O negócio não é grande espingarda, recorrendo a um eufemismo reles, porém
há algo de redundante na sua crítica. O problema reside na gestão efectuada nos últimos anos e porventura numa estratégia comercial e administrativa entretanto obsoleta e que justifica certos reparos. Com a corda na garganta, nada resta senão a resignação à urgência do imediato. Os sócios foram esclarecedores na sua vontade: desejam que os problemas criados pela administração sejam por ela resolvidos. A partir daí não há grande coisa a fazer, além de vigiarmos atentamente os próximos actos de gestão, sabendo que teremos de aceitar algumas opções dolorosas.
Teremos de fazer o melhor possível a partir de uma posição negocial pouco feliz. Nos tempos que correm, Ricardo valeria mais, muito mais, contundo encontrava-se a um ano do fim do contrato, as dificuldades económicas do clube são conhecidas pelos agentes do mercado, há uma urgência real em atingir determinadas metas, e estamos a vender jogadores para Leicesters e Wolverhamptons
Sobre as renovações de contratos, importa saber se o clube está em condições de fazê-las, ou se a situação é tão aflitiva que impossibilita o pagamento de prémios de renovação e aumentos salariais.
Ricardo foi um dos jogadores mais consistentes deste Porto. Realizou uma temporada muito boa, de acordo com a sua qualidade. Haverá Dalot para a sua posição, cujo talento é enorme, porém devemos refrear as expectativas ninguém consegue prever o futuro por artes mágicas. Que tudo lhe corra bem em Inglaterra e consiga chegar a um dos grandes clubes em pouco tempo.