Lista B - André Villas-Boas

Estado
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Diogo Tomás

Tribuna Presidencial
1 Julho 2018
13,457
21,793
Conquistas
6
  • Supertaça 19/20
  • Alfredo Quintana
  • Deco
  • Reinaldo Teles
A cada apresentação esta candidatura fica ainda mais forte.
Se tivermos a apresentação nos próximos dias do Zubizarreta e Jorge Costa, fico a pensar até dia 27 de abril se o artigo do mais futebol tinha mesmo acesso a informações privilegiadas...é que só ficava a faltar o treinador.
 

Diogo Tomás

Tribuna Presidencial
1 Julho 2018
13,457
21,793
Conquistas
6
  • Supertaça 19/20
  • Alfredo Quintana
  • Deco
  • Reinaldo Teles
Surpreende-nos André, estou cada vez mais ansioso para o dia 27 porque é realmente uma oportunidade única...tanta gente competente, com currículos fantásticos, a juntarem-se numa lista para trabalharem em prol do clube.
Não tenho qualquer dúvida que vamos conquistar imensos títulos já a começar na próxima temporada e que vamos encontrar a saúde financeira que tanto desejamos.
Dia 27 os associados têm uma responsabilidade tremenda, é o futuro do clube que está em causa...e não, não podemos esperar mais 4 anos.
 
PO

PO

Tribuna Presidencial
24 Novembro 2013
17,568
18,195
Eu nunca fui daqueles que diziam que o sonho era o Villas Boas como Presidente do Porto. Sou muito crítico da administração atual do Porto desde os tempos do Jesualdo Ferreira porque não acreditava na sustentabilidade do modelo de gestão do Porto desde então. Na altura era uma das poucas vozes dissonantes, principalmente porque estávamos a ganhar, e as vitórias escondem muita coisa.

Não tinha nenhum nome específico que gostasse para Presidente. Eu no fundo queria um desconhecido do público em geral mas que fosse extremamente competente e com provas dadas na gestão de uma empresa, e que se rodeasse de uma equipa de gente muito competente nas suas áreas (incluindo as áreas financeiras e desportivas) e que trouxesse para o Porto uma gestão altamente profissionalizada que catapultasse o Porto para o clube que eu sei que pode ser. O André, pese embora o seu portismo mais do que evidente e todas as alegrias que me deu enquanto treinador, não era essa pessoa de todo. O nome não me entusiasmava. Era mais um nome ligado ao futebol, ligado a este regime atual e eu duvidava que pudesse trazer a mudança que eu sonhava para este clube.

Quando me increvi neste espaço, não era sócio. Tornei-me sócio em 2015, mas não a tempo de votar nas eleições de 2016. Teria votado branco, teria votado nulo, teria escrito Futre, Sócrates ou até senhora da limpeza. Queria esta direção fora. Queria um Porto com os valores que nós adeptos sempre defendemos e esta direção nunca praticou. Se algum dia praticou, eu quase já não me lembro. Vi o Porto ser campeão europeu com 18 anos (era bebé no título do Artur Jorge), mas não me esqueço da muita contestação que já havia a Pinto da Costa no período pré-Mourinho. Mas confesso que se hoje vejo futebol, na altura via o Porto jogar à bola. Não estava tão concentrado também nos aspectos da gestão do clube, pelo que o queria era ver a bola a entrar, festejar tris, tetras e pentas. Não pensava no amanhã. Achava que isto nunca iria acabar. Em 2006 já via o futebol de uma maneira completamente diferente. Muita da magia tinha-se perdido (não por causa dos resultados, pois rapidamente voltamos a ganhar depois daquela época inarrável de 2004/2005, mas sim porque via o clube a entrar um processo a que a cada dia cavava um buraco, e no dia seguinte, para tapar o buraco do dia anterior, tínhamos que cavar um buraco só um bocadinho de terra mais fundo. E enquanto uns diziam que "Vão haver sheiks a gastar muito dinheiro no futebol" eu alertava que a certa altura o buraco a cavar iria ser tão fundo que não conseguíamos sair dele. É onde estamos hoje. Mas o tempo passou e continuávamos a não ter candidatos a aparecer para mudar o rumo do clube. 2016 mostrou que a insatisfação já era grande, mas os nomes fortes continuavam sem aparecer.

Eis que 2020, ano de tão más memórias, eu recebo a mensagem que passei anos a querer ouvir "Hoje na RTP às tantas horas, vai ser anunciada uma candidatura à Presidência do Porto contra Pinto da Costa!". Não via a RTP há anos. Colei-me na televisão com quase meia hora antes à espera para ver o anuncio. Decepção. "Preferia ter visto um espantalho como candidato a ver a candidatura do JFR! O gajo começava a falar e eu mudava de canal". Contudo acabei por votar nele. Nenhum nome forte avançou. Nenhum nome forte o apoiou, mas para mim continuava a representar a esperança na mudança. E caso vencesse, mesmo não sendo o candidato perfeito, não tinha que ser algo a longo prazo. Iria abrir a porta a outras candidaturas. Era mais fácil candidatar-se contra JFR que contra JNPC.

Confesso que tive esperança que ganhasse. Com o covid, muito do contacto com portistas que tinha era através deste espaço. Um espaço que há muito que suspirava por mudanças. Tive a ilusão que podia ser feito. Percebi na véspera que não ia acontecer. Uma chamada telefónica a uma pessoa da candidatura do JFR e as palavras que não queria ouvir "O JFR não tem hipótese de ganhar". Fui na mesma, votei, vi muita gente jovem, esperei o milagre. Ele não apareceu.

A situação do clube continuou a piorar. Anteriormente, era preciso uma venda de 15-20 milhões para equilibrar contas. Tivemos que vender Luiz Diaz, Vitinha e Fábio Vieira para o mesmo efeito. A situação era pior de dia para dia. As pessoas nas redes sociais imploravam a AVB, como se o Messias se tratasse, que apresentasse a candidatura à sua "Cadeira de Sonho", para vir salvar o clube. Eis que começam a aparecer os primeiros sinais positivos. Ele ia avançar. Não era o meu sonho, mas era um candidato forte, alguém que podia mexer com o status quo. Alguém que podia ganhar.

Tudo começa com a AG. Estive presente. Como muitos outros estive horas na fila para entrar. Mas ver aquele movimento, não a favor de AVB, não contra JNPC, mas pelo Futebol Clube do Porto. Não consigo descrever os sentimentos que tive na altura. A energia que se sentia naquelas filas era palpável. O entusiasmo da adesão dos sócios naquele momento. Mais do que tudo, sentia-se que o Porto estava vivo! Que os sócios estavam vivos. Não viraram a cara ao clube naquele momento. Todos sentíamos que era um momento especial. Estávamos a assistir a uma mudança. O que antes parecia impossível, naquele momento foi perceptível por todos. O Porto pode mesmo mudar. Não sei se os mais otimistas previram aquela avalanche. Todos sabíamos que o auditório não ia chegar. Aquilo já era outro nível: o Dragão Arena não ia chegar. A história tornou aquele dia um dos mais tristes da história do Porto. Para mim, enquanto portista, mais triste que isso, mais do que qualquer derrota, só a perda do Rui Filipe.

Naquele momento (longe de a maioria de nós saber o trabalho que já havia sido feito antes) foi perceptível que a candidatura de AVB não podia parar.

Eis que surge outro momento marcante, a apresentação do AVB na Alfândega. Com a memória da AG ainda bem fresca na memória de todos, e não só os incidentes como todas as peripécias da organização, ver a organização do evento e a atenção ao detalhe foi uma lufada de ar fresco. Eu já sabia que ia votar AVB, mas aquele foi o primeiro dia que senti que o meu Porto ia estar em boas mãos. Contudo, houve coisas pelas quais não esperava. Já se sabia que Cecília Pedroto estava contra a atual direção, esse nome não surpreendeu. Mas ver ex-jogadores, jogadores que levantaram uma Liga dos Campeões pelo Futebol Clube do Porto a apoiar uma candidatura que não a de Pinto da Costa surpreendeu. Mas foi mais do que isso. Foi ver políticos de diferentes áreas, foi ver treinadores, jogadores... tudo ao lado de uma candidatura que não a de Pinto da Costa. Nunca pensei que iria assistir a tal demonstração de força.

AVB começa então a apresentar a sua equipa. Toda a gente esperava que fosse Angelino Ferreira o diretor financeiro. Quando foi apresentado para outras funções, fiquei curioso quem iria apresentar para o cargo mais importante da sua candidatura, dado o atual estado das finanças do clube. Não conhecia José Pedro Pereira da Costa. Fiquei agradavelmente surpreendido pelo seu currículo. Era aquilo que eu queria para o Porto. Mas quando o comecei a ouvir falar e a fazer a análise das finanças do Porto, foi dos maiores prazeres como adepto do Porto. Comecei a ter esperança no futuro, coisa que não tinha em muito tempo.

Depois apresenta o candidato a diretor para as modalidades. Eu não conhecia o Mário Santos. Ouvir o Mário Santos a defender para as modalidades ditas amadoras muitas das ideias que eu tinha para o futebol profissional do clube, foi incrível.

Hoje (pelo menos era hoje quando comecei a escrever isto, mas agora já é ontem) estive na apresentação da equipa diretiva. Assim que entro na sede de campanha e começo a ver os currículos caiu-me tudo. Pessoas que eu nunca tinha ouvido falar, que estiveram associadas e responsáveis por cargos e projetos de dimensão superior ao Futebol Clube do Porto de hoje? Isto era a candidatura que eu queria. Que eu sonho desde 2015. De pessoas extremamente competentes que se juntam para trazer o Porto para um patamar que eu sei que podemos estar.

Eu não sei se o André vai ganhar. Eu não sei que mesmo que ganhe o clube ainda tem muitos desafios pela frente. Sei que os próximos tempos do Porto não serão um mar de rosas. Mas no final da apresentação tive o prazer de ir cumprimentar aquele que eu espero dentro de 15 dias seja eleito como novo Presidente do Porto.

Não sou seguidista. Não concordo com o seu plano para a formação. Estou 100% de acordo com ter as modalidades, a formação e o futebol profissional a treinar num só espaço, e há muito que acho que o Olival como está hoje é muito curto para a equipa principal, mas da mesma forma também o é para a formação. Também eles precisam de um centro de alto rendimento. Precisam de condições que o Olival já não garante. E espero vir a falar com ele sobre um projeto que acho que seria muito importante para o futuro do clube. Mas porra que equipa fantástica que ele tem à volta! Espero que não seja só para um candidatura, espero que seja já para o próximo mandato!
 

Viena

Bancada central
8 Março 2022
2,364
5,412
Conquistas
1
Eu nunca fui daqueles que diziam que o sonho era o Villas Boas como Presidente do Porto. Sou muito crítico da administração atual do Porto desde os tempos do Jesualdo Ferreira porque não acreditava na sustentabilidade do modelo de gestão do Porto desde então. Na altura era uma das poucas vozes dissonantes, principalmente porque estávamos a ganhar, e as vitórias escondem muita coisa.

Não tinha nenhum nome específico que gostasse para Presidente. Eu no fundo queria um desconhecido do público em geral mas que fosse extremamente competente e com provas dadas na gestão de uma empresa, e que se rodeasse de uma equipa de gente muito competente nas suas áreas (incluindo as áreas financeiras e desportivas) e que trouxesse para o Porto uma gestão altamente profissionalizada que catapultasse o Porto para o clube que eu sei que pode ser. O André, pese embora o seu portismo mais do que evidente e todas as alegrias que me deu enquanto treinador, não era essa pessoa de todo. O nome não me entusiasmava. Era mais um nome ligado ao futebol, ligado a este regime atual e eu duvidava que pudesse trazer a mudança que eu sonhava para este clube.

Quando me increvi neste espaço, não era sócio. Tornei-me sócio em 2015, mas não a tempo de votar nas eleições de 2016. Teria votado branco, teria votado nulo, teria escrito Futre, Sócrates ou até senhora da limpeza. Queria esta direção fora. Queria um Porto com os valores que nós adeptos sempre defendemos e esta direção nunca praticou. Se algum dia praticou, eu quase já não me lembro. Vi o Porto ser campeão europeu com 18 anos (era bebé no título do Artur Jorge), mas não me esqueço da muita contestação que já havia a Pinto da Costa no período pré-Mourinho. Mas confesso que se hoje vejo futebol, na altura via o Porto jogar à bola. Não estava tão concentrado também nos aspectos da gestão do clube, pelo que o queria era ver a bola a entrar, festejar tris, tetras e pentas. Não pensava no amanhã. Achava que isto nunca iria acabar. Em 2006 já via o futebol de uma maneira completamente diferente. Muita da magia tinha-se perdido (não por causa dos resultados, pois rapidamente voltamos a ganhar depois daquela época inarrável de 2004/2005, mas sim porque via o clube a entrar um processo a que a cada dia cavava um buraco, e no dia seguinte, para tapar o buraco do dia anterior, tínhamos que cavar um buraco só um bocadinho de terra mais fundo. E enquanto uns diziam que "Vão haver sheiks a gastar muito dinheiro no futebol" eu alertava que a certa altura o buraco a cavar iria ser tão fundo que não conseguíamos sair dele. É onde estamos hoje. Mas o tempo passou e continuávamos a não ter candidatos a aparecer para mudar o rumo do clube. 2016 mostrou que a insatisfação já era grande, mas os nomes fortes continuavam sem aparecer.

Eis que 2020, ano de tão más memórias, eu recebo a mensagem que passei anos a querer ouvir "Hoje na RTP às tantas horas, vai ser anunciada uma candidatura à Presidência do Porto contra Pinto da Costa!". Não via a RTP há anos. Colei-me na televisão com quase meia hora antes à espera para ver o anuncio. Decepção. "Preferia ter visto um espantalho como candidato a ver a candidatura do JFR! O gajo começava a falar e eu mudava de canal". Contudo acabei por votar nele. Nenhum nome forte avançou. Nenhum nome forte o apoiou, mas para mim continuava a representar a esperança na mudança. E caso vencesse, mesmo não sendo o candidato perfeito, não tinha que ser algo a longo prazo. Iria abrir a porta a outras candidaturas. Era mais fácil candidatar-se contra JFR que contra JNPC.

Confesso que tive esperança que ganhasse. Com o covid, muito do contacto com portistas que tinha era através deste espaço. Um espaço que há muito que suspirava por mudanças. Tive a ilusão que podia ser feito. Percebi na véspera que não ia acontecer. Uma chamada telefónica a uma pessoa da candidatura do JFR e as palavras que não queria ouvir "O JFR não tem hipótese de ganhar". Fui na mesma, votei, vi muita gente jovem, esperei o milagre. Ele não apareceu.

A situação do clube continuou a piorar. Anteriormente, era preciso uma venda de 15-20 milhões para equilibrar contas. Tivemos que vender Luiz Diaz, Vitinha e Fábio Vieira para o mesmo efeito. A situação era pior de dia para dia. As pessoas nas redes sociais imploravam a AVB, como se o Messias se tratasse, que apresentasse a candidatura à sua "Cadeira de Sonho", para vir salvar o clube. Eis que começam a aparecer os primeiros sinais positivos. Ele ia avançar. Não era o meu sonho, mas era um candidato forte, alguém que podia mexer com o status quo. Alguém que podia ganhar.

Tudo começa com a AG. Estive presente. Como muitos outros estive horas na fila para entrar. Mas ver aquele movimento, não a favor de AVB, não contra JNPC, mas pelo Futebol Clube do Porto. Não consigo descrever os sentimentos que tive na altura. A energia que se sentia naquelas filas era palpável. O entusiasmo da adesão dos sócios naquele momento. Mais do que tudo, sentia-se que o Porto estava vivo! Que os sócios estavam vivos. Não viraram a cara ao clube naquele momento. Todos sentíamos que era um momento especial. Estávamos a assistir a uma mudança. O que antes parecia impossível, naquele momento foi perceptível por todos. O Porto pode mesmo mudar. Não sei se os mais otimistas previram aquela avalanche. Todos sabíamos que o auditório não ia chegar. Aquilo já era outro nível: o Dragão Arena não ia chegar. A história tornou aquele dia um dos mais tristes da história do Porto. Para mim, enquanto portista, mais triste que isso, mais do que qualquer derrota, só a perda do Rui Filipe.

Naquele momento (longe de a maioria de nós saber o trabalho que já havia sido feito antes) foi perceptível que a candidatura de AVB não podia parar.

Eis que surge outro momento marcante, a apresentação do AVB na Alfândega. Com a memória da AG ainda bem fresca na memória de todos, e não só os incidentes como todas as peripécias da organização, ver a organização do evento e a atenção ao detalhe foi uma lufada de ar fresco. Eu já sabia que ia votar AVB, mas aquele foi o primeiro dia que senti que o meu Porto ia estar em boas mãos. Contudo, houve coisas pelas quais não esperava. Já se sabia que Cecília Pedroto estava contra a atual direção, esse nome não surpreendeu. Mas ver ex-jogadores, jogadores que levantaram uma Liga dos Campeões pelo Futebol Clube do Porto a apoiar uma candidatura que não a de Pinto da Costa surpreendeu. Mas foi mais do que isso. Foi ver políticos de diferentes áreas, foi ver treinadores, jogadores... tudo ao lado de uma candidatura que não a de Pinto da Costa. Nunca pensei que iria assistir a tal demonstração de força.

AVB começa então a apresentar a sua equipa. Toda a gente esperava que fosse Angelino Ferreira o diretor financeiro. Quando foi apresentado para outras funções, fiquei curioso quem iria apresentar para o cargo mais importante da sua candidatura, dado o atual estado das finanças do clube. Não conhecia José Pedro Pereira da Costa. Fiquei agradavelmente surpreendido pelo seu currículo. Era aquilo que eu queria para o Porto. Mas quando o comecei a ouvir falar e a fazer a análise das finanças do Porto, foi dos maiores prazeres como adepto do Porto. Comecei a ter esperança no futuro, coisa que não tinha em muito tempo.

Depois apresenta o candidato a diretor para as modalidades. Eu não conhecia o Mário Santos. Ouvir o Mário Santos a defender para as modalidades ditas amadoras muitas das ideias que eu tinha para o futebol profissional do clube, foi incrível.

Hoje (pelo menos era hoje quando comecei a escrever isto, mas agora já é ontem) estive na apresentação da equipa diretiva. Assim que entro na sede de campanha e começo a ver os currículos caiu-me tudo. Pessoas que eu nunca tinha ouvido falar, que estiveram associadas e responsáveis por cargos e projetos de dimensão superior ao Futebol Clube do Porto de hoje? Isto era a candidatura que eu queria. Que eu sonho desde 2015. De pessoas extremamente competentes que se juntam para trazer o Porto para um patamar que eu sei que podemos estar.

Eu não sei se o André vai ganhar. Eu não sei que mesmo que ganhe o clube ainda tem muitos desafios pela frente. Sei que os próximos tempos do Porto não serão um mar de rosas. Mas no final da apresentação tive o prazer de ir cumprimentar aquele que eu espero dentro de 15 dias seja eleito como novo Presidente do Porto.

Não sou seguidista. Não concordo com o seu plano para a formação. Estou 100% de acordo com ter as modalidades, a formação e o futebol profissional a treinar num só espaço, e há muito que acho que o Olival como está hoje é muito curto para a equipa principal, mas da mesma forma também o é para a formação. Também eles precisam de um centro de alto rendimento. Precisam de condições que o Olival já não garante. E espero vir a falar com ele sobre um projeto que acho que seria muito importante para o futuro do clube. Mas porra que equipa fantástica que ele tem à volta! Espero que não seja só para um candidatura, espero que seja já para o próximo mandato!
Obrigada por este post.
 

blueang3l

Bancada lateral
27 Maio 2015
860
708
Eu nunca fui daqueles que diziam que o sonho era o Villas Boas como Presidente do Porto. Sou muito crítico da administração atual do Porto desde os tempos do Jesualdo Ferreira porque não acreditava na sustentabilidade do modelo de gestão do Porto desde então. Na altura era uma das poucas vozes dissonantes, principalmente porque estávamos a ganhar, e as vitórias escondem muita coisa.

Não tinha nenhum nome específico que gostasse para Presidente. Eu no fundo queria um desconhecido do público em geral mas que fosse extremamente competente e com provas dadas na gestão de uma empresa, e que se rodeasse de uma equipa de gente muito competente nas suas áreas (incluindo as áreas financeiras e desportivas) e que trouxesse para o Porto uma gestão altamente profissionalizada que catapultasse o Porto para o clube que eu sei que pode ser. O André, pese embora o seu portismo mais do que evidente e todas as alegrias que me deu enquanto treinador, não era essa pessoa de todo. O nome não me entusiasmava. Era mais um nome ligado ao futebol, ligado a este regime atual e eu duvidava que pudesse trazer a mudança que eu sonhava para este clube.

Quando me increvi neste espaço, não era sócio. Tornei-me sócio em 2015, mas não a tempo de votar nas eleições de 2016. Teria votado branco, teria votado nulo, teria escrito Futre, Sócrates ou até senhora da limpeza. Queria esta direção fora. Queria um Porto com os valores que nós adeptos sempre defendemos e esta direção nunca praticou. Se algum dia praticou, eu quase já não me lembro. Vi o Porto ser campeão europeu com 18 anos (era bebé no título do Artur Jorge), mas não me esqueço da muita contestação que já havia a Pinto da Costa no período pré-Mourinho. Mas confesso que se hoje vejo futebol, na altura via o Porto jogar à bola. Não estava tão concentrado também nos aspectos da gestão do clube, pelo que o queria era ver a bola a entrar, festejar tris, tetras e pentas. Não pensava no amanhã. Achava que isto nunca iria acabar. Em 2006 já via o futebol de uma maneira completamente diferente. Muita da magia tinha-se perdido (não por causa dos resultados, pois rapidamente voltamos a ganhar depois daquela época inarrável de 2004/2005, mas sim porque via o clube a entrar um processo a que a cada dia cavava um buraco, e no dia seguinte, para tapar o buraco do dia anterior, tínhamos que cavar um buraco só um bocadinho de terra mais fundo. E enquanto uns diziam que "Vão haver sheiks a gastar muito dinheiro no futebol" eu alertava que a certa altura o buraco a cavar iria ser tão fundo que não conseguíamos sair dele. É onde estamos hoje. Mas o tempo passou e continuávamos a não ter candidatos a aparecer para mudar o rumo do clube. 2016 mostrou que a insatisfação já era grande, mas os nomes fortes continuavam sem aparecer.

Eis que 2020, ano de tão más memórias, eu recebo a mensagem que passei anos a querer ouvir "Hoje na RTP às tantas horas, vai ser anunciada uma candidatura à Presidência do Porto contra Pinto da Costa!". Não via a RTP há anos. Colei-me na televisão com quase meia hora antes à espera para ver o anuncio. Decepção. "Preferia ter visto um espantalho como candidato a ver a candidatura do JFR! O gajo começava a falar e eu mudava de canal". Contudo acabei por votar nele. Nenhum nome forte avançou. Nenhum nome forte o apoiou, mas para mim continuava a representar a esperança na mudança. E caso vencesse, mesmo não sendo o candidato perfeito, não tinha que ser algo a longo prazo. Iria abrir a porta a outras candidaturas. Era mais fácil candidatar-se contra JFR que contra JNPC.

Confesso que tive esperança que ganhasse. Com o covid, muito do contacto com portistas que tinha era através deste espaço. Um espaço que há muito que suspirava por mudanças. Tive a ilusão que podia ser feito. Percebi na véspera que não ia acontecer. Uma chamada telefónica a uma pessoa da candidatura do JFR e as palavras que não queria ouvir "O JFR não tem hipótese de ganhar". Fui na mesma, votei, vi muita gente jovem, esperei o milagre. Ele não apareceu.

A situação do clube continuou a piorar. Anteriormente, era preciso uma venda de 15-20 milhões para equilibrar contas. Tivemos que vender Luiz Diaz, Vitinha e Fábio Vieira para o mesmo efeito. A situação era pior de dia para dia. As pessoas nas redes sociais imploravam a AVB, como se o Messias se tratasse, que apresentasse a candidatura à sua "Cadeira de Sonho", para vir salvar o clube. Eis que começam a aparecer os primeiros sinais positivos. Ele ia avançar. Não era o meu sonho, mas era um candidato forte, alguém que podia mexer com o status quo. Alguém que podia ganhar.

Tudo começa com a AG. Estive presente. Como muitos outros estive horas na fila para entrar. Mas ver aquele movimento, não a favor de AVB, não contra JNPC, mas pelo Futebol Clube do Porto. Não consigo descrever os sentimentos que tive na altura. A energia que se sentia naquelas filas era palpável. O entusiasmo da adesão dos sócios naquele momento. Mais do que tudo, sentia-se que o Porto estava vivo! Que os sócios estavam vivos. Não viraram a cara ao clube naquele momento. Todos sentíamos que era um momento especial. Estávamos a assistir a uma mudança. O que antes parecia impossível, naquele momento foi perceptível por todos. O Porto pode mesmo mudar. Não sei se os mais otimistas previram aquela avalanche. Todos sabíamos que o auditório não ia chegar. Aquilo já era outro nível: o Dragão Arena não ia chegar. A história tornou aquele dia um dos mais tristes da história do Porto. Para mim, enquanto portista, mais triste que isso, mais do que qualquer derrota, só a perda do Rui Filipe.

Naquele momento (longe de a maioria de nós saber o trabalho que já havia sido feito antes) foi perceptível que a candidatura de AVB não podia parar.

Eis que surge outro momento marcante, a apresentação do AVB na Alfândega. Com a memória da AG ainda bem fresca na memória de todos, e não só os incidentes como todas as peripécias da organização, ver a organização do evento e a atenção ao detalhe foi uma lufada de ar fresco. Eu já sabia que ia votar AVB, mas aquele foi o primeiro dia que senti que o meu Porto ia estar em boas mãos. Contudo, houve coisas pelas quais não esperava. Já se sabia que Cecília Pedroto estava contra a atual direção, esse nome não surpreendeu. Mas ver ex-jogadores, jogadores que levantaram uma Liga dos Campeões pelo Futebol Clube do Porto a apoiar uma candidatura que não a de Pinto da Costa surpreendeu. Mas foi mais do que isso. Foi ver políticos de diferentes áreas, foi ver treinadores, jogadores... tudo ao lado de uma candidatura que não a de Pinto da Costa. Nunca pensei que iria assistir a tal demonstração de força.

AVB começa então a apresentar a sua equipa. Toda a gente esperava que fosse Angelino Ferreira o diretor financeiro. Quando foi apresentado para outras funções, fiquei curioso quem iria apresentar para o cargo mais importante da sua candidatura, dado o atual estado das finanças do clube. Não conhecia José Pedro Pereira da Costa. Fiquei agradavelmente surpreendido pelo seu currículo. Era aquilo que eu queria para o Porto. Mas quando o comecei a ouvir falar e a fazer a análise das finanças do Porto, foi dos maiores prazeres como adepto do Porto. Comecei a ter esperança no futuro, coisa que não tinha em muito tempo.

Depois apresenta o candidato a diretor para as modalidades. Eu não conhecia o Mário Santos. Ouvir o Mário Santos a defender para as modalidades ditas amadoras muitas das ideias que eu tinha para o futebol profissional do clube, foi incrível.

Hoje (pelo menos era hoje quando comecei a escrever isto, mas agora já é ontem) estive na apresentação da equipa diretiva. Assim que entro na sede de campanha e começo a ver os currículos caiu-me tudo. Pessoas que eu nunca tinha ouvido falar, que estiveram associadas e responsáveis por cargos e projetos de dimensão superior ao Futebol Clube do Porto de hoje? Isto era a candidatura que eu queria. Que eu sonho desde 2015. De pessoas extremamente competentes que se juntam para trazer o Porto para um patamar que eu sei que podemos estar.

Eu não sei se o André vai ganhar. Eu não sei que mesmo que ganhe o clube ainda tem muitos desafios pela frente. Sei que os próximos tempos do Porto não serão um mar de rosas. Mas no final da apresentação tive o prazer de ir cumprimentar aquele que eu espero dentro de 15 dias seja eleito como novo Presidente do Porto.

Não sou seguidista. Não concordo com o seu plano para a formação. Estou 100% de acordo com ter as modalidades, a formação e o futebol profissional a treinar num só espaço, e há muito que acho que o Olival como está hoje é muito curto para a equipa principal, mas da mesma forma também o é para a formação. Também eles precisam de um centro de alto rendimento. Precisam de condições que o Olival já não garante. E espero vir a falar com ele sobre um projeto que acho que seria muito importante para o futuro do clube. Mas porra que equipa fantástica que ele tem à volta! Espero que não seja só para um candidatura, espero que seja já para o próximo mandato!
Brilhante!
Enorme prazer e orgulho ler este post.
 
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Reações: PO e Jose Cordeiro

jcmp17

Não há derrotas quando é firme o passo
8 Julho 2018
38,700
56,728
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7
  • Setembro/21
  • Alfredo Quintana
  • Reinaldo Teles
  • Campeão Nacional 19/20
Eu nunca fui daqueles que diziam que o sonho era o Villas Boas como Presidente do Porto. Sou muito crítico da administração atual do Porto desde os tempos do Jesualdo Ferreira porque não acreditava na sustentabilidade do modelo de gestão do Porto desde então. Na altura era uma das poucas vozes dissonantes, principalmente porque estávamos a ganhar, e as vitórias escondem muita coisa.

Não tinha nenhum nome específico que gostasse para Presidente. Eu no fundo queria um desconhecido do público em geral mas que fosse extremamente competente e com provas dadas na gestão de uma empresa, e que se rodeasse de uma equipa de gente muito competente nas suas áreas (incluindo as áreas financeiras e desportivas) e que trouxesse para o Porto uma gestão altamente profissionalizada que catapultasse o Porto para o clube que eu sei que pode ser. O André, pese embora o seu portismo mais do que evidente e todas as alegrias que me deu enquanto treinador, não era essa pessoa de todo. O nome não me entusiasmava. Era mais um nome ligado ao futebol, ligado a este regime atual e eu duvidava que pudesse trazer a mudança que eu sonhava para este clube.

Quando me increvi neste espaço, não era sócio. Tornei-me sócio em 2015, mas não a tempo de votar nas eleições de 2016. Teria votado branco, teria votado nulo, teria escrito Futre, Sócrates ou até senhora da limpeza. Queria esta direção fora. Queria um Porto com os valores que nós adeptos sempre defendemos e esta direção nunca praticou. Se algum dia praticou, eu quase já não me lembro. Vi o Porto ser campeão europeu com 18 anos (era bebé no título do Artur Jorge), mas não me esqueço da muita contestação que já havia a Pinto da Costa no período pré-Mourinho. Mas confesso que se hoje vejo futebol, na altura via o Porto jogar à bola. Não estava tão concentrado também nos aspectos da gestão do clube, pelo que o queria era ver a bola a entrar, festejar tris, tetras e pentas. Não pensava no amanhã. Achava que isto nunca iria acabar. Em 2006 já via o futebol de uma maneira completamente diferente. Muita da magia tinha-se perdido (não por causa dos resultados, pois rapidamente voltamos a ganhar depois daquela época inarrável de 2004/2005, mas sim porque via o clube a entrar um processo a que a cada dia cavava um buraco, e no dia seguinte, para tapar o buraco do dia anterior, tínhamos que cavar um buraco só um bocadinho de terra mais fundo. E enquanto uns diziam que "Vão haver sheiks a gastar muito dinheiro no futebol" eu alertava que a certa altura o buraco a cavar iria ser tão fundo que não conseguíamos sair dele. É onde estamos hoje. Mas o tempo passou e continuávamos a não ter candidatos a aparecer para mudar o rumo do clube. 2016 mostrou que a insatisfação já era grande, mas os nomes fortes continuavam sem aparecer.

Eis que 2020, ano de tão más memórias, eu recebo a mensagem que passei anos a querer ouvir "Hoje na RTP às tantas horas, vai ser anunciada uma candidatura à Presidência do Porto contra Pinto da Costa!". Não via a RTP há anos. Colei-me na televisão com quase meia hora antes à espera para ver o anuncio. Decepção. "Preferia ter visto um espantalho como candidato a ver a candidatura do JFR! O gajo começava a falar e eu mudava de canal". Contudo acabei por votar nele. Nenhum nome forte avançou. Nenhum nome forte o apoiou, mas para mim continuava a representar a esperança na mudança. E caso vencesse, mesmo não sendo o candidato perfeito, não tinha que ser algo a longo prazo. Iria abrir a porta a outras candidaturas. Era mais fácil candidatar-se contra JFR que contra JNPC.

Confesso que tive esperança que ganhasse. Com o covid, muito do contacto com portistas que tinha era através deste espaço. Um espaço que há muito que suspirava por mudanças. Tive a ilusão que podia ser feito. Percebi na véspera que não ia acontecer. Uma chamada telefónica a uma pessoa da candidatura do JFR e as palavras que não queria ouvir "O JFR não tem hipótese de ganhar". Fui na mesma, votei, vi muita gente jovem, esperei o milagre. Ele não apareceu.

A situação do clube continuou a piorar. Anteriormente, era preciso uma venda de 15-20 milhões para equilibrar contas. Tivemos que vender Luiz Diaz, Vitinha e Fábio Vieira para o mesmo efeito. A situação era pior de dia para dia. As pessoas nas redes sociais imploravam a AVB, como se o Messias se tratasse, que apresentasse a candidatura à sua "Cadeira de Sonho", para vir salvar o clube. Eis que começam a aparecer os primeiros sinais positivos. Ele ia avançar. Não era o meu sonho, mas era um candidato forte, alguém que podia mexer com o status quo. Alguém que podia ganhar.

Tudo começa com a AG. Estive presente. Como muitos outros estive horas na fila para entrar. Mas ver aquele movimento, não a favor de AVB, não contra JNPC, mas pelo Futebol Clube do Porto. Não consigo descrever os sentimentos que tive na altura. A energia que se sentia naquelas filas era palpável. O entusiasmo da adesão dos sócios naquele momento. Mais do que tudo, sentia-se que o Porto estava vivo! Que os sócios estavam vivos. Não viraram a cara ao clube naquele momento. Todos sentíamos que era um momento especial. Estávamos a assistir a uma mudança. O que antes parecia impossível, naquele momento foi perceptível por todos. O Porto pode mesmo mudar. Não sei se os mais otimistas previram aquela avalanche. Todos sabíamos que o auditório não ia chegar. Aquilo já era outro nível: o Dragão Arena não ia chegar. A história tornou aquele dia um dos mais tristes da história do Porto. Para mim, enquanto portista, mais triste que isso, mais do que qualquer derrota, só a perda do Rui Filipe.

Naquele momento (longe de a maioria de nós saber o trabalho que já havia sido feito antes) foi perceptível que a candidatura de AVB não podia parar.

Eis que surge outro momento marcante, a apresentação do AVB na Alfândega. Com a memória da AG ainda bem fresca na memória de todos, e não só os incidentes como todas as peripécias da organização, ver a organização do evento e a atenção ao detalhe foi uma lufada de ar fresco. Eu já sabia que ia votar AVB, mas aquele foi o primeiro dia que senti que o meu Porto ia estar em boas mãos. Contudo, houve coisas pelas quais não esperava. Já se sabia que Cecília Pedroto estava contra a atual direção, esse nome não surpreendeu. Mas ver ex-jogadores, jogadores que levantaram uma Liga dos Campeões pelo Futebol Clube do Porto a apoiar uma candidatura que não a de Pinto da Costa surpreendeu. Mas foi mais do que isso. Foi ver políticos de diferentes áreas, foi ver treinadores, jogadores... tudo ao lado de uma candidatura que não a de Pinto da Costa. Nunca pensei que iria assistir a tal demonstração de força.

AVB começa então a apresentar a sua equipa. Toda a gente esperava que fosse Angelino Ferreira o diretor financeiro. Quando foi apresentado para outras funções, fiquei curioso quem iria apresentar para o cargo mais importante da sua candidatura, dado o atual estado das finanças do clube. Não conhecia José Pedro Pereira da Costa. Fiquei agradavelmente surpreendido pelo seu currículo. Era aquilo que eu queria para o Porto. Mas quando o comecei a ouvir falar e a fazer a análise das finanças do Porto, foi dos maiores prazeres como adepto do Porto. Comecei a ter esperança no futuro, coisa que não tinha em muito tempo.

Depois apresenta o candidato a diretor para as modalidades. Eu não conhecia o Mário Santos. Ouvir o Mário Santos a defender para as modalidades ditas amadoras muitas das ideias que eu tinha para o futebol profissional do clube, foi incrível.

Hoje (pelo menos era hoje quando comecei a escrever isto, mas agora já é ontem) estive na apresentação da equipa diretiva. Assim que entro na sede de campanha e começo a ver os currículos caiu-me tudo. Pessoas que eu nunca tinha ouvido falar, que estiveram associadas e responsáveis por cargos e projetos de dimensão superior ao Futebol Clube do Porto de hoje? Isto era a candidatura que eu queria. Que eu sonho desde 2015. De pessoas extremamente competentes que se juntam para trazer o Porto para um patamar que eu sei que podemos estar.

Eu não sei se o André vai ganhar. Eu não sei que mesmo que ganhe o clube ainda tem muitos desafios pela frente. Sei que os próximos tempos do Porto não serão um mar de rosas. Mas no final da apresentação tive o prazer de ir cumprimentar aquele que eu espero dentro de 15 dias seja eleito como novo Presidente do Porto.

Não sou seguidista. Não concordo com o seu plano para a formação. Estou 100% de acordo com ter as modalidades, a formação e o futebol profissional a treinar num só espaço, e há muito que acho que o Olival como está hoje é muito curto para a equipa principal, mas da mesma forma também o é para a formação. Também eles precisam de um centro de alto rendimento. Precisam de condições que o Olival já não garante. E espero vir a falar com ele sobre um projeto que acho que seria muito importante para o futuro do clube. Mas porra que equipa fantástica que ele tem à volta! Espero que não seja só para um candidatura, espero que seja já para o próximo mandato!
Há muita merda na qual não concordo contigo

Mas chapeau pelo post. E subscrevo tudo o que disseste em relação às pessoas que o acompanham. Ouvir falar o Pereira da Costa em primeiro lugar, o Freire de Sousa a seguir, o Mário Santos, hoje o Tiago Madureira... Eu não achava possível pessoas deste calibre se meterem no lodo que é o mundo do futebol. Se temos esta oportunidade é obrigatório aproveitá lo

Já chega de adiar o futuro
 

arichard

Tribuna Presidencial
1 Setembro 2016
7,610
8,212
Eu nunca fui daqueles que diziam que o sonho era o Villas Boas como Presidente do Porto. Sou muito crítico da administração atual do Porto desde os tempos do Jesualdo Ferreira porque não acreditava na sustentabilidade do modelo de gestão do Porto desde então. Na altura era uma das poucas vozes dissonantes, principalmente porque estávamos a ganhar, e as vitórias escondem muita coisa.

Não tinha nenhum nome específico que gostasse para Presidente. Eu no fundo queria um desconhecido do público em geral mas que fosse extremamente competente e com provas dadas na gestão de uma empresa, e que se rodeasse de uma equipa de gente muito competente nas suas áreas (incluindo as áreas financeiras e desportivas) e que trouxesse para o Porto uma gestão altamente profissionalizada que catapultasse o Porto para o clube que eu sei que pode ser. O André, pese embora o seu portismo mais do que evidente e todas as alegrias que me deu enquanto treinador, não era essa pessoa de todo. O nome não me entusiasmava. Era mais um nome ligado ao futebol, ligado a este regime atual e eu duvidava que pudesse trazer a mudança que eu sonhava para este clube.

Quando me increvi neste espaço, não era sócio. Tornei-me sócio em 2015, mas não a tempo de votar nas eleições de 2016. Teria votado branco, teria votado nulo, teria escrito Futre, Sócrates ou até senhora da limpeza. Queria esta direção fora. Queria um Porto com os valores que nós adeptos sempre defendemos e esta direção nunca praticou. Se algum dia praticou, eu quase já não me lembro. Vi o Porto ser campeão europeu com 18 anos (era bebé no título do Artur Jorge), mas não me esqueço da muita contestação que já havia a Pinto da Costa no período pré-Mourinho. Mas confesso que se hoje vejo futebol, na altura via o Porto jogar à bola. Não estava tão concentrado também nos aspectos da gestão do clube, pelo que o queria era ver a bola a entrar, festejar tris, tetras e pentas. Não pensava no amanhã. Achava que isto nunca iria acabar. Em 2006 já via o futebol de uma maneira completamente diferente. Muita da magia tinha-se perdido (não por causa dos resultados, pois rapidamente voltamos a ganhar depois daquela época inarrável de 2004/2005, mas sim porque via o clube a entrar um processo a que a cada dia cavava um buraco, e no dia seguinte, para tapar o buraco do dia anterior, tínhamos que cavar um buraco só um bocadinho de terra mais fundo. E enquanto uns diziam que "Vão haver sheiks a gastar muito dinheiro no futebol" eu alertava que a certa altura o buraco a cavar iria ser tão fundo que não conseguíamos sair dele. É onde estamos hoje. Mas o tempo passou e continuávamos a não ter candidatos a aparecer para mudar o rumo do clube. 2016 mostrou que a insatisfação já era grande, mas os nomes fortes continuavam sem aparecer.

Eis que 2020, ano de tão más memórias, eu recebo a mensagem que passei anos a querer ouvir "Hoje na RTP às tantas horas, vai ser anunciada uma candidatura à Presidência do Porto contra Pinto da Costa!". Não via a RTP há anos. Colei-me na televisão com quase meia hora antes à espera para ver o anuncio. Decepção. "Preferia ter visto um espantalho como candidato a ver a candidatura do JFR! O gajo começava a falar e eu mudava de canal". Contudo acabei por votar nele. Nenhum nome forte avançou. Nenhum nome forte o apoiou, mas para mim continuava a representar a esperança na mudança. E caso vencesse, mesmo não sendo o candidato perfeito, não tinha que ser algo a longo prazo. Iria abrir a porta a outras candidaturas. Era mais fácil candidatar-se contra JFR que contra JNPC.

Confesso que tive esperança que ganhasse. Com o covid, muito do contacto com portistas que tinha era através deste espaço. Um espaço que há muito que suspirava por mudanças. Tive a ilusão que podia ser feito. Percebi na véspera que não ia acontecer. Uma chamada telefónica a uma pessoa da candidatura do JFR e as palavras que não queria ouvir "O JFR não tem hipótese de ganhar". Fui na mesma, votei, vi muita gente jovem, esperei o milagre. Ele não apareceu.

A situação do clube continuou a piorar. Anteriormente, era preciso uma venda de 15-20 milhões para equilibrar contas. Tivemos que vender Luiz Diaz, Vitinha e Fábio Vieira para o mesmo efeito. A situação era pior de dia para dia. As pessoas nas redes sociais imploravam a AVB, como se o Messias se tratasse, que apresentasse a candidatura à sua "Cadeira de Sonho", para vir salvar o clube. Eis que começam a aparecer os primeiros sinais positivos. Ele ia avançar. Não era o meu sonho, mas era um candidato forte, alguém que podia mexer com o status quo. Alguém que podia ganhar.

Tudo começa com a AG. Estive presente. Como muitos outros estive horas na fila para entrar. Mas ver aquele movimento, não a favor de AVB, não contra JNPC, mas pelo Futebol Clube do Porto. Não consigo descrever os sentimentos que tive na altura. A energia que se sentia naquelas filas era palpável. O entusiasmo da adesão dos sócios naquele momento. Mais do que tudo, sentia-se que o Porto estava vivo! Que os sócios estavam vivos. Não viraram a cara ao clube naquele momento. Todos sentíamos que era um momento especial. Estávamos a assistir a uma mudança. O que antes parecia impossível, naquele momento foi perceptível por todos. O Porto pode mesmo mudar. Não sei se os mais otimistas previram aquela avalanche. Todos sabíamos que o auditório não ia chegar. Aquilo já era outro nível: o Dragão Arena não ia chegar. A história tornou aquele dia um dos mais tristes da história do Porto. Para mim, enquanto portista, mais triste que isso, mais do que qualquer derrota, só a perda do Rui Filipe.

Naquele momento (longe de a maioria de nós saber o trabalho que já havia sido feito antes) foi perceptível que a candidatura de AVB não podia parar.

Eis que surge outro momento marcante, a apresentação do AVB na Alfândega. Com a memória da AG ainda bem fresca na memória de todos, e não só os incidentes como todas as peripécias da organização, ver a organização do evento e a atenção ao detalhe foi uma lufada de ar fresco. Eu já sabia que ia votar AVB, mas aquele foi o primeiro dia que senti que o meu Porto ia estar em boas mãos. Contudo, houve coisas pelas quais não esperava. Já se sabia que Cecília Pedroto estava contra a atual direção, esse nome não surpreendeu. Mas ver ex-jogadores, jogadores que levantaram uma Liga dos Campeões pelo Futebol Clube do Porto a apoiar uma candidatura que não a de Pinto da Costa surpreendeu. Mas foi mais do que isso. Foi ver políticos de diferentes áreas, foi ver treinadores, jogadores... tudo ao lado de uma candidatura que não a de Pinto da Costa. Nunca pensei que iria assistir a tal demonstração de força.

AVB começa então a apresentar a sua equipa. Toda a gente esperava que fosse Angelino Ferreira o diretor financeiro. Quando foi apresentado para outras funções, fiquei curioso quem iria apresentar para o cargo mais importante da sua candidatura, dado o atual estado das finanças do clube. Não conhecia José Pedro Pereira da Costa. Fiquei agradavelmente surpreendido pelo seu currículo. Era aquilo que eu queria para o Porto. Mas quando o comecei a ouvir falar e a fazer a análise das finanças do Porto, foi dos maiores prazeres como adepto do Porto. Comecei a ter esperança no futuro, coisa que não tinha em muito tempo.

Depois apresenta o candidato a diretor para as modalidades. Eu não conhecia o Mário Santos. Ouvir o Mário Santos a defender para as modalidades ditas amadoras muitas das ideias que eu tinha para o futebol profissional do clube, foi incrível.

Hoje (pelo menos era hoje quando comecei a escrever isto, mas agora já é ontem) estive na apresentação da equipa diretiva. Assim que entro na sede de campanha e começo a ver os currículos caiu-me tudo. Pessoas que eu nunca tinha ouvido falar, que estiveram associadas e responsáveis por cargos e projetos de dimensão superior ao Futebol Clube do Porto de hoje? Isto era a candidatura que eu queria. Que eu sonho desde 2015. De pessoas extremamente competentes que se juntam para trazer o Porto para um patamar que eu sei que podemos estar.

Eu não sei se o André vai ganhar. Eu não sei que mesmo que ganhe o clube ainda tem muitos desafios pela frente. Sei que os próximos tempos do Porto não serão um mar de rosas. Mas no final da apresentação tive o prazer de ir cumprimentar aquele que eu espero dentro de 15 dias seja eleito como novo Presidente do Porto.

Não sou seguidista. Não concordo com o seu plano para a formação. Estou 100% de acordo com ter as modalidades, a formação e o futebol profissional a treinar num só espaço, e há muito que acho que o Olival como está hoje é muito curto para a equipa principal, mas da mesma forma também o é para a formação. Também eles precisam de um centro de alto rendimento. Precisam de condições que o Olival já não garante. E espero vir a falar com ele sobre um projeto que acho que seria muito importante para o futuro do clube. Mas porra que equipa fantástica que ele tem à volta! Espero que não seja só para um candidatura, espero que seja já para o próximo mandato!
Podes ir falar com ele sobre a Academia que ele é super acessível.
Depois deixa aqui a troca de ideias ...
Neste momento a Maia parece uma miragem, e é curto para a aspiração de ter tudo no mesmo espaço.
A pegar no projecto, iremos precisar de mais espaço, e terá de ser um projecto reformulado, pensado de raíz para ser algo definitivo ...

Eu já não devo conseguir ir a sede do AVB novamente. Mas se fosse iria dar a seguinte sugestão

Mas a minha ideia para a Cidade do FCPorto já a apresentei aqui. Um projecto faseado

- Maia com pelo menos 30Hectares de terreno util
- Construir equiamentos para a formação no menor espaço de tempo possível
- Construir equipamento para as modalidades (pavilhão, etc)
- Construir instalações para a equipa senior, B, feminina, etc ...
- Olival fica para a Fundação Porto, possivelmente reformular um dos campos para ter pista de atletismo. Uma ideia seria ter um centro de alto rendimento para atletismo ... Algo que já vi os atletas portugueses de selecção olímpica se queixarem

PS: Alguém sabe o valor dos terrenos na posse da empresa ABB?
 
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Indiana Jones

Lugar Anual
25 Maio 2020
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Faro
  • Dezembro/21
Eu nunca fui daqueles que diziam que o sonho era o Villas Boas como Presidente do Porto. Sou muito crítico da administração atual do Porto desde os tempos do Jesualdo Ferreira porque não acreditava na sustentabilidade do modelo de gestão do Porto desde então. Na altura era uma das poucas vozes dissonantes, principalmente porque estávamos a ganhar, e as vitórias escondem muita coisa.

Não tinha nenhum nome específico que gostasse para Presidente. Eu no fundo queria um desconhecido do público em geral mas que fosse extremamente competente e com provas dadas na gestão de uma empresa, e que se rodeasse de uma equipa de gente muito competente nas suas áreas (incluindo as áreas financeiras e desportivas) e que trouxesse para o Porto uma gestão altamente profissionalizada que catapultasse o Porto para o clube que eu sei que pode ser. O André, pese embora o seu portismo mais do que evidente e todas as alegrias que me deu enquanto treinador, não era essa pessoa de todo. O nome não me entusiasmava. Era mais um nome ligado ao futebol, ligado a este regime atual e eu duvidava que pudesse trazer a mudança que eu sonhava para este clube.

Quando me increvi neste espaço, não era sócio. Tornei-me sócio em 2015, mas não a tempo de votar nas eleições de 2016. Teria votado branco, teria votado nulo, teria escrito Futre, Sócrates ou até senhora da limpeza. Queria esta direção fora. Queria um Porto com os valores que nós adeptos sempre defendemos e esta direção nunca praticou. Se algum dia praticou, eu quase já não me lembro. Vi o Porto ser campeão europeu com 18 anos (era bebé no título do Artur Jorge), mas não me esqueço da muita contestação que já havia a Pinto da Costa no período pré-Mourinho. Mas confesso que se hoje vejo futebol, na altura via o Porto jogar à bola. Não estava tão concentrado também nos aspectos da gestão do clube, pelo que o queria era ver a bola a entrar, festejar tris, tetras e pentas. Não pensava no amanhã. Achava que isto nunca iria acabar. Em 2006 já via o futebol de uma maneira completamente diferente. Muita da magia tinha-se perdido (não por causa dos resultados, pois rapidamente voltamos a ganhar depois daquela época inarrável de 2004/2005, mas sim porque via o clube a entrar um processo a que a cada dia cavava um buraco, e no dia seguinte, para tapar o buraco do dia anterior, tínhamos que cavar um buraco só um bocadinho de terra mais fundo. E enquanto uns diziam que "Vão haver sheiks a gastar muito dinheiro no futebol" eu alertava que a certa altura o buraco a cavar iria ser tão fundo que não conseguíamos sair dele. É onde estamos hoje. Mas o tempo passou e continuávamos a não ter candidatos a aparecer para mudar o rumo do clube. 2016 mostrou que a insatisfação já era grande, mas os nomes fortes continuavam sem aparecer.

Eis que 2020, ano de tão más memórias, eu recebo a mensagem que passei anos a querer ouvir "Hoje na RTP às tantas horas, vai ser anunciada uma candidatura à Presidência do Porto contra Pinto da Costa!". Não via a RTP há anos. Colei-me na televisão com quase meia hora antes à espera para ver o anuncio. Decepção. "Preferia ter visto um espantalho como candidato a ver a candidatura do JFR! O gajo começava a falar e eu mudava de canal". Contudo acabei por votar nele. Nenhum nome forte avançou. Nenhum nome forte o apoiou, mas para mim continuava a representar a esperança na mudança. E caso vencesse, mesmo não sendo o candidato perfeito, não tinha que ser algo a longo prazo. Iria abrir a porta a outras candidaturas. Era mais fácil candidatar-se contra JFR que contra JNPC.

Confesso que tive esperança que ganhasse. Com o covid, muito do contacto com portistas que tinha era através deste espaço. Um espaço que há muito que suspirava por mudanças. Tive a ilusão que podia ser feito. Percebi na véspera que não ia acontecer. Uma chamada telefónica a uma pessoa da candidatura do JFR e as palavras que não queria ouvir "O JFR não tem hipótese de ganhar". Fui na mesma, votei, vi muita gente jovem, esperei o milagre. Ele não apareceu.

A situação do clube continuou a piorar. Anteriormente, era preciso uma venda de 15-20 milhões para equilibrar contas. Tivemos que vender Luiz Diaz, Vitinha e Fábio Vieira para o mesmo efeito. A situação era pior de dia para dia. As pessoas nas redes sociais imploravam a AVB, como se o Messias se tratasse, que apresentasse a candidatura à sua "Cadeira de Sonho", para vir salvar o clube. Eis que começam a aparecer os primeiros sinais positivos. Ele ia avançar. Não era o meu sonho, mas era um candidato forte, alguém que podia mexer com o status quo. Alguém que podia ganhar.

Tudo começa com a AG. Estive presente. Como muitos outros estive horas na fila para entrar. Mas ver aquele movimento, não a favor de AVB, não contra JNPC, mas pelo Futebol Clube do Porto. Não consigo descrever os sentimentos que tive na altura. A energia que se sentia naquelas filas era palpável. O entusiasmo da adesão dos sócios naquele momento. Mais do que tudo, sentia-se que o Porto estava vivo! Que os sócios estavam vivos. Não viraram a cara ao clube naquele momento. Todos sentíamos que era um momento especial. Estávamos a assistir a uma mudança. O que antes parecia impossível, naquele momento foi perceptível por todos. O Porto pode mesmo mudar. Não sei se os mais otimistas previram aquela avalanche. Todos sabíamos que o auditório não ia chegar. Aquilo já era outro nível: o Dragão Arena não ia chegar. A história tornou aquele dia um dos mais tristes da história do Porto. Para mim, enquanto portista, mais triste que isso, mais do que qualquer derrota, só a perda do Rui Filipe.

Naquele momento (longe de a maioria de nós saber o trabalho que já havia sido feito antes) foi perceptível que a candidatura de AVB não podia parar.

Eis que surge outro momento marcante, a apresentação do AVB na Alfândega. Com a memória da AG ainda bem fresca na memória de todos, e não só os incidentes como todas as peripécias da organização, ver a organização do evento e a atenção ao detalhe foi uma lufada de ar fresco. Eu já sabia que ia votar AVB, mas aquele foi o primeiro dia que senti que o meu Porto ia estar em boas mãos. Contudo, houve coisas pelas quais não esperava. Já se sabia que Cecília Pedroto estava contra a atual direção, esse nome não surpreendeu. Mas ver ex-jogadores, jogadores que levantaram uma Liga dos Campeões pelo Futebol Clube do Porto a apoiar uma candidatura que não a de Pinto da Costa surpreendeu. Mas foi mais do que isso. Foi ver políticos de diferentes áreas, foi ver treinadores, jogadores... tudo ao lado de uma candidatura que não a de Pinto da Costa. Nunca pensei que iria assistir a tal demonstração de força.

AVB começa então a apresentar a sua equipa. Toda a gente esperava que fosse Angelino Ferreira o diretor financeiro. Quando foi apresentado para outras funções, fiquei curioso quem iria apresentar para o cargo mais importante da sua candidatura, dado o atual estado das finanças do clube. Não conhecia José Pedro Pereira da Costa. Fiquei agradavelmente surpreendido pelo seu currículo. Era aquilo que eu queria para o Porto. Mas quando o comecei a ouvir falar e a fazer a análise das finanças do Porto, foi dos maiores prazeres como adepto do Porto. Comecei a ter esperança no futuro, coisa que não tinha em muito tempo.

Depois apresenta o candidato a diretor para as modalidades. Eu não conhecia o Mário Santos. Ouvir o Mário Santos a defender para as modalidades ditas amadoras muitas das ideias que eu tinha para o futebol profissional do clube, foi incrível.

Hoje (pelo menos era hoje quando comecei a escrever isto, mas agora já é ontem) estive na apresentação da equipa diretiva. Assim que entro na sede de campanha e começo a ver os currículos caiu-me tudo. Pessoas que eu nunca tinha ouvido falar, que estiveram associadas e responsáveis por cargos e projetos de dimensão superior ao Futebol Clube do Porto de hoje? Isto era a candidatura que eu queria. Que eu sonho desde 2015. De pessoas extremamente competentes que se juntam para trazer o Porto para um patamar que eu sei que podemos estar.

Eu não sei se o André vai ganhar. Eu não sei que mesmo que ganhe o clube ainda tem muitos desafios pela frente. Sei que os próximos tempos do Porto não serão um mar de rosas. Mas no final da apresentação tive o prazer de ir cumprimentar aquele que eu espero dentro de 15 dias seja eleito como novo Presidente do Porto.

Não sou seguidista. Não concordo com o seu plano para a formação. Estou 100% de acordo com ter as modalidades, a formação e o futebol profissional a treinar num só espaço, e há muito que acho que o Olival como está hoje é muito curto para a equipa principal, mas da mesma forma também o é para a formação. Também eles precisam de um centro de alto rendimento. Precisam de condições que o Olival já não garante. E espero vir a falar com ele sobre um projeto que acho que seria muito importante para o futuro do clube. Mas porra que equipa fantástica que ele tem à volta! Espero que não seja só para um candidatura, espero que seja já para o próximo mandato!
Muito obrigado por este precioso testemunho.
 
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Reações: PO e Diogo Tomás

b10nic

Sofá de casa
3 Agosto 2015
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11,776
Tiago Madureira integra lista de Villas-Boas: «É chocante... O FC Porto está parado no tempo»
Antigo diretor executivo da Liga fez análise ao estado do clube

Tiago Madureira foi esta quinta-feira apresentado como aposta de André Villas-Boas para as eleições do FC Porto de 27 de abril. O antigo diretor executivo da Liga, que, assim a lista B seja vencedora, terá a seu cargo a área de negócios e expansão internacional, fez uma análise bastante dura à realidade do FC Porto.

"Não há uma forma politicamente correta de colocar este tema. É chocante que, em 2024, numa altura em que qualquer organização internacional usa meios digitais, o FC Porto ainda fale em iniciar a essa transformação digital. Num mundo que se mexe ao segundo, o FC Porto está parado no tempo. É obrigatório trazer de volta o FC Porto à modernidade. Será um processo integrado que vai tocar nas várias unidades do grupo, mesmo na parte desportiva, que vai melhorar com isto. Mas será junto dos adeptos que isto se vai materializar de forma mais vincada", garantiu.

Sobre "o tema da bilhética", Tiago Madureira vincou a necessidade de "fazer a transformação digital" do sector dentro do clube, uma transformação "totalmente controlada pelo FC Porto". "Também é necessário reinstituir a possibilidade de revenda de lugar anual para aumentar as assistências. Deixou de acontecer, não se sabe porquê", disse, acrescentando, entre outras ideias, que a candidatura pretende "restaurar o treino aberto de dia 1 de janeiro, a festa de apresentação", medidas "de reaproximação aos sócios".
 

PO

Tribuna Presidencial
24 Novembro 2013
17,568
18,195
Podes ir falar com ele sobre a Academia que ele é super acessível.
Depois deixa aqui a troca de ideias ...
Neste momento a Maia parece uma miragem, e é curto para a aspiração de ter tudo no mesmo espaço.
A pegar no projecto, iremos precisar de mais espaço, e terá de ser um projecto reformulado, pensado de raíz para ser algo definitivo ...

Eu já não devo conseguir ir a sede do AVB novamente. Mas se fosse iria dar a seguinte sugestão

Mas a minha ideia para a Cidade do FCPorto já a apresentei aqui. Um projecto faseado

- Maia com pelo menos 30Hectares de terreno util
- Construir equiamentos para a formação no menor espaço de tempo possível
- Construir equipamento para as modalidades (pavilhão, etc)
- Construir instalações para a equipa senior, B, feminina, etc ...
- Olival fica para a Fundação Porto, possivelmente reformular um dos campos para ter pista de atletismo. Uma ideia seria ter um centro de alto rendimento para atletismo ... Algo que já vi os atletas portugueses de selecção olímpica se queixarem

PS: Alguém sabe o valor dos terrenos na posse da empresa ABB?
Mais do que a questão da Academia, eu gostava que o Porto tivesse um departamento de analytics. Não sei se tem ou não alguém a fazer este tipo de análises, acredito que sim, mas se tem, ninguém lhes está a dar ouvidos. Mas já expliquei isso no tópico das propostas para o clube.

Sobre a questão da academia, é essa também a minha visão. Já ouvi o André falar sobre prefirir um modelo de famílias de acolhimento ao invés de ter os miúdos internos na academia (se me perguntarem onde não me lembro, mas era demasiado rebuscado para ter sonhado), que acho que é um modelo que é utilizado no Norte da Europa. Fazendo um bocadinho de benchmark, acho que as toupeiras têm (para os miúdos de longe que precisam de ficar alojados no Seixal) tanto quartos singles e doubles, pois há miúdos que preferem estar sozinhos e outros que preferem ter companhia. Mas sei que já perdemos jogadores por não termos soluções neste campo.

Sobre os terrenos da ABB, penso que será possível a advogados facilmente consultar o valor pelos quais foram comprados (corrijam-me se eu tiver enganado), mas acredito que se for AVB o Presidente, é capaz de aparecer um contrato de promessa compra e venda de valores bem superiores.
 

Cubillas

Tribuna
9 Março 2012
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47
Paris
gil-costa.wix.com
Zubizarreta confirmado nas entrelinhas

Gostaria de voltar a trabalhar com Zubizarreta? "O anúncio na Direção Desportiva é no dia 18, eu trabalhei com o Andoni [Zubizarreta], é uma pessoa que tenho o máximo respeito e elevação, passou por um dos melhores períodos do Barcelona, como vocês sabem, o Barça também tem um pouco deste vínculo e ADN como FC Porto, e é um clube cheio de valores e de cultura, portanto, vamos aguardar pelo dia 18 para as respostas finais."
Segui com muita atenção o trabalho do André no Marselha...não gostei do trabalho do Zubizarreta.
O André tinha de facto uma relação muita cúmplice como o Zubizarreta, ele até ameaçou sair caso o espanhol fosse demitido, o diretor do Marselha não gostava muito do Zubi, ele acabou mesmo por sair.
Se olhamos para a era "Zubi" no Marselha acho que fez um trabalho decepcionante, podem ver aqui as movimentações durante este período (o Zubi entrou no inverno 2016):
 
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DaniMontana

Quitters never win and winners never quit.
12 Janeiro 2015
16,023
11,551
Londres
Gasperini deu 3 ao Klopp em Anfield.
Venha ele e o Scamacca 🤩

[dream mode off]
Gasperini certamente terá alguns clubes com pastel interessados nele.

O Alonso deve estar ou a espera do Munich ou do Madrid.

Neste caso Leverkusen deve atacar Gasperini. O Barcelona também poderá optar por ele ou mesmo o Liverpool.

Acho que Gasperini será muito difícil de alcançar.
 

DaniMontana

Quitters never win and winners never quit.
12 Janeiro 2015
16,023
11,551
Londres
O DD não terá funções unicamente como a composição do plantel principal. Será muito mais abrangente que isso.

Enviado do meu M2007J3SG através do Tapatalk
Pela entrevista do espanhol parece ter o perfil desejado, e pelo facto de tanto um como o outro andarem a derreter-se em elogios só denota que é um casamento que pudera dar frutos.

Sinceramente vendo o CV e lendo as ideias do espanhol e entroncando nas ideias que o André tem apresentado Zubizarreta será uma grande adição ao projeto. Curioso para saber mais sobre o departamento de scouting
 
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Reações: Pedro Brandão

MartinsDragão

Tribuna Presidencial
4 Fevereiro 2015
27,191
19,393
AVB sobre as Eleições:

«Há muitas questões de operação que nos preocupam, evidentemente, não só as questões que já foram bem clarificadas relativamente ao cartão de cidadão e ao cartão de associado, mas sobretudo aos cadernos eleitorais. A consulta, se possível, de cadernos eleitorais, porque parece-nos algo infeliz que não os possamos consultar e tocar diretamente com essas pessoas e incentivá-las a vir votar no dia 27. Mas sobretudo questões de operação, de fiscalização, de delegados às mesas, de composição das urnas, de superdelegados que andem à volta de um perímetro tão grande como é o Estádio do Dragão e de tantas urnas que irão estar disponíveis. E sobretudo das pessoas que irão liderar essas mesas de voto. Foi-nos dito por parte do clube que o clube estaria a lançar aos seus funcionários, em primeiro lugar, um voluntariado para liderar essas mesas e depois, mais tarde, uma proposta para colaborarem nesse dia das eleições, o que me parece que podem não ter tido a adesão que esperavam, o que poderá implicar, normalmente, que todas as listas deveriam ter pessoas também a presidir a mesa, não só enquanto delegados, mas também a presidir as mesas. São questões que se levantam do nível da operação que urgem, que obrigam a respostas rápidas e diárias.»
 

andremaisfcp

Tribuna Presidencial
25 Maio 2014
18,936
12,340
Conquistas
7
  • Alfredo Quintana
  • Supertaça 19/20
  • Campeão Nacional 19/20
  • Taça de Portugal 19/20
Gasperini certamente terá alguns clubes com pastel interessados nele.

O Alonso deve estar ou a espera do Munich ou do Madrid.

Neste caso Leverkusen deve atacar Gasperini. O Barcelona também poderá optar por ele ou mesmo o Liverpool.

Acho que Gasperini será muito difícil de alcançar.
O Alonso já disse que ficava mais uma época no Bayer.
 

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30 Junho 2020
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Portugal
Pela entrevista do espanhol parece ter o perfil desejado, e pelo facto de tanto um como o outro andarem a derreter-se em elogios só denota que é um casamento que pudera dar frutos.

Sinceramente vendo o CV e lendo as ideias do espanhol e entroncando nas ideias que o André tem apresentado Zubizarreta será uma grande adição ao projeto. Curioso para saber mais sobre o departamento de scouting
Existe um motivo para o Zubizarreta nunca mais ter tido trabalho em qualquer clube de futebol do mundo.
Já agora, ao contrario do que escrevem aqui, ele não saiu do Barcelona de livre vontade, ele foi despedido do Barcelona por vários erros, no Marselha foi ainda pior, custou muito caro e as apostas de fundo dele foram todas ao lado, o Mitroglou era para ele um jogador "muito importante".
O único lugar onde ele resultou foi no Bilbao, talvez porque não dava para contratar tanto devido as limitações do jogador basco.
Não concordo que façam dele um DD de craveira mundial, está muito longe disso, até porque nem uma filosofia clara possuiu como o Monchi, Edú Gaspar ou o Michael Zorc, deixou um rasto no Barcelona e no OM de jogadores caros, com baixo rendimento, muito longe do que seria de esperar como um DD ideal, a coisa mais presente que tenho dele foi a dificuldade de contratar um defesa central para o Barcelona que acabou na contratação do "famoso fumador" Jérémy Mathieu por 20M ao Valência.
Não penso que seja por aqui que uma candidatura deverá ir em relação à direção desportiva, ainda para mais com as limitações que todos conhecemos.
 
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