Atão o presi está indeciso se despede o pardal ou não?
Não desesperem caros cidadãos!
No gabinete presidencial do Dragão, o ambiente estava tão pesado que até o café tremia nas chávenas. O presidente olhava para o telefone, para os papéis e para o retrato de André Villas-Boas de 2011 com uma lágrima a escorregar lentamente pela face.
— “Isto está negro… o mister não acerta uma substituição desde setembro e o balneário anda a citar o Paulo Futre como fonte de motivação…”
Foi nesse momento que, com estrondo, a porta se abriu com um pontapé artístico. Lá estava ele:
Pepê, em modo super-herói mas com a capa amarrotada, uma bota desatada e a fita na cabeça ao contrário.
— “Vim salvar o clube,” anunciou, enquanto olhava para o telefone do presidente e perguntava: “Isto dá para jogar Candy Crush?”
Antes que alguém pudesse impedi-lo, Pepê dirigiu-se ao campo de treinos onde o treinador gritava instruções como se alguém estivesse a ouvi-lo. Com o seu habitual descomprometimento, Pepê deu dois toques na bola, tropeçou nela, e de alguma forma inventou um golo acidental de calcanhar que até as câmaras da Sport TV demoraram a perceber.
Os colegas ficaram em silêncio. O treinador ficou roxo. O presidente levantou-se.
— “Foi intencional?”
— “Se foi ou não, quem é que quer saber?” — respondeu Pepê, enquanto pegava num iogurte do frigorífico do balneário. “O futebol não é só tática, é… vibe.”
Mais tarde, o treinador, já descompensado, saiu do centro de treinos a murmurar algo sobre "perder o controlo do grupo" e "Pepê é o caos em forma humana". No dia seguinte, entregou o lugar. Disse que ia dedicar-se à jardinagem.
O presidente sorriu. O clube respirou. E Pepê…? Bem, Pepê chegou 40 minutos atrasado ao treino seguinte porque “o GPS mandou-o para o Estádio do Bessa”.
E assim foi: o Super Pepê salvou o dia. Não por ser bom. Mas por ser tão imprevisivelmente inútil… que ninguém mais conseguiu manter a compostura.