José Pedro Pereira da Costa - CFO

mega_dragon

Tribuna Presidencial
24 Junho 2012
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Este reforço de benefícios, poucos meses após a assinatura do acordo, merece uma vénia. Salvaguarda muito mais os interesses do Clube. Mais dinheiro e possibilidade de recompra.

É facilmente perceptível que se isto fosse feito de raiz pela atual Administração os benefícios seriam muito maiores.

Obrigado por se disponibilizarem nesta fase a ajudar o Futebol Clube do Porto.
 

Devenish

Tribuna Presidencial
11 Outubro 2006
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Porto
  • Reinaldo Teles
  • Março/19
Pereira da Costa, CFO da Administração da SAD do FC Porto, explicou ao pormenor os detalhes da renegociação do acordo com a Ithaka, que permitirá aos dragões melhores condições em relação ao contrato inicialmente elaborado pela anterior Administração liderada por Pinto da Costa. Em declarações ao Porto Canal, o executivo explicou a forma como tudo se processou.
Revogação teria custos avultados: «Chegamos ao fim de um longo processo negocial com a Ithaka e, como ponto prévio, é importante referir que o acordo assinado pela anterior administração não permitia qualquer tipo de revogação sem custos. Os custos eram avultados e, nesse contexto, procurámos a melhor solução possível para o FC Porto, em conjunto com o nosso parceiro que demonstrou a flexibilidade necessária para rever os termos e proporcionar as condições básicas para que este negócio se pudesse concretizar em pleno.»
De 65 para quase 100 milhões de euros: «Do nosso lado essas condições fundamentais passavam por uma revisão do valor global do negócio. O acordo anterior previa um encaixe na venda dos 30% da sociedade em causa, a Porto Stadco, que inclui exatamente os mesmos ativos, receitas e custos do acordo anterior, nomeadamente bilhética, corporate hospitality, publicidade, naming rights, etc. Com os mesmos ativos, sem nada acrescentarmos, conseguimos uma revisão do valor global de 65 milhões para um máximo que pode ir até cerca de 100 milhões de euros.»
Valor inicial também subiu: «Conseguimos que o valor inicial, pago à cabeça, também aumentasse de forma expressiva. O acordo anterior previa que no momento do fecho da operação o FC Porto recebesse 40 milhões. Neste novo, passa a receber 50 milhões de euros de imediato. A passagem dos 65 para os 100 milhões é conseguida através do atingimento de um conjunto de métricas especificadas no comunicado de hoje, que tem a ver com o desempenho desta sociedade, mas não é uma questão binária de tudo ou nada.Se tivermos um atingimento pleno vamos aos 100 milhões, mas se tivermos um atingimento intermédio ficaremos entre os 65 e os 100 milhões. Em qualquer caso, iremos receber bastante mais do que no acordo anterior. Estes eram aspetos fundamentais, o valor global do negócio e o valor pago à cabeça. No contexto das dificuldades financeiras que o clube atravessa, termos mais 10 milhões é obviamente relevante.»
Opção de recompra: «A segunda questão relevante, por se tratar de uma parceria de muito longo prazo e por não sabermos o que é que o futuro nos reserva, foi colocarmos ao nosso parceiro a necessidade de termos, em algum momento, a possibilidade de recompra da participação por um valor que já foi acordado. Com este novo acordo, no final do 10.º ou 15.º anos teremos duas janelas para readquirir a totalidade dos direitos económicos desta sociedade e para voltarmos a ter 100% deste negócio.»
Financiamento garantido: «Este tipo de negócio à volta do estádio, com as tais linhas de receitas já descritas, tem vindo a ser a base das operações de financiamento de alguns clubes europeus em condições muito atrativas. Nesta parceria com a Ithaka não quisemos impossibilitar a concretização de uma operação financeira desse tipo e ajustámos o acordo de forma a que nos possamos financiar com os 70% que vamos manter desta sociedade. Essa foi uma condição fundamental colocada desde o início, que acabou por ser aceite, e hoje comunicámos ao mercado que contratámos um dos grandes bancos internacionais para nos montar uma operação de financiamento com base nos 70% dos direitos económicos da Porto Stadco.»
Benefícios da renegociação: «O acordo anterior era um acordo de 25 anos, ponto. Não incluía qualquer hipótese de recompra e essa foi uma condição fundamental que colocámos desde o início. É uma condição nova nesta adenda ao acordo anterior que foi agora inserida por nós.»

Sócios e adeptos no topo das prioridades: «Com esta nova negociação vamos ter um encaixe financeiro importante, esse talvez seja o principal aspeto. O facto de trazermos um parceiro com experiência comprovada para os negócios comerciais do Estádio do Dragão, pois, para além da Ithaka, vamos também colaborar com a Legends, uma empresa americana especializada na gestão deste tipo de infraestruturas que nos vai trazer algum know-how e alguma expertise. O objetivo principal passa por gerirmos melhor os negócios comerciais do estádio e proporcionarmos melhores condições aos sócios. Por conta deste encaixe financeiro vai haver um investimento relevante na melhoria do estádio e vamos procurar ter uma melhor oferta de food & beverage, não só nos camarotes,mas também nas bancadas gerais.»
Fair-play para cumprir: «Vai haver um upgrade da oferta, procurando trazer os sócios e adeptos do FC Porto para dentro do estádio mais cedo, proporcionando-lhes as melhores condições para usufruírem de todo o espetáculo, não só durante os 90 minutos, mas também antes e depois do jogo. Vamos ter diversas novidades que se tornam possíveis graças ao encaixe financeiro que nos vai deixar numa posição bastante mais sólida para enfrentarmos os desafios que temos de cumprir no curto prazo. Todas as questões de cumprimento das regras do fair-play financeiro da UEFA vão ser bastante mais fáceis com as duas operações que hoje anunciamos: o acordo da Ithakha, com os termos substancialmente melhorados, e a operação de financiamento que estamos a projetar com base na operação comercial do estádio.»
 

Vinha

Tribuna Presidencial
23 Abril 2016
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Não sei os detalhes, mas só o aumento dos valores possíveis, do valor imediato recebido e a possibilidade de recompra após 10 anos é excelente! E é algo que duvidava que pudesse acontecer!!! Excelente notícia!
 

joaoalvercafcp

Tribuna Presidencial
13 Março 2012
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“É a melhor solução possível para o FC Porto”

José Pedro Pereira da Costa revela que a renegociação do acordo com a Ithaka pode chegar aos 100 milhões de euros

Concluído um longo processo negocial com a Ithaka, José Pedro Pereira da Costa, membro da Comissão Executiva do FC Porto, pode finalmente anunciar que houve “uma revisão do valor global de 65 milhões para um máximo que pode ir até cerca de 100 milhões de euros”. “O acordo anterior previa que no momento do fecho da operação o FC Porto recebesse 40 milhões. Neste novo, passa a receber 50 milhões de euros de imediato”, acrescentou o administrador da SAD após o anúncio de um pacto para a exploração comercial do Estádio do Dragão nos próximos 25 anos.

Em declarações ao Porto Canal, o responsável pela área financeira do clube explicou que “o acordo assinado pela anterior administração não permitia qualquer tipo de revogação sem custos”, que “os custos eram avultados” e que o novo memorando passa a incluir “a possibilidade de recompra da participação por um valor que já foi acordado”: “No final do 10.º ou do 15.º ano teremos duas janelas para readquirirmos a totalidade dos direitos económicos desta sociedade e para voltarmos a ter 100% deste negócio”.

“Com base nos 70% dos direitos económicos da Porto Stadco”, sociedade em fase de construção através de uma cisão com a Porto Comercial, a administração portista encetou negociações com “um dos grandes bancos internacionais para montar uma operação de financiamento” que irá permitir “um encaixe importante” capaz de assegurar o “cumprimento das regras do fair-play financeiro da UEFA”.

Revogação teria custos avultados
“Chegamos ao fim de um longo processo negocial com a Ithaka e, como ponto prévio, é importante referir que o acordo assinado pela anterior administração não permitia qualquer tipo de revogação sem custos. Os custos eram avultados e, nesse contexto, procurámos a melhor solução possível para o FC Porto, em conjunto com o nosso parceiro que demonstrou a flexibilidade necessária para rever os termos e proporcionar as condições básicas para que este negócio se pudesse concretizar em pleno.”

De 65 para quase 100 milhões
“Do nosso lado essas condições fundamentais passavam por uma revisão do valor global do negócio. O acordo anterior previa um encaixe na venda dos 30% da sociedade em causa, a Porto Stadco, que inclui exatamente os mesmos ativos, receitas e custos do acordo anterior, nomeadamente bilhética, corporate hospitality, publicidade, naming rights, etc. Com os mesmos ativos, sem nada acrescentarmos, conseguimos uma revisão do valor global de 65 milhões para um máximo que pode ir até cerca de 100 milhões de euros.”

Valor inicial também subiu
“Conseguimos que o valor inicial, pago à cabeça, também aumentasse de forma expressiva. O acordo anterior previa que no momento do fecho da operação o FC Porto recebesse 40 milhões. Neste novo, passa a receber 50 milhões de euros de imediato. A passagem dos 65 para os 100 milhões é conseguida através do atingimento de um conjunto de métricas especificadas no comunicado de hoje, que tem a ver com o desempenho desta sociedade, mas não é uma questão binária de tudo ou nada. Se tivermos um atingimento pleno vamos aos 100 milhões, mas se tivermos um atingimento intermédio ficaremos entre os 65 e os 100 milhões. Em qualquer caso, iremos receber bastante mais do que no acordo anterior. Estes eram aspetos fundamentais, o valor global do negócio e o valor pago à cabeça. No contexto das dificuldades financeiras que o clube atravessa, termos mais 10 milhões é obviamente relevante.”

Opção de recompra
“A segunda questão relevante, por se tratar de uma parceria de muito longo prazo e por não sabermos o que é que o futuro nos reserva, foi colocarmos ao nosso parceiro a necessidade de termos, em algum momento, a possibilidade de recompra da participação por um valor que já foi acordado. Com este novo acordo, no final do 10.º ou 15.º anos teremos duas janelas para readquirir a totalidade dos direitos económicos desta sociedade e para voltarmos a ter 100% deste negócio.”

Financiamento garantido
“Este tipo de negócio à volta do estádio, com as tais linhas de receitas já descritas, tem vindo a ser a base das operações de financiamento de alguns clubes europeus em condições muito atrativas. Nesta parceria com a Ithaka não quisemos impossibilitar a concretização de uma operação financeira desse tipo e ajustámos o acordo de forma a que nos possamos financiar com os 70% que vamos manter desta sociedade. Essa foi uma condição fundamental colocada desde o início, que acabou por ser aceite, e hoje comunicámos ao mercado que contratámos um dos grandes bancos internacionais para nos montar uma operação de financiamento com base nos 70% dos direitos económicos da Porto Stadco.”

Benefícios da renegociação
“O acordo anterior era um acordo de 25 anos, ponto. Não incluía qualquer hipótese de recompra e essa foi uma condição fundamental que colocámos desde o início. É uma condição nova nesta adenda ao acordo anterior que foi agora inserida por nós.”

Sócios e adeptos no topo das prioridades
“Com esta nova negociação vamos ter um encaixe financeiro importante, esse talvez seja o principal aspeto. O facto de trazermos um parceiro com experiência comprovada para os negócios comerciais do Estádio do Dragão, pois, para além da Ithaka, vamos também colaborar com a Legends, uma empresa americana especializada na gestão deste tipo de infraestruturas que nos vai trazer algum know-how e alguma expertise. O objetivo principal passa por gerirmos melhor os negócios comerciais do estádio e proporcionarmos melhores condições aos sócios. Por conta deste encaixe financeiro vai haver um investimento relevante na melhoria do estádio e vamos procurar ter uma melhor oferta de food & beverage, não só nos camarotes mas também nas bancadas gerais.”

Fair-play para cumprir
“Vai haver um upgrade da oferta, procurando trazer os sócios e adeptos do FC Porto para dentro do estádio mais cedo, proporcionando-lhes as melhores condições para usufruírem de todo o espetáculo, não só durante os 90 minutos mas também antes e depois do jogo. Vamos ter diversas novidades que se tornam possíveis graças ao encaixe financeiro que nos vai deixar numa posição bastante mais sólida para enfrentarmos os desafios que temos de cumprir no curto prazo. Todas as questões de cumprimento das regras do fair-play financeiro da UEFA vão ser bastante mais fáceis com as duas operações que hoje anunciamos: o acordo da Ithakha, com os termos substancialmente melhorados, e a operação de financiamento que estamos a projetar com base na operação comercial do estádio.”
 

MarcioTeixeira

Tribuna Presidencial
27 Novembro 2013
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  • André Villas-Boas
  • Jardel
  • Sérgio Conceição
  • Alfredo Quintana
O muito do bom mercado realizado pelo presidente, pelo director desportivo e diretor geral também se deve a Pereira da Costa pelas condições financeiras proporcionadas para que a parte desportiva pudesse realizar o seu trabalho.
 
Última edição:

dragon1893

Arquibancada
6 Outubro 2012
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99
Estou de acordo com o ajuste da carga fiscal, mas apenas porque outros países, como a Itália, têm uma taxa mais baixa.

No entanto, tenho as minhas dúvidas quanto ao álcool nos estádios. Se o objetivo é atrair famílias para os estádios, prefiro que o consumo de álcool seja limitado.
 

joaoalvercafcp

Tribuna Presidencial
13 Março 2012
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“Lutamos em patamares desiguais na Europa”

José Pedro Pereira da Costa abordou os custos de contexto do futebol português no Thinking Football Summit

Acompanhado pelos homólogos de Benfica, Sporting e SC Braga no Thinking Football Summit, José Pedro Pereira da Costa abordou, na manhã deste sábado, as consequências dos custos de contexto para o futebol português, uma parte da “desvantagem estrutural” face aos restantes países da Europa.

O responsável pela área financeira do clube começou por abordar “o impacto” destes encargos que representam “entre 4 a 5% de margem sobre receitas operacionais”, um valor “na ordem dos 7 ou 8 milhões de euros” nas receitas totais que pesa “de forma relevante” na desigualdade sentida no panorama europeu: “Como indústria estamos bem posicionados no ranking, mas isso não corresponde à nossa dimensão em termos de país no mercado europeu. Olhando às receitas 'core', lutamos em patamares desiguais”. “Estamos a competir com clubes e países com dimensão desigual”, continuou a explicar o administrador da SAD que evidenciou preocupações no que ao “valor muito inferior dos direitos televisivos” e às “receitas de participação na UEFA” diz respeito.

Se o cenário atual é negativo, há que “atuar depressa” para diminuir as disparidades que ajudam a explicar a queda de Portugal “de sexto para sétimo” no ranking e a consequente “perda de uma equipa na Liga dos Campeões”, um prejuízo de “40 milhões de euros” para o futebol nacional. Na hora de apontar problemas concretos, o membro da Comissão Executiva do FC Porto referiu que a “carga fiscal do IRS é brutal”. “Quando disputamos um jogador com um país com Itália que tem taxa mais baixa e tem vantagem de estatuto de residente não habitual, há uma diferença muito grande”, exemplificou por fim.

José Pedro Pereira da Costa
"O impacto de termos custos de contextos alinhados com a realidade europeia, por contas rápidas, poderia representar entre 4 a 5% de margem sobre receitas operacionais, excluindo receitas com vendas de jogadores. Para receitas totais, na ordem dos 160 milhões de euros nos nossos casos, podíamos reduzir custos na ordem dos 7 ou 8 milhões de euros. Pesa de forma relevante. Como indústria estamos bem posicionados no ranking, mas isso não corresponde à nossa dimensão em termos de país no mercado europeu. Olhando às receitas 'core', lutamos em patamares desiguais. Os direitos televisivos têm valor muito inferior, em termos de receitas de participação na UEFA igual, até porque há um valor que tem que ver com as dimensões dos mercados. Nas receitas lutamos com desvantagem e estamos a competir com clubes e países com dimensão desigual. A isso acresce esses custos de contexto de coisas que parecem pequenas.

Partilho a ideia transmitida pelos meus clubes relativamente à preocupação com o ranking da UEFA. Trata-se de uma fonte de receitas muito importantes para qualquer um de nós. O facto de termos passado de sexto para sétimo e termos perdido mais uma equipa na Liga dos Campeões representa perda para Portugal à volta de 40 M€. Se não atuarmos depressa, pode ser pior. A carga fiscal do IRS é brutal. A UEFA, aliás, nos cálculos para o Fair Play Financeiro usa ajustes e a média mostra que há desvantagem estrutural relevante face a esses países e que é notória na altura de reter talento, de atrair talento... Quando disputamos um jogador com um país com Itália que tem taxa mais baixa e tem vantagem de estatuto de residente não habitual, há uma diferença muito grande.”

 
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MartinsDragão

Tribuna Presidencial
4 Fevereiro 2015
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Pereira da Costa defendeu que devia ser permitida a venda de álcool nos estádios para captar mais receita:

"Mais fácil será a autorização de álcool nos estádios. Isso traria as pessoas mais cedo para o estádio, ajudaria a criar mais receita no curto prazo e a mitigar alguns custos."
...
Em vez de se beber uns finos nas imediações do estádio, bebe-se e dá-se a ganhar ao nosso clube. Proibir álcool nos estádios só faz com que se beba cá fora e se entre " direitinho" à entrada e não se entre mais cedo. Mais nada!
 
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Mike_Walsh

Bancada central
4 Janeiro 2024
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Pereira da Costa defendeu que devia ser permitida a venda de álcool nos estádios para captar mais receita:

"Mais fácil será a autorização de álcool nos estádios. Isso traria as pessoas mais cedo para o estádio, ajudaria a criar mais receita no curto prazo e a mitigar alguns custos."
...
Em vez de se beber uns finos nas imediações do estádio, bebe-se e dá-se a ganhar ao nosso clube. Proibir álcool nos estádios só faz com que se beba cá fora e se entre " direitinho" à entrada e não se entre mais cedo. Mais nada!
Pois, mas pagar 1,5 por uma cerveja lá fora não é a mesma que pagar 5 euros por uma cerveja lá dentro.