LOL
Quando a IL elegeu o deputado, a primeira coisa que o CGP disse no discurso foi que a eleição do primeiro deputado liberal ia acabar com 40 anos de socialismo. (Não me lembro exactamente da citação, mas a ideia era essa)
Só agora percebi que quando tu falas em socialismo, estás a falar do governo dos últimos 4 anos. LOL
Um governo socialista numa efectuaria as cativações que este fez, nunca daria prioridade ao controle do déficit público, nao aprovaria o novo código laboral ou, por exemplo, nunca congelaria carreiras dos funcionários públicos. Não noto nenhuma particular diferença entre o Centeno e qualquer ministro das finanças do governo anterior, estou convencido que o Centeno daria um excelente ministro das finanças de um governo PAF, creio eu.
Por outro lado, se nos vamos confinar às denominações dos partidos em Portugal, nem o PS é socialista ( o partido que mais privatizações fez enquanto esteve no governo? socialista? Fock, no way), nem o PSD é social democrata, se calhar nem a IL é verdadeiramente liberal e, nesse caso, também nunca houve verdadeira democracia cristã em Portugal.
Sobre a carga fiscal: realmente é engraçado como a maior subida de receita nos impostos aconteceu sobre impostos que até desceram (IVA, IRS, desceram nos últimos 4 anos e a receita subiu, é uma questão de consultar os números). portanto a subida da carga fiscal está mais relacionada com os 300 mil novos contribuintes em 4 anos, do que propriamente com subidas de impostos directos. (Iva desceu em alguns escalões, acabou a sobretaxa de IRS). Mas sim, é preocupante que as receitas fiscais (que é diferente de impostos) subam mais do que o PIB.
Para acabar, todos temos um limite que preferimos nunca ultrapassar. No meu caso, essa linha é discutir com pessoas que apoiam o Bolsonaro. A emigração brasileira para Portugal continuou a crescer, mesmo depois do Mito tomar posse.
https://www.publico.pt/2019/08/24/mundo/noticia/emigracao-brasileira-caminho-valor-recorde-1884340