Existe uma tremenda falta de exigência no clube a todos os níveis de cima a baixo.
É essa falta de exigência que origina a que ninguém assuma as suas responsabilidades. É como um cancro que se metastiza por todos os sectores. Está nos dirigentes, nas equipas técnicas, nos jogadores e por fim nos seus sócios e demais adeptos e membros de claques.
Os dirigentes, com Pinto da Costa à cabeça junto com o seu abastado e envelhecido séquito, estão fechados numa redoma em que ninguém os vê agir nem os ouve falar. Olham mais para o passado sem qualquer rumo de futuro.
Os treinadores, Sérgio Conceição, Rui Barros e Tulipa, cada qual com os seus erros, já não são solução (alguns nunca o chegaram a ser), mas sim um problema. Seja porque um nunca se considerou como treinador de futebol. Outro porque é incompetente, ou então agora mais recentemente temos um que está mais preocupado com o que de fora dizem dele do que ele está com o que a equipa (não) faz dentro do campo. Há uma coisa que os três em comum. É que não há jogadores que consigam evoluir com eles ao comando.
Depois temos os jogadores, alguns deles sem qualidade para envergar a camisola (muitas vezes mais amarela do que azul e branca) do Porto. Que amuam ou que se acham mais do que aquilo que valem. Que desconhecem o que é a particularidade do FC Porto. Alguns envergando a braçadeira de capitão que passou pelos braços do João Pinto e do Jorge Costa. Indiferentes, quer ganhem quer percam, porque estão todos simplesmente de passagem no clube.
E finalmente temos os adeptos. Os sócios em que só menos de 1% é que participam nos eleições e ainda menos estão presentes nas assembleias. Ou nas claques que batem palmas nas vitórias e nas derrotas. Não há massa crítica, acabou-se a exigência. O que há é desculpas e mais desculpas. Desculpa-se o presidente. Desculpa-se o treinador. Desculpa-se o jogador.
O FC Porto em 2019 é um clube doente. Decadente. Deprimente.
E todos sem excepção são responsáveis por isso. Desde o seu presidente até ao seu mais anónimo adepto.