#Futebol Martín Anselmi - Treinador

Martín Anselmi

Martín Anselmi

5.08

Estatísticas da Época - 2024/25


Dados completos de 2024/25

5.08 Performance da Época

MartinsDragão

Tribuna Presidencial
4 Fevereiro 2015
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Como vê Anselmi a mística Portista:

"O FC Porto é especial por causa das suas gentes. Aqui somos todos portistas e ser portista não se resume a defender o emblema que trazemos ao peito, nós representamos uma cidade e lutamos por uma região. Isso faz com que o clube seja muito especial, porque estamos a defender boa parte da população portuguesa. A par disso, também somos um clube com alguns dos maiores feitos na história do futebol: ganhámos títulos internacionais ao mais alto nível e todos os troféus nacionais. É um clube pelo qual já passaram os maiores treinadores e jogadores e tem uma história rica. Todas as pessoas que passaram pelo FC Porto, pelo menos aquelas com quem falei, disseram que o clube tinha um lugar especial nos seus corações e que têm grandes memórias desses tempos. Acho que é por isso que o FC Porto é tão especial."
 
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joaoalvercafcp

Tribuna Presidencial
13 Março 2012
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“Vamos representar uma cidade e lutar por uma região”

Martín Anselmi assume o objetivo de “chegar o mais longe possível” no Mundial de Clubes

Em contagem decrescente para o arranque do Mundial de Clubes - uma competição “que atrai a atenção de toda a gente e reúne culturas diferentes e adeptos do mundo inteiro” -, Martín Anselmi não esconde que “as expectativas são muito altas”. “É sempre bom ter a oportunidade de defrontar equipas diferentes das que estamos habituados, obriga-nos a pensar de outra forma e aprendemos muito”, explica o técnico argentino em entrevista à FIFA.

No Grupo A não são esperadas facilidades, já que “todas as equipas estão num nível semelhante e têm o que é preciso para competir”, por isso o FC Porto está obrigado a “dar 100% em todos os jogos e mostrar competitividade para atingir todos os objetivos”.

E porque “ser portista não se resume a defender o emblema que trazemos ao peito, mas a representar uma cidade e a lutar por uma região”, o treinador assegura que “o objetivo da equipa é chegar o mais longe possível em qualquer competição” e a que arranca a 14 de junho não é exceção. “É isso que nos é exigido, mas para o conseguirmos temos de ser competitivos em cada jogo, assim teremos mais oportunidades de chegar à final”, assegura Martín Anselmi na antecâmara de “um torneio que oferece uma dimensão única e especial”.

Uma oportunidade única
“Falar desta nova edição é complicado. É a primeira vez que ouvimos falar desta prova, pelo menos neste formato. Não sei se é correto assumir que estarão presentes os melhores 32 clubes do planeta, diria que estarão os 32 que tiveram mais mérito para participar. Enquanto treinador do FC Porto, só posso garantir que é um evento espetacular. Vai atrair a atenção de toda a gente e reunir culturas e treinadores diferentes. É sempre bom ter a oportunidade de defrontar equipas diferentes das que estamos habituados. Nós, os treinadores, aprendemos muito, porque somos obrigados a pensar de forma diferente e isso permite-nos viver novas experiências. As nossas expectativas são muito altas.”

A magia de um Mundial
“Estamos habituados a ver adeptos do mundo inteiro reunidos no mesmo país na altura do Campeonato do Mundo, mas esta competição reúne clubes e a paixão é um pouco diferente. Ao fim e ao cabo, apoiar o nosso clube é diferente da sensação de apoiar o nosso país. Esta competição vai-nos oferecer uma dimensão única e especial.”

O futebol unifica
“Futebol é futebol, apesar de se jogar de forma diferente em cada país ou região. Há ligas com melhores jogadores, que estão preparadas para jogar um futebol mais rápido, mas há outras em que há menos jogo e espaço, então compete-se de forma mais física. Cada equipa tem o seu próprio estilo e a sua forma de se impor. No final de contas é isso que enriquece o torneio.”

Palmeiras, Inter Miami e Al Ahly
“Em todas as competições que contemplam uma fase de grupos há sempre um “grupo da morte” e há equipas com melhor reputação ou mais fama do que outras. No nosso grupo todas as equipas estão num nível semelhante. Das três equipas que temos de defrontar, não vejo o Inter Miami como o grande favorito. O Palmeiras é uma grande equipa na América do Sul, que está preparada para lutar e ganhar títulos importantes, e o Al Ahly é o maior clube do Egito. Por sua vez, o Inter Miami tem grandes jogadores e está ao mesmo nível do resto do grupo. Tenho a sensação de que todos os jogos vão ser difíceis e de que todas as equipas têm o que é preciso para competir.”

Desafio à altura
“O FC Porto, como equipa e como clube, tem o objetivo de ir o mais longe possível em qualquer competição em que participe. É isso que nos é exigido. Contudo, é muito bonito e fácil dizer isso, mas para o conseguirmos temos de ser competitivos em cada jogo. É esse o nosso principal objetivo, assim teremos mais probabilidades de chegar à final. Não podemos fugir à realidade, sabemos que temos de dar 100% em todos os jogos e ser competitivos para atingirmos os nossos objetivos.”

Tudo a postos nos EUA
“Já joguei um torneio nos Estados Unidos, a Leagues Cup de 2024 com o Cruz Azul, e também tivemos que viajar por diferentes cidades dentro do país. Os americanos vivem o futebol de uma maneira distinta, os campos são muito diferentes, há alguns sintéticos e vários relvados diferentes dos nossos. O calor também se vai fazer sentir nesta altura do ano. É um país muito grande e as distâncias são muito longas, apesar de nós jogarmos Nova Iorque e em Atlanta. Faz tudo parte do espetáculo e do entretenimento, que lá encaram de uma forma especial. Os Estados Unidos vão receber o próximo Campeonato do Mundo, já tinham organizado o de 1994 e a última Copa América, por isso acho que estão preparados para este Mundial de Clubes.”

A mística portista
“O FC Porto é especial por causa das suas gentes. Aqui somos todos portistas e ser portista não se resume a defender o emblema que trazemos ao peito, nós representamos uma cidade e lutamos por uma região. Isso faz com que o clube seja muito especial, porque estamos a defender boa parte da população portuguesa. A par disso, também somos um clube com alguns dos maiores feitos na história do futebol: ganhámos títulos internacionais ao mais alto nível e todos os troféus nacionais. É um clube pelo qual já passaram os maiores treinadores e jogadores e tem uma história rica. Todas as pessoas que passaram pelo FC Porto, pelo menos aquelas com quem falei, disseram que o clube tinha um lugar especial nos seus corações e que têm grandes memórias desses tempos. Acho que é por isso que o FC Porto é tão especial.”

Desportos americanos
“Não assisto muito. Gostava de saber mais sobre futebol americano, porque quando estava no México vi bem a paixão com que vivem a modalidade. Eles param mesmo para assistir à final do Super Bowl. Diria que é um desporto muito tático e que envolve muita paixão, sinceramente gostava de aprender mais. Sem dúvida que a NBA é o desporto americano mais popular, por lá passaram jogadores de elite como Michael Jordan que, para mim, é um atleta que representa os valores do desporto.”

A força do esférico
“Não sei se o futebol une o mundo. Creio que une as pessoas, porque para jogar futebol basta ter um objeto redondo. No meu país fazíamos as balizas com duas sapatilhas ou garrafas, isso era suficiente para que dez pessoas interagissem entre si com uma bola. É muito fácil unir as pessoas, basta uma bola para o conseguir.”

Tradições sul americanas
“Na América do Sul é muito comum que os brasileiros e os argentinos joguem uns contra os outros na praia, mesmo não se conhecendo, e no final acabam por se tornar amigos ou inimigos. Quando um estrangeiro se torna ídolo num clube de outro país também ajuda a unir as pessoas de diferentes nacionalidades. Muitos jogadores argentinos acabaram por se tornar ídolos de clubes europeus e os adeptos desses clubes levaram bandeiras argentinas quando iam apoiar a equipa e o jogador ao estádio. O futebol é isso.”

Ponto final no racismo
“Venho de um país onde vivem pessoas de diferentes culturas e onde o racismo poderia ser uma realidade, mas nunca senti isso. Mesmo já tendo vivido em vários países nunca presenciei uma situação de racismo. Tenho consciência do quanto esses episódios podem afetar uma equipa ou um jogador em particular. Já vi várias vezes isso a acontecer na televisão e nas redes sociais e tenho consciência de que não está certo. Não faz bem a ninguém. O futebol serve para unir e o racismo desune.”

Dar o exemplo
“Toda a gente tem um certo poder, não é verdade? Há pessoas que vivem com um microfone à frente e podem influenciar através da opinião. No futebol as pessoas consomem o espetáculo, por isso é um desporto em que devemos dar o exemplo. Podemos parar o espetáculo e dar o exemplo.”

Sem lugar no desporto
“A colaboração do ser humano é muito importante. Não importa se é um adepto, um futebolista, um treinador, um dirigente ou um árbitro. O ser humano tem de compreender que o racismo é dar um passo atrás. Temos de falar sobre ele porque ainda acontece, mas o racismo não deveria ter lugar no desporto.”

Assista a todos os jogos do FC Porto no Mundial de Clubes na DAZN. O registo é gratuito.

 
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