Yap, o pessoal já se esqueceu daquelas longas noites de inverno em que só se ouvia o trompete do senhor Lourenço.Isso é cultural. Sempre foi assim.
Yap, o pessoal já se esqueceu daquelas longas noites de inverno em que só se ouvia o trompete do senhor Lourenço.Isso é cultural. Sempre foi assim.
No jogo da taça da cerveja, vão ter mais uma oportunidade para provar que as claques não fazem falta no estádio.sim, o nosso estádio está cada vez mais silencioso, sem esses ainda vai ficar pior, vai ser como ir a missa, menos quando estivermos a jogar mal que vai dar para assobiar
Que saudades.Yap, o pessoal já se esqueceu daquelas longas noites de inverno em que só se ouvia o trompete do senhor Lourenço.
Mas voltando aqui. Não sei se o futuro vai passar por esse grupo em especifico mas espero que o futuro passe por vários pequenos núcleos, um bocado à imagem do Marselha, que se vão juntando na bancada de forma não organizada. Prefiro isso à forma como os SD estavam a ser nos últimos tempos que mais parecia um grupo de animadores a seguir um guião.Acho que além disso também me parece que ninguém tem mão naquilo. Ou há uma mudança drástica, que não me parece, ou o futuro vai passar por aquele grupo dissidente que está na esquina da bancada sul.
Só os Dragões Azuis é que apoiavam, o resto do estádio estava todo calado.Yap, o pessoal já se esqueceu daquelas longas noites de inverno em que só se ouvia o trompete do senhor Lourenço.
Saudades do Grande Senhor Lourenço.Yap, o pessoal já se esqueceu daquelas longas noites de inverno em que só se ouvia o trompete do senhor Lourenço.
Nos últimos tempos toca o seu trompete no PA do estádio no inicio das segundas partes.Saudades do Grande Senhor Lourenço.
Acho lindo quando colocam o som no início das segundas partes, foi uma ideia excelente. Traz muitas memórias...Nos últimos tempos toca o seu trompete no PA do estádio no inicio das segundas partes.
Saudades desses temposSó os Dragões Azuis é que apoiavam, o resto do estádio estava todo calado.
Chama-lhe novos preços...o pessoal se tem €€ para ir gastar no carocho da esquina, então também tem para pagar mais pelo bilhete da bola.Resumindo, os SD era só fachada.
Uma claque que enchia a superior norte passou a ter a dimensão dos Colectivo quando lhes disseram que agora era a pagar.
Eu entendo que haja muita gente que deixou de ir ver jogos porque com os novos preços é-lhes impossível pagar. E tenho pena que assim seja porque além de fazerem falta é sinal que não vivem em grande desafogo financeiro.
Mas quem os ouvia há uns tempos...
Quantas vezes os vi a porem-se em bicos de pés porque nunca faltavam a um jogo e eram mais portistas do que os outros porque iam ao Algarve a uma segunda feira de chuva!
De borla? Também eu, companheiro!
Ainda me lembro a primeira vez que fui às Antas, uma miúdo sem consciência de nada ainda, e só perguntava ao meu pai quem é que estava a tocar a trompete até que ele já cansado de me ouvir me disse uma coisa que me ficou para sempre... "Somos todos nós, adeptos do Porto"Saudades desses tempos
Saudades das AntasAinda me lembro a primeira vez que fui às Antas, uma miúdo sem consciência de nada ainda, e só perguntava ao meu pai quem é que estava a tocar a trompete até que ele já cansado de me ouvir me disse uma coisa que me ficou para sempre... "Somos todos nós, adeptos do Porto"
Raramente vi o meu pai emocionado ao longo da vida, as poucas vezes que vi ou foram nas Antas ou com feitos do nosso clube.
Quem me dera voltar atrás no tempo.
Também foi com o meu pai que comecei a ir ao estádio das Antas.Ainda me lembro a primeira vez que fui às Antas, uma miúdo sem consciência de nada ainda, e só perguntava ao meu pai quem é que estava a tocar a trompete até que ele já cansado de me ouvir me disse uma coisa que me ficou para sempre... "Somos todos nós, adeptos do Porto"
Raramente vi o meu pai emocionado ao longo da vida, as poucas vezes que vi ou foram nas Antas ou com feitos do nosso clube.
Quem me dera voltar atrás no tempo.
Que histórias incríveis. Eu por ser consideravelmente mais novo não passei por muitas dessas peripécias. És um sortudo.Também foi com o meu pai que comecei a ir ao estádio das Antas.
Em dia de jogo, o meu pai ia de manhã para as Antas, de carro, e estacionava quase à porta do estádio.
Voltava para casa de autocarro. Também era de autocarro que íamos para o jogo à tarde - o autocarro 78, daqueles de dois andares. No fim do jogo, o carro estava à porta.
Só anos depois é que percebi que fazia isso porque no fim do jogo eu ia estar muito cansado e ele queria que eu tivesse o carro à porta.
Para entrar no estádio, ele pegava-me ao colo e passava-me por cima dos torniquetes, como fazia toda a gente.
Tenho uma ideia muito vaga do golo do Ademir, no ano (1978) em que quebrámos 19 anos de jejum, mas lembro-me bem do FC Porto - Barreirense do ano seguinte (1979), o jogo do bicampeonato. Lembro-me de estar lá, mas não vi um minuto do jogo, era tão pequeno que não via nada.
" - Ó pai, foi golo?"
Também me lembro do último jogo que vi com o meu pai. Final da Taça de Portugal de 1983.
Foi já no tempo do Pinto da Costa. Grande polémica porque a Final desse ano ia ser no Estádio das Antas. Mas a Final acabou por ser FC Porto - Benfica. O Benfica recusou-se a jogar no Porto, Pinto da Costa recusou outra localização. O jogo só se realizou em Agosto e acabou por ser nas Antas. Infelizmente, perdemos com um golo do Carlos Manuel.
O meu pai disse-me que não íamos, porque os bilhetes eram muito caros - os mais baratos custavam 750 escudos no pião, mesmo ao nível do relvado. Eram muito caros - 750 escudos eram quase 4 euros!
Devo tê-lo chateado muito, porque acabámos por ir. Mas como perdemos ele ficou furioso e disse que nunca mais ia ao futebol. E nunca mais foi.
Sortudo é o @Devenish que já está reformado. A mim, ainda me faltam 13 anos.Que histórias incríveis. Eu por ser consideravelmente mais novo não passei por muitas dessas peripécias. És um sortudo.
Mas eu reformei-me com 55 anos cedo demais mas era assim aonde trabalhava.Sortudo é o @Devenish que já está reformado. A mim, ainda me faltam 13 anos.
Uma grande fatia saiu por birra ou porque não está disposta a pagar o justo. Mas também não duvido que para alguns se tenha tornado mais difícil.Chama-lhe novos preços...o pessoal se tem €€ para ir gastar no carocho da esquina, então também tem para pagar mais pelo bilhete da bola.
Parece-me é que os que faltam na bancada são os "Ultras Madureira".
Eu pertencia ao núcleo das Antas dos Dragões AzuisTambém foi com o meu pai que comecei a ir ao estádio das Antas.
Em dia de jogo, o meu pai ia de manhã para as Antas, de carro, e estacionava quase à porta do estádio.
Voltava para casa de autocarro. Também era de autocarro que íamos para o jogo à tarde - o autocarro 78, daqueles de dois andares. No fim do jogo, o carro estava à porta.
Só anos depois é que percebi que fazia isso porque no fim do jogo eu ia estar muito cansado e ele queria que eu tivesse o carro à porta.
Para entrar no estádio, ele pegava-me ao colo e passava-me por cima dos torniquetes, como fazia toda a gente.
Tenho uma ideia muito vaga do golo do Ademir, no ano (1978) em que quebrámos 19 anos de jejum, mas lembro-me bem do FC Porto - Barreirense do ano seguinte (1979), o jogo do bicampeonato. Lembro-me de estar lá, mas não vi um minuto do jogo, era tão pequeno que não via nada.
" - Ó pai, foi golo?"
Também me lembro do último jogo que vi com o meu pai. Final da Taça de Portugal de 1983.
Foi já no tempo do Pinto da Costa. Grande polémica porque a Final desse ano ia ser no Estádio das Antas. Mas a Final acabou por ser FC Porto - Benfica. O Benfica recusou-se a jogar no Porto, Pinto da Costa recusou outra localização. O jogo só se realizou em Agosto e acabou por ser nas Antas. Infelizmente, perdemos com um golo do Carlos Manuel.
O meu pai disse-me que não íamos, porque os bilhetes eram muito caros - os mais baratos custavam 750 escudos no pião, mesmo ao nível do relvado. Eram muito caros - 750 escudos eram quase 4 euros!
Devo tê-lo chateado muito, porque acabámos por ir. Mas como perdemos ele ficou furioso e disse que nunca mais ia ao futebol. E nunca mais foi.
Passei a ir sozinho, já tinha 13 anos, e entretanto entrei nos Dragões Azuis.
Lembro -me de uma última vez que me levou às Antas. Um dia da semana pela manhã em Abril de 1986. A minha avó estava a morrer lá em casa e, para eu não passar por aquilo, foi-me lá deixar, com dinheiro para almoçar no complexo das piscinas do Estádio das Antas. Antes, vi o treino da equipa, estive com o Futre e com o Madjer. O Artur Jorge foi o último a sair, já só estava eu, passou por mim e, distinto e distante, disse-me bom dia. À tarde, vagueei por todo o complexo sem nada a acontecer. Nada nem ninguém durante horas.
O meu pai foi buscar-me ao fim da tarde
- Ó pai, a vovó?
- Está a descansar, Mike.
Só mais tarde soube que ela já tinha morrido quando o meu pai me foi levar às Antas.
Durante largos anos, foi o dia mais triste da minha vida.