Não é difícil de perceber que a nossa relação com o Sérgio é uma história de amor.
Só que as histórias de amor são vividas de cada maneira, por cada qual. Uns são obcecados, qualquer coisa que o nosso amor faça é lindo, maravilhoso, sem defeitos e sem contestação; outros há que são mais ponderados em que cada coisa que o nosso amor faz é bonita mas, de quando em vez, reviramos os olhos porque a cantiga que nos canta já nos aborrece um bocado e pedimos outra música, com outro ritmo. Menos mal, este sabe elogiar quando acorda e vê o amor bonito; e depois há os que amam da pior maneira possível (ainda pior que os obcecados) em que cada coisa que o nosso amor faz é feio, pensamos sempre que arranjamos muito melhor e que estamos ali para passar o tempo até aparecer coisa melhor, que às vezes nem aparece.
Dos três o ponderado seria aquele que todos julgaríamos ser o mais correcto, e em principio será. Num mundo como o futebol, em que a racionalidade é um parente pobre, nem sei se assim será. Contra mim falo, já disse algumas vezes que acho que o seu ciclo acabou no Porto. Mas hoje custa-me dizer isso, treme-me o lábio. Afinal de contas, quem junta as tropas desta maneira, quem põe os jogadores a chorar em forma de abraço e quem vence assim? E agora, para onde foi a racionalidade do ponderado? Nestes dias não a há, nem tem que haver.
Sei lá se quero que vás embora, sei lá... Hoje não, amanhã não sei. Mas sei que ganhaste como ninguém, que todos os agradecimentos que te possam enviar são poucos e que, de todas as maneira de se viver o amor, temos todos em comum que és um de nós. E sempre serás.
Obrigado mister. Não sei se quero que vá ou não, hoje não sei. Afinal é amor e amor nunca se quer largar.
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P.S: Mantenho a foto de perfil. Ontem faltava um ponto, agora falta um troféu!