Ups. . .
Julen Lopetegui acaba de levar o Sevilla à conquista da Liga Europa, e de fazer ruir muitas das certezas absolutas a seu respeito.
Aquando da sua passagem pelo nosso Porto, muita gente o sentenciou como um treinador perdedor, inventou mil e um apelidos, criou mil e um problemas, e deu o seu estilo de futebol como insípido, enfadonho, e completamente incapaz de atingir o êxito.
Criei esta minha página durante a sua primeira temporada, e muito porque me sentia revoltado com o bullying gratuito contra ele.
Chegou ao Porto como um completo desconhecido, acertou em quase todas as contratações, apostou num Rúben Neves com idade de juvenil, e só não foi campeão nessa temporada porque fomos ROUBADOS!
Ele mesmo disse isso com todas as letras, mas nem internamente foi apoiado, e caiu no erro de não saber limpar as cobras do balneário (que mais tarde deram ares de si em pleno Estádio da Luz e em abraços tresloucados com o azeiteiro Jorge Jesus).
Nas competições europeias, tivemos uma temporada com um futebol que em vários momentos atingiu o brilhantismo, e só caímos em Munique, e com uma equipa sem Danilo, sem Alex Sandro, e com Fabiano na baliza.
Nada ganhamos com ele, mas bem me recordo que, por esta altura, Pinto da Costa lhe fazia juras de amor, dizendo que já só lia jornais em espanhol, e que estava doido por lhe renovar contrato.
Cometeu erros, sim, cometeu, mas nunca teve amparo da estrutura, e foi devorado por uma comunicação social que lhe tinha um ódio de morte.
Pois bem, esta temporada baixou na hierarquia de clubes, mas acabou a La Liga em 4º lugar (com os mesmos pontos do terceiro, o milionário Atletico de Madrid), e venceu a Liga Europa.
Nunca lhe acusei do estado das nossas contas (pura manipulação maldosa de certos cartilheiros que estão agora a engolir um sapo enorme), não gostei de certas declarações pós saída, mas bem me recordo que foi ele o último treinador a fazer-me sonhar com nova conquista da Champions, quando voltava para casa após o Porto 3 vs Bayern 1.
Hoje teve a sorte que lhe escapava, mas teve mérito, e mostrou que também evoluiu como treinador (principalmente nas bolas paradas e na capacidade de especular com os momentos do jogo).
Venceu ele, e venceram os nossos Oliver Torres (que fez 37 jogos, e marcou 6 golos), Fernando (41 jogos, e 3 golos), e o tão mal aproveitado Diego Carlos (central que passou pela nossa equipa B, e que tanto pedi o seu regresso).
Que muitos aprendam que não há só uma maneira de ganhar, e que se deixem de levar por verdades impostas por gente incompetente, que precisa sempre de arranjar um culpado para os seus fracassos.
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Página do Porto on Tour