«(Tiquinho Soares) Chegou ao Nacional pela mão do Patacas, que me chamou um dia todo entusiasmado: Ó profe, venha cá ver um gajo que eu tenho aqui. Fui lá a um campito que tínhamos no Nacional, vi algumas coisas que gostei e perguntei-lhe: e dá para vir? E ele: claro, dois trocos e resolve-se isso. Põe-se aqui o miúdo em janeiro e depois no final logo se vê. Veio por empréstimo, por um valor irrisório. Mas ele estava grosso. Uns corriam para a frente, ele corria para trás. Jogava aquele futebol lá dos Estaduais do Brasil. Só que era de uma humildade, uma força física e, claro, a bola não o incomodava. Estávamos a apostar num jogador que se vendeu muito bem no final da época que foi o Lucas João. E, por isso, o Tiquinho foi entrando uns bocados. A aposta era o Lucas. No segundo ano, o Lucas saiu e ficou espaço para o Soares. Fez-se um novo empréstimo. A gestão não foi a melhor. Devia-se ter comprado. Porque o jogador disparou e depois o Vitória comprou-o. Em seis meses rentabilizaram de forma exponencial o investimento feito.» - Manuel Machado