Jorge Nuno Pinto da Costa - Presidente dos Presidentes (1937 - 2025)

diogo_82

Bancada lateral
8 Julho 2011
614
497
V.N. Gaia, 1982
O K esses filhos da puta d lixoboa têm é inveja do que PdC fez, que foi lutar contra o centralismo bacoco deste país, que fez dos analfabetos no norte mouros e lagartos, gente de merda! Felizmente existiu smp quem lutou contra esses analfabetos de merda e PdC foi um deles! Por isso n se incomodem c o silêncio de lixoboa, é um excelente sinal!!!!! 1755 sempre e espero K PdC lá em cima puxe uns cordelinhos pra que se repita em breve!
 

Porto sentido

Bancada central
22 Julho 2018
1,419
1,544
Conquistas
3
  • André Villas-Boas
  • Campeão Nacional 19/20
  • Taça de Portugal 19/20
Ontem foi um dia triste para todos os portistas. Ontem faleceu o único presidente do FCP que muitos de nos e muitos mais adversários conheceram. PdC representa uma impossibilidade, um glitch na matriz. O que FCP conseguiu alcançar na liderança de PdC é inimagjnavel e irrepetível.

Morreu como quis, derrotado por uma doença cruel, mas teve uma vida longa e plena, dedicada a fazer o que mais gostava de fazer. Poucos terão essa sorte.

Que descanse em paz, e se vida existe depois da vida, que a goze a vibrar com as vitórias do seu FCP!
 

NobreELeal

Arquibancada
26 Maio 2014
308
248
Nasci 1 ano depois de JNPC subir à presidência do Porto. É, portanto, o único presidente que conheço, até ha um ano atrás.
Quando comecei a perceber melhor o que era o futebol no início dos anos noventa, estava convencido que a onda avassaladora de vitórias do nosso Porto sempre assim foi. Mas não, antes de Pinto da Costa ganhamos muito pouco.

Incrível a mudança que este homem fez num clube, numa cidade e numa região.

Obrigado Presidente por Viena, pelo penta, pelos vários 5-0, por Sevilha e Gelsenkirchen, por Dublin, pelas muitas e muitas vitórias. Obrigado por não desistir nas derrotas e ensinar nos a fazer igual.
Obrigado por resistir aos ataques dos rivais e ensinar nos a fazer igual.

A memória de Pinto da Costa vai viver para sempre!
Que descanse em paz.
 

Johny

Bancada central
31 Agosto 2016
1,685
2,263
Esta é a primeira e será provavelmente a última publicação que farei neste fórum. Nada contra; é só que sempre gostei mais de acompanhar que propriamente de comentar.

Tive o azar cósmico de nascer em Lisboa. O que me corre nas veias é sangue minhoto, provindo do lado materno da família, que cedo se mudou para a cidade do Porto e, cedo também, para a capital em busca de uma vida melhor. De lá trouxeram a paixão pelo Futebol Clube do Porto, que teve o seu baptismo definitivo com os dois golos do Jardel em Milão.

Chamo-lhe "azar cósmico" porque não escolhemos onde nascemos nem tem que ser isso que nos define. E chamo-lhe "azar cósmico" porque, como qualquer Portista de Lisboa sabe, nós crescemos rodeados de vitórias, mas também do desdém alheio. Certa vez levei um cachecol do Azul e Branco para a escola e houve um contínuo que se assoou ao Brasão Abençoado com cara de nojo. Outra vez, fui a Alvalade para ver o meu clube jogar, e fui alvo de ameaças físicas e verbais por parte de gente com o dobro do tamanho e idade. Agora adulto, já ninguém me mostra essa coragem dos bullies. Não raras vezes, ouço ainda "és fixe, pena é seres do Porto"; ou, pior ainda, "como é que és de Lisboa e és do Porto?". Mas já não lhes viro a cara com vergonha infantil.

Felizmente, o contrário também se aplica. Por motivos profissionais venho-me deslocando muitas vezes ao Porto, e ao Minho. Fiz muitos amigos nessas viagens, amigos Portistas; conheci várias pessoas que se espantam, depois de dois ou três dedos de animada e alcoólica conversa, quando lhes digo que nasci em Lisboa e sempre morei perto de Lisboa. "Tu pareces um gajo do Norte" é provavelmente a coisa mais bonita que alguém já me disse. Já sofri muito pelo clube a seu lado, vibrei pelo clube outras tantas vezes; descobri, só muito mais tarde na vida, os meus semelhantes. Acontece; mais vale tarde que nunca.

Outro dia, um conhecido lampião disse-me que não considerava o Futebol Clube do Porto um "clube a sério". Disse-o para me picar, mas na minha óptica tem razão: o Futebol Clube do Porto não é um clube, é uma ideologia. O Futebol Clube do Porto é a crença em algo maior que a racionalidade humana: para uns pode ser "trabalho", para outros pode ser "raça", para outros ainda algo completamente diferente. Sempre que grito "Porto!", seja em casa ou num estádio, essa palavra guarda dentro de si algo mais que o imediatamente perceptível. "Porto!" é ao mesmo tempo a humildade e o termos confiança em nós mesmos; "Porto!" é o sermos fiéis e o sermos justos; "Porto!" é antagonismo e luta contra a capital instituída, contra o centralismo que menospreza quem quer que se encontre fora das suas fronteiras. Um grito de "Porto!" nunca é sobre o clube ou a cidade em que este se ergueu, tampouco sobre uma só região. É o grito de todos os ingovernáveis. Não é por mero acaso que há tantos Portistas na Madeira ou nas antigas colónias.

O Futebol Clube do Porto é ideologia e o seu educador foi Jorge Nuno Pinto da Costa. Mais que "Presidente dos Presidentes", mais que "Rei", mais que qualquer rótulo que lhe colem por causa de um qualquer culto da personalidade (se esse culto é compreensível ou deixa de o ser, são discussões completamente diferentes), Pinto da Costa foi um professor: apontou o dedo e, através da sua paixão pelo Porto e de tudo o que veio atrás ela - o trabalho, a ironia, a belicosidade -, mostrou-nos que um outro mundo era possível. Um mundo em que um clube orgulhosamente bairrista (e ainda bem!) podia aspirar a conquistá-lo, como o fez. Um mundo em que não mais teríamos que baixar a cabeça perante o poder instituído: iríamos olhá-lo nos olhos e desafiá-lo. Traduzido por gunês, Pinto da Costa foi quem se virou pela primeira vez a Lisboa e disse, de faca nos dentes: "e quê, caralho?".

Será esse, até mais que qualquer dos mais de 2500 troféus conquistados, o seu maior legado: o nunca nos rebaixarmos perante quem nos quer colonizar o coração. É por isso que lhe estou eternamente grato. As vitrines recheadas vieram por arrasto. É nisso que tenho um orgulho indizível e é isso que me leva a dizer que aquilo que hoje morreu não foi um Presidente, não foi um Clube, não foi uma Ideia: foi um homem, de carne e osso, falível como qualquer outro. O que hoje morreu não foi o Verbo, para recorrer a um termo bíblico. É também isso que me leva a não chorar uma morte anunciada; sinto o pesar obrigatório pela sua passagem, claro, misturado com alguma - não há que o negar, não há que ser hipócrita - raiva por estes últimos anos, em que Pinto da Costa rejeitou a sua própria palavra. Resumindo, não sinto a dor de saber que morreu, mas a felicidade de ter acompanhado a sua vida.

Há meses que ouço gente a dizer-me que quando Pinto da Costa morresse iria para a rua, de cocktail na mão, lançar fogo de artifício. Já se passaram horas e a minha cidade continua incrivelmente silenciosa. Até na morte, conseguiu calar toda a gente que o odiava, nos odiava, odiava a nossa palavra.

Independentemente das críticas que se possam vir a fazer, independentemente de amanhã não ganharmos ao Farense (quer dizer, ai daqueles coiros que não ganhem), independentemente dos tempos difíceis que temos atravessado e, se calhar, continuaremos ainda a atravessar antes de chegar a bonança:

Somos Porto e seremos Porto. Hoje mais que antes. E, no antes, já o éramos no infinito.
Lindíssimo texto.
Um abraço de outro “portista de Lisboa”, de experiência igual, que desde que começou a descobrir a cidade do Porto e o norte, parece que encontrou o seu lugar.
 

PABLO

Bancada lateral
3 Agosto 2015
977
722
Incrível como uma pessoa que nem conheci físicamente, apenas nas tvs, jornais ... e por quem uma ou outra vez me cruzei, me deixam tão transtornado, nunca pensei vir a sentir isto neste dia, mas de fato esta pessoa foi que me fez ser adepto deste grande clube, que me deu tantas alegrias, tantas vitórias que é impossível não sentir esta perda como sendo nossa, de uma pessoa próxima.
Só podemos agradecer por tudo e lembr-lo para sempre.
Não sei ainda se dando o seu nome ao estádio ou ao museu ... mas algo tem que ser feito para ficar eternizado.
 
  • Like
Reações: Esquerdinha

Cris1978

Tribuna
14 Abril 2013
4,742
4,182
Hoje é um dia imensamente triste.
Perdi o Presidente de quase toda a minha vida.
Posso não ter concordado com ele nos últimos anos mas nada vai apagar o que fez por todos os portistas, portuenses e portugueses.
Trouxe a garra, ambição e mística. A cultura FCP. A nossa marca.
Vou lembrar para sempre a sua força, ironia e personalidade, sem medo, sem olhar para trás na defesa do nosso clube.
Durante anos a fio, excepto nos últimos anos, sabia que com ele na bancada, estávamos protegidos e que se algo corresse mal, seria corrigido rapidamente.
Vou lembrar para sempre as alegrias que me deu, a liga Europa quando ainda estava na faculdade, a liga dos campeões, a intercontinental de madrugada, os campeonatos, taças.
Sinto a minha alma pesada, ferida.
Obrigado por tudo meu Presidente. Viva o JNPC. Viva o FCP
 
  • Like
Reações: draco90

Postiga

Bancada lateral
8 Agosto 2016
518
332
Tinha eu 8 anos quando numa viagem da escolinha fomos ver o estadio das antas e ver um treino do Porto, cada 1 de nós podia pedir um autógrafo e dizer umas palavras ao presidente, levava um pequeno bloco de notas e uma caneta para ter um autógrafo dele, chegada a minha vez dei-lhe um grande abraço e disse " o meu pai gosta muito de si e chora muito quando o Porto não ganha, mas quando o Porto ganha nós vamos para o estádio e para todo o lado festejar, pode por o seu nome neste papel para eu dar ao meu pai? " E ele respondeu " diz ao teu que juntos vamos ganhar sempre, somos o melhor clube do mundo, vou escrever o meu nome em duas folhas, uma para ti e outra para dares ao teu pai " recordo-me disto como se fosse hoje 🥹 alguns anos mais tarde na inauguração da casa do Porto de Cesar fiz algo caricato, o presidente chegou cheio de seguranças para vir inaugurar a casa do Porto De Cesar, havia um cordão onde ninguém podia passar, uma multidão imensa de gente para o ver, eu furei esse cordão de segurança enorme e assim que ele sai do carro fui a primeira e única pessoa a cumprimentar o presidente ( esse cumprimento deu capa de 3 jornais, jn, o jogo e o record e ainda nas reportagens da rtp, sic e porto canal ) acordo no dia seguinte com várias pessoas a ligar a dizer que fui capa de jornais a cumprimentar o presidente 😅😁🥹 eu sei parece algo insignificante mas para mim cumprimentar o presidente era mágico 🥹 depois do jantar e de muitas fotos troquei umas palavras com o presidente a agradecer por tudo o que fez pelo nosso Porto 🥹💙 Todas estas coisas fizeram de mim ser conhecido como o maior e mais fervoroso portista da terrinha, e isso é assim por culpa do enorme Jorge Nuno Pinto Da Costa 💙 Que descanse agora junto de outros gigantes eternos Portistas 💙🥹 Que comece hoje a reviravolta da temporada e que sejamos campeões para lhe dedicar este título 💪💙

Até sempre meu presidente 💙🥹🥲
 

Mustaine

Tribuna Presidencial
18 Junho 2007
13,156
3,422
Porto
É seguramente o dia mais triste da história do FC Porto. O vazio é interminável. Critiquei muito o final da presidência de Pinto da Costa, mas aquilo que nos deu é tão maior que chega a bater nas estrelas. E chegam a sítio certo porque a nossa maior estrela é ele. Sempre será.

Foi a única pessoa da cidade do Porto que chegou a ser Deus, porque era isso mesmo que representava para nós. Qual rei! Pinto da Costa era um Deus no meio dos mortais. Tornou a nossa caminhada, durante tantos anos, uma espécie de história divina. Desafiou o impossível, mais do que ter desafiado o centralismo.

Pinto da Costa tornou o nosso orgulho em ser portista algo desmesurável. Tornou-nos no melhor clube português, um gigante com 7 troféus internacionais. Tornou o nosso ego, a nossa confiança e a nossa força algo completamente incontrolável para adversários, jornalistas, inimigos; como um Dragão à solta pela capital. Defendia-o - e defendo - de inimigos como quem defende a própria vida.

Durante tantos anos Pinto da Costa apaziguou as minhas angústias. Recordo quando perdemos a final da Liga dos Campeões em hóquei com o Barcelona, no Rosa Mota, e o meu coração de criança se partiu em pedaços. Enquanto isso partia-se também em pedaços o Rosa Mota, com os adeptos, revoltados, a atirarem cadeiras para o recinto. Dantesco. Estava com a minha mãe cá fora e nisto sai Pinto da Costa de carro: parou, acenou, e deu-me paz. Tínhamos perdido aquele jogo, doeu muito, mas tínhamos algo maior: Pinto da Costa. Seguramente voltaríamos a erguer aquele troféu. E assim foi.

Recordo também com muito carinho a oportunidade que tive - que me deu - de o entrevistar, ainda estudante universitário de jornalismo. Estava eu no meios das trutas, na inauguração do museu, e a multidão à sua volta, entre jornalistas e adeptos, era imensa. Inacessível. Bom, esperei que estes desaparecessem, vi-o sozinho, a apreciar uma das tantas taças que venceu, e abordei-o, tremúlo: "Posso fazer-lhe umas perguntas, presidente?"

Sorriu e disse, "claro!". E ficamos ali a conversar uns minutos, tranquilamente os dois, enquanto cumpria um sonho pessoal e profissional. Foi de uma amabilidade extrema. Esses áudios são o meu ouro no cofre.

Que dizer deste homem? É o maior de sempre. São tantos episódios, tantas glórias, é tanto aquilo que nos deixa. Queria dizer tanta coisa, mas o meu coração hoje está bloqueado, vazio, e com medo. Sim, voltei a ter medo. O nosso maior medo - creio que aqui posso falar por todos - em tempos era ficar sem Pinto da Costa na presidência. Depois quisemos, e bem, que terminasse esse vínculo. Mas hoje não está mais ali e sinto-nos sós. Dá vontade de pedir, só mais uma vez: "continue connosco, presidente..."

Sei que vamos voltar a ser aquilo que Pinto da Costa fez de nós, mas hoje é só o dia, para mim, de mergulhar profundamente nas saudades das tardes solarengas das Antas, dos discursos que deixavam os inimigos amedrontados, das vitórias, dos troféus, da Avenida dos Aliados dos anos 90, com os seus mini jardins cheios de Super Bock, do amor desmedido que tinha ao nosso clube e que nos incutiu como ninguém.

Obrigado, eterno presidente. Obrigado, Jorge Nuno Pinto da Costa. Por tudo, por tanto. Que os olés entoados pelas bancadas durante décadas cheguem ao céu; que as vitórias vindouras o orgulhem; que o FC Porto nunca perca os pilares que o presidente construiu. Também por si, e muito por si, serei "sempre bairrista pelo nosso Porto".
 

Zack Brian

Bancada central
19 Março 2024
1,005
1,611
Antes de mais quero pedir desculpas aaos moderadores deste forum mas não sei aonde escrever isto....

Mas faz algum sentido a CNN ligar ao Sousa Cintra!?? ...ainda diz " tivemos as nossas desavenças e blablabla" entretanto lembram_se ligar para o "Kadaffi dos Pneus" ....falem com portistas pessoas que sentem o clube e que teem um grande carinho "como nós todos nação portista" temos pelo JNPC....
 
  • Like
Reações: danielsousa94