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SÉRGIO CONCEIÇÃO: NADA ESTÁ PERDIDO
Apesar da derrota (1-3), o técnico portista viu um jogo muito equilibrado
Não correu de feição ao FC Porto o jogo de estreia na edição de 2017/18 da Liga dos Campeões, uma vez que os Dragões acabaram derrotados pelos turcos do Besiktas, por 3-1?. No rescaldo da partida, Sérgio Conceição admitiu que a má entrada dos Dragões acabou por condicionar o resto do jogo, uma vez que o golo inaugural dos turcos obrigou os portistas a correr sempre atrás do prejuízo. O técnico elogiou a entrega e a determinação dos seus jogadores a chamou e si a responsabilidade da derrota. A fechar, agradeceu ainda o apoio dos adeptos, que apesar do resultado nunca deixaram de apoiar os jogadores e a equipa.
A abordagem ao jogo
É verdade que encontrámos uma equipa experiente e com qualidade individual, mas não nos podemos refugiar nisso, porque também temos uma equipa capaz, com qualidade. Penso que entrámos mal no jogo, mas aqui o treinador sou eu e assumo essa responsabilidade. Faltou-nos agressividade na primeira fase de construção de jogo do Besiktas. Eles jogaram muito à vontade e conseguiam variar o jogo muito facilmente e isso começou a criar dificuldades à nossa equipa. Eles marcaram o primeiro golo, nós reagimos bem, fizemos o empate e depois disso tivemos oportunidade de fazer o 2-1, o que tornaria tudo muito diferente. Entrámos na segunda parte modificando uma ou outra situação, encostámos o Besiktas e depois na parte final aconteceu o terceiro golo deles, que matou o jogo. Tinha que mudar alguma coisa: o Tiquinho [Soares] estava-me a pedir substituição e tive que o manter porque me faltou uma ou outra solução. Mas isso também não é desculpa. Era com estes que ia para a luta e assim foi. Nada está perdido, pois o Leipzig e Mónaco empataram e está tudo em aberto.
As mexidas no meio-campo
Tudo depende da dinâmica da equipa. Depende do que é o nosso processo defensivo. Os jogadores sabem o que têm que fazer para esse equilíbrio existir e não haver inferioridade numérica. Na primeira parte tentei meter o Brahimi mais pelo corredor central porque senti que havia alguma facilidade do Besiktas em jogar. Senti que um meio-campo mais povoado poderia ser benéfico e foi também por aí que mudei na segunda parte.
O primeiro jogo europeu
Não houve choque de realidade. Tivemos inúmeras oportunidades. As suficientes para quando o jogo estava empatado termos podido ir para a frente do resultado. Um golo muda em termos emocionais o que é a equipa e sobre os jogadores não há nada a dizer. Se há culpa de alguém é minha, porque a abordagem estratégica para este jogo não foi a melhor, porque se fosse teríamos ganho. Quando não se ganha a estratégia nunca é boa.
O melhor momento do jogo
O início da segunda parte foi muito bom e a reação ao golo também foi boa. Sem dúvida que em termos de consistência gostei mais do que fizemos no início da segunda parte.
O apoio dos adeptos
As pessoas sabem e nós não temos segredos. Sabem que nós trabalhamos com determinação e com ambição. Nós não somos imbatíveis. Há jogos que podem ser menos conseguidos, mas uma coisa é certa: houve atitude e a equipa procurou sempre o melhor.