ganhar o Campeonato, 8 sem ganhar a Taça de Portugal e 4 a Supertaça.
Não é à toa que não dispomos de instalações próprias dignas de um clube da nossa dimensão, isto quando sempre fomos com PC um clube adiantado face aos rivais, isto quando, por exemplo, em meados de 1980 olhávamos para os anos 2000, enquanto os rivais se preocupavam com guerras internas e com as habituais desculpas esfarrapadas para as suas derrotas.
Não é à toa que entramos em incumprimento do FPF, com a consequente vergonha associada.
Não é à toa que andamos há anos em constantes incumprimentos face às nossas dívidas para com outros, com a consequente vergonha associada.
Um presidente como PC, com tanta experiência, com tanto conhecimento de como as coisas são em Portugal, sabia muito bem que para continuarmos na senda positiva em que nos encontrávamos no passado, o FC Porto teria que estar sempre um passo à frente em relação aos rivais.
Não só perdemos toda essa vantagem que tínhamos em todas as vertentes, como nos atrasamos em vários pontos.
Isso revolta-me.
Para mais quando PC sempre foi uma espécie de "ídolo" para mim.
Para mais quando, hoje em dia, somo um clube com uma implantação social incomparavelmente superior à de meados de 1980 - talvez o triplo de adeptos - e que continuamos a não o aproveitar a sério.
O colete de forças que constantemente nos trava não provém apenas de Lisboa, deste miserável centralismo, desta miserável comunicação social.
Estamos a 50, máximo 60% das nossas capacidades.
(Em relação aos prémios da Champions e ao seu previsível aumento, de nada servirá se a gestão não for competente e unicamente a favor dos interesses do clube. Com o aumento do valor dos prémios, o custo de aquisição dos jogadores aumentará na mesma proporção, como sempre aconteceu.)