Isto é inadmissível. Acredito piamente que hajam excelentes pessoas nos Super Dragões, mas a organização, personificada em muitos dos seus elementos, já ultrapassou todos os limites possíveis. Agressões, ameaças, assassinatos, vendas de bilhetes, perseguições... têm feito muito mal ao clube, tanto numa lógica patrimonial como imaterial.
Honestamente, colocando numa balança o que de bom e mau trouxeram, e efetivamente já trouxeram coisas muito bonitas, o mau neste momento pesa mais. Muito mais.
Não tivemos medo de ficar sem Pinto da Costa, que é o maior nome da nossa história. Iríamos ter medo de ficar sem os Super Dragões? Medo nenhum. Somos um clube orgânico. Se estes desaparecem outras possibilidades surgirão no horizonte, quiçá também com os "bons" que lá têm e que realmente amam o clube, porque os há.
Quanto ao ambiente, também nós, adeptos, deixamos que os Super Dragões "tomassem conta" das hostes. Os cânticos são interessantes, mas o que galvaniza mesmo a nossa equipa, o que torna o ambiente infernal para árbitros e adversários, são as reações em massa dos adeptos. Não me lixem. Não é o "slb fdp" nem o "Pinto da Costa allez".
Vejam uns momentos deste jogo. Coloquem, por exemplo, do minuto 10:10 ao 10:20. Era um estádio inteiro em cima daqueles gajos. Até dá vontade de entrar lá para dentro. Éramos gladiadores dentro e fora das 4 linhas.
Essa garra, essa fome, esse desejo que vinha da bancada era super contagiante. No Dragão também já tivemos momentos assim. Lembro-me de um "bruá", na eliminatória da Liga dos Campeões com o Manchester United, quando o Pedro Mendes vem atrás pegar no jogo e começa a galgar terreno - ainda estávamos em desvantagem -, em que pensei: "nós vamos amassar estes gajos". E amassámos mesmo.
Em relação às modalidades são ainda mais irrelevantes. O Américo de Sá até soltava labaredas. Lembro de ir lá em miúdo com o meu pai e o ambiente era qualquer coisa de estonteante.
Os Super Dragões, nos moldes em que existem atualmente, com a forma como ferem o clube, não fazem falta nenhuma.