Os golos de livre direto são cada vez mais raros, não é só no FC Porto, é no futebol mundial. Os especialistas em livres atualmente no futebol mundial contam-se pelos dedos. São raríssimos golos de livre direto.
Depende muito mais dos jogadores do que dos treinadores. É uma questão de prática, de ficar horas e horas a treinar. Hoje também há incentivos para os jogadores não passarem muito tempo a treinar fora de horas e a repetir movimentos até à exaustão para evitar lesões, é tudo muito mais controlado. Até porque os calendários são mais densos que antigamente.
Nos primeiros anos de Conceição eramos das equipas da europa que mais golos marcava a partir de bola parada e depois passamos a praticamente não marcar golos a partir de situações de bola parada. Há uma parte que é responsabilidade dos treinadores, mas a maior fatia de responsabilidade é dos jogadores, se não há especialistas, jogadores que batem bem livres e cantos, e bons cabeceadores, é evidente que a tarefa fica muito mais complicada. Nós tínhamos Alex Telles a bater livres e cantos e na área tínhamos muitas vezes ao mesmo tempo jogadores como o Danilo, o Felipe, o TIquinho, o próprio Militão, que eram muito fortes no jogo aéreo. Agora só temos o Marcano. O Pepe nunca marcou muitos golos, e os nenhum dos nossos avançados é forte no jogo aéreo.
Se pensar em verdadeiros especialistas em livres no futebol mundial, assim de repente só me lembro de Messi, Ward-Prowse e mais ninguém. Antigamente havia Juninho Pernambucano, Roberto Carlos, Beckham, Del Piero, Ronaldinho, Marcelinho Carioca, Rivaldo, Recoba, Miahjlovic, etc., tudo na mesma era.