‘ Era só Jajão’ by Anselmo Martin
Por muito que passemos dias e dias a teclar e a focar toda a miserável época do fcporto apenas e só na qualidade dos jogadores, isso não se vai tornar verdade. Sei bem que a vontade de muitos users aqui, comprados por agendas, ou não, seja essa, da minha parte não vou deixar que tal passe impune .
O Futebol Clube do Porto, é muito mais que um clube, hoje em dia. É uma empresa cotada em bolsa, é um conjunto de modalidades. Emprega muita gente e um dos maiores contribuintes do Estado. Mas o FCP é mais que uma empresa, é acima de tudo um clube de Futebol que se ergueu num sentimento de revolta. Revolta essa que criou uma raça, uma nação, um modo de ser, estar e viver .
Há muitos anos que os adversários ainda estavam a ver o Douro e já tremiam das pernas, por saberem que iam entrar no Relvado das Antas ou dragão.
Isso hoje em dia já NÃO EXISTE. Muitos anos, em muitos jogos, não éramos melhores, mas metíamos a cabeça onde os outros não metiam os pés . A capacidade mental da resposta a duelos, a perdas de bola era sempre tão superior da nossa parte que o adversário ficava abafado, sem ar . Eram KO’s técnicos .
O rumo mudou…
Hoje cavalgamos com jogadores que não toleram assobios, com treinadores que comemoram golos de empate, como se fossem vitórias.
Trabalhar uma equipa, um modo de ser e estar sem ser sobre a mentalidade certa, sem criar dinâmicas de jogo com jogadores bem mentalmente é impossível. Dar folgas de 3/4 dias. Fazer treinos de conjunto sem usarem caneleiras ? Isto não é o fcp e isso reflecte se no campo.
A juntar à apatia que se apoderou no clube, desde a tribuna até ao relvado, temos um lírico ao comando. Que expõe as debilidades defensivas GRITANTES, da equipa , recuando um trinco para o meio dos centrais, e dando bola ao marcano ( essencialmente na primeira parte) , para ser ele um dos construtores de jogo e elo de ligação com os laterais projectados . As limitações do jogador estão lá desde sempre, há que tentar minimiza las, não o expondo ao desconforto. Não expondo a equipa ao desiquilibrio defensivo acompanhado da falta de qualidade do jogador com bola.
É preciso treinarem se dinâmicas, perceber que 2 jogadores adversários na pressão alta quando tínhamos bola na primeira fase de construção, condicionam 5 jogadores . 5 JOGADORES NOSSOS! Onde esta a culpa dos jogadores aqui???? Aonde ?
Deixar 40 metros nas costas da linha defensiva com centrais lentos e fracos no choque físico, ao mesmo tempo que se deixa o Eustaquio a disputar bolas aéreas com o ponta de lança adversário. A culpa é de quem???
Eu inda não percebi a ideia do Anselmi na fase de decisão nem na fase de ligação entre o meio campo e o ataque. Fazer do Samu um pivot ou um explorador de espaços entre a linha defensiva? Ninguém sabe. Pq simplesmente não há variabilidade de jogo. Mas acima de tudo há uma receita que não se adapta aos jogadores que NÃO CONDICIONA o adversário nas suas lacunas. Jogamos sempre com a mesma dosagem de farinha e de açúcar. O BOLO é pobre, mas é um bolo crl.
Estou cansado da incompetência. Estou cansado do Jorge Costa. O homem que vinha trazer a mística. Ela não existe . Estou cansado de a certas alturas do jogo ter dois laterais direitos em campo mais um extremo direito. Estou cansado de não serem feitas faltas, de não haver agressividade. Estou cansado de ver jogadoras que não sabem onde têm de correr, quando correr e quando parar.
Estou cansado de uma anarquia wokista que reina no relvado, comandadas por um treinador que mete centrais aos 80’ e tira atacantes a perder em casa daquela forma com o maior rival.
Estou cansado de não ver laterais a receberem dentro e dar a ala ao extremo. Estou cansado de que os adversários saibam exactamente o que vamos fazer, quando e como o vamos fazer . O futebol é tudo o que vocês quiserem que seja, mas é acima de tudo um jogo mental .
Estou cansado que achem que isto é só culpa dos jogadores . Muito bons são os treinadores das equipas de merda do nosso campeonato que nos criam dificuldades em todos os jogos. Sejam
Estou cansado de estar cansado.
Era só Jajão.