Vítor Baía - Ex Vice Presidente e Administrador da SAD

Indiana Jones

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Faro
  • Dezembro/21
Espero que haja um discurso sensato e respeitoso entre todos os futuros candidatos para evitar que sejamos uma fonte de gozo em diversas plataformas.

Depois aguardo com expectativa a apresentação das equipas e dos projectos de cada possível candidato,dado que não acredito em salvadores da pátria ou nenhum D.Sebastião,mas também não quero ver o nosso clube entregue a um oportunista sem escrúpulos.

Finalmente Vítor Baía enquanto jogador foi um dos meus ídolos, agora acho pouco ético que mantenha -se na direção do clube e ande em plena campanha eleitoral suportada pelo F.C.Porto,como tal espero que tenha a dignidade de sair pelo próprio pé e apresentar as suas ideias ou a sua equipa,sem se refugiar atrás de Pinto da Costa, senão será mais uma facada na sua imagem.
 

jorgcastro

Tribuna
19 Agosto 2016
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Ó Calabote, ele sempre foi assim, mas a partir da constituição da Sad, piorou e muito e todos sabemos muito bem porquê.

Entretanto, desde 2011, tudo isso aliado à sucessiva má gestão, a outros interesses e muita incompetência, redundou na situação atual.
veiga, d’onofrio, o filho… tudo antes da sad….
mendes, ah, simonian… tudo antes de 2011…
 
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veiga, d’onofrio, o filho… tudo antes da sad….
mendes, ah, simonian… tudo antes de 2011…
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Por isso mesmo digo que ele sempre foi assim.

Mas a partir da constituição da Sad tudo piorou, por motivos óbvios: a entrada de vários milhões de contos, que até então não existiam.

A partir de 2011, a tudo isso, acresce o crescente sentimento de liberdade - para não dizer impunidade - perante os sócios, a perda de capacidades com o avançar da idade, a perda de poder e força extra clube, que tiveram e têm como consequência uma gestão cada vez mais desequilibrada, aflita, de curto prazo, com a falta de competência a vir cada vez mais ao de cima, e ao afundar e definhar cada vez maior do clube.
 

fcp_1893

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15 Julho 2016
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Estão a tremer por todos os lados... Este Baía tem memória seletiva... Foi um ídolo enquanto jogador, para mim o melhor guarda-redes que vi jogar. Mas como pessoa, vale zero, como dirigente quero-o bem longe.
 
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jorgcastro

Tribuna
19 Agosto 2016
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Por isso mesmo digo que ele sempre foi assim.

Mas 1. a partir da constituição da Sad tudo piorou, por motivos óbvios: a entrada de vários milhões de contos, que até então não existiam.

A partir de 2011, a tudo isso, acresce o 2. crescente sentimento de liberdade - para não dizer impunidade - perante os sócios, a perda de capacidades com o avançar da idade, 3. a perda de poder e força extra clube, que tiveram e têm como consequência uma 4. gestão cada vez mais desequilibrada, aflita, de curto prazo, com a falta de competência a vir cada vez mais ao de cima, e ao 5. afundar e definhar cada vez maior do clube.
Porque é que piorou?
Porque é que 2011 é um marco de mudança?
1. É pior ter uma dívida de 300 milhões ou não ter tesouraria para pagar salários?
2. Mas, alguma vez os sócios condicionaram a actuação do Presidente, quando o FCP ganha? Despediu o CAS, como despediu o VP! Antes e depois de 2011!
3. A perda de poder vem antes de 2011... vem com o apito dourado... há algum candidato putativo que olhe para esse poder extra futebol como um factor? Qual?
4. Houve algum momento (mais ou menos alargado...) em que a gestão não tenha sido desequilibrada ou de curto prazo? Tirando os momentos em que existiram influxos de dinheiro, mais ou menos, inesperados (eg, Futre e Rui Barros, FCouto, SAD, Mourinho, AVB), foi sempre assim!
5. Afundar e definhar em quê? Desportivamente, o FCP concentra todos os títulos nacionais, nas modalidades tem equipas competitivas (e muitos títulos recentes) em todas as que tem; tem boas infraestruturas (estádio que organizou a final da Champions há poucos anos, pavilhão, negócio com a sede da Praça, Constituição), sem ter um centro para a formação; tem problemas financeiros (muito) graves, que são comuns a quase todos os clubes de futebol de classe média Europeia, sem proprietários multimilionários!

Podia estar melhor financeiramente? Claro que sim!
Devia estar melhor financeiramente? Claro que sim!
Com o Pinto da Costa da década de 80, 90, 2000 ou 2010, seria expectável que estivesse melhor? Claro que não! A gestão do FCP sempre foi assim, sempre foi de excelência na componente desportiva e de acasos (tantas vezes relacionada com a parte desportiva) na componente financeira!
O melhor a que o FCP pode aspirar, no presente, é continuar este caminho de sucesso desportivo, assegurar que continuamos entre os 16 melhores da Europa, sem falhar um único ano (nesta altura, é crítico!)! Tentar conter os gastos (com ou sem FFP, é irrelevante...), mas sem perder competitividade desportiva! Assegurar que em 2024 (ou quando a SuperLiga avançar) estamos dentro e, nessa altura, com a expectável injecção de dinheiro, tentar corrigir o que for possível!
 

Calabote

Mestre e doutor em eng. de tecidos e neurociencias
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  • Fernando "Bibota" Gomes
Porque é que piorou?
Porque é que 2011 é um marco de mudança?
1. É pior ter uma dívida de 300 milhões ou não ter tesouraria para pagar salários?
2. Mas, alguma vez os sócios condicionaram a actuação do Presidente, quando o FCP ganha? Despediu o CAS, como despediu o VP! Antes e depois de 2011!
3. A perda de poder vem antes de 2011... vem com o apito dourado... há algum candidato putativo que olhe para esse poder extra futebol como um factor? Qual?
4. Houve algum momento (mais ou menos alargado...) em que a gestão não tenha sido desequilibrada ou de curto prazo? Tirando os momentos em que existiram influxos de dinheiro, mais ou menos, inesperados (eg, Futre e Rui Barros, FCouto, SAD, Mourinho, AVB), foi sempre assim!
5. Afundar e definhar em quê? Desportivamente, o FCP concentra todos os títulos nacionais, nas modalidades tem equipas competitivas (e muitos títulos recentes) em todas as que tem; tem boas infraestruturas (estádio que organizou a final da Champions há poucos anos, pavilhão, negócio com a sede da Praça, Constituição), sem ter um centro para a formação; tem problemas financeiros (muito) graves, que são comuns a quase todos os clubes de futebol de classe média Europeia, sem proprietários multimilionários!

Podia estar melhor financeiramente? Claro que sim!
Devia estar melhor financeiramente? Claro que sim!
Com o Pinto da Costa da década de 80, 90, 2000 ou 2010, seria expectável que estivesse melhor? Claro que não! A gestão do FCP sempre foi assim, sempre foi de excelência na componente desportiva e de acasos (tantas vezes relacionada com a parte desportiva) na componente financeira!
O melhor a que o FCP pode aspirar, no presente, é continuar este caminho de sucesso desportivo, assegurar que continuamos entre os 16 melhores da Europa, sem falhar um único ano (nesta altura, é crítico!)! Tentar conter os gastos (com ou sem FFP, é irrelevante...), mas sem perder competitividade desportiva! Assegurar que em 2024 (ou quando a SuperLiga avançar) estamos dentro e, nessa altura, com a expectável injecção de dinheiro, tentar corrigir o que for possível!
Não deixa de ser curioso acharem que é mais fácil "martelar" contas da SAD do que contas do clube...
 

Calabote

Mestre e doutor em eng. de tecidos e neurociencias
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  • Fernando "Bibota" Gomes
Estive a ver uma entrevista do Jorge Costa e ele diz peremptoriamente que iria voltar ao Porto num cargo onde se sentisse util
Pois, por isso disse que talvez a central fosse util.
Duvido que se ache util como roupeiro, como adjunto, diretor desportivo ou num cargo semelhante ao do Baia, p.e.
 
F

fridolfresberg

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Porque é que piorou?
Porque é que 2011 é um marco de mudança?
1. É pior ter uma dívida de 300 milhões ou não ter tesouraria para pagar salários?
2. Mas, alguma vez os sócios condicionaram a actuação do Presidente, quando o FCP ganha? Despediu o CAS, como despediu o VP! Antes e depois de 2011!
3. A perda de poder vem antes de 2011... vem com o apito dourado... há algum candidato putativo que olhe para esse poder extra futebol como um factor? Qual?
4. Houve algum momento (mais ou menos alargado...) em que a gestão não tenha sido desequilibrada ou de curto prazo? Tirando os momentos em que existiram influxos de dinheiro, mais ou menos, inesperados (eg, Futre e Rui Barros, FCouto, SAD, Mourinho, AVB), foi sempre assim!
5. Afundar e definhar em quê? Desportivamente, o FCP concentra todos os títulos nacionais, nas modalidades tem equipas competitivas (e muitos títulos recentes) em todas as que tem; tem boas infraestruturas (estádio que organizou a final da Champions há poucos anos, pavilhão, negócio com a sede da Praça, Constituição), sem ter um centro para a formação; tem problemas financeiros (muito) graves, que são comuns a quase todos os clubes de futebol de classe média Europeia, sem proprietários multimilionários!

Podia estar melhor financeiramente? Claro que sim!
Devia estar melhor financeiramente? Claro que sim!
Com o Pinto da Costa da década de 80, 90, 2000 ou 2010, seria expectável que estivesse melhor? Claro que não! A gestão do FCP sempre foi assim, sempre foi de excelência na componente desportiva e de acasos (tantas vezes relacionada com a parte desportiva) na componente financeira!
O melhor a que o FCP pode aspirar, no presente, é continuar este caminho de sucesso desportivo, assegurar que continuamos entre os 16 melhores da Europa, sem falhar um único ano (nesta altura, é crítico!)! Tentar conter os gastos (com ou sem FFP, é irrelevante...), mas sem perder competitividade desportiva! Assegurar que em 2024 (ou quando a SuperLiga avançar) estamos dentro e, nessa altura, com a expectável injecção de dinheiro, tentar corrigir o que for possível!
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Não te sabia tão defensor da direção atual e com tantas justificativas à sua gestão.

Pelos vistos, também para ti, as coisas estão mais ou menos bem e sempre foram assim.

Sinceramente, estou espantado com este teu post. Não parece teu.

Aliás, já comentaste coisas minhas em outro fórum, no passado, em que os teus pensamentos e apreciação iam num sentido bastante diferente deste teu último post.

A partir de 2011 dá-se o início do processo de definhamento económico.

De então para cá destruímos cerca de 225M. Mais de metade do valor atual do Ativo.

E é incompreensível que não o consigas vislumbrar, de tão extenso que é.

Após largos e largos anos de um certo equilíbrio entre Ativo e Passivo, e regulares RL positivos, começa o descalabro.

Passamos de uma situação que, longe de ser perfeita, era bem aceitável, para uma situação em que chegamos ao ponto de estarmos com um CP de 112M Negativos para um Ativo de 418M, o que é grave.

Pelos vistos, acharás isto normal e que sempre foi assim no passado.

Pois bem, basta olhar para os R&C e ver que em nenhuma outra altura enquanto Sad assim foi.

2005-06 CP 7M
2006-07 CP 10M
2007-08 CP 18M
2008-09 CP 23M
2009-10 CP 23M
2010-11 CP 23M
2011-12 CP -13M
2012-13 CP 8M
2013-14 CP -33M
2014-15 CP +83M » resultante da transferência de 50% do Dragão na Sad
2015-16 CP 26M
2016-17 CP -9M
2017-18 CP -38M
2018-19 CP -35M
2019-20 CP -151M
2020-21 CP-132M
2021-22 CP -112M

E antes que alguém diga que o CP não interessa, apenas referir que o CP - ou seja, a diferença entre Ativo e Passivo - tanto interessa que em 2014 foram transferidos 50% do valor do Dragão para a Sad precisamente para que as contas se tornassem mais equilibradas, passando então de um CP que começava a afundar para uma situação de alguma força e equilíbrio.

Força e equilíbrio que, entretanto, foram também já novamente destruídos.

Estamos muito piores do que antes dessa transferência.

Aliás, se fizermos uso dos restantes 50% do Dragão, continuaremos em situação negativa.

É normal?

Mais, estamos hoje bem piores do que no momento em que ficamos sob o jugo da UEFA.

Não sei bem o que mais necessário será mostrar para que alguns adeptos - que passam a vida com todo o tipo de justificações, panos quentes e ilusões para não enfrentarem a realidade e os seus responsáveis - tenham a noção da situação em que estamos e que jamais estivemos assim, pelo menos desde a constituição da Sad.

A perda de poder vem de desde que Vieira apareceu e se tornou presidente.

Não falei que começou a partir de 2011.

No entanto, agravou-se de sobremaneira na última década. Isso é claro.

E essa perda de poder resulta de vários fatores.

Perda de credibilidade com o AD, perda de qualidade económica/desportiva da Sad, menor capacidade de revolta para lá das habituais declarações incócuas contra o centralismo, maior desgaste, menor ambição, menor força, avançar inexorável da idade, etc.

Sim, definhamento desportivo.

Estivemos 4 épocas com 1 Supertaça ganha.

Com entradas e saídas de treinadores, sem qualquer lógica de gestão.

Até à chegada do treinador atual que, neste momento, o admitas ou não, é o principal ativo e suporte do clube.

O acumular da contratação de jogadores sem o perfil necessário para o clube - idade, revenda.

Contratações falhadas por interesses extra clube.

Vendas desperdiçadas por interesses extra clube.

Eu prefiro um clube bem gerido, tanto desportiva e financeiramente, em que o interesse de todos os seus movimentos seja única e exclusivamente o próprio clube, que ganhe de forma regular fruto dessa gestão e menos de um alinhamento estelar positivo neste ou naquele momento.

Um clube que não viva apenas com as calças nas mãos, movidos por interesses de curto-prazo.

Um clube como o nosso não possuir instalações próprias - extra estádio - é impensável, para não dizer uma total vergonha. Nesse aspeto, pelo menos uma década de atraso.

Para quem viu o PC dos anos 1980 e 90, que então vislumbrava já o ano 2000, é verdadeiramente surpreendente.

Não, não estamos hoje iguais ao que sempre estivemos.

Isso é falso.

E não, o presidente e direção atual - apesar da personalidade de base ser a mesma - não são os mesmos de há 40/30 anos.

O presidente de então não dormia sequer à noite a cada derrota ou insucesso que tínhamos.

O PC de então trataria de arrumar com a direção atual.

O de hoje, não perde grandes noites por causa de uma derrota ou da perca de um campeonato.

O FC porto atual está, se tanto, a 50 ou 60% do seu potencial.
 

Dexter2020

Tribuna Presidencial
21 Junho 2019
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  • André Villas-Boas
Oh Baía porque é que não vens a público falar das capas da bolha e da sua campanha execrável e difamatória contra o nosso clube, esses sim, os nossos verdadeiros inimigos?

Anda lá, homem, coragem.
 
J

jorgcastro

Tribuna
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A partir de 2011 dá-se o início do processo de definhamento económico.

De então para cá destruímos cerca de 225M. Mais de metade do valor atual do Ativo.

E é incompreensível que não o consigas vislumbrar, de tão extenso que é.

Após largos e largos anos de um certo equilíbrio entre Ativo e Passivo, e regulares RL positivos, começa o descalabro.

Passamos de uma situação que, longe de ser perfeita, era bem aceitável, para uma situação em que chegamos ao ponto de estarmos com um CP de 112M Negativos para um Ativo de 418M, o que é grave.

Pelos vistos, acharás isto normal e que sempre foi assim no passado.
Nota prévia: resumi o teu comentário, sem qualquer intenção de cortar a ideia!

Provavelmente, não terei sido suficientemente claro! O que eu questiono é esse marco de 2011, a partir do qual se dá o definhamento económico! O FCP, gerido por Pinto da Costa, sempre teve uma gestão económica, no mínimo, questionável! E, até acrescento, que tendia a viver mal com os períodos de maior desafogo, sempre, por factores exógenos à política económica!

Quando referes que a situação se deteriorou a partir de 2011, pessoalmente, acho que o primeiro ano do JL foi muitíssimo pior ou, por exemplo, o ano da saída do AH, em que se resolveu não vender ninguém! Para mim, esses anos, foram muitíssimo mais lesivos da solvabilidade económico-financeira da SAD!

Porém, ainda assim, embora originados por alterações estratégicas (erradas...) da política que vinha a ser seguida (eg, empréstimos sem opção, aumento exponencial da massa salarial, decisão de não vender activos), eu consigo encontrar no histórico de Pinto da Costa, diversas situações em que foram tomadas decisões erradas, muito lesivas da estabilidade económico-financeira do clube (na época)! Desde logo, a decisão de contratar o Rui Águas e o Dito, que exponenciou a nossa massa salarial (e, depois, a do slb...) para níveis incomportáveis, que muito limitou a nossa competitividade (financeira) na primeira metade da década de 90!

Daqui, poderemos dizer que, agora, é infinitamente pior, que o que está em causa é a própria sobrevivência do clube! Sem querer menosprezar esses receios (porque, no limite, poderá, efectivamente, ser isso que está em causa), a possibilidade de não pagar salários foi real (e concreta, acrescentaria) em alguns momentos dos últimos 40 anos!

Sem querer ser demasiado longo, finalizaria dizendo que, esta frase é verdadeira "Após largos e largos anos de um certo equilíbrio entre Ativo e Passivo, e regulares RL positivos, começa o descalabro", porém, importa perceber que se viveu, em boa parte, dos juros (sentido figurado...) da vitória de 2004 e da ausência de competição interna (anos do paulo bento), que garantiam vitórias internas e presença internacional constante! Esse domínio interno garantia a estabilidade para tomar as decisões acertadas, algo que foi sempre mais difícil, quando não havia esse domínio interno (eg, ano antes do Mourinho, com a chegada dos brasileiros em janeiro).


Estamos muito piores do que antes dessa transferência.

Aliás, se fizermos uso dos restantes 50% do Dragão, continuaremos em situação negativa.

É normal?

Mais, estamos hoje bem piores do que no momento em que ficamos sob o jugo da UEFA.
Quando eu refiro que Pinto da Costa não mudou de forma acentuada, estou longe de dizer que ele não comete erros ou que a política económica-financeira do FCP é boa e/ou saudável! Não é! Foram cometidos demasiados erros, que nos colocaram no ponto pouco saudável em que estamos hoje!

Embora, não concorde que estamos pior do que estávamos antes do FFP e até ache que ficar sob a alçada do FFP foi bom, porque impediu mais desvarios, sem daí advir grandes consequências, para além das reputacionais.


A perda de poder vem de desde que Vieira apareceu e se tornou presidente.

Não falei que começou a partir de 2011.

No entanto, agravou-se de sobremaneira na última década. Isso é claro.

E essa perda de poder resulta de vários fatores.

Perda de credibilidade com o AD, perda de qualidade económica/desportiva da Sad, menor capacidade de revolta para lá das habituais declarações incócuas contra o centralismo, maior desgaste, menor ambição, menor força, avançar inexorável da idade, etc.
Não contra-argumento contra a perda de poder! Parece-me efectiva e, provavelmente, inevitável! Porém, para mim, a única causa reside no ad e todas as consequências inerentes, que fizeram ruir a estrutura de poder que Pinto da Costa tinha! Não acredito que fosse uma estrutura dominante, mas era, suficientemente, forte, para não ser dominada! Com o vazio que o ad obrigou, naturalmente, o slb tomou conta de tudo!

No mais, discordo da perda de qualidade desportiva/económica (existem ciclos, é lógico que Taremi/Evanilson/Galeno < Hulk/Falcao/James, mas >Tarik/Lisandro/Adriano, etc, etc) e o resto parece-me mais importante para consumo interno e para agregar portistas!


Sim, definhamento desportivo.

Estivemos 4 épocas com 1 Supertaça ganha.

1. Com entradas e saídas de treinadores, sem qualquer lógica de gestão.

2. Até à chegada do treinador atual que, neste momento, o admitas ou não, é o principal ativo e suporte do clube.

3. O acumular da contratação de jogadores sem o perfil necessário para o clube - idade, revenda.

4. Contratações falhadas por interesses extra clube.

5. Vendas desperdiçadas por interesses extra clube.

Eu prefiro um clube bem gerido, tanto desportiva e financeiramente, em que o interesse de todos os seus movimentos seja única e exclusivamente o próprio clube, que ganhe de forma regular fruto dessa gestão e menos de um alinhamento estelar positivo neste ou naquele momento.

Um clube que não viva apenas com as calças nas mãos, movidos por interesses de curto-prazo.

Um clube como o nosso não possuir instalações próprias - extra estádio - é impensável, para não dizer uma total vergonha. Nesse aspeto, pelo menos uma década de atraso.

Para quem viu o PC dos anos 1980 e 90, que então vislumbrava já o ano 2000, é verdadeiramente surpreendente.

Não, não estamos hoje iguais ao que sempre estivemos.

Isso é falso.

E não, o presidente e direção atual - apesar da personalidade de base ser a mesma - não são os mesmos de há 40/30 anos.

O presidente de então não dormia sequer à noite a cada derrota ou insucesso que tínhamos.

O PC de então trataria de arrumar com a direção atual.

O de hoje, não perde grandes noites por causa de uma derrota ou da perca de um campeonato.

O FC porto atual está, se tanto, a 50 ou 60% do seu potencial.
1. FSantos, Otávio, Adriaanse, JF, Del Neri, Victor Fernandez... tudo antes de 2011...
2. substitui SC por JM... antes de 2011... substitui SC por Bobby Robson, idem...
3. Bomfim, Pitbull... N'Tsunda, Zwane, Mogrovejo, ADíaz, Walter Paz... tudo antes de 2011...
4. Pastore...
5. Alvaro Pereira...

O que é que eu pretendo dizer com isto: os erros são similares e poderíamos encontrar mais uma mão cheia deles!
No final do dia, na parte desportiva, o que ficam são os títulos e Pinto da Costa, para mim, é de excelência nesse aspecto!
Poderemos dizer que SC é o principal suporte e que, sem ele, estaríamos a caminho de mais 19 anos sem títulos! Não me parece, mas, felizmente, não há contraditório... e foi Pinto da Costa que escolheu SC! E escolheu bem...
Como dissemos durante muitos anos que Mourinho era o melhor do mundo e que ele é que salvou o clube depois de 3 anos sem ganhar...mas, uma vez mais, foi Pinto da Costa que escolheu Mourinho! E escolheu bem...
Como escolheu AVB, Bobby Robson, AO, FS, etc... como escolheu o Quinito, o Otávio, o JL ou o NES...
O que me parece é que se os bem-sucedidos são-no apesar de quem os escolhe, então os mal-sucedidos fracassaram, também, apesar de quem os escolhe...
Não me parece que assim seja! O mérito de quem sabe escolher (e falhou algumas vezes...) não ofusca o mérito de quem vence! E quem vence, não pode vencer, apesar de... tem de vencer com...


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Não te sabia tão defensor da direção atual e com tantas justificativas à sua gestão.

Pelos vistos, também para ti, as coisas estão mais ou menos bem e sempre foram assim.

Sinceramente, estou espantado com este teu post. Não parece teu.

Aliás, já comentaste coisas minhas em outro fórum, no passado, em que os teus pensamentos e apreciação iam num sentido bastante diferente deste teu último post.
Deixei para o final a minha opinião, porque me parece o menos importante deste comparativo histórico!

Desportivamente, as coisas estão bem! Não ficava triste se o FCP, todos os anos, vencesse 4 títulos nacionais!

Naturalmente, o futuro do FCP preocupa-me, até pelos anos de associado que ainda pretendo atingir e, independentemente, do meu feliz estado de contribuinte líquido para o FCP!

E não concordo com muitas das opções tomadas relativamente à política económico-financeira! Aliás, muitas delas apontadas por ti, no teu texto! Contudo, o FCP é um barco demasiado grande para mudar a trajetória de forma brusca! Não creio que fosse bom! O risco desportivo é demasiado grande, num momento em que, recordo, se aproxima a nova Champions e, quiçá a SuperLiga! A presença na nova Champions e/ou na SuperLiga terão, certamente, um impacto ainda maior para o FCP do que a presença na primeira Champions ou a vitória de 2004! E será a base para uma década de domínio do futebol português! Por isso, reforço, este não é o momento para grandes mudanças! Este é o momento para manter uma trajetória desportiva de sucesso, que nos assegure uma presença no top-16 da champions, idealmente, sem outras equipas portuguesas!

Gostava de esclarecer ainda que, quando refuto a opinião sobre a mudança de Pinto da Costa, acredito que os portistas mudaram, infinitamente mais, do que o próprio Pinto da Costa! Os mesmos portistas que assistiram ao D'Onofrio como director do futebol do clube, ao filho, com 20 e tal anos, como director do clube, ao nascimento do veiga (para se opor ao manuel barbosa), etc., até defenderem Pinto da Costa em pleno ad (que, é bom recordar, lhe chegou, também, pelas suas próprias indiscrições amorosas)! O mundo mudou muito e os portistas com ele... bem mais do que o próprio Pinto da Costa, na minha opinião!

Em resumo, eu não disponibilizo o meu voto para trocar o JL pelo Peseiro! Mas, trocava o JL pelo SC! Mas, também quero garantir que, na equipa técnica do SC, não vem o petit (ou, talvez, melhor comparado, o paulo assunção...)!
 
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Nota prévia: resumi o teu comentário, sem qualquer intenção de cortar a ideia!

Provavelmente, não terei sido suficientemente claro! O que eu questiono é esse marco de 2011, a partir do qual se dá o definhamento económico! O FCP, gerido por Pinto da Costa, sempre teve uma gestão económica, no mínimo, questionável! E, até acrescento, que tendia a viver mal com os períodos de maior desafogo, sempre, por factores exógenos à política económica!

Quando referes que a situação se deteriorou a partir de 2011, pessoalmente, acho que o primeiro ano do JL foi muitíssimo pior ou, por exemplo, o ano da saída do AH, em que se resolveu não vender ninguém! Para mim, esses anos, foram muitíssimo mais lesivos da solvabilidade económico-financeira da SAD!

Porém, ainda assim, embora originados por alterações estratégicas (erradas...) da política que vinha a ser seguida (eg, empréstimos sem opção, aumento exponencial da massa salarial, decisão de não vender activos), eu consigo encontrar no histórico de Pinto da Costa, diversas situações em que foram tomadas decisões erradas, muito lesivas da estabilidade económico-financeira do clube (na época)! Desde logo, a decisão de contratar o Rui Águas e o Dito, que exponenciou a nossa massa salarial (e, depois, a do slb...) para níveis incomportáveis, que muito limitou a nossa competitividade (financeira) na primeira metade da década de 90!

Daqui, poderemos dizer que, agora, é infinitamente pior, que o que está em causa é a própria sobrevivência do clube! Sem querer menosprezar esses receios (porque, no limite, poderá, efectivamente, ser isso que está em causa), a possibilidade de não pagar salários foi real (e concreta, acrescentaria) em alguns momentos dos últimos 40 anos!

Sem querer ser demasiado longo, finalizaria dizendo que, esta frase é verdadeira "Após largos e largos anos de um certo equilíbrio entre Ativo e Passivo, e regulares RL positivos, começa o descalabro", porém, importa perceber que se viveu, em boa parte, dos juros (sentido figurado...) da vitória de 2004 e da ausência de competição interna (anos do paulo bento), que garantiam vitórias internas e presença internacional constante! Esse domínio interno garantia a estabilidade para tomar as decisões acertadas, algo que foi sempre mais difícil, quando não havia esse domínio interno (eg, ano antes do Mourinho, com a chegada dos brasileiros em janeiro).




Quando eu refiro que Pinto da Costa não mudou de forma acentuada, estou longe de dizer que ele não comete erros ou que a política económica-financeira do FCP é boa e/ou saudável! Não é! Foram cometidos demasiados erros, que nos colocaram no ponto pouco saudável em que estamos hoje!

Embora, não concorde que estamos pior do que estávamos antes do FFP e até ache que ficar sob a alçada do FFP foi bom, porque impediu mais desvarios, sem daí advir grandes consequências, para além das reputacionais.




Não contra-argumento contra a perda de poder! Parece-me efectiva e, provavelmente, inevitável! Porém, para mim, a única causa reside no ad e todas as consequências inerentes, que fizeram ruir a estrutura de poder que Pinto da Costa tinha! Não acredito que fosse uma estrutura dominante, mas era, suficientemente, forte, para não ser dominada! Com o vazio que o ad obrigou, naturalmente, o slb tomou conta de tudo!

No mais, discordo da perda de qualidade desportiva/económica (existem ciclos, é lógico que Taremi/Evanilson/Galeno < Hulk/Falcao/James, mas >Tarik/Lisandro/Adriano, etc, etc) e o resto parece-me mais importante para consumo interno e para agregar portistas!




1. FSantos, Otávio, Adriaanse, JF, Del Neri, Victor Fernandez... tudo antes de 2011...
2. substitui SC por JM... antes de 2011... substitui SC por Bobby Robson, idem...
3. Bomfim, Pitbull... N'Tsunda, Zwane, Mogrovejo, ADíaz, Walter Paz... tudo antes de 2011...
4. Pastore...
5. Alvaro Pereira...

O que é que eu pretendo dizer com isto: os erros são similares e poderíamos encontrar mais uma mão cheia deles!
No final do dia, na parte desportiva, o que ficam são os títulos e Pinto da Costa, para mim, é de excelência nesse aspecto!
Poderemos dizer que SC é o principal suporte e que, sem ele, estaríamos a caminho de mais 19 anos sem títulos! Não me parece, mas, felizmente, não há contraditório... e foi Pinto da Costa que escolheu SC! E escolheu bem...
Como dissemos durante muitos anos que Mourinho era o melhor do mundo e que ele é que salvou o clube depois de 3 anos sem ganhar...mas, uma vez mais, foi Pinto da Costa que escolheu Mourinho! E escolheu bem...
Como escolheu AVB, Bobby Robson, AO, FS, etc... como escolheu o Quinito, o Otávio, o JL ou o NES...
O que me parece é que se os bem-sucedidos são-no apesar de quem os escolhe, então os mal-sucedidos fracassaram, também, apesar de quem os escolhe...
Não me parece que assim seja! O mérito de quem sabe escolher (e falhou algumas vezes...) não ofusca o mérito de quem vence! E quem vence, não pode vencer, apesar de... tem de vencer com...




Deixei para o final a minha opinião, porque me parece o menos importante deste comparativo histórico!

Desportivamente, as coisas estão bem! Não ficava triste se o FCP, todos os anos, vencesse 4 títulos nacionais!

Naturalmente, o futuro do FCP preocupa-me, até pelos anos de associado que ainda pretendo atingir e, independentemente, do meu feliz estado de contribuinte líquido para o FCP!

E não concordo com muitas das opções tomadas relativamente à política económico-financeira! Aliás, muitas delas apontadas por ti, no teu texto! Contudo, o FCP é um barco demasiado grande para mudar a trajetória de forma brusca! Não creio que fosse bom! O risco desportivo é demasiado grande, num momento em que, recordo, se aproxima a nova Champions e, quiçá a SuperLiga! A presença na nova Champions e/ou na SuperLiga terão, certamente, um impacto ainda maior para o FCP do que a presença na primeira Champions ou a vitória de 2004! E será a base para uma década de domínio do futebol português! Por isso, reforço, este não é o momento para grandes mudanças! Este é o momento para manter uma trajetória desportiva de sucesso, que nos assegure uma presença no top-16 da champions, idealmente, sem outras equipas portuguesas!

Gostava de esclarecer ainda que, quando refuto a opinião sobre a mudança de Pinto da Costa, acredito que os portistas mudaram, infinitamente mais, do que o próprio Pinto da Costa! Os mesmos portistas que assistiram ao D'Onofrio como director do futebol do clube, ao filho, com 20 e tal anos, como director do clube, ao nascimento do veiga (para se opor ao manuel barbosa), etc., até defenderem Pinto da Costa em pleno ad (que, é bom recordar, lhe chegou, também, pelas suas próprias indiscrições amorosas)! O mundo mudou muito e os portistas com ele... bem mais do que o próprio Pinto da Costa, na minha opinião!

Em resumo, eu não disponibilizo o meu voto para trocar o JL pelo Peseiro! Mas, trocava o JL pelo SC! Mas, também quero garantir que, na equipa técnica do SC, não vem o petit (ou, talvez, melhor comparado, o paulo assunção...)!
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2011 é o momento em que passamos, de forma regular e cada vez mais profunda, de um Ativo superior ao Passivo para um Passivo superior ao Ativo.

Não estou a dizer que algo específico aconteceu em 2011 para que tal acontecesse, mas sim que é o momento em que as contas acumuladas da Sad desde a sua constituição basculam de forma decisiva para o lado negativo.

E desde então, o que tem acontecido é um agravar substancial, apesar de uma ou outra época positiva.

Claro que em termos de custos, é a partir de 2014/15 que se dá um descontrolo absoluto.

Sim, quando pouco temos, a nossa gestão é melhor, mais eficiente, existem bem menos oportunidades para acontecerem erros.

Em temos de "vacas gordas", acontece precisamente o contrário.

Em 2011, aliado aos primeiros sintomas financeiros, dá-se também um conjunto cada vez maior de situações estranhas ou erráticas ao nível da gestão desportiva.

Tanto a nível de compras, como de vendas, como em relação à entrega dos sucessivos comandos técnicos.

"Como se existisse" uma força paralela que condiciona permanentemente todas as decisões fundamentais para os interesses do clube.

Para mim é claro, independentemente dos inúmeros erros nas décadas anteriores a esta que refiro, é a partir deste período (2011 em diante... e de forma profunda a partir de 2014...) que a gestão, a todos os níveis, dá os primeiros sinais regulares de desnorte e com profundas consequências a serem cada vez mais visíveis.

Claro que estamos piores hoje do que quando entramos no FPF.

Quando entramos, estávamos com cerca de 9M negativos de CP, ainda aceitável numa perspetiva de retoma.

Estamos hoje com 112M negativos.

Destruímos mais de 100M desde então. Destruímos os 50% do Dragão que colocamos na Sad, precisamente para equilibrar Ativo/Passivo.

Até 2011 tínhamos alguma margem para erros, desvarios, "azares", etc... Deixamos de ter, embora ainda fosse reversível...

De 2014 em diante, não só deixou de ser reversível a curto e médio prazo, como o buraco agravou-se de tal forma, tornou-se tão profundo, que tem consequências permanentes na nossa gestão financeira e desportiva atual e continuará a ter nos próximos anos, independentemente de quem seja o presidente.

Serão necessários cerca de uma década de RL constantes positivos de 10/15M para voltarmos a 2011.

Quem não vê isso e continua na sua ilusão de que sempre foi assim, está completamente fora da curva e apenas se está a enganar não o admitindo e continuando a fingir não perceber o responsável, os responsáveis.

Continuo a dizer que houve declínio desportivo a partir de 2011 e que a fase atual de vitórias tem bem mais o dedo do treinador do que da direção, ou seja, a parte estrutural não é a principal, obviamente claro, atribuindo evidentemente o mérito da sua contratação ao presidente que o escolheu.

PC sabe muito bem que, atualmente, SC é o seu "pote de ouro", a sua salvação.

Não foi à toa que estivemos 4 épocas sem ganhar o Campeonato, 8 sem ganhar a Taça de Portugal e 4 a Supertaça.

Não é à toa que não dispomos de instalações próprias dignas de um clube da nossa dimensão, isto quando sempre fomos com PC um clube adiantado face aos rivais, isto quando, por exemplo, em meados de 1980 olhávamos para os anos 2000, enquanto os rivais se preocupavam com guerras internas e com as habituais desculpas esfarrapadas para as suas derrotas.

Não é à toa que entramos em incumprimento do FPF, com a consequente vergonha associada.

Não é à toa que andamos há anos em constantes incumprimentos face às nossas dívidas para com outros, com a consequente vergonha associada.

Um presidente como PC, com tanta experiência, com tanto conhecimento de como as coisas são em Portugal, sabia muito bem que para continuarmos na senda positiva em que nos encontrávamos no passado, o FC Porto teria que estar sempre um passo à frente em relação aos rivais.

Não só perdemos toda essa vantagem que tínhamos em todas as vertentes, como nos atrasamos em vários pontos.

Isso revolta-me.

Para mais quando PC sempre foi uma espécie de "ídolo" para mim.

Para mais quando, hoje em dia, somo um clube com uma implantação social incomparavelmente superior à de meados de 1980 - talvez o triplo de adeptos - e que continuamos a não o aproveitar a sério.

O colete de forças que constantemente nos trava não provém apenas de Lisboa, deste miserável centralismo, desta miserável comunicação social.

Estamos a 50, máximo 60% das nossas capacidades.



(Em relação aos prémios da Champions e ao seu previsível aumento, de nada servirá se a gestão não for competente e unicamente a favor dos interesses do clube. Com o aumento do valor dos prémios, o custo de aquisição dos jogadores aumentará na mesma proporção, como sempre aconteceu.)
 
Última edição:

Filipe01

Tribuna Presidencial
26 Março 2012
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2011 é o momento em que passamos, de forma regular e cada vez mais profunda, de um Ativo superior ao Passivo para um Passivo superior ao Ativo.

Não estou a dizer que algo específico aconteceu em 2011 para que tal acontecesse, mas sim que é o momento em que as contas acumuladas da Sad desde a sua constituição basculam de forma decisiva para o lado negativo.

E desde então, o que tem acontecido é um agravar substancial, apesar de uma ou outra época positiva.

Claro que em termos de custos, é a partir de 2014/15 que se dá um descontrolo absoluto.

Sim, quando pouco temos, a nossa gestão é melhor, mais eficiente, existem bem menos oportunidades para acontecerem erros.

Em temos de "vacas gordas", acontece precisamente o contrário.

Em 2011, aliado aos primeiros sintomas financeiros, dá-se também um conjunto cada vez maior de situações estranhas ou erráticas ao nível da gestão desportiva.

Tanto a nível de compras, como de vendas, como em relação à entrega dos sucessivos comandos técnicos.

"Como se existisse" uma força paralela que condiciona permanentemente todas as decisões fundamentais para os interesses do clube.

Para mim é claro, independentemente dos inúmeros erros nas décadas anteriores a esta que refiro, é a partir deste período (2011 em diante... e de forma profunda a partir de 2014...) que a gestão, a todos os níveis, dá os primeiros sinais regulares de desnorte e com profundas consequências a serem cada vez mais visíveis.

Claro que estamos piores hoje do que quando entramos no FPF.

Quando entramos, estávamos com cerca de 9M negativos de CP, ainda aceitável numa perspetiva de retoma.

Estamos hoje com 112M negativos.

Destruímos mais de 100M desde então. Destruímos os 50% do Dragão que colocamos na Sad, precisamente para equilibrar Ativo/Passivo.

Até 2011 tínhamos alguma margem para erros, desvarios, "azares", etc... Deixamos de ter, embora ainda fosse reversível...

De 2014 em diante, não só deixou de ser reversível a curto e médio prazo, como o buraco agravou-se de tal forma, tornou-se tão profundo, que tem consequências permanentes na nossa gestão financeira e desportiva atual e continuará a ter nos próximos anos, independentemente de quem seja o presidente.

Serão necessários cerca de uma década de RL constantes positivos de 10/15M para voltarmos a 2011.

Quem não vê isso e continua na sua ilusão de que sempre foi assim, está completamente fora da curva e apenas se está a enganar não o admitindo e continuando a fingir não perceber o responsável, os responsáveis.

Continuo a dizer que houve declínio desportivo a partir de 2011 e que a fase atual de vitórias tem bem mais o dedo do treinador do que da direção, ou seja, a parte estrutural não é a principal, obviamente claro, atribuindo evidentemente o mérito da sua contratação ao presidente que o escolheu.

PC sabe muito bem que, atualmente, SC é o seu "pote de ouro", a sua salvação.

Não foi à toa que estivemos 4 épocas sem ganhar o Campeonato, 8 sem ganhar a Taça de Portugal e 4 a Supertaça.

Não é à toa que não dispomos de instalações próprias dignas de um clube da nossa dimensão, isto quando sempre fomos com PC um clube adiantado face aos rivais, isto quando, por exemplo, em meados de 1980 olhávamos para os anos 2000, enquanto os rivais se preocupavam com guerras internas e com as habituais desculpas esfarrapadas para as suas derrotas.

Não é à toa que entramos em incumprimento do FPF, com a consequente vergonha associada.

Não é à toa que andamos há anos em constantes incumprimentos face às nossas dívidas para com outros, com a consequente vergonha associada.

Um presidente como PC, com tanta experiência, com tanto conhecimento de como as coisas são em Portugal, sabia muito bem que para continuarmos na senda positiva em que nos encontrávamos no passado, o FC Porto teria que estar sempre um passo à frente em relação aos rivais.

Não só perdemos toda essa vantagem que tínhamos em todas as vertentes, como nos atrasamos em vários pontos.

Isso revolta-me.

Para mais quando PC sempre foi uma espécie de "ídolo" para mim.

Para mais quando, hoje em dia, somo um clube com uma implantação social incomparavelmente superior à de meados de 1980 - talvez o triplo de adeptos - e que continuamos a não o aproveitar a sério.

O colete de forças que constantemente nos trava não provém apenas de Lisboa, deste miserável centralismo, desta miserável comunicação social.

Estamos a 50, máximo 60% das nossas capacidades.



(Em relação aos prémios da Champions e ao seu previsível aumento, de nada servirá se a gestão não for competente e unicamente a favor dos interesses do clube. Com o aumento do valor dos prémios, o custo de aquisição dos jogadores aumentará na mesma proporção, como sempre aconteceu.)
Excelente comentário, só realço o ponto que durante muito tempo conseguimos minimizar/conter os problemas financeiros na qualidade da equipa.

Tal não acontece agora onde é evidente a perda de qualidade da equipa nos últimos anos - este ano, nem um médio que notoriamente falta se conseguiu contratar e porquê? Não há dinheiro!!

E esta perda de qualidade têm-se acentuado e nada que foi ou está a ser feito por esta Direcção nos indica que vão conseguir inverter esta perda de qualidade nos próximos anos.

Complementarmente, analisemos o contexto: aumento significativo dos juros e uns vermelhos que, apesar de tudo, estão a conseguir fazer muito boas vendas. Logo a nossa perda de competitividade corre um sério risco de se degradar ainda de uma forma mais acelerada.

Andar a sonhar na Superliga Europeia é um sonho, neste momento, porque o clube FCP corre sérios riscos de conseguir cumprir com as suas obrigações financeiras.

Uma nota, final, então de ficamos fora da LC (o que já aconteceu) é o descalabro.
 
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