Lê-se por aqui cada coisa. Ia despedir-se já a correr um treinador acabado de chegar, sem pré-época, que ainda não teve sequer um plantel digno desse nome à disposição e cujo grande pecado é, se calhar, querer praticar um futebol ambicioso demais para os jogadores merdosos que tem (tirando 5 ou 6) ao seu dispor.
E ia buscar-se um "Rui Borges", com espírito de treinador de equipa pequena (nos blogs e fóruns calimeros é ver como o tratam por causa da sua mentalidade de clube pequeno), que iria fazer com que se calhar só perdessemos por 2-1 com os encornados mas voltassemos aos resultados das épocas anteriores com Estoris e Aroucas.
Porque temos maus resultados com equipas pequenas esta época, é um facto, mas por motivos muito específicos e que não têm nada a ver com o futebol que é praticado neste momento: duas derrotas para fazer a folha ao treinador anterior lideradas por jogadores com estatuto que estavam/estão fartos de estar no Porto (Galeno e Pepê); 1 empate caseiro com treinador interino à conta do ressabiado Galeno; 2 empates com Rio Ave e VSC numa fase de inicio de implementação do novo sistema táctico e conhecimento dos jogadores com as consequências daí decorrentes. E uma derrota em Braga em que o único criativo que tínhamos era o André Franco e com Diogo Costa a meter água no golo do Braga.
Com o actual treinador/sistema, tenho visto bons jogos ou pelo menos bons momentos alargados de futebol nos jogos, e vitórias, em campos difíceis, onde na época passada perdemos de forma patética (Arouca e Estoril).
Para mim, é legítimo e lógico pensar, que com um upgrade do plantel, com mais rotinas e com este sistema tático, será possível fazer com equipas grandes aquilo que já estamos a conseguir fazer com equipas pequenas.
Estar constantemente a mudar de treinador, em que o que vem depois acaba por fazer bom o que estava antes, é que não pode ser. Não pode estar a transformar-se o Porto num cemitério de treinadores. Um treinador tem que ter tempo e condições para implementar a sua ideia de jogo. Veja-se como começou Rúben Amorim e como estava o Sporting quando ele saiu. Tanta coisa que correu mal de início e lá pelo meio, mas com tempo e condições construiu uma grande equipa, ganhadora cá dentro e lá fora.