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"FRONTALIDADE E HONESTIDADE NO BALNEÁRIO"
Sérgio Conceição revela um dos grandes segredos para a conquista do título nacional
Sérgio Conceição fez neste sábado a antevisão do Belenenses-FC Porto, jogo agendado para as 18h30 de domingo, no Estádio do Jamor. Os dragões venceram o Desportivo de Chaves na primeira jornada da Liga NOS 2018/19 (5-0) e viajam para Lisboa com o firme objetivo de manter a liderança na prova.
Um adversário competente
Sabemos que vai ser um jogo difícil, é historicamente difícil. Não será disputado no Restelo, mas sim no Jamor, contra uma equipa que entrou bem no campeonato, uma equipa positiva, com uma dinâmica interessante. Acho que é uma equipa competente. Temos de saber superar as dificuldades porque muitas vezes o jogo depende daquilo que nós fazemos. Estamos preparados. Preparámos o jogo da melhor forma para chegar ao Jamor e conquistar os três pontos.
Sobre o regresso de Marega
Depende se o Marega treinar, se o Marega estiver envolvido, se o Marega estiver comprometido. Não quero falar mais disso, depois do que disse à margem do jogo com o Desportivo de Chaves.
Sem adiantar o onze
Nunca anunciei um onze na véspera, quando fiz uma referência a um ou outro jogador foi por algo de especial. No último jogo tivemos muitas coisas boas e provavelmente muitos dos intervenientes desse jogo vão estar em campo, mas não irei adiantar mais que isso.
Adversário sem condicionalismos
Os jogadores do Belenenses estão focados naquilo que é o jogo, não vejo que estejam de certa forma condicionados por haver essa guerra entre clube e SAD. Penso que não será uma vantagem acrescida para os adversários. Claro que se calhar a equipa técnica do Belenenses preferia jogar no Restelo e não no Jamor, mas quando a bola começa a rolar isso não interessa para nada.
O jogo no Restelo da época passada
Não gosto de pegar em situações negativas para as transformar em positivas. Prefiro não as ter. Mas é verdade que no ano passado, aquilo que se passou depois do jogo foi mais importante que o próprio jogo, pois fizemos um jogo fraco. Mas aquilo que se passou depois do jogo foi muito importante para nos dar uma vitamina e fazermos a reta final de acordo com aquilo que eram as nossas perspetivas e ganhar o campeonato.
Não é momento para falar do mercado
Falei do mercado quando tive de falar, quando achei que tinha de falar. Conhecem a minha postura, não sou padre, sou direto, com isso não quer dizer que não esteja em sintonia com a minha direção, o meu presidente. Quando tive de falar, foi num período de pré-competição oficial. A partir do momento em que fomos para a disputa da Supertaça, não falei mais de mercado. O mercado para mim fica à porta do Olival. Concentro-me nos jogadores que tenho à disposição, esses para mim são os melhores jogadores do mundo para preparar cada jogo como se fosse uma final e para ganharmos.
Sobre o processo a Brahimi
No ano passado havia histórias e a novela das denúncias anónimas e por aí fora, este ano está-se a pegar nos jogadores individualmente. O Herrera levou três ou quatro pontos contra o Aves, foi agredido pelo adversário, e não vi ninguém a falar desse lance. Vejo sim papagear, vejo os dirigentes na tentativa de desestabilizar, de criar guerrilhas. Gostava que o campeonato fosse o campeonato dos adeptos, dos comentadores que falam de futebol, e que criticassem os treinadores pelas opções, pelas substituições, pela estratégia de jogo. Queria muito que isso acontecesse. De cada vez que ligamos a televisão, vemos certas e determinadas coisas que não fazem nada bem ao futebol. Ao contrário do que dizem, a forma mexida e apaixonada como estou no banco faz bem ao futebol. Estou a ver que este ano vamos pelo mesmo caminho e o que quero dizer é que o jogo é bonito, o jogo é apaixonante, o futebol move tanta gente, dá de comer e de beber a tanta gente que devia ter mais respeito pelo futebol
Felipe na seleção do Brasil
Fiquei muito contente por isso. É a vitória dos colegas dele, da equipa técnica, e a vitória de um jogador que acreditou que era possível chegar à seleção. Os bons jogadores são esses, os que conseguem evoluir sempre, e o Felipe surpreende-me por isso. Ter um jogador na seleção brasileira é muito prestigiante.
Jogadores totalmente comprometidos
Todos os jogadores estão muito comprometidos, muitos envolvidos. Viram o caso do Marcano no ano passado, acabou por sair mas foi um profissional fantástico e foi uma peça chave na conquista do campeonato. O Diego Reyes também. Neste clube, pelo menos comigo, do que é a minha realidade, não tenho um jogador que tenha estado menos envolvido ou menos comprometido por situações vindas de fora. Acho que um dos grandes segredos para o FC Porto ganhar o título foi a frontalidade, a honestidade que sempre existiu dentro do nosso balneário. Foi a nossa grande força. Este ano está exatamente igual e quem não pensar dessa forma não tem espaço no nosso balneário.