Algumas notas:
1. A ficha de jogo no andebol permite 16 jogadores, no hóquei permite 10! A proporção é de 1,6! Se uma secção entende que será melhor ter 6 pontas, o problema está numa afectação ineficiente de recursos, não correlacionada com mais ou menos jogadores num plantel! Até, porque, não me parece que exista maior propensão à lesão numa, ou noutra modalidade!
2. Se o andebol paga a 2 treinadores, é, uma vez mais, uma afectação ineficiente de recursos! Aliás, no plano oposto, pode verificar-se que o andebol consegue sextuplicar (?) os proveitos do hóquei, portanto, com uma afectação (muito) eficiente dos recursos de angariação de proveitos!
3. Pelo que consegui perceber (e, admito, posso ter concluído erradamente), o hóquei tem custos com pessoal que são metade dos custos com pessoal (ou dos recursos humanos...) do andebol! Portanto, uma proporção de 2,0! Aqui, poderemos argumentar nos dois sentidos, se o jogador de hóquei recebe mais ou menos, se a média de um plantel mais vasto tenderá a ser superior ou inferior... uma discussão pouco relevante, parece-me...
4. A título de exemplo, o caso de mais simples comparação, o Barcelona tem uma relação de 3,0 nos gastos com pessoal de hóquei e andebol!
5. O ponto que mais me surpreendeu e que me levou a comentar, não se centra na comparação inter-modalides, embora, a seu tempo, certamente, deverá ser um tema de reflexão dos sócios, quiçá, por exemplo, com uma decomposição quantificada das quotas pagas pelos sócios! Ou outras formas que incentivem o associativismo nas modalidades, que tanto precisam!
6. O ponto que me surpreendeu prende-se com uma percepção errada (que eu tinha), que o nosso andebol fazia muito com pouco! A verdade é que os custos com pessoal do nosso andebol são metade dos custos do campeão europeu (por exemplo, no futebol, são 20 a 25%)! São custos com pessoal que nos colocam num top-8 da Liga de França ou da Bundesliga, e top-2, destacado, na Asobal! Lógico que uma comparação com os rivais de lx, tornaria esta análise mais fina, porém, mesmo desconhecendo os orçamentos das equipas de leste, eu diria que o nosso orçamento deveria exigir, sempre, um apuramento para a fase seguinte de Champions (obviamente, nos anos em que nela participamos) e não, como sucedeu no passado, olhar com alguma bonomia quando não o conseguimos!