Treinador de Bancada disse:
E a gestão do caso Marega?
Foi perfeita. Um jogador que vive do arranque e da dimensão física teve uma lesão prolongada mas no jogo mais importante da época jogou 90 minutos sem poupanças.
O nosso principal rival perdeu o seu melhor jogador no jogo do título com uma lesão que não se percebe bem qual é.
Um jogador como o Marega rompe. Fica 1 mês no estaleiro e queriam que fizesse 180 minutos em 3 dias em 2 jogos de intensidade máxima?
Tenho a convicção que a ideia do SC era meter o Marega em campo. Calhou da lesão do Oliver anteceder o 1-0 e parece-me natural que naquele contexto não tenha escolhido o Marega pelo Oliver.
Isso seria aceitar jogar os últimos 10 minutos numa base de jogo partido que é tudo o que interessa a quem está por baixo.
Treinador de Bancada disse:
E o ocaso de Ricardo Pereira como extremo?
Ofensivamente não deu grande coisa mas aquele flanco direito (Maxi, Ricardo e Otávio) aniquilou o lado esquerdo do Sporting.
Enquanto foi Coentrão + Acuna eles não tiveram sequer 1 cm de espaço para cruzar para o Dost.
Só quando o JJ tira o Coentrão é que, inexplicavelmente, ficamos perdidos nas marcações e o Acuna passa a ter todo o espaço para meter a bola na nossa área.
O Ricardo fez um grande jogo na pressão e no equilíbrio defensivo da equipa. Num cenário em que nenhum extremo rende ofensivamente, ter alguém que ajuda o bloco do Porto a mandar não é um mau negócio.
Treinador de Bancada disse:
E a gestão de Oliver que fez com que fisicamente não tenha rotação para aguentar 90 minutos perante uma equipa que tem jogado de 3 em 3 dias nos últimos 2 meses?
O Oliver fez um jogo enorme naquilo que não costuma ser um ponto forte.
Ele é bom na escolha de espaços de pressão. É inteligente, sabe pressionar e tem a cultura tiki taka de pressão alta.
Essa qualidade não me surpreendeu. Nem essa nem a capacidade de dar linhas de passe aquando do Porto em construção. Se eu fosse jogador gostaria de ter Oliver na minha equipa porque sei que haveria alguém preocupado em me dar uma linha quando tivesse à rasca com bola.
O que me surpreendeu foi a capacidade de ser 6/8. De ficar e compensar as subidas do Herrera.
O que me surpreendeu foi a quantidade de duelos que ganhou no pé de ferro.
Pela negativa, não foi tão competente naquilo que tem de melhor. Qualidade e escolha de passe médio e longo.
Se há 6 meses me dissessem que o Porto ia dominar um jogo em Alvalade com um trio de médios constituído por Herrera, Oliver o Otávio não acreditava.
Ele ter dado o peido (como o Otávio terá dado) perto do fim do jogo não é tão surpreendente se pensarmos que este perfil de jogadores andou 3/4 do tempo a lavrar à Arturo Vidal.
Os tarecos do Benfica só duraram meia parte com um ritmo menos forte.
Treinador de Bancada disse:
E a gestão do Goncalo Paciência perante um Aboubakar em modo Kaviedes?
Hoje, tens razão.
Ontem poucos seriam os que preferiam ter Gonçalo em campo do que Aboubakar.
A exibição foi de tal forma má que até avançados piores do que ele (Gonçalo ou Waris) têm que o ultrapassar na fila para o jogo de Setubal.
Treinador de Bancada disse:
E o Paulinho que só joga em cenários de red alert, e que tem sido ostracizado na gestão de minutos?
O Paulinho deve ser o melhor jogador do FCP no último passe mas a nivel defensivo é pouco melhor que um Quintero.
Se pensarmos no modelo do SC e na estranha intocabilidade do Brahimi fica dificil pensar num Porto equilibrado com Brahimi + Paulinho + 2 avançados.
Num 4-2-4 tens que ter Otávio ou Corona ou Ricardo a ajudar o 2 do meio.