O salário médio e o rendimento per capita só é relevante para um sistema de saúde privado, para saber a taxa de esforço que um utente teria que ter para pagar um seguro se saúde. Para um sistema de saúde público é totalmente irrelevante, o custo para o utente é o mesmo quer receba 5k quer receba 1000 euros por mês.JMPedroto disse:Então se tens um sistema próximo dos nórdicos que está a deteriorar e em vez de mudar continuas com a mesma receita, o que impede de experimentares o modelo de outros países? O que tem o sistema holandês, alemão, suiço de mau? Cá em Portugal vês exemplos de sucesso de ppp's com melhores desempenho do que qualquer hospital público.
Tu falas de forma muito leviana no sistema de serviço público de saúde da Islândia, sabes quanto ganha em média um islandês? sabes quanto é a carga fiscal na islândia? Eu ajudo-te
Salário médio: 4290
Contribuição fiscal: 51,6%
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/irlanda-e-islandia-os-extremos-europeus-em-materia-de-impostos
https://icelandmag.is/article/how-much-average-wage-iceland
Portanto, temos mesmo tudo a ver não haja dúvida.
Totalmente irrelevante para esta conversa.JMPedroto disse:Usares analogias de desporto para tentar explicar algo que qualquer pessoa com senso comum entende que Portugal deve as condições que teve até agora graças à entrada na CEE e do recebimento de benefícios da mesma (aka fundos europeus) é um esforço em vão. Porque achas que o Costa anda com medo que cortem mais os fundos europeus? Achas que vamos ser eternamente beneficiados pelas contribuições europeias? É como achar que o banco vai estar eternamente a suportar o nosso estilo de vida com constante empréstimos.
As minhas suposições baseiam-se no facto de serem os mais pobres os principais beneficiários do SNS. um modelo misto igual ao da Holanda apenas irá retirar capacidade de financiamento ao SNS e a diminuição do número de utentes será residual.JMPedroto disse:Gostava de saber onde te baseias para essas suposições, quando com o SNS actual vemos por exemplo crianças as não serem tratadas no garcia da orta, crianças do litoral alentejano sem acesso à saúde durante o ano novo, a ala pediátrica para o s.joão a ser adiada eternamente (diz o Costa que vai estar pronta em 2021, o mesmo Costa que tu classificaste como alguém que diz o que lhe for conveniente). Na Suiça mesmo quem não pode pagar saúde privada tem acesso aos minimos da saúde, não há registos de urgências fechadas. Isso é impedir acesso à saúde
Especulação. Totalmente irrelevante para a discussão. E o serviço universal continuou a existir. Só que em vez de estar a 30 kms, estava a 100.JMPedroto disse:Claro, depois de estarem fechadas durante 2 dias. O serviço universal do SNS nessa zona durante 2 dias ficou de férias. Esperemos que não tenham causado a diferença entre a vida e a morte de alguma criança porque as desgraças não tiram férias.
Os resultados dos diversos indexes de ranking de saúde põem o sistema público dos países nórdicos a um nível semelhante ao da Suíça, ao do sistema misto da Holanda ou do seguro de saúde estatal obrigatório da Alemanha. Daí podemos concluir que a nível de resultados ter um SNS privado ou público é totalmente irrelevante. A questão é saber se um país com o nível económico de Portugal consegue ter melhores serviços de saúde num sistema de saúde público ou privado.
A minha resposta é só uma: é mais fácil para um país como Portugal ter uma gestão de dinheiros públicos rigorosa que lhe permite a curto prazo recapitalizar as áreas mais críticas dos serviços públicos do que ter a economia, o mercado, a densidade populacional e o rendimento per capita do centro da Europa. Realisticamente a solução é fazer o melhor possível, com os recursos de que dispomos. Não adianta sonhar que temos o rendimento per capita da Suíça ou somos a quarta economia do mundo como a Alemanha.