DrGero disse:
Esse foi o argumento base em Janeiro de 2016 quando o tiki taka entre os defesas e segurança defensiva do Lopetegui foram substituídos por um "jogar à equipa grande" + "o Porto conseguir virar resultados" + "criar oportunidades de golo acima de tudo".
A melhor defesa do campeonato foi subestimada e?
Passamos a jogar ao ataque e a perder com Tondelas e Aroucas em barda.
Não precisamos de ir mais longe. Porto 2016/17 de NES.
Processo ofensivo? Miserável. Metade da época jogamos à Salgueiros de Mario Reis com o André Silva a fazer de Nandinho.
Segurança defensiva? Muito boa à custa de risco zero na construção e no bico para a frente como modo de vida.
Apenas a defender bem e a atacar miseravelmente cheiramos o título.
O contrário é impossível.
Mas isso são argumentos para invalidar que o Rúben pode ser titular?
É que isso tudo aconteceu com o Danilo na posição 6.. O que falhou no nas útlimas 2 épocas, foi, primeiro o meio campo à frente do Danilo e com o NES, todo um sistema de jogo inexistente..
Para além disso, em todos os jogos em que o Danilo jogou um bocado mais à frente ao lado de outro, que até chegou a ser o Óliver, perdemos muito porque o Danilo não é um box-to-box, mas um médio defensivo por excelência.. O processo ofensivo que não viva do pontapé para a frente, necessita de um início de construção mais criterioso, que muitas vezes eu falei em ser no Óliver, mas este ando andou entre o Herrera e o Danilo, que em termos de passe longo, são mediano a fraco..
Este ano, nos poucos jogos em que o Óliver pegou na construção, o que tivemos, foi o Danilo mais atrás e ficamos com Felipe, Marcano e Danilo a fazer uma linha de 3 com os laterais a subir e, basicamente, 6 elementos à frente da linha da bola, laterais, extremos, 1 médio e 1 avançado, contra equipas que defendem com 10 jogadores de campo atrás da bola.. Tudo isto, torna fácil uma marcação de 10 para 6, o André teve de andar a vir buscar jogo à zona do médio para que houvesse mais ligação e deixar os centrais adversários sem ninguém para marcar..
Há equipas que começam a construir com os centrais, nós chegamos a fazer nos bons tempos do Bruno Alves, outras com o trinco e outras com médios em progressão.. Nós fizemos o que uma equipa pequena faz, bola para a frente sem critério, desgaste do trio de frente, bola nas alas e esperar um rasgo dos extremos.. Para mim, tudo isto advém de uma fraca definição do papel dos elementos do meio campo, em que se inclui o Danilo, fantástico a defender mas muito inferior ao Rúben a construir..