Não estamos na fase, em que qualquer treinador que viesse para o nosso clube, arriscava se a ser campeão sem ter de fazer grande coisa. Os jogadores e o plantel eram melhores, mas a estrutura, também era mais sólida, mais experiente e com certos lugares em certas instituições ‘controlados’ ( também é importante).
Dito isto, o próximo treinador, tem de ser conhecedor das peculiaridades do campeonato português, que são muitas. Tem de ser agregador, disciplinador e de certa forma em conluio com a estrutura ajudar a reerguer a imagem e valores do clube. A perda de identidade da equipa, e do clube não se resume apenas à qualidade dos jogadores. Falta o espírito de luta, de provocação e guerreiro que todos nós sabíamos que era característica ímpar nas nossas equipas .
Dito isto, e já sabendo que alguns membros da estrutura que tinham estes valores, falharam até agora redondamente ( Jorge Costa à cabeça), é preciso um treinador que venha revitalizar tudo aquilo que esta adormecido.
Dai torcer o nariz a treinadores estrangeiros, ou portugueses com pouco traquejo. Tem de ser alguém com tarimba.
Quanto ao ordenado? Este ano, assistiu se a um delapidar da valorização dos jogadores do plantel. Só o Mora valorizou. Ora, por muito boa que seja a gestão financeira de um clube, ela assenta essencialmente nas mais valias feitas com a venda de jogadores. Algo que este ano não foi conseguido. Tem de ser uma espiral rapidamente invertida. Rapidamente.
Prefiro pagar 6/7 milhões a um treinador que nos leve à Champions e talvez ao campeonato e valorize jogadores que nos darão milhões de mais valias, do que treinadores baratinhos que delapidam o plantel. Há que despachar o entulho, e neste mercado é uma prova de fogo para esta direção mostrar que afinal consegue despachar jogadores sem ser ao desbarato e de forma leviana como era feito anteriormente. Tem a palavra o Zubizarreta e o Presidente.
Não podemos andar a apostar em Rui Borges desta vida. Isso, foi noutros tempos ..